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CAPÍTULO 2 – ESTOU ATRÁS DE EMPREGO

E quando entrou correndo não observou direito, então trombou com seu pai. Dimitry segurou seus ombros, evitando que ela caísse.

— Calma querida, para que tanta pressa? O que houve? Por que você está chorando?

Ela abriu a boca para contar. Para gritar a verdade. Mas ao olhar para fora, viu o carro de Viktor se aproximando. Seu coração congelou.

— Não se preocupe pai. Falou ela forçando um sorriso, tentando esconder a verdade. — é coisa de menina, estou apenas sentindo uma leve dorzinha aqui e preciso correr para o meu quarto. — Falou ela, fazendo gestos enquanto tocava a própria barriga.

O seu pai sorriu-lhe, sem jeito, enquanto Viktor se aproximava por trás dele, e lançou a ela um olhar frio de alerta. Dmitry então disse:

— Eee, filha, então se é coisa de menina, papai é um completo ogro. Mas a sua mãe já chegou do trabalho. Vou falar com ela para te ajudar. Mas olha, se estiver com muita dor, posso te levar ao médico, meu anjo.

Falou ele, ainda preocupado.

— Não, pai, não é necessário. Só preciso de um descanso. Já vai passar. Não se preocupe!

Disse ela, saindo de lá apressadamente, Dmitry sorriu suavemente, imaginando que por ser coisa de menina ela não queria falar com ele, sem imaginar que na verdade o próprio diabo estava atrás dele, e era dele que Malú fugia.

Porém, enquanto subia as escadas, chorava por se sentir tão fraca e tão covarde e se calar diante daquele monstro. E antes de entrar no seu quarto, ela ainda ouviu a forma cordial como ele cumprimentou o seu pai, enquanto Dmitry demonstrava estar feliz com a sua presença, sem sequer imaginar o monstro que ele era.

— Dmitry, que prazer revê-lo! Como está a família?

Seu pai, sem suspeitar de nada, respondeu animado, demonstrando alegria com a presença daquele monstro.

Malú sentiu um aperto no peito, as pernas trêmulas mal conseguiam sustentá-la, mas ela não podia parar. Subiu os degraus às pressas, com o coração despedaçado e os olhos marejados, tentando ignorar o fato de que Viktor ainda estava ali, se infiltrando na sua vida, manipulando tudo ao seu redor.

Ela entrou no quarto e trancou a porta. Encostou-se nela, deslizando até o chão, enquanto o peso do medo esmagava seu peito. Abraçou os próprios joelhos, sentindo as lágrimas quentes deslizarem pelo rosto.

E, pela primeira vez, permitiu-se sussurrar para si mesma:

— Por que, não tenho coragem de falar nada para os meus pais? Por que tenho tanto medo de Viktor?

Queria muito contar para eles, porém já sabia a resposta às suas perguntas. Temia por seus pais e era por isso que não contava nada a eles. Somente ela sabia realmente quem ele era. Seus pais jamais perceberam a maldade por trás da sua aparência cortês e educada.

De volta ao presente…

Naquele pequeno apartamento abafado, Malú sentiu uma onda de desespero e fúria crescer dentro dela. O medo sempre esteve ali, espreitando, mas ela não fugiria mais. Precisava encontrar um jeito de derrotar Viktor.

Malú olhou ao redor, encarando as paredes sujas e os móveis velhos, observa a luz fraca do amanhecer que mal penetrava pela única janela do cômodo que além das cortinas feias e encardidas, ainda era bloqueada por um muro de concreto que impossibilitava tanto a visão como o ar de entrar por ela, tornando aquele ambiente ainda mais pesado, e inapropriado para uma criança. Porém, infelizmente era a única coisa que havia conseguido com seu pouco dinheiro. Ela beijou novamente a testa de May, ouviu o colchão que ficava no canto do cômodo ranger sob o seu peso.

— Eu prometo, meu amor, isso vai acabar! — falou ela sorrindo para a garotinha

A garotinha sorriu inocentemente lhe sorriu de volta, sem entender a gravidade das palavras dela. O estômago de Malú apertou. Pois infelizmente sabia que não podia enfrentar Viktor sozinha. Precisava de ajuda. Precisava de dinheiro. Precisava proteger a si mesma e a pequena May.

Suspirando, voltou a se concentrar nela, ajeitando as roupinhas gastas da menina e penteando seus cabelos macios. Mesmo naquele lugar sufocante, a criança parecia brilhar como um raio de esperança, era como se fosse a sua pequena luz.

— Agora sim, meu amor — sorriu Malú, forçando-se a acreditar em suas próprias palavras. — Finalmente poderemos ser felizes.

Ela já havia feito amizade com a dona do local, a senhora Moreira, uma mulher de pele enrugada e olhos gentis. A senhora observava Malú com compaixão. Enquanto mexia algumas coisas em sua pequena cozinha apertada. Naquela ambiente Malú podia sentir o cheiro de café fresco e pão amanhecido que pairava no ar, enquanto conversavam, porém podia também sentir uma sensação acolhedora de paz.

— Estou procurando emprego — disse Malú, hesitante. — Ainda não sou formada, mas aceito qualquer coisa. Faxineira, doméstica… só preciso de dinheiro para cuidar da minha pequena.

A velha senhora franziu os lábios, pensativa, enquanto mexia o café em uma xícara de louça lascada.

— Querida, soube que o hotel aqui perto está contratando arrumadeiras. Talvez consiga algo lá.

O coração de Malú acelerou.

— Acha que me aceitariam?

— Não custa tentar. E, se conseguir, posso te ajudar com a menina nos primeiros meses, até você encontrar alguém para ficar com ela enquanto você trabalha.

Malú sentiu um nó se formar em sua garganta.

— Senhora Moreira, eu… nem sei o que dizer. A senhora conhece-me há tão pouco tempo e já está sendo tão legal comigo?

A idosa sorriu, um sorriso cheio de histórias e cicatrizes.

— Sei bem como é ser mãe solo, menina. Já passei por isso, mas também tive muita ajuda de amigos. Agora é minha vez de ajudar, pois percebo o quanto cuida bem da sua filha!

Malú sorriu novamente e disse agradecida.

— Obrigada, senhora Moreira. Então, realmente irei amanhã! — falou ela, com as esperanças renovadas.

— Tente. Se não conseguir, não desista. Tente falar diretamente com o dono. Foi assim que Fabiana, a filha da dona Marta, conseguiu. Ela disse que esse senhor é muito compreensivo e bom. Parece que ele também veio de baixo e compreende nós, os pobres. Coisa muito rara de se ver hoje em dia!

No dia seguinte, ao acordar, Malú notou que ainda eram seis da manhã, então bem antes do sol nascer completamente Malú se arrumou, vestiu sua melhor roupa — uma blusa simples e calça jeans desbotada — e saiu em busca da vaga. O vento gelado da manhã cortava sua pele, e ela apertou May contra o peito, protegendo-a do frio.

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