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CAPÍTULO 4 – O DESESPERO DE MALÚ

Malú sentiu o coração disparar ao perceber que o carro estava em movimento, e provavelmente já havia saído do estacionamento. Afinal, ela podia ouvir o barulho de outros carros à sua volta, o suave balanço da estrada, o som abafado de motores roncando ao redor e as buzinas esporádicas confirmavam que não estavam mais no estacionamento.

A angústia apertava seu peito como um laço se fechando. Seu primeiro impulso foi gritar, pedir para parar, mas rapidamente descartou a ideia. Se o motorista fosse o dono do carro, poderia pensar que ela era uma ladra tentando se esconder. E, pior ainda, os homens de Viktor podiam estar nas proximidades. Seu desaparecimento não passaria despercebido por muito tempo, e se a encontrassem... não queria nem imaginar.

Sentindo o suor frio escorrer por sua testa, fechou os olhos, então começou a orar pela ajuda de Deus.

"Deus, por favor! Nos ajude!", sussurrou baixinho:

— Deus, por favor! Nos ajude!

No escuro do porta-malas, Malú tentou acalmar a respiração, contando mentalmente os segundos.

Malú novamente tentou manter a calma, então pensou que assim que o motorista parasse, sairia de lá correndo o máximo que pudesse com a pequena.

Mas, então, um som a fez congelar, a pequena começou a se agitar. O ambiente desconhecido, os ruídos da cidade e a trepidação do carro despertaram a menina. Primeiro, apenas um resmungo. Depois, os olhos dela se abriram, brilhando em meio à penumbra. Confusa, piscou algumas vezes antes de começar a choramingar baixinho.

— Shhh, pequena... — Malú sussurrou, segurando-a com delicadeza, tentando embalar seu corpinho.

Mas não adiantou. O choro ficou mais alto, ecoando no porta-malas, misturando-se aos ruídos externos. Malú prendeu a respiração. Ela sabia que seria impossível para o dono do carro não ouvir o choro da garota, visto que ela agora chorava a plenos pulmões

E então, sentiu quando o carro freou bruscamente. Seu corpo foi lançado levemente para frente, e o choro da menina se tornou um grito assustado. O motor ainda roncava suavemente, mas tudo indicava que haviam parado.

Segundos depois, ouviu o som de uma porta batendo e passos firmes rodeando o veículo. O barulho de um chaveiro tilintando preencheu o silêncio repentino, e então um clique metálico anunciou que o porta-malas estava prestes a ser aberto. Malú prendeu a respiração. Preparou-se para o pior.

Algumas horas antes...

A cobertura do hotel de luxo em Goiás pulsava com música eletrônica. Os graves intensos faziam o chão vibrar, como se acompanhassem as batidas aceleradas dos corações ali presentes. Luzes de néon piscavam em tons de roxo, azul e vermelho, refletindo nos copos cheios de bebidas coloridas e nos corpos que se moviam ao ritmo da festa.

A festa de Alexandre ainda estava muito animada, e apesar de ainda ser cedo com certeza passaria da meia-noite, pois ao que tudo indicava não tinha hora para acabar.

Naquele momento recostado no sofá de couro branco, Ravi Castellani exalava uma aura de sofisticação e poder. Seu físico esguio e atlético era realçado pelo terno impecavelmente cortado, que parecia ter sido feito sob medida para destacar suas linhas retas e angulares. Seus olhos verdes brilhavam com uma intensidade marcante.

E os cabelos loiro, cortado com precisão, enquadrava seu rosto com perfeição. A pele morena, bronzeada por horas passadas ao ar livre, adicionava um toque de masculinidade ao seu já impressionante físico.

Mas era sua presença que verdadeiramente o tornava notável. Uma aura de confiança e autoridade o envolvia, como se ele fosse o dono do lugar. E, de certa forma, ele era. Ravi era o tipo de homem que comandava atenção sem precisar fazer esforço.

No entanto, aquele momento ele não estava só, afinal ele estava cercado por duas figuras bem conhecidas: Lívia e Ruana. Uma mulher loira de cabelos longos e brilhantes, um vestido justo realçando suas curvas. A outra, ruiva de olhos esverdeados que pareciam pedras preciosas sob a luz vibrante. Ambas tinham sorrisos provocantes e estavam sempre juntas – inseparáveis. Diziam as más línguas que elas, muitas vezes, adoravam dividir o mesmo homem ao mesmo, bem fosse ou não verdade, Ravi não poderia dizer, porém, já havia saído com ambas alternadamente e se quisessem também sairia com as duas na mesma noite.

"E por que não? Já havia feito aquilo antes com outras mulheres, porque não com as suas queridas amigas?" pensou RAVI, enquanto olhava para as duas mulheres.

Normalmente, Ravi gostava desse jogo de olhares e insinuações, mas naquela noite, algo parecia diferente. Na verdade, ele estava até mesmo bastante entediado.

O perfume adocicado de Lívia misturava-se ao cheiro de álcool e suor no ar, mas nem isso o prendia. As conversas eram previsíveis, recheadas de duplos sentidos que, em outra ocasião, o teriam entretido.

Visto que com frequência, tais conversas o excitava, mas naquele momento, pareciam apenas um ruído a mais em meio à música ensurdecedora e o estavam aborrecendo. Tanto que resolveu voltar para a sua mansão, queria dormir e descansar, afinal, amanhã teria um longo dia de trabalho.

Suspirou e tomou um gole de sua bebida, sentindo o líquido queimar levemente na garganta.

— Ravi? — Ruana sussurrou perto de seu ouvido, a voz macia e sedutora.

Ele desviou o olhar da pista de dança e a encarou, sem muito interesse.

— Acho que vou nessa — disse, deixando o copo sobre a mesa.

As duas mulheres se entreolharam, surpresas.

— O quê? — Lívia franziu a testa. — Mas ainda é cedo!

— Amanhã tenho um dia cheio — respondeu com um meio sorriso.

Afastando-se delas conseguiu se livrar das suas intenções, então procurou seu amigo Alexandre, o dono da festa. Encontrou-o perto do bar, rindo com alguns conhecidos.

Chamou-o à parte e agradeceu pelo convite, disse que já estava indo. Seu amigo estranhou bastante, viu que como sempre Ravi estava cercado pelas garotas mais bonitas da festa, e como sempre deixando os amigos a ver navios. Porém, naquele momento, dava um toco em todas elas, e pelo olhar delas, principalmente de Lívia e Ruana, Ravi as deixou aborrecidas. No entanto, já conhecia o seu amigo e sabia que quando ele decidia algo, ninguém o fazia mudar de opinião.

— Mas já, tão cedo amigo? — Alexandre arqueou a sobrancelha.

— Sim, tenho minhas responsabilidades amigo — respondeu ele.

Porém, antes de sair, Ravi o convidou para uma pequena social à beira da piscina que realizaria no final de semana na sua mansão. Afinal, depois de um bom tempo, Ravi decidiu vender o seu apartamento e morar na mansão que Eduardo seu pai deu para ele. Não somente ele, convidou alguns outros amigo também .

— Mas no fim de semana, vou fazer uma social na minha nova casa. Você vem, certo?

O rosto de Alexandre se iluminou, então comentou:

— Até que enfim! Você percebeu que tem que se divertir um pouco, afinal nem tudo na vida se resume a trabalho, você precisa se divertir mais, cara!

— É o que pretendo. — Ravi sorriu. — Aproveitar melhor a vida, principalmente com os meus amigos, é por isso que estou te convidando e peço que não falte em?

— Pode deixar, não faltarei por nada, ainda mais sabendo o quanto de gatas você convidou para esta social à beira da piscina! — Falou piscando Alexandre para ele.

Ravi sacudiu a cabeça e também sorriu, pensando que Alexandre não tinha jeito mesmo, era muito pegador e irresponsável.

Após as despedidas, deixou para trás a agitação da festa e desceu até o estacionamento. O silêncio do local era um alívio bem-vindo depois da barulheira da cobertura. Caminhou até seu carro, um modelo luxuoso que ainda exalava aquele inconfundível cheiro de novo. As luzes do teto refletiam na lataria impecável, destacando o design arrojado e moderno.

Ao entrar e ligar o motor, sentiu a potência suave da máquina vibrar sob suas mãos.

"Que maravilha", pensou, manobrando para sair.

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