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CAPÍTULO 5 – UM CHORO DE BEBÊ?

Enquanto dirigia suavemente lembrou que quando chegou à festa, Alexandre perguntou se ele havia realmente comprado o carro que tanto desejava, pois sabia do alto valor do tal carro. Mas já sabia a resposta, afinal conhecia a paixão de Ravi por carros modernos e caros.

Ao olhar para o painel do carro e todo o seu interior, Ravi levantou a sobrancelha e sorriu, ao lembrar o que conversou algumas horas atrás com Alexandre:

— Sim, e ainda está com cheirinho de carro novo!

— Se continuar assim, não sei onde irá conseguir estacionamento para tantos carros?

— Também não é assim, amigo — respondeu Ravi. — Comprei esse por algo em especial que os outros não têm.

— E o que seria? — Perguntou curioso o seu amigo.

— Espaço... e conforto — murmurou, lembrando-se do motivo pelo qual havia escolhido aquele modelo específico. — Sou uma pessoa bastante espaçosa e preciso disso para me sentir realmente confortável. Além disso, o vendedor me mostrou o quanto ele era moderno, de toque automático e veloz. E com todo aquele espaço, ele se torna excelente para passear com uma gata, ou quem sabe duas! Afinal, o papai aqui tem o coração tão espaçoso quanto o seu próprio carro!

Alexandre deu uma enorme gargalhada. E Ravi ria ao lembrar as gargalhadas do seu amigo, mas realmente nunca escondeu de ninguém quais eram as suas duas maiores paixões: "Carro e mulher!" Pensou ele.

E enquanto recordava tudo aquilo manobrava suavemente o carro para fora do estacionamento. Estava ansioso para chegar em casa e relaxar.

Porém, enquanto seguia por uma via um pouco movimentada, foi que ele percebeu algo que o fez franzir a testa. Um cheiro adocicado e inesperado se espalhou pelo carro.

Ravi respirou fundo, tentando identificar o aroma. Não era couro, nem o cheiro característico do motor. Era algo mais sutil, envolvente...

— Perfume de morango? — sussurrou ele.

Virou a cabeça levemente, tentando localizar a origem do cheiro. Ravi franziu a testa, tentando lembrar se havia pedido para o seu motorista comprar algum perfume novo para o carro. Mas não se lembrava de nada. Então, de onde vinha aquele perfume?

O sinal vermelho fez Ravi reduzir a velocidade. Por reflexo, olhou pelo retrovisor, franzindo o cenho ao perceber que o perfume doce ainda impregnava o ar dentro do carro. Não era um aroma qualquer—era feminino, envolvente, como morangos frescos misturados com um toque suave de baunilha.

Ele inspirou novamente, ao sentir a fragrância se intensificar. "Será que algum ladrão, ou melhor, ladra entrou no meu carro?", pensou enquanto olhava em todas direção do interior do carro pra ver se não havia nenhum frasco de perfume lá.

Mas descartou a ideia imediatamente. O sistema de segurança não havia acusado nenhuma invasão, e o estacionamento do prédio possuía câmeras. Se algo suspeito tivesse acontecido, ele já teria sido avisado. Além disso, não havia qualquer sinal de arrombamento.

O sinal abriu, e ele seguiu adiante, mas o incômodo permaneceu. Havia algo errado.

Cerca de uma hora depois, ao entrar na propriedade de sua mansão, ele ainda não conseguia se livrar da estranha sensação. O longo caminho até a entrada principal estava escuro, iluminado apenas pelas discretas luzes do jardim, e a garoa fina que sobrara da tempestade anterior ainda umedecia a estrada de pedras.

Foi quando um som inesperado cortou o silêncio. O corpo de Ravi tencionou. Ele pisou no freio de uma vez, o carro deslizou alguns centímetros antes de parar completamente.

"Ouvi certo?" Se perguntou ele com um olhar tenso e fixo no espelho retrovisor. Então o som veio de novo, um choro abafado e trêmulo. Dessa vez, o som estava um pouco mais claro.

— É um... choro de bebê realmente! — Confirmou ele aborrecido e incrédulo, enquanto sentia o seu coração acelerar, e uma corrente de adrenalina disparar por suas veias, misturando raiva e indignação.

Ainda parado dentro do carro pensou: "Seria realmente possível alguém ter colocado um bebê dentro do meu porta-malas?”

Porém o choro que veio, baixo inicialmente, em questão de segundos, se tornou um grito claro e desesperado.

— O que diabos estava acontecendo? — sussurrou ele.

Sem perder tempo, saiu do carro e caminhou até a traseira, cada passo dele que ecoava no silêncio da noite misturado a umidade do ar tornava a atmosfera pesada, bem como tudo muito inusitado.

Porém ao ouvir o choro infantil com ainda mais nitidez, Ravi sentiu o seu coração bater acelerado enquanto se aproximava da traseira do carro. Com a mão firme, hesitou por um instante antes de abrir o porta-malas.

Engolindo em seco, destravou-o. A tampa se ergueu suavemente, revelando uma visão que fez seu corpo congelar... E seus olhos se arregalar, enquanto fixava-se na figura dentro do compartimento, e por um momento, sua mente recusou-se a processar o que via.

Uma jovem mulher, encolhida, segurava um bebê contra o peito. Seus olhos verdes estavam arregalados, refletindo um misto de medo, alívio e confusão. O bebê, de pele rosada e cabelos escuros, chorava com desespero, as mãozinhas pequenas se fechando e abrindo freneticamente.

Ravi piscou, tentando se convencer de que não estava delirando. Seu cérebro lutando para juntar as peças.

"Como isso é possível?!", pensou.

A mulher diante dele respirava ofegante, segurando a

criança com força, como se o pequeno corpo frágil fosse sua única âncora na realidade. Mas algo mais capturou sua atenção — o perfume. Era dela.

O mesmo cheiro doce que o atormentara durante todo o trajeto. Por um instante, o tempo pareceu desacelerar. Ele observou cada detalhe da desconhecida. Os cabelos longos e escuros grudados na pele úmida, a roupa amarrotada, os lábios trêmulos. Seus olhos, grandes e expressivos, eram idênticos aos do bebê.

Quando Malú ainda dentro do porta malas do carro viu o dono observando-a com um olhar totalmente incrédulo, foi como se seu mundo tivesse parado. Na sua mente, criou-se um misto de medo e alívio: medo porque não sabia qual seria o próximo passo dele, alívio por ter saído daquele sufoco e poder sentir a pequena finalmente se consolar em seus braços

Por outro lado, para Ravi também não era diferente. Diante dos seus olhos, ele viu uma bela mulher de olhos verdes e assustados sair do seu porta-malas com um bebê. Tudo parecia tão irreal.

Quando a mulher toda encolhida saiu de vez do porta-malas com o bebê no colo. Ele piscou novamente, afastando o torpor e perguntou:

— Quem é você? — Sua voz saiu firme, mas sem agressividade. — O que faz no meu carro? E como conseguiu entrar?

A mulher o encarou com uma mistura de espanto e medo. Seu peito subia e descia de forma irregular, e Ravi viu as lágrimas brilhando em seus olhos, como se estivesse à beira do colapso.

Ele sentiu um impulso estranho de protegê-la, mas sua razão gritava mais alto, e ainda estava confuso e intrigado com a situação, por isso falou novamente:

— Perguntei quem é você?

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