Enquanto atravessavam o saguão, Emma notou algo e puxou Aline pelo braço. — Olha quem está ali — sussurrou Emma, gesticulando discretamente. Do outro lado do saguão, Isadora estava parada, aparentemente discutindo com alguém ao telefone. Seu rosto estava vermelho de raiva, e ela gesticulava de forma exagerada, atraindo olhares de curiosidade. — Melhor sairmos por outra saída. Não quero mais nenhum confronto hoje — murmurou Aline, desviando o olhar de Isadora. Emma concordou prontamente, conduzindo Aline em direção à saída lateral. — Você precisa se proteger dessas pessoas. Fred, Isadora... Eles só sabem complicar sua vida. — É, mas parece que estou no centro de um furacão — respondeu Aline, suspirando enquanto segurava a porta de saída. As duas caminharam juntas até um restaurante próximo, onde se sentaram em uma mesa no canto, longe do burburinho. Emma aproveitou o momento para tentar mudar o assunto, fazendo perguntas sobre o bebê e sugerindo ideias para o enxoval. Aos poucos
Stefani arregalou os olhos, sua expressão alternando entre surpresa e confusão. — Meu Deus, Emma! Como assim, não foi um acidente? Emma balançou a cabeça, os olhos fixos em Stefani, cheios de convicção. — Foi a Isadora! Eu tenho certeza de que foi ela! — declarou, sua voz agora mais firme. — Aline me contou mais cedo que Isadora a abordou na entrada e tentou "conversar". Depois, ninguém a viu mais, e eu a encontrei assim... Stefani ficou imóvel, digerindo as palavras. — Isso é grave, Emma... precisamos falar com a segurança, revisar as câmeras... — Stefani, algo precisa ser feito. Não é só briga de trabalho, isso foi... foi um ataque! — Emma terminou, sua voz quebrando novamente com a emoção. Stefani assentiu, seu semblante agora carregado de determinação. — Vamos cuidar disso, Emma. Vou falar com o RH e o jurídico agora mesmo. Precisamos entender exatamente o que aconteceu e garantir que a Aline fique segura. Emma enxugou as lágrimas, ainda tremendo, mas sentindo um leve alí
Dominic caminhou até a janela, assumindo a mesma postura contemplativa que Clark tivera momentos antes. Ele observou as luzes da cidade cintilando à distância, mas sua expressão era sombria, carregada de algo mais profundo. Após alguns segundos de silêncio, ele falou, sua voz mais suave, porém carregada de significado. — Eu sei de algo que você ainda não sabe, Clark. — Ele virou-se, encarando o filho com um olhar sério. — Amanhã cedo teremos outra reunião. E desta vez, seu primo estará presente. Há algo que preciso esclarecer com todos, mas antes quero que você saiba o que descobri. Clark estreitou os olhos, endireitando-se em sua cadeira. Ele conhecia bem aquele tom de Dominic; não era um aviso qualquer, mas algo que mudaria o curso das coisas. — O que está acontecendo, pai? — perguntou Clark, sua voz baixa, mas carregada de urgência. Dominic caminhou de volta à mesa e puxou uma cadeira, sentando-se em frente ao filho. Ele apoiou os cotovelos nos braços da cadeira e entrelaçou os
A maca foi rapidamente empurrada em direção à sala de cirurgia, com a equipe médica concentrada em cada detalhe para garantir o melhor desfecho possível.Na sala de espera, Emma estava aflita, andando de um lado para o outro. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, e ela segurava o telefone firmemente, esperando qualquer notícia. — Por favor, ela precisa ficar bem — murmurou Emma para si, suas mãos tremendo enquanto segurava uma garrafa de água que nem lembrava de ter comprado. A noite estava apenas começando, mas para Aline, era uma batalha pela vida — dela e de seu bebê.Depois de horas de intensa cirurgia, a tensão finalmente começou a ceder na sala de operação. Dr. Mendez, agora com os braços cansados, mas com a expressão de alívio, deu as últimas instruções à equipe médica. — Conseguimos estabilizar a mãe — anunciou ele, olhando para os rostos atentos de todos ao redor. — Agora precisamos garantir que o bebê tenha todos os cuidados necessários. Ele nasceu muito prematuro
Na manhã seguinte, Dominic e Clark chegaram juntos à Indústrias Parker, ambos com expressões severas e decididas. Era uma manhã de sábado, mas o ar estava carregado de tensão e expectativas. Os dois homens sabiam que aquele dia seria um divisor de águas para a empresa — e para a família.Ao entrar no elevador que os levaria ao andar da diretoria, o destino trouxe uma surpresa: Jones estava lá, já dentro do elevador. Ele ergueu os olhos e abriu um sorriso largo e animado ao ver o tio e o primo.— Tio Dominic! Clark! Que honra encontrá-los tão cedo — disse Jones, com a voz carregada de uma falsa cordialidade que ele dominava tão bem. Ele parecia completamente alheio à tempestade que estava prestes a desabar sobre sua cabeça. — Parece que estamos todos prontos para uma reunião produtiva, não é?Dominic manteve a expressão séria, um leve aceno sendo sua única resposta. Clark, por sua vez, lançou um olhar avaliador ao primo. Não havia sorrisos ou palavras desnecessárias; Clark estava conce
Assim que os diretores executivos deixaram o prédio, Dominic, Clark e Jones seguiram para uma sala menor, acompanhados pelos advogados da empresa. O ambiente estava tenso, e cada palavra parecia carregar um peso insuportável. Dominic acomodou-se na cadeira principal e lançou um olhar firme a Jones, que evitava encará-lo diretamente.Dominic ajustou sua postura e começou, sua voz calma, mas com um tom de autoridade inquestionável:— Jones, vou ser claro. Seu apartamento e parte de sua fortuna serão usados para cobrir os prejuízos que você causou a esta empresa. E como você ainda é um membro da família, estou poupando você de enfrentar as consequências judiciais que outros enfrentaram. Mas não se engane, essa é sua última chance. A partir de agora, você ocupará o cargo de assistente no vigésimo andar. Terá um supervisor e um diretor, e Clark será o seu chefe direto. Com o salário que receberá, alugue um apartamento, pois todas as suas despesas serão de sua responsabilidade daqui em dian
Naquele entardecer, enquanto Clark finalizava os preparativos para o jantar com Olivia, o ambiente no hospital era mais sereno, mas carregado de emoção. Aline, ainda em recuperação, estava em seu quarto, rodeada por aparelhos que monitoravam sua saúde, mas a presença de Emma ao seu lado trazia um conforto imensurável. Emma, com sua disposição inabalável, estava ali como sempre, segurando a mão da amiga, oferecendo palavras de encorajamento e cuidando de cada detalhe.— Aline, você é uma mulher forte — disse Emma, com um sorriso caloroso. — Esse bebê tem muita sorte de ter você como mãe.Aline, com um olhar cansado, mas cheio de ternura, sorriu em resposta. E então, aconteceu o momento que ela tanto aguardava: uma enfermeira entrou no quarto com um pequeno embrulho nos braços.— Senhora Rooth, acho que está pronta para conhecer oficialmente o pequeno guerreiro — anunciou a enfermeira, aproximando-se devagar.Aline sentiu seu coração acelerar. Ao ver o bebê tão pequenino e frágil em sua
O restaurante estava iluminado por luzes suaves, criando um clima aconchegante, mas a tensão entre Clark e Olivia parecia cortar o ar. Assim que ele entrou, avistou Olivia sentada a uma mesa no canto, elegantemente vestida e claramente esperando algo mais daquela noite. Clark, por outro lado, estava decidido a acabar com qualquer dúvida ou expectativa.Ele caminhou até a mesa com passos firmes, mantendo a compostura. Olivia levantou os olhos, esboçando um sorriso encantador, mas o semblante de Clark permaneceu sério. Ele puxou a cadeira, sentando-se de forma direta e sem rodeios.— Olivia, confesso que fiquei surpreso ao saber que você estava em Nova Iorque — começou ele, sua voz baixa, mas firme.Antes que pudesse continuar, Olivia aproveitou o momento para interrompê-lo, sorrindo de maneira sedutora e tocando de leve na mão dele, que estava sobre a mesa.— Sabe, Clark... Eu só queria te agradecer. Você foi tão gentil aquele dia... Quando me levou para casa depois do assalto. Foi um