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3. UMA NOITE DE PRAZER COM O DESCONHECIDO

Aline percebeu a presença de um homem que parecia se destacar em meio à multidão. Ele não era apenas mais um cliente no bar; havia algo nele que a fez parar e observar por um momento mais longo do que deveria. Vestido com um terno impecável, ele caminhava com confiança e um sorriso de canto que parecia esconder algo sedutor. Seus olhos encontraram os dela, e Aline sentiu seu coração disparar. Sem entender o porquê, uma corrente de eletricidade a percorreu.

Ela tentou desviar o olhar, voltar a si, mas já era tarde. O homem se aproximava, seus passos firmes ecoando em sua mente. Quando ele parou em sua frente, o mundo ao redor deles pareceu sumir, como se tudo estivesse em câmera lenta.

— Eu estava ali sentado e notei que você está sozinha há um bom tempo — disse ele, sua voz suave e envolvente, como uma melodia. — Uma mulher tão linda não pode beber sozinha.

Aline piscou, surpresa. Antes que pudesse reagir, ele já havia se sentado ao seu lado, com uma naturalidade desconcertante. Ela tentou formular uma resposta, mas tudo o que conseguiu foi uma leve risada nervosa.

— Posso me sentar aqui, não posso? — ele perguntou, com um sorriso genuíno, seus olhos profundos cravados nos dela.

Aline, ainda sem saber o que dizer, assentiu levemente. Havia algo naquele homem que a deixava desconcertada, mas, ao mesmo tempo, fascinada. A maneira como ele a olhava, como se soubesse algo que ela não sabia, a atraía de uma forma inexplicável.

— Você estava esperando alguém? — ele perguntou, inclinando-se ligeiramente para mais perto.

— Não, estava indo para casa, mas... — respondeu Aline, tentando soar casual, embora sentisse o coração acelerado.

Ele sorriu de novo, aquele mesmo sorriso de canto que a deixava inquieta.

— Sorte a minha, então... — disse ele, brincalhão, mas com um toque de seriedade na voz.

A conversa fluiu surpreendentemente fácil. Em poucos minutos, eles estavam rindo, como velhos amigos, trocando histórias e comentários sobre a vida. Aline, que nunca se considerou o tipo de pessoa a se deixar levar por estranhos, percebeu que estava envolvida de uma maneira que não conseguia explicar. O tempo parecia ter parado, e nada além daquela conversa importava.

Então, sem que ela pudesse prever, seus lábios se encontraram. O primeiro beijo foi suave, mas carregado de uma intensidade quase palpável. Ela sentiu uma onda de eletricidade percorrer seu corpo, como se aquele simples toque tivesse acendido algo dentro dela que há muito tempo estava adormecido. Suas mãos começaram a explorar o rosto dele, enquanto os dedos dele traçavam um caminho lento e hipnótico pelas pernas dela.

— Talvez... devêssemos parar, — murmurou Aline entre os beijos, embora seu corpo dissesse o contrário.

Ele parou por um segundo, seus lábios a poucos centímetros dos dela, e sussurrou:

— Você quer que eu pare?

A pergunta, dita de forma tão direta e gentil, a deixou sem resposta. Ela sabia o que deveria dizer, mas não conseguia. Seu coração batia descontrolado, e seu corpo reagia antes mesmo que sua mente pudesse intervir. A resposta estava clara em seus olhos, e ele não precisou de mais palavras. O beijo se intensificou, e Aline se entregou por completo àquele momento, sem pensar nas consequências.

A próxima coisa que ela se lembrava era estar deitada em uma cama, no hotel onde ele estava hospedado. O ambiente ao seu redor era intimista, a luz suave e a tensão no ar quase palpável. Eles se beijavam com ainda mais fervor, e cada toque que ele dava parecia incendiar sua pele.

Ele era carinhoso e cavalheiro, sussurrava palavras excitantes em seu ouvido, e Aline sentia seu corpo responder com um desejo que nunca havia experimentado antes.

— Você é incrível... ele murmurava entre beijos, sua voz rouca e envolvente.

As palavras daquele homem arrebatador soavam como uma canção aos ouvidos de Aline, cada sílaba sendo como uma nota que a envolvia mais profundamente. Ela sabia que estava completamente entregue àquele momento e, com o coração acelerado, decidiu deixar aquela noite seguir sem qualquer preocupação. Suas defesas, tão meticulosamente erguidas ao longo dos anos, estavam desmoronando, e ela se viu imersa em um turbilhão de emoções e desejo que não poderia — ou talvez nem quisesse — conter.

Enquanto ele a beijava com intensidade crescente, suas mãos deslizavam pela pele de Aline, apertando-a suavemente. A cada toque, ela sentia uma onda de eletricidade percorrer seu corpo. Ele sussurrou, sua voz rouca e cheia de desejo:

— Você é muito gostosa, — murmurou ele, seus lábios roçando os dela enquanto seus dedos traçavam um caminho lento e sedutor pelo seu corpo.

— Eu... eu nunca me senti assim, — Aline respondeu, ofegante, tentando recuperar o fôlego entre os beijos.

Os corpos deles se moldavam um ao outro como se fossem feitos para se encaixar. Os gemidos de Aline, antes contidos, tornaram-se mais intensos. Ele a olhou nos olhos, o desejo fervente refletido em seu olhar.

— Eu não consigo parar — disse ele, com uma sinceridade crua. — Você me faz perder o controle.

Quando ele a penetrou lentamente, Aline soltou um gemido alto e involuntário, sua cabeça inclinando-se para trás enquanto ela sentia a conexão entre eles se intensificar. Ele sussurrou ao seu ouvido:

— Eu quero te fazer sentir como nunca sentiu antes.

O mundo ao redor deles parecia desaparecer. A mente de Aline tentava, por breves momentos, trazê-la de volta à realidade. Ela sabia que aquilo não fazia parte de quem ela era, que jamais havia se permitido ser tão impulsiva.

— Eu nunca... faço isso. — disse ela, em um fio de voz, sua mente ainda lutando contra a avalanche de sensações.

Ele parou por um momento, olhando-a com uma mistura de ternura e desejo.

— Eu também não... mas com você... é diferente. — respondeu ele, com os olhos fixos nos dela.

A cada toque, cada palavra, as inibições de Aline desapareciam. Ela estava completamente entregue. Seu corpo respondia de maneiras que ela nunca tinha experimentado antes. O prazer era avassalador, e ela sabia que aquela noite ficaria marcada em sua memória.

Aline sabia que aquele desconhecido que a envolvia não seria apenas uma lembrança fugaz. Algo naquela conexão era mais profundo do que apenas uma noite de paixão. Mal sabia ela que aquela noite desencadearia uma série de eventos que mudariam sua vida para sempre.

— Você vai lembrar de mim? Perguntou ele, com uma mistura de curiosidade e desejo, enquanto a olhava profundamente.

Ela o encarou, o coração acelerado e as emoções à flor da pele.

— Eu nunca vou esquecer, respondeu Aline, sabendo, naquele momento, que sua vida estava prestes a tomar um rumo que ela jamais poderia prever.

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