Colocou as mãos na barriga, sentindo a conexão com o bebê que crescia dentro dela. — Meu amor, você vai ficar bem — murmurou, com a voz embargada. — Eu vou fazer o que for preciso. O bebê respondeu com um leve movimento, e Aline sorriu, ainda que lágrimas silenciosas escorressem por seu rosto. — Você é forte, eu sinto isso. Vamos superar isso juntos. Ela se deitou na cama, acariciando a barriga até que o cansaço finalmente a dominasse. A noite parecia mais longa do que de costume, mas Aline sabia que precisava descansar. Os desafios do dia seguinte já esperavam por ela, e agora, mais do que nunca, ela precisava estar forte para o futuro que estava por vir. Enquanto Aline finalmente encontrava um pouco de paz em sua cama, do outro lado da cidade, Isadora caminhava pelas ruas escuras, totalmente consumida pela raiva. O som de seus saltos contra o asfalto ecoava no silêncio da noite, acompanhando seus murmúrios indignados. — Não acredito que ele terminou comigo… por causa dela! —
Enquanto as luzes da casa de Jones brilhavam no silêncio da noite em Massachusetts, o ambiente estava longe de ser tranquilo. Na sala principal, Jones caminhava de um lado para o outro, segurando um copo de uísque quase vazio. Ele gesticulava com a mão livre, claramente irritado, enquanto Janine e Olivia observavam, sentadas no sofá. A tensão no ar era palpável.— Você acredita nisso? — Jones disparou, parando abruptamente e olhando para as duas. — Ele me repreendeu como se eu fosse um garoto irresponsável! Eu! O sobrinho que sempre esteve ao lado dele. E agora vem com essa conversa de que está "desapontado". Como se fosse fazer algo drástico. Tirar-me da empresa? Deserdar-me? — Ele deu uma risada amarga. — Ridículo. Ele nunca faria isso.Olivia, sempre calma e calculista, cruzou as pernas e apoiou o queixo na mão, olhando para Jones com olhos avaliadores.— Talvez não agora, Jones, mas não subestime Dominic. Ele não chegou onde está sendo fraco. E com Clark assumindo cada vez mais re
Naquela sexta-feira gelada, Clark acordou com a mesma disciplina que o caracterizava. As primeiras luzes da manhã atravessavam as janelas do quarto de hotel onde Clark dormia, mas ele logo ficou de pé, se dirigiu rapidamente ao banheiro e depois de um banho rápido, foi tomar seu café forte para enfrentar mais um dia. Com a mente ainda cheia de preocupações, ele arrumou-se rapidamente, vestindo um terno impecável, como sempre fazia. Seus pensamentos estavam voltados para os números desordenados das finanças da empresa — um quebra-cabeça que, por mais que ele analisasse, não fazia sentido.Antes de sair, fez uma breve ligação para seu pai, Dominic. — Bom dia, pai. Como está hoje? Dominic, do outro lado da linha, respondeu com sua voz firme, mas um pouco enfraquecida pela idade e pelos problemas recentes. — Estou bem, Clark. Alguma novidade? Clark suspirou, sua seriedade transparecendo. — Continuo tentando entender essas irregularidades. Algo está errado, e não é pouca coisa. Vou co
Enquanto atravessavam o saguão, Emma notou algo e puxou Aline pelo braço. — Olha quem está ali — sussurrou Emma, gesticulando discretamente. Do outro lado do saguão, Isadora estava parada, aparentemente discutindo com alguém ao telefone. Seu rosto estava vermelho de raiva, e ela gesticulava de forma exagerada, atraindo olhares de curiosidade. — Melhor sairmos por outra saída. Não quero mais nenhum confronto hoje — murmurou Aline, desviando o olhar de Isadora. Emma concordou prontamente, conduzindo Aline em direção à saída lateral. — Você precisa se proteger dessas pessoas. Fred, Isadora... Eles só sabem complicar sua vida. — É, mas parece que estou no centro de um furacão — respondeu Aline, suspirando enquanto segurava a porta de saída. As duas caminharam juntas até um restaurante próximo, onde se sentaram em uma mesa no canto, longe do burburinho. Emma aproveitou o momento para tentar mudar o assunto, fazendo perguntas sobre o bebê e sugerindo ideias para o enxoval. Aos poucos
Stefani arregalou os olhos, sua expressão alternando entre surpresa e confusão. — Meu Deus, Emma! Como assim, não foi um acidente? Emma balançou a cabeça, os olhos fixos em Stefani, cheios de convicção. — Foi a Isadora! Eu tenho certeza de que foi ela! — declarou, sua voz agora mais firme. — Aline me contou mais cedo que Isadora a abordou na entrada e tentou "conversar". Depois, ninguém a viu mais, e eu a encontrei assim... Stefani ficou imóvel, digerindo as palavras. — Isso é grave, Emma... precisamos falar com a segurança, revisar as câmeras... — Stefani, algo precisa ser feito. Não é só briga de trabalho, isso foi... foi um ataque! — Emma terminou, sua voz quebrando novamente com a emoção. Stefani assentiu, seu semblante agora carregado de determinação. — Vamos cuidar disso, Emma. Vou falar com o RH e o jurídico agora mesmo. Precisamos entender exatamente o que aconteceu e garantir que a Aline fique segura. Emma enxugou as lágrimas, ainda tremendo, mas sentindo um leve alí
Dominic caminhou até a janela, assumindo a mesma postura contemplativa que Clark tivera momentos antes. Ele observou as luzes da cidade cintilando à distância, mas sua expressão era sombria, carregada de algo mais profundo. Após alguns segundos de silêncio, ele falou, sua voz mais suave, porém carregada de significado. — Eu sei de algo que você ainda não sabe, Clark. — Ele virou-se, encarando o filho com um olhar sério. — Amanhã cedo teremos outra reunião. E desta vez, seu primo estará presente. Há algo que preciso esclarecer com todos, mas antes quero que você saiba o que descobri. Clark estreitou os olhos, endireitando-se em sua cadeira. Ele conhecia bem aquele tom de Dominic; não era um aviso qualquer, mas algo que mudaria o curso das coisas. — O que está acontecendo, pai? — perguntou Clark, sua voz baixa, mas carregada de urgência. Dominic caminhou de volta à mesa e puxou uma cadeira, sentando-se em frente ao filho. Ele apoiou os cotovelos nos braços da cadeira e entrelaçou os
A maca foi rapidamente empurrada em direção à sala de cirurgia, com a equipe médica concentrada em cada detalhe para garantir o melhor desfecho possível.Na sala de espera, Emma estava aflita, andando de um lado para o outro. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, e ela segurava o telefone firmemente, esperando qualquer notícia. — Por favor, ela precisa ficar bem — murmurou Emma para si, suas mãos tremendo enquanto segurava uma garrafa de água que nem lembrava de ter comprado. A noite estava apenas começando, mas para Aline, era uma batalha pela vida — dela e de seu bebê.Depois de horas de intensa cirurgia, a tensão finalmente começou a ceder na sala de operação. Dr. Mendez, agora com os braços cansados, mas com a expressão de alívio, deu as últimas instruções à equipe médica. — Conseguimos estabilizar a mãe — anunciou ele, olhando para os rostos atentos de todos ao redor. — Agora precisamos garantir que o bebê tenha todos os cuidados necessários. Ele nasceu muito prematuro
Na manhã seguinte, Dominic e Clark chegaram juntos à Indústrias Parker, ambos com expressões severas e decididas. Era uma manhã de sábado, mas o ar estava carregado de tensão e expectativas. Os dois homens sabiam que aquele dia seria um divisor de águas para a empresa — e para a família.Ao entrar no elevador que os levaria ao andar da diretoria, o destino trouxe uma surpresa: Jones estava lá, já dentro do elevador. Ele ergueu os olhos e abriu um sorriso largo e animado ao ver o tio e o primo.— Tio Dominic! Clark! Que honra encontrá-los tão cedo — disse Jones, com a voz carregada de uma falsa cordialidade que ele dominava tão bem. Ele parecia completamente alheio à tempestade que estava prestes a desabar sobre sua cabeça. — Parece que estamos todos prontos para uma reunião produtiva, não é?Dominic manteve a expressão séria, um leve aceno sendo sua única resposta. Clark, por sua vez, lançou um olhar avaliador ao primo. Não havia sorrisos ou palavras desnecessárias; Clark estava conce