10. PENSANDO NELA

Quando Clark entrou no hotel, o ambiente elegante parecia contrastar com a inquietação que o dominava. O concierge, sempre atento, o cumprimentou com um sorriso caloroso.

— Boa tarde, senhor Johnson! Como foi sua manhã?

Clark, sem perder tempo, ignorou a cordialidade habitual e perguntou diretamente:

— Fez o que pedi?

O concierge, um homem de meia-idade com uma postura impecável, assentiu com um sorriso que parecia misturar profissionalismo e um toque de curiosidade. Aproximando-se discretamente, ele respondeu quase em um cochicho:

— Sim, senhor. O café foi enviado como solicitado, mas... ela não tocou em nada.

Clark franziu a testa, claramente frustrado. Antes que pudesse dizer algo, o concierge continuou:

— Ah, e encontrei isso no chão do quarto.

Com um movimento preciso, o homem retirou um pedaço de papel dobrado de seu bolso e o entregou a Clark. O bilhete parecia levemente amassado, como se tivesse sido descartado sem importância.

Clark o pegou com certa hesitação e, ao
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