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CAPÍTULO 2 - O DESESPERO DE MALÚ

Ela, ainda com a menina no colo, escondeu-se atrás de uma parede, enquanto via os homens mostrarem a sua foto para a moça, que disse:

— Sinto muito, mas não posso dar informações dos hóspedes do hotel!

— Essa moça não é uma hóspede — dizia um dos homens. — Acreditamos que veio procurar emprego aqui.

— Sendo assim, quem poderá dar-lhes tal informação é somente Rony, o rapaz do RH! — disse um dos funcionários.

Porém, enquanto olhava para frente, a moça avistou Malú, então apontou para ela e falou:

— Vejam, não é a moça que procuram!

Ao perceber aquilo, Malú ficou desesperada e pensou em correr para a porta da frente, porém, sabia que se saísse por lá, provavelmente havia outros lá fora à sua espera. Por isso, segurou a pequena May com força em seu colo, e correu na direção da área de serviço do hotel, com os homens em seu encalço.

Ela não sabia para onde estava indo, mas continuou. Passou pela cozinha, onde o cheiro de carne grelhada e temperos pesados encheu seu nariz, e depois pela lavanderia, onde nuvens de vapor subiam das máquinas barulhentas. Os homens seguiam em seu encalço. Eles não corriam, pois não desejavam chamar atenção demais para si. Ela, porém, corria sem medo, mesmo com a pequena no colo.

Por sorte, ela percebeu quando eles se atrapalharam com dois homens que entravam na lavanderia com três enormes carrinhos de lençóis sujos.

Ela aproveitou e escondeu-se no almoxarifado, visto que naquele momento era a sua única opção. Ao entrar sentiu o cheiro de papelão úmido e produtos de limpeza encheu suas narinas, quando ela se escondeu entre as prateleiras. Com o coração com a cabeça martelando, pensou o que faria a partir dali.

Agradecia ao perceber que a garota estava calma, porém, sabia que a pequena sentiria fome e teria que sair o mais rápido possível daquele hotel. Mas infelizmente não poderia voltar para o seu apartamento, pois tinha certeza de que eles já sabiam onde ela se escondia.

Ela ouviu os passos firmes dos russos se aproximando, suas vozes falando em tons baixos e ameaçadores ao telefone, porém percebeu que eles haviam passado do almoxarifado, e suspirou aliviada, agora tinha que pensar como fugir dos outros que estavam na frente do hotel.

Então, enquanto pensava nisso, alguém entrou no almoxarifado, era um dos funcionário do hotel, que quando a viu lá, falou aborrecido e alto o suficiente para alertar os russos que a procuravam:

— Ei, moça! Não pode ficar aqui, é proibido a entrada de pessoas que não sejam os funcionários!

Ela soube que precisava se mover, então olhando para fora saiu dali. Desesperada sentiu os passos dos russos atrás dela, por isso correu novamente o máximo que podia, deixando o almoxarifado para trás e saindo no estacionamento. O ar frio da noite bateu em seu rosto, mas ela não parou.

A menina já estava bastante sonolenta, o que era incrível visto que ela corria com ela no seu colo. Porém, totalmente alheia a tudo, a garotinha já fechava os pequenos olhinhos.

Ela se abaixou, escondendo-se por trás daqueles carros, ao ouvir passos no estacionamento. Então, os avistou novamente ao longe. Em desespero, ela sentou-se no chão, atrás de um carro que parecia bem grande. Sentindo o cheiro forte de graxa e gasolina. Os russos estavam próximos. O som das solas dos sapatos ecoava no concreto.

Nesse momento, já totalmente desesperada, ela já não sabia mais o que fazer. Então quando ela viu a marca do carro, seu sorriso se iluminou, tirou algo da mochila, com as mãos ágeis e com uma facilidade incrível, conseguiu abrir o porta-malas do carro sem acionar o alarme. O clique da trava em seus ouvidos pareceu como o retumbar de um trovão, mas na verdade foi quase imperceptível.

Malú se enfiou dentro, apertando May contra si, que pela graça de Deus, dormia naquele momento. Ela ainda ouviu os homens falarem em russo e provavelmente era no celular. Eles explicavam que a perderam de vista. Não sabia o que Viktor falou-lhes, mas sabia que ele não era nem um pouco gentil com eles. A voz deles era baixa e ameaçadora, enquanto o som do celular ecoava no estacionamento.

Então, de repente o carro ligou. O som do motor roncando foi como um soco no estômago. O chão parecia estar se movendo sob seus pés, enquanto o carro começava a se afastar do estacionamento. Malú sentiu seu coração bater forte, enquanto tentava manter a calma. O veículo começou a se mover lentamente, ela prendeu a respiração.

Por um instante, seu coração parou. Então, começou a bater tão forte que ela temeu que o som ecoasse dentro do porta-malas apertado. O couro do banco traseiro roçava em sua pele suada, enquanto o ar ali dentro parecia rarefeito, pesado com o cheiro forte de graxa e combustível.

Ela prendeu a respiração quando sentiu o veículo dar um solavanco e começar a se mover. O chão estava desaparecendo sob seus pés. Cada metro que o carro avançava a fazia se sentir mais perdida, mais vulnerável. Aonde estava indo? Quem estava dirigindo? E se parassem o carro e descobrissem ela e May ali dentro?

Um nó apertou seu estômago. Sua mente rodava, cheia de perguntas sem resposta. Cada pequeno solavanco da estrada fazia sua ansiedade crescer. O espaço escuro e apertado ao seu redor parecia se fechar mais e mais, como se estivesse sendo engolida.

Ela precisava manter a calma. Precisava pensar.

O calor do corpo adormecido de May contra seu peito era sua única âncora. O peito da menina subia e descia devagar, seu rostinho relaxado, alheio ao perigo. Malú fechou os olhos por um momento, tentando conter o pânico. Ela precisava de um plano. E rápido.

Malú sentiu o coração disparar ao perceber que o carro estava em movimento, e provavelmente já havia saído do estacionamento. Afinal, ela podia ouvir o barulho de outros carros à sua volta, o suave balanço da estrada, o som abafado de motores roncando ao redor e as buzinas esporádicas confirmavam que não estavam mais no estacionamento.

A angústia apertava seu peito como um laço se fechando. Seu primeiro impulso foi gritar, pedir para parar, mas rapidamente descartou a ideia. Se o motorista fosse o dono do carro, poderia pensar que ela era uma ladra tentando se esconder. E, pior ainda, os homens de Viktor podiam estar nas proximidades. Seu desaparecimento não passaria despercebido por muito tempo, e se a encontrassem... não queria nem imaginar.

Sentindo o suor frio escorrer por sua testa, fechou os olhos, então começou a orar pela ajuda de Deus.

"Deus, por favor! Nos ajude!", sussurrou baixinho

No escuro do porta-malas, Malú tentou acalmar a respiração, contando mentalmente os segundos.

Malú novamente tentou manter a calma, então pensou que assim que o motorista parasse, sairia de lá correndo o máximo que pudesse com a pequena.

Mas, então, um som a fez congelar, a pequena começou a se agitar. O ambiente desconhecido, os ruídos da cidade e a trepidação do carro despertaram a menina. Primeiro, apenas um resmungo. Depois, os olhos dela se abriram, brilhando em meio à penumbra. Confusa, piscou algumas vezes antes de começar a choramingar baixinho.

— Shhh, pequena... — Malú sussurrou, segurando-a com delicadeza, tentando embalar seu corpinho.

Mas não adiantou. O choro ficou mais alto, ecoando no porta-malas, misturando-se aos ruídos externos. Malú prendeu a respiração. Ela sabia que seria impossível para o dono do carro não ouvir o choro da garota, visto que ela agora chorava a plenos pulmões

E então, sentiu quando o carro freou bruscamente. Seu corpo foi lançado levemente para frente, e o choro da menina se tornou um grito assustado. O motor ainda roncava suavemente, mas tudo indicava que haviam parado.

Segundos depois, ouviu o som de uma porta batendo e passos firmes rodeando o veículo. O barulho de um chaveiro tilintando preencheu o silêncio repentino, e então um clique metálico anunciou que o porta-malas estava prestes a ser aberto. Malú prendeu a respiração. Preparou-se para o pior.

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