Maria Luiza Petrova, conhecida por todos como Malú, carrega um passado sombrio e doloroso. Fugindo da Rússia, ela busca desesperadamente uma nova vida para si mesma e para a pequena Mayla, a menina que depende dela para tudo. Mas escapar não significa estar livre. Viktor Petrova, seu tio adotivo, é um homem cruel e obsessivo que a vê como sua posse, sua "noiva", e fará de tudo para tê-la de volta. No meio da fuga, Malú cruza o caminho de Ravi Castellani um CEO milionário, dono de uma enorme empresa de laticínios. E desde o primeiro olhar, Ravi sente que Malú é diferente. Há algo nela—nos seus olhos atormentados, na sua força silenciosa—que o atrai de um jeito inexplicável. E, mesmo assombrada pelo medo, Malú encontra em Ravi algo que nunca teve antes: proteção, segurança... e um amor avassalador. Mas Viktor não aceitará ser desafiado. Ele quer Malú de volta e não medirá consequências para possuí-la novamente. Entre perseguições implacáveis, segredos obscuros e um amor que desafia o destino, Malú e Ravi terão que lutar contra tudo e todos para finalmente serem livres. Uma história intensa, arrebatadora e cheia de reviravoltas, onde o amor é a maior arma contra as sombras do passado. Será que Malú conseguirá escapar do seu pior pesadelo e viver o amor que sempre mereceu?
Ler maisRavi sabia que Alexandre tinha um fraco por mulheres bonitas, assim como ele. Mas, ao contrário dele, Ravi, era mais seletivo, não saia com mulheres casadas, Alexandre, no entanto não media esforços quando se tratava de uma conquista. E, muitas vezes, isso o colocava em situações complicadas. Olhando para o rosto aflito do amigo, Ravi perguntou, já suspeitando da resposta: — Não me diga que você foi tão indiscreto a ponto de Lívia e Ruana descobrirem? Alexandre coçou a cabeça, em um gesto nervoso, e respondeu: — Elas têm fotos e vídeos... muito comprometedores de Ângela e eu. E isso... — E isso só prova que devemos nos manter muito longe delas! — interrompeu Ravi, firme. — Não quero essas mulheres na minha casa, ainda mais sabendo que... — Sabendo, que o quê? — indagou Alexandre, com a sobrancelha arqueada. Ravi hesitou por um momento, mas logo se recuperou. — Sabendo que... os meus verdadeiros amigos estarão lá. Eu simplesmente não desejo essas mulheres na minha casa.
Ravi estava em seu escritório, imerso no trabalho. A manhã havia sido exaustiva, mas ele não reclamava. Afinal, desde a fusão das duas empresas Baby Bliss e Green Valley, há dois anos, sua carga de trabalho triplicou. Ele sorriu ao se lembrar da vídeo chamada que tivera minutos antes com Eduardo, seu pai, e Natália, sua cunhada. — Ué, filho, por que reclamar? — disse Eduardo, com um sorriso maroto. — Não é você mesmo quem sempre diz: “O trabalho dignifica o homem”... Pois então, aproveite e seja o homem mais digno do mundo! — Ele riu, piscando para Natália, que logo acrescentou:— É, cunhado, ninguém disse que seria fácil! — falou ela, com um tom desafiador, mas carinhoso.Ravi sorriu, sentindo-se aquecido pela leveza daquela conversa. — Me sinto o Hércules ultimamente — respondeu, brincando. — Agora, me digam: como faço para descasar você e o Heitor, hein?Era uma piada recorrente entre eles. Ravi sempre dizia que fora graças ao casamento de Natália e Heitor que as duas empresas r
Viktor olhava para Malú com um olhar fixo, como se ela fosse uma posse sua. — Você é minha, Malú e nunca mais tente escapar de mim porque seja onde for, vou te encontrar, e você vai pagar muito caro por sua fuga entendeu?! — ele disse isso, com o tom de voz baixo e ameaçador. Malú sentiu um arrepio na espinha, seu medo surreal crescendo a cada segundo. Ela tentou se soltar dos seus braços com desespero e nojo, mas Viktor a segurou, com ainda mais força. — Sinto muito, coelhinha, mas jamais vou deixar você partir. Você é minha agora e será para sempre! — Sua voz ecoou pelo quarto, carregada de uma obsessão que fez o ar parecer mais pesado. Malú sentiu o coração acelerar, as paredes se fechando ao seu redor. Não havia escapatória.Ele avançou, às mãos ávidas, rasgando seu vestido em um movimento brusco. As peças menores seguiram o mesmo destino, caindo em farrapos ao chão. Malú se debatia, os olhos inundados de lágrimas, as unhas arranhando sua pele enquanto socava o peito dele com to
CAPÍTULO 12 – ISSO É DESEJO DOENTIO! Quando Malú finalmente alcançou a mansão de Dmitry, ele já estava lá, como uma sombra que não podia ser escapada. Antes que ela pudesse gritar, ele a agarrou pelo pulso, puxando-a com força brutal para um canto escuro do jardim. Seus lábios encontraram os dela com uma luxúria que parecia consumir tudo ao redor. Ele queria mais—muito mais. Cada pedaço dela, cada suspiro, cada tremor. E quanto mais ela resistia, mais o desejo sombrio dentro dele crescia, alimentado pela luta inútil dela.Mas, como se o destino insistisse em brincar com ele, outra interrupção surgiu. Uma voz familiar ecoou pelo jardim, cortando o ar pesado como uma faca.— Malú, onde você está, querida? Eu vi você chegar, mas não vi você entrar na mansão! — Era Olga, a governanta, com um tom de preocupação que Viktor achou irritantemente falso.Olga era a única naquela casa que não caía em seu charme. Ele sabia que aquela velha intrometida havia aparecido de propósito, como se senti
Enquanto isso, longe dali... — Maldição, maldição! Como assim não a encontraram? Como podem ser tão burros! A ponto de ser enganados por aquela criança?! — disse Viktor, jogando o seu copo contra a parede enquanto vociferava para os seus homens que estavam de cabeça baixa para eles. Então, um deles se atreveu a falar: — Senhor, a ga… garota fugiu de nós do hotel, porém não voltou para o apartamento que estava, para buscar as suas coisas. Então, não fazemos ideia de on.. onde esteja, porém, sabemos que agora ela está realmente sem nada. Tudo que tinha deixou para trás! — E julgam que ela seria tão burra a ponto de voltar por meros trapos velhos? A minha menina é muito esperta e não idiota como vocês. É tão esperta que já enganou vocês várias vezes, seus imbecis! Droga! E agora, por suas incompetências, terei que refazer as investigações para saber para onde ela foi! — falou Viktor, aborrecido, segurando o homem pelo colarinho. Então o jogou no chão e com a faca que havia em sua mã
Ravi notou o silêncio dela por alguns instantes, como se estivesse lutando contra seus próprios pensamentos. Com delicadeza, ela pegou a garotinha dos braços dele, beijando-lhe a cabecinha adormecida. Sentiu a leveza do corpinho infantil se aconchegando e, então, tentou lhe dar uma justificativa aceitável: — Por causa de May. Acredito que o interior seja um lugar melhor para criá-la.Mas Lara Ravi aquelas palavras soaram falsas. Percebeu no mesmo instante que era uma mentira. Não uma mentira qualquer, mas uma que parecia gritar por socorro. Era como se conseguisse enxergar através dela, como se a conhecesse há anos e cada uma de suas mentiras estivesse escrita em sua expressão. Ravi se inclinou ligeiramente para frente, fitando-a com intensidade. — E sobre seu patrão abusivo? Não pretende procurar seus direitos? Posso te ajudar com isso, conheço bons advogados trabalhistas… Malú balançou a cabeça apressadamente, quase como um reflexo automático. — Não! Não é necessário. Já decid
Malú corou e murmurou um "obrigada", ainda sentindo-se deslocada. Porém, gostou muito de Gabriela e percebeu que May olhava a todos com os olhinhos curiosos, como se já os conhecesse também. Então, baixando a cabeça, falou envergonhada: — Podem me chamar somente de Malú! — Agora que estamos todos apresentados, posso te chamar só de Malú também? — perguntou Ravi. Ela hesitou, então baixou a cabeça e falou num fio de voz: — Sim, Pode sem problemas… — Ótimo! Prefiro assim, Malú. Também pode me chamar somente de Ravi — falou ele, sorrindo. Camila então falou: — Quanto a mim, prefiro Cami. Mas diga-me, Malú, está melhor? — Sim, senhora estou e... aham... poderia ajudar-me a fazer algo para a minha bebê comer? Ela está com fome e... — Claro, Gabriela pode ajudá-la?! — disse Camila. — Sim, claro! Venha, vamos ver o que temos na geladeira de bem nutritivo para essa garotinha ficar ainda mais forte! — falou Gabriela, olhando para a bebê que já estava novamente no colo de
Naquele momento, ao sentir o olhar afiado de Ravi a tensão de Malú era visível, ela engoliu em seco ao ouvir as palavras dele, sentindo seu coração acelerar. O olhar firme dele a atravessava como se pudesse ver além das suas palavras hesitantes, Ravi a encarou e respondeu com franqueza: — É visível que está fugindo de alguém, porém, tenho toda a certeza de que não é da polícia. Malú sentiu um frio na espinha. Apertou instintivamente os dedos contra a barra do lençol que ainda a cobria. — Por que diz isso? — Sua voz soou mais fraca do que ela gostaria. Ravi inclinou-se levemente para frente, apoiando os cotovelos sobre os joelhos, sem desviar o olhar. — Porque esse alguém a machucou. Muito. E, pelo jeito, ainda quer machucá-la. Ela arregalou os olhos e, sem perceber, segurou a respiração. A mente dela disparava, tentando encontrar uma resposta convincente. — Não, senhor Castellani, acredite está enganado, não é bem assim eu... eu estava fugindo sim, mas não… — começou a dizer M
Um arrepio percorreu sua pele quando percebeu que estranho também estava acordando. Ele abriu os olhos devagar, piscando algumas vezes antes de focar nela. Um sorriso suave curvou seus lábios, e, ao contrário do que esperava, sua expressão não demonstrava ameaça, apenas um misto de curiosidade e gentileza. — Bom dia, senhorita! Por favor, não precisa ter medo. Está segura aqui. Está se sentindo melhor? — perguntou Ravi, a sua voz estava ainda rouca pelo sono, mas ainda assim firme e acolhedora. Malú engoliu em seco, porém a sua garganta seca dificultava a sua fala naquele momento. O medo ainda pulsava em suas veias, principalmente ao lembrar-se da ameaça anterior dele de chamar a polícia, ela inicialmente ficou sem saber o que responder. Não entendia por que ele estava sendo tão gentil agora. Mas a preocupação com May era maior, por isso respondeu: — Bom dia si... sim estou! — murmurou ela hesitante. Seus olhos não desgrudavam da pequena que estava nos braços dele, seu instin