A maca foi rapidamente empurrada em direção à sala de cirurgia, com a equipe médica concentrada em cada detalhe para garantir o melhor desfecho possível.Na sala de espera, Emma estava aflita, andando de um lado para o outro. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, e ela segurava o telefone firmemente, esperando qualquer notícia. — Por favor, ela precisa ficar bem — murmurou Emma para si, suas mãos tremendo enquanto segurava uma garrafa de água que nem lembrava de ter comprado. A noite estava apenas começando, mas para Aline, era uma batalha pela vida — dela e de seu bebê.Depois de horas de intensa cirurgia, a tensão finalmente começou a ceder na sala de operação. Dr. Mendez, agora com os braços cansados, mas com a expressão de alívio, deu as últimas instruções à equipe médica. — Conseguimos estabilizar a mãe — anunciou ele, olhando para os rostos atentos de todos ao redor. — Agora precisamos garantir que o bebê tenha todos os cuidados necessários. Ele nasceu muito prematuro
Na manhã seguinte, Dominic e Clark chegaram juntos à Indústrias Parker, ambos com expressões severas e decididas. Era uma manhã de sábado, mas o ar estava carregado de tensão e expectativas. Os dois homens sabiam que aquele dia seria um divisor de águas para a empresa — e para a família.Ao entrar no elevador que os levaria ao andar da diretoria, o destino trouxe uma surpresa: Jones estava lá, já dentro do elevador. Ele ergueu os olhos e abriu um sorriso largo e animado ao ver o tio e o primo.— Tio Dominic! Clark! Que honra encontrá-los tão cedo — disse Jones, com a voz carregada de uma falsa cordialidade que ele dominava tão bem. Ele parecia completamente alheio à tempestade que estava prestes a desabar sobre sua cabeça. — Parece que estamos todos prontos para uma reunião produtiva, não é?Dominic manteve a expressão séria, um leve aceno sendo sua única resposta. Clark, por sua vez, lançou um olhar avaliador ao primo. Não havia sorrisos ou palavras desnecessárias; Clark estava conce
Assim que os diretores executivos deixaram o prédio, Dominic, Clark e Jones seguiram para uma sala menor, acompanhados pelos advogados da empresa. O ambiente estava tenso, e cada palavra parecia carregar um peso insuportável. Dominic acomodou-se na cadeira principal e lançou um olhar firme a Jones, que evitava encará-lo diretamente.Dominic ajustou sua postura e começou, sua voz calma, mas com um tom de autoridade inquestionável:— Jones, vou ser claro. Seu apartamento e parte de sua fortuna serão usados para cobrir os prejuízos que você causou a esta empresa. E como você ainda é um membro da família, estou poupando você de enfrentar as consequências judiciais que outros enfrentaram. Mas não se engane, essa é sua última chance. A partir de agora, você ocupará o cargo de assistente no vigésimo andar. Terá um supervisor e um diretor, e Clark será o seu chefe direto. Com o salário que receberá, alugue um apartamento, pois todas as suas despesas serão de sua responsabilidade daqui em dian
Naquele entardecer, enquanto Clark finalizava os preparativos para o jantar com Olivia, o ambiente no hospital era mais sereno, mas carregado de emoção. Aline, ainda em recuperação, estava em seu quarto, rodeada por aparelhos que monitoravam sua saúde, mas a presença de Emma ao seu lado trazia um conforto imensurável. Emma, com sua disposição inabalável, estava ali como sempre, segurando a mão da amiga, oferecendo palavras de encorajamento e cuidando de cada detalhe.— Aline, você é uma mulher forte — disse Emma, com um sorriso caloroso. — Esse bebê tem muita sorte de ter você como mãe.Aline, com um olhar cansado, mas cheio de ternura, sorriu em resposta. E então, aconteceu o momento que ela tanto aguardava: uma enfermeira entrou no quarto com um pequeno embrulho nos braços.— Senhora Rooth, acho que está pronta para conhecer oficialmente o pequeno guerreiro — anunciou a enfermeira, aproximando-se devagar.Aline sentiu seu coração acelerar. Ao ver o bebê tão pequenino e frágil em sua
O restaurante estava iluminado por luzes suaves, criando um clima aconchegante, mas a tensão entre Clark e Olivia parecia cortar o ar. Assim que ele entrou, avistou Olivia sentada a uma mesa no canto, elegantemente vestida e claramente esperando algo mais daquela noite. Clark, por outro lado, estava decidido a acabar com qualquer dúvida ou expectativa.Ele caminhou até a mesa com passos firmes, mantendo a compostura. Olivia levantou os olhos, esboçando um sorriso encantador, mas o semblante de Clark permaneceu sério. Ele puxou a cadeira, sentando-se de forma direta e sem rodeios.— Olivia, confesso que fiquei surpreso ao saber que você estava em Nova Iorque — começou ele, sua voz baixa, mas firme.Antes que pudesse continuar, Olivia aproveitou o momento para interrompê-lo, sorrindo de maneira sedutora e tocando de leve na mão dele, que estava sobre a mesa.— Sabe, Clark... Eu só queria te agradecer. Você foi tão gentil aquele dia... Quando me levou para casa depois do assalto. Foi um
Uma semana havia se passado desde o incidente, e finalmente Aline e seu bebê receberam alta do hospital. Emma, fiel como sempre, a acompanhou até em casa. Ao abrir a porta, Aline ficou sem palavras ao ver o número impressionante de presentes espalhados pela sala. Eram pacotes coloridos e cartões carinhosos, todos enviados pelos colegas de trabalho como demonstração de apoio e carinho.Depois de acomodar o bebê em seu berço, Aline voltou-se para Emma com um sorriso emocionado. — Emma, eu nem sei como te agradecer. Você tem sido um verdadeiro anjo na minha vida. Mas sei que você tem sua própria vida, seu namorado... e mesmo assim ficou ao meu lado todos esses dias. Obrigada pelo carinho e por não me deixar sozinha. Aline se aproximou e envolveu Emma em um abraço caloroso. Emma retribuiu, sentindo o peso das palavras da amiga. Ela sempre admirara Aline: sua resiliência, sua força inabalável diante de todas as adversidades que enfrentara. Perder os pais tão jovem, ser maltratada pela pró
Naquela noite de sábado, enquanto Aline finalmente aproveitava a paz do seu lar, segurando seu bebê com um carinho quase sagrado, algo bem diferente acontecia do outro lado da cidade. Ali, em um luxuoso apartamento no centro de Nova Iorque, um jogo de manipulação estava sendo colocado em prática.Olivia chegou ao prédio com passos calculados. Cada detalhe estava meticulosamente planejado. Ela carregava consigo um envelope, símbolo de sua armação, e seu semblante refletia uma mistura de determinação e frieza. Ao ser anunciada, subiu diretamente ao andar de Clark, sem hesitação.Ao abrir a porta, Clark a recebeu com a gentileza habitual. Ele usava uma camisa casual que deixava clara sua intenção de passar a noite tranquilamente. Sem desconfiar do que estava por vir, ofereceu a ela um lugar no sofá. — Boa noite, Olivia. Quer algo para beber? Talvez um vinho? Ela recusou educadamente, mas com uma firmeza que deixou Clark levemente intrigado. — Obrigada, Clark, mas não pretendo demorar.
Quando Olivia saiu do apartamento de Clark e entrou no elevador, ela sacou o celular com um sorriso satisfeito. Com dedos ágeis, digitou uma mensagem que refletia sua confiança: "Tudo certo, eu o desconcertei e o deixei atordoado com a notícia. Hora de agir." Do outro lado da cidade, Jones estava sentado em um bar discreto quando sentiu o leve vibrar do celular em seu bolso. Ao puxá-lo e ler a mensagem de Olivia, seu rosto se iluminou em um sorriso predatório. Ele soltou uma risada baixa e inclinou-se na cadeira, o olhar fixo em algum ponto distante, já idealizando o próximo passo de sua intrincada conspiração. Sem perder tempo, ele discou para Janine, sua cúmplice. Quando ela atendeu, ele foi direto ao ponto: — Janine, está na hora. Vou visitar meu tio amanhã. Traga os remédios e prepare o médico. Precisamos garantir que tudo ocorra conforme o planejado.Do outro lado da linha, Janine respondeu com um tom firme e calculado: — Entendido. Deixe o resto comigo. Amanhã tudo estará p