Início / Romance / O CEO E A NOIVA FUGITIVA DO MAFIOSO / CAPÍTULO 3 – PERFUME DE MORANGO?
CAPÍTULO 3 – PERFUME DE MORANGO?

Algumas horas antes...

A cobertura do luxuoso hotel Duna, em Goiás, pulsava com música eletrônica. Os graves intensos faziam o chão vibrar, como se acompanhassem as batidas aceleradas dos corações ali presentes.

A festa de Alexandre ainda estava muito animada, e apesar de ainda ser cedo e com certeza passaria da meia-noite, pois ao que tudo indicava não tinha hora para acabar.

Ravi estava encostado em um dos sofás de couro branco, cercado por duas figuras bem conhecidas: Lívia e Ruana. Uma loira de cabelos longos e brilhantes, um vestido justo realçando suas curvas. A outra, ruiva de olhos esverdeados. Ambas tinham sorrisos provocantes e estavam sempre juntas – inseparáveis, diziam as más línguas que elas, muitas vezes, adoravam dividir o mesmo homem ao mesmo, bem fosse ou não verdade, Ravi não poderia dizer, porém, já havia saído com ambas alternadamente e se quisessem também sairia com as duas na mesma noite.

"E por que não? Já havia feito aquilo antes com outras mulheres, porque não com as suas queridas amigas?" pensou Ravi, enquanto olhava para as duas mulheres.

Normalmente, Ravi gostava desse jogo de olhares e insinuações, mas naquela noite, algo parecia diferente. Na verdade, ele estava até mesmo bastante entediado.

O perfume adocicado de Lívia misturava-se ao cheiro de álcool, não o prendia mais. As conversas eram previsíveis, recheadas de duplos sentidos que, em outra ocasião, o teriam entretido.

Visto que com frequência, tais conversas o excitava, mas naquele momento, pareciam apenas um ruído a mais em meio à música ensurdecedora e o estavam aborrecendo. Tanto que resolveu voltar para a sua mansão, queria dormir e descansar, afinal, amanhã teria um longo dia de trabalho.

Suspirou e tomou um gole de sua bebida, sentindo o líquido queimar levemente na garganta.

— Ravi? — Ruana sussurrou perto de seu ouvido, a voz macia e sedutora.

Ele desviou o olhar da pista de dança e a encarou, sem muito interesse.

— Acho que vou nessa — disse, deixando o copo sobre a mesa.

As duas mulheres se entreolharam, surpresas.

— O quê? — Lívia franziu a testa. — Mas ainda é cedo!

— Amanhã tenho um dia cheio — respondeu com um meio sorriso.

Afastando-se delas conseguiu se livrar das suas intenções, então procurou seu amigo Alexandre, o dono da festa. Encontrou-o perto do bar, rindo com alguns conhecidos.

Chamou-o à parte e agradeceu pelo convite, disse que já estava indo. Seu amigo olhou na direção das duas amigas de Ravi e ambas pareciam aborrecidas, no entanto, já conhecia o seu amigo e sabia que quando ele decidia algo, ninguém o fazia mudar de opinião.

— Mas já, tão cedo amigo? perguntou Alexandre arqueando a sobrancelha.

— Sim, tenho minhas responsabilidades amigo — respondeu ele.

Porém, antes de se sair, Ravi o convidou para uma pequena social à beira da piscina que realizaria no final de semana na sua mansão. Afinal, depois de um bom tempo, Ravi decidiu vender o seu apartamento e morar na mansão que Eduardo seu pai deu para ele. Não somente ele, convidou alguns outros amigo também .

— Mas no fim de semana, vou fazer uma social na minha nova casa. Você vem, certo?

O rosto de Alexandre se iluminou, então comentou:

— Até que enfim! Você percebeu que tem que se divertir um pouco, afinal nem tudo na vida se resume a trabalho, você precisa se divertir mais, cara!

— É o que pretendo. — Ravi sorriu. — Aproveitar melhor a vida, principalmente com os meus amigos, é por isso que estou te convidando e peço que não falte em?

— Pode deixar, não faltarei por nada, ainda mais sabendo o quanto de gatas você convidou para esta social à beira da piscina! — Falou piscando Alexandre para ele.

Ravi sacudiu a cabeça e também sorriu, pensando que Alexandre não tinha jeito mesmo, era muito pegador e irresponsável.

Após as despedidas, deixou para trás a agitação da festa e desceu até o estacionamento. O silêncio do local era um alívio bem-vindo depois da barulheira da cobertura. Caminhou até seu carro, um modelo luxuoso que ainda exalava aquele inconfundível cheiro de novo. As luzes do teto refletiam na lataria impecável, destacando o design arrojado e moderno.

Ao entrar e ligar o motor, sentiu a potência suave da máquina vibrar sob suas mãos.

"Que maravilha", pensou, manobrando para sair.

Enquanto dirigia suavemente lembrou que quando chegou à festa, Alexandre perguntou se ele havia realmente comprado o carro que tanto desejava, pois sabia do alto valor do tal carro. Mas já sabia a resposta, afinal conhecia a paixão de Ravi por carros modernos e caros.

Ao olhar para o painel do carro e todo o seu interior, Ravi levantou a sobrancelha e sorriu, ao lembrar o que conversou algumas horas atrás com Alexandre:

— Sim, e ainda está com cheirinho de carro novo!

Comprei esse por algo em especial que os outros não têm.

— E o que seria? — Perguntou curioso o seu amigo.

— Espaço... e conforto — murmurou, lembrando-se do motivo pelo qual havia escolhido aquele modelo específico. — Sou uma pessoa bastante espaçosa e preciso disso para me sentir realmente confortável. Além disso, o vendedor me mostrou o quanto ele era moderno, de toque automático e veloz. E com todo aquele espaço, ele se torna excelente para passear com uma gata, ou quem sabe duas! Afinal, o papai aqui tem o coração tão espaçoso quanto o seu próprio carro!

Alexandre deu uma enorme gargalhada. E Ravi ria ao lembrar as gargalhadas do seu amigo, mas realmente nunca escondeu de ninguém quais eram as suas duas maiores paixões: "Carro e mulher!" Pensou ele.

Aliás o que se tornava uma constante preocupação de Diana sua mãe, afinal ela sempre desejou que Ravi e encontrasse alguém por quem ele se apaixonasse, mas era quase impossível, pois como o Ravi falou para Alexandre seu coração era grande demais para uma só garota.

E enquanto pensava em tudo aquilo, manobrava suavemente o carro para fora do estacionamento. Estava ansioso para chegar em casa e relaxar.

Porém, enquanto seguia por uma via um pouco movimentada, foi que ele percebeu algo que o fez franzir a testa. Um cheiro adocicado e inesperado se espalhou pelo carro.

Ravi respirou fundo, tentando identificar o aroma. Não era couro, nem o cheiro característico do motor. Era algo mais sutil, envolvente...

— Perfume de morango? — sussurrou ele.

Virou a cabeça levemente, tentando localizar a origem do cheiro. Ravi franziu a testa, tentando lembrar se havia pedido para o seu motorista comprar algum perfume novo para o carro. Mas não se lembrava de nada. Então, de onde vinha aquele perfume?

O sinal vermelho fez Ravi reduzir a velocidade. Por reflexo, olhou pelo retrovisor, franzindo o cenho ao perceber que o perfume doce ainda impregnava o ar dentro do carro. Não era um aroma qualquer—era feminino, envolvente, como morangos frescos misturados com um toque suave de baunilha.

Ele inspirou novamente, ao sentir a fragrância se intensificar. "Será que algum ladrão, ou melhor, ladra entrou no meu carro?", pensou enquanto olhava em todas direção do interior do carro pra ver se não havia nenhum frasco de perfume lá.

Mas descartou a ideia imediatamente. O sistema de segurança não havia acusado nenhuma invasão, e o estacionamento do prédio possuía câmeras. Se algo suspeito tivesse acontecido, ele já teria sido avisado. Além disso, não havia qualquer sinal de arrombamento.

O sinal abriu, e ele seguiu adiante, mas o incômodo permaneceu. Havia algo errado.

Cerca de uma hora depois, ao entrar na propriedade de sua mansão, ele ainda não conseguia se livrar da estranha sensação. O longo caminho até a entrada principal estava escuro, iluminado apenas pelas discretas luzes do jardim, e a garoa fina que sobrara da tempestade anterior ainda umedecia a estrada de pedras.

Foi quando um som inesperado cortou o silêncio. O corpo de Ravi tencionou. Ele pisou no freio de uma vez, o carro deslizou alguns centímetros antes de parar completamente.

Continue lendo no Buenovela
Digitalize o código para baixar o App

Capítulos relacionados

Último capítulo

Digitalize o código para ler no App