O primeiro passo estava dado. Aline sentia-se aliviada por avançar, mas sabia que o caminho à frente seria difícil. O próximo desafio seria enfrentar Isadora, a amiga que havia traído sua confiança. Aline tentava não pensar no passado, mas, às vezes, a lembrança de seu ex-namorado e Isadora aos beijos voltava como um golpe inesperado. A dor em seu peito era inevitável, um lembrete de tudo o que havia perdido e do quanto precisaria de força para seguir em frente.Depois de um banho rápido, Aline vestiu seu pijama e preparou-se para dormir. Em frente ao espelho, com os cabelos ainda úmidos, começou a penteá-los lentamente, permitindo que sua mente vagasse. Foi inevitável: seus pensamentos a levaram até o homem desconhecido e a noite intensa que haviam compartilhado.Ela parou o movimento do pente por um instante, encarando seu reflexo no espelho. As emoções que sentia eram confusas. Por um lado, havia o arrependimento de não ter se despedido adequadamente ou deixado um meio de contato m
Enquanto Aline ainda lutava para digerir a surpreendente notícia da gravidez, a milhares de quilômetros de distância, Clark saía de mais uma reunião de negócios. O contrato que acabara de fechar era impressionante, mas seu semblante não refletia nenhum traço de satisfação. Enquanto flocos de neve caíam suavemente do céu, ele atravessou a calçada em direção ao carro que o aguardava, mergulhado em pensamentos sombrios.— Tudo certo, senhor? — perguntou o motorista, um homem mais velho, leal à família há anos, enquanto abria a porta do carro. Clark suspirou, ajeitando o sobretudo. — Apenas dirija, Arthur. Vamos para a mansão. O motorista assentiu e o carro deslizou pelas ruas de Chicago cobertas de neve. A cidade, embora linda sob a neve constante, parecia refletir o estado de espírito de Clark: fria e opressiva. Por mais que sua carreira fosse um exemplo de sucesso, sua vida pessoal parecia ser um emaranhado de decepções e ressentimentos. Ao chegar à mansão da família, uma construçã
Após se despedir do pai, Clark subiu para o quarto, os passos firmes ecoando pelo corredor silencioso da mansão. A conversa com Dominic havia acalmado parte da tensão, mas o ressentimento em relação à Jones ainda ardia em seu peito. A mansão parecia fria e vazia, mesmo com toda sua grandiosidade, e isso só intensificava o desconforto de Clark. Ele entrou no quarto espaçoso e seguiu direto para o banheiro. A água quente do chuveiro escorria sobre seus ombros, aliviando parte do cansaço acumulado. Enquanto a névoa se formava ao seu redor, ele fechou os olhos e tentou clarear a mente. Mas, inevitavelmente, sua mente vagou para a mulher misteriosa daquela noite inesquecível. Cada detalhe voltava com uma intensidade que o perturbava — o perfume dela, o brilho dos olhos, o som da sua risada.— Quem é você? — murmurou para si, frustrado. A lembrança não lhe dava paz. Após o banho, Clark escolheu um traje elegante: um terno preto sob medida, camisa branca impecável e gravata em um tom discr
Antes mesmo do evento chegar ao fim, Clark decidiu ir para seu apartamento. Sua cabeça latejava, o cansaço acumulado ao longo do dia pesava, e ele sabia que uma noite de descanso seria indispensável para enfrentar os desafios do dia seguinte.Ao chegar em casa, ele retirou o paletó, jogando-o displicentemente sobre o encosto do sofá. Abaixou-se para desamarrar os sapatos e, em seguida, seguiu diretamente para o quarto. Após um banho quente que ajudou a aliviar a tensão, Clark se deitou, mas demorou a pegar no sono. Sua mente vagava entre os pensamentos sobre o futuro, a empresa e... aquela noite inesquecível com uma mulher cujo rosto continuava gravado em sua memória. Na manhã seguinte, Clark despertou cedo, como era de costume. O céu ainda exibia tons alaranjados enquanto ele saía para sua caminhada matinal. Vestindo roupas esportivas, ele percorreu as ruas elegantes e movimentadas de Nova Iorque, sentindo o vento frio bater em seu rosto. A atividade o ajudava a clarear a mente e or
Clark avançava com passos firmes pelo corredor do trigésimo segundo andar da sede das Indústrias Parker. Seu semblante sério e ar imponente faziam com que todos os funcionários que cruzavam seu caminho o cumprimentassem prontamente. Havia algo no seu porte que inspirava respeito e autoridade, como se cada detalhe de sua presença reafirmasse sua posição de comando. Chegando à porta de sua sala, Clark a empurrou sem hesitação. O ambiente refletia sua personalidade: elegante, minimalista e altamente funcional. Ele mal teve tempo de ajeitar o paletó antes que sua assistente, Lessa, se aproximasse apressadamente, segurando uma prancheta com anotações. — Bom dia, senhor Johnson! — disse ela com um sorriso profissional, embora seu tom denunciasse um leve nervosismo diante da figura imponente do chefe. Clark assentiu enquanto caminhava até sua mesa. Ajustou-se em sua cadeira ergonômica, que parecia moldada para ele, e lançou um olhar breve para Lessa antes de perguntar: — Bom dia, Lessa.
Imerso em seus planos para distrair e desestabilizar Clark, Jones ajustava os últimos detalhes de sua estratégia. Ele sabia que para ter sucesso precisava agir de forma meticulosa, e a execução estava marcada para aquela noite. Enquanto isso, no trigésimo segundo andar das Indústrias Parker, Clark revisava os últimos relatórios do dia. A noite já havia caído, e ele se preparava para encerrar mais uma longa jornada de trabalho. O som insistente do telefone em sua mesa interrompeu seus pensamentos. Clark olhou para a tela do aparelho, notando que o número era desconhecido. Por um instante, hesitou, mas, depois de alguns toques, decidiu atender. — Alô, quem fala? Uma voz feminina, visivelmente trêmula, respondeu do outro lado. — Clark, sou eu, Olivia. Desculpe incomodá-lo a essa hora, mas... — ela fez uma pausa como se estivesse tentando recuperar o fôlego — fui assaltada. Levaram meu carro, e eu estou tão assustada. Você pode vir me pegar? Clark franziu o cenho, surpreso pela liga
Clark saiu do apartamento de Olivia nas primeiras horas da madrugada. O céu ainda estava escuro, e a cidade silenciosa parecia um contraste com a noite intensa que ele acabara de viver. Ele dirigiu calmamente para casa, sentindo-se cansado, mas de alguma forma satisfeito. Assim que entrou em seu apartamento, não perdeu tempo. Caminhou direto para o quarto, tirou o terno e jogou-se na cama, adormecendo quase instantaneamente. Na Manhã seguinte, o sol já estava alto quando Clark abriu os olhos. Espreguiçando-se lentamente, ele virou a cabeça para o lado, onde o relógio marcava 9h40m. Um bocejo escapou, revelando o cansaço que ainda pairava em seu corpo. Ele se levantou, caminhando preguiçosamente até o banheiro. Após tirar as roupas, deixou a água quente do chuveiro cair sobre seu corpo atlético, relaxando os músculos. A sensação da água parecia renovar sua energia. Ao terminar o banho, Clark enrolou-se na toalha e pegou o celular, sentado na beirada da cama. Com um olhar decidido,
Antes que Dominic pudesse dizer mais alguma coisa, Clark respirou fundo e decidiu abordar outro assunto que vinha considerando há dias. — Pai, quero aproveitar para lhe dizer que tomei uma decisão. Dominic olhou para ele com curiosidade, mas permaneceu em silêncio, esperando que o filho continuasse. — Aceito a sua proposta de cuidar da sede da Indústrias Parker em Nova Iorque. Aceito ser o CEO. Um sorriso de alívio e orgulho apareceu no rosto de Dominic. — Finalmente, Clark. Estava esperando que você aceitasse. Você é o homem certo para o trabalho. Mas Clark ergueu a mão, interrompendo a comemoração antecipada. — Há uma condição, pai. Jones precisa ficar fora do meu caminho. Não quero interferências dele, enquanto estiver no comando. Dominic assentiu, compreendendo a gravidade do pedido. — Considero isso feito, Clark. Se Jones realmente estiver envolvido em algo ilícito, ele será removido das empresas imediatamente. Clark respirou fundo, sentindo-se mais leve. — Obrigado, p