Antes que Dominic pudesse dizer mais alguma coisa, Clark respirou fundo e decidiu abordar outro assunto que vinha considerando há dias. — Pai, quero aproveitar para lhe dizer que tomei uma decisão. Dominic olhou para ele com curiosidade, mas permaneceu em silêncio, esperando que o filho continuasse. — Aceito a sua proposta de cuidar da sede da Indústrias Parker em Nova Iorque. Aceito ser o CEO. Um sorriso de alívio e orgulho apareceu no rosto de Dominic. — Finalmente, Clark. Estava esperando que você aceitasse. Você é o homem certo para o trabalho. Mas Clark ergueu a mão, interrompendo a comemoração antecipada. — Há uma condição, pai. Jones precisa ficar fora do meu caminho. Não quero interferências dele, enquanto estiver no comando. Dominic assentiu, compreendendo a gravidade do pedido. — Considero isso feito, Clark. Se Jones realmente estiver envolvido em algo ilícito, ele será removido das empresas imediatamente. Clark respirou fundo, sentindo-se mais leve. — Obrigado, p
No domingo pela manhã, Clark acordou com o sol atravessando as cortinas do quarto. Ele levantou-se, alongou os braços e, após uma rápida olhada no relógio, optou por começar o dia com calma. Enquanto isso, seu celular vibrou em cima da mesa. Era uma mensagem de Lessa. "Bom dia, senhor Johnson. Estou indo para a casa dos meus pais, como combinado. Precisa de algo antes que eu vá?" Clark leu a mensagem e respondeu prontamente. "Bom dia, Lessa. Aproveite seu dia com sua família. Qualquer coisa, me avise." Após enviar a mensagem, ele desceu para a elegante área de café da manhã do hotel. Enquanto saboreava panquecas e café fresco, folheava as notícias no tablet, planejando a semana. Após terminar a refeição, dirigiu-se ao concierge. — Bom dia, senhor Johnson! Posso ajudá-lo com algo? — perguntou o funcionário, sempre atento e educado. — Alguma recomendação para uma caminhada tranquila? — Clark perguntou, ajustando os punhos da camisa. — Claro, senhor. O parque florestal é uma exc
Enquanto o sol se punha, tingindo o céu de tons alaranjados, Aline estava confortavelmente deitada no sofá da sala. A televisão estava ligada, mas sua atenção oscilava entre o programa na tela e os pensamentos que frequentemente a levavam a imaginar o futuro. De repente, sentiu algo diferente em sua barriga. Um leve, mas perceptível, movimento interno. Aline arregalou os olhos e exclamou com surpresa: — Uau! Isso foi um chute? Ela se sentou ligeiramente, colocando as mãos sobre a barriga com cuidado. Um sorriso largo tomou conta de seu rosto enquanto esperava por outro sinal. E, como se o bebê tivesse ouvido sua voz, sentiu dois movimentos rápidos que fizeram sua barriga se mexer visivelmente de um lado para o outro. — Ei, meu bebê, fica quetinho aí. — Aline riu, falando com doçura. — Ainda não está na hora de sair, viu? O sorriso dela só aumentava conforme acariciava a barriga com ternura. Aqueles momentos eram mágicos, preenchidos de uma conexão indescritível com o pequeno ser q
Emma riu baixinho, cruzando os braços. — Parece que você já está completamente apaixonada por essa pessoinha, não é? — Ah, com certeza — admitiu Aline. — Mal posso esperar para segurar meu bebê nos braços. Mas confesso que também estou um pouco nervosa com tudo o que está por vir. Emma assentiu, compreensiva. — É normal sentir isso, ainda mais quando você tenta esconder o máximo possível aqui no trabalho. Aline suspirou e deu um sorriso tímido. — Não sei até quando vou conseguir esconder. As roupas já estão ficando apertadas, e, pelo ritmo que isso está crescendo, não vai demorar para todo mundo perceber. — Relaxa, Aline — disse Emma com um tom tranquilizador. — Quando isso acontecer, você já terá ganhado um fã clube por aqui. Afinal, quem não gosta de um bebê? Aline riu suavemente, mas sua expressão logo ficou séria. — O problema é a Isadora e o Fred. Quero ficar longe deles o máximo que puder. Emma, que observava atentamente, fez uma expressão que chamou a atenção de Aline
Depois de sair do consultório médico com o diagnóstico em mãos, Aline sentia como se o peso do mundo tivesse caído sobre seus ombros. A notícia de que seu bebê, ainda no ventre, tinha uma condição que precisaria de acompanhamento especial a deixou profundamente abalada. No entanto, ela sabia que precisava manter a compostura.Respirando fundo, decidiu voltar ao trabalho. Ao entrar no prédio, esforçou-se para mascarar sua tristeza, caminhando de cabeça erguida e com passos firmes. Apesar da fachada controlada, seu coração estava apertado, e seus pensamentos estavam longe. Quando chegou ao escritório, sentou-se à sua mesa e encarou a tela do computador, tentando se concentrar. Mergulhou no trabalho com determinação, usando as tarefas como uma forma de distração, mesmo que por alguns momentos. Emma passou por sua mesa e, ao notar a expressão distante de Aline, perguntou em tom preocupado: — Tudo bem? Você parece um pouco abatida. Aline forçou um sorriso e respondeu: — Estou só um po
Colocou as mãos na barriga, sentindo a conexão com o bebê que crescia dentro dela. — Meu amor, você vai ficar bem — murmurou, com a voz embargada. — Eu vou fazer o que for preciso. O bebê respondeu com um leve movimento, e Aline sorriu, ainda que lágrimas silenciosas escorressem por seu rosto. — Você é forte, eu sinto isso. Vamos superar isso juntos. Ela se deitou na cama, acariciando a barriga até que o cansaço finalmente a dominasse. A noite parecia mais longa do que de costume, mas Aline sabia que precisava descansar. Os desafios do dia seguinte já esperavam por ela, e agora, mais do que nunca, ela precisava estar forte para o futuro que estava por vir. Enquanto Aline finalmente encontrava um pouco de paz em sua cama, do outro lado da cidade, Isadora caminhava pelas ruas escuras, totalmente consumida pela raiva. O som de seus saltos contra o asfalto ecoava no silêncio da noite, acompanhando seus murmúrios indignados. — Não acredito que ele terminou comigo… por causa dela! —
Enquanto as luzes da casa de Jones brilhavam no silêncio da noite em Massachusetts, o ambiente estava longe de ser tranquilo. Na sala principal, Jones caminhava de um lado para o outro, segurando um copo de uísque quase vazio. Ele gesticulava com a mão livre, claramente irritado, enquanto Janine e Olivia observavam, sentadas no sofá. A tensão no ar era palpável.— Você acredita nisso? — Jones disparou, parando abruptamente e olhando para as duas. — Ele me repreendeu como se eu fosse um garoto irresponsável! Eu! O sobrinho que sempre esteve ao lado dele. E agora vem com essa conversa de que está "desapontado". Como se fosse fazer algo drástico. Tirar-me da empresa? Deserdar-me? — Ele deu uma risada amarga. — Ridículo. Ele nunca faria isso.Olivia, sempre calma e calculista, cruzou as pernas e apoiou o queixo na mão, olhando para Jones com olhos avaliadores.— Talvez não agora, Jones, mas não subestime Dominic. Ele não chegou onde está sendo fraco. E com Clark assumindo cada vez mais re
Naquela sexta-feira gelada, Clark acordou com a mesma disciplina que o caracterizava. As primeiras luzes da manhã atravessavam as janelas do quarto de hotel onde Clark dormia, mas ele logo ficou de pé, se dirigiu rapidamente ao banheiro e depois de um banho rápido, foi tomar seu café forte para enfrentar mais um dia. Com a mente ainda cheia de preocupações, ele arrumou-se rapidamente, vestindo um terno impecável, como sempre fazia. Seus pensamentos estavam voltados para os números desordenados das finanças da empresa — um quebra-cabeça que, por mais que ele analisasse, não fazia sentido.Antes de sair, fez uma breve ligação para seu pai, Dominic. — Bom dia, pai. Como está hoje? Dominic, do outro lado da linha, respondeu com sua voz firme, mas um pouco enfraquecida pela idade e pelos problemas recentes. — Estou bem, Clark. Alguma novidade? Clark suspirou, sua seriedade transparecendo. — Continuo tentando entender essas irregularidades. Algo está errado, e não é pouca coisa. Vou co