No Coração da Lavoura

No Coração da LavouraPT

Romance
Vania Grah  concluído
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Resumo
Índice

Num recanto distante do interior, onde as lavouras se estendem até onde a vista alcança, dois corações marcados pela vida encontram refúgio. Ele, viúvo e dono de uma fazenda que guarda segredos do passado. Ela, uma alma ferida pelas revezes da vida, em busca de um recomeço. O destino os entrelaça quando ela começa a trabalhar nas terras dele, dando início a uma jornada de superação, amor e redenção. Em meio aos campos férteis e às cicatrizes do coração, surge uma história de encontros, desafios e a esperança brota como os campos de milho sob o sol generoso. Em "No Coração da Lavoura", descubra como a força do amor pode transformar a dor em um novo horizonte de felicidade.

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Capítulo 1 Renovação do Passado
Luana Dutra Eu estava na fazenda de Jonas Oliveira há menos de uma semana, no entanto, parecia uma eternidade. A rotina era dura, mas eu precisava manter minha mente ocupada e, acima de tudo, longe do meu passado. Jonas era um homem reservado, sempre focado no trabalho e exigente, porém justo. Eu o respeitava muito por isso.Era uma tarde ensolarada e eu havia terminado de cuidar das plantações mais cedo do que o previsto. Com um pouco de tempo livre, decidi explorar um pouco mais a fazenda. Havia uma velha cabana que me intrigava desde que cheguei. Parecia abandonada, com tábuas soltas e janelas empoeiradas. Decidi que era hora de matar a curiosidade.Empurrei a porta que rangeu em protesto, como se tivesse sido esquecida pelo tempo. Lá dentro, o ar estava pesado, impregnado de poeira e memórias. A luz do sol entrava em feixes pelas frestas das janelas, iluminando o interior escuro. Haviam móveis cobertos com lençóis brancos, que mais pareciam fantasmas do passado. Em um canto, uma
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Capítulo 2 Curando Feridas
Estou no celeiro, organizando algumas ferramentas. O cheiro de feno fresco invade minhas narinas, e sinto uma sensação de paz, algo que há muito tempo não experimentava. Desde que cheguei à fazenda, minha vida tem sido uma correria, porém, uma boa correria. Trabalhar aqui tem me ajudado a esquecer meu passado, mesmo que apenas temporariamente. Porém, hoje sinto uma inquietação diferente. Algo dentro de mim me diz que hoje será um dia diferente.Enquanto ajeito uma enxada no canto, vejo Jonas se aproximar. Ele carrega uma caixa pesada de pregos e a coloca no chão ao meu lado. Seu rosto está coberto de suor, mas ele sorri, como sempre.— Luana, precisamos consertar a cerca do pasto sul hoje. Está com um buraco grande e as vacas podem escapar.— Claro, Jonas. Pegarei as ferramentas necessárias.Trabalhamos juntos em silêncio por alguns minutos. A presença de Jonas é reconfortante, apesar de sua aparência rude. Ele tem sido mais que um patrão; tem sido um amigo, alguém em quem posso confi
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Capítulo 3 Luto e Amizade
Jonas OliveiraEncontrei com o Gustavo na cidade. Fazia tempo que não nos víamos, mas a amizade continuava a mesma. Depois de resolver umas coisas no mercado, ele sugeriu que fôssemos até o bar do Pedro. Não queria parecer mal-educado, então concordei.Entramos no bar, e o cheiro de cerveja e amendoim torrado me trouxe lembranças antigas. Gustavo pediu duas cervejas e sentamos num canto mais afastado. Não demorou muito para ele tocar no assunto que eu sempre evito.— Jonas, faz quanto tempo mesmo? — ele perguntou, quebrando o silêncio.Fiquei um tempo olhando para a cerveja, girando o copo na mesa. Sabia do que ele estava falando, porém, não estava pronto para responder. No entanto, não poderia evitar para sempre.— Faz cinco anos — respondi, tentando manter a voz firme.Ele assentiu, parecendo escolher as próximas palavras com cuidado. Eu sabia que a preocupação dele era genuína, mas não estava preparado para o que viria a seguir.— E até quando você vai ficar de luto? — a pergunta s
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Capítulo 4 Confronto na Fazenda
Luana DutraA tarde estava quente, e eu mal tinha começado a segunda metade do meu dia de trabalho. Estava no celeiro, organizando algumas ferramentas, quando ouvi passos firmes se aproximando. Reconheci de imediato: era Helena, uma das trabalhadoras mais antigas da fazenda. Tinha algo no olhar dela que não me agradava.— Luana — começou ela, sem rodeios —, podemos conversar?Me endireitei, limpando as mãos na calça jeans. Helena não era de fazer cerimônia, mas o tom dela era diferente hoje, mais carregado.— Claro, Helena. O que foi?Ela cruzou os braços, olhos semicerrados.— Tenho visto como você e Jonas têm estado próximos ultimamente.Suspirei, tentando manter a calma. Já sabia onde isso ia parar.— Jonas é meu patrão, Helena. Estamos apenas trabalhando juntos para manter a fazenda funcionando bem.Ela deu um passo à frente, invadindo meu espaço pessoal.— Não me venha com essa, Luana. Todo mundo aqui já percebeu que há algo mais entre vocês dois. Não finja que é só trabalho.Me
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Capítulo 5 Atração inesperada
Jonas OliveiraA manhã na fazenda estava fresca, e o sol refletia nas águas do rio, criando um espetáculo de brilhos e sombras. Decidi caminhar até a margem, buscando um momento de paz antes de enfrentar o trabalho do dia. Foi então que ouvi uma melodia suave, quase como um sussurro carregado pelo vento. Segui o som, curioso.Ao me aproximar, a visão de Luana apareceu. Ela estava sentada em uma pedra, cantando com os olhos fechados, totalmente alheia à minha presença. Sua voz, doce e serena, se misturava com o murmúrio do rio, criando uma harmonia que parecia mágica. Não consegui evitar; fiquei parado, apenas observando.Luana, tão envolvida em sua canção, não percebeu quando pisei em um galho seco, que estalou alto. Seus olhos se abriram de repente, arregalados de surpresa. Em um reflexo desajeitado, ela tentou se levantar rapidamente, mas acabou escorregando na pedra molhada, caindo de bunda no chão com um baque surdo.Corri até ela, preocupado.— Está tudo bem, Luana? — perguntei,
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Capítulo 6 Uma mãe preocupada
Luana DutraO telefone da fazenda estava ali, antigo e robusto, pendurado na parede da cozinha. Era um desses aparelhos que quase não se vê mais, com disco giratório e um fio em espiral que parecia ter vivido décadas de histórias. Havia uma sensação de urgência no ar enquanto eu me aproximava. A saudade misturada com o medo fazia meu coração bater descompassado. Precisava falar com minha mãe, precisava ouvir sua voz, precisava que ela soubesse que eu estava bem, mesmo que não pudesse revelar onde estava.Peguei o fone com mãos trêmulas e disquei os números com cuidado. Cada giro do disco parecia eternizar o momento, deixando meus nervos à flor da pele. Quando a chamada começou a conectar, senti um frio na espinha. O toque do outro lado parecia ecoar pelo tempo, e cada segundo parecia uma eternidade até que a voz conhecida e amada atendesse.— Alô? — a voz da minha mãe soou como um bálsamo. Um turbilhão de emoções me envolveu. Era a primeira vez que eu ouvia sua voz desde que tinha fug
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Capítulo 7 Uma desculpa
Jonas OliveiraA noite estava fria na fazenda. O céu, limpo, exibindo um mar de estrelas que parecia se estender até o infinito. Decidi acender uma fogueira perto do galpão, algo que sempre fiz para aquecer o corpo e acalmar a mente. Estava sentado num tronco velho, tomando uma cerveja, quando vi Luana passar. Seu cabelo balançava ao vento e, por um momento, ela pareceu hesitar.— Ei, Luana! — chamei, erguendo a garrafa. — Quer se juntar a mim?Ela olhou para mim, surpresa, mas depois sorriu e caminhou até a fogueira. Ela se sentou ao meu lado, seus olhos refletindo o brilho das chamas. Abri outra cerveja e entreguei a ela. Ela aceitou com um agradecimento silencioso, e nós ficamos ali, apenas curtindo a companhia um do outro e a serenidade da noite.— Faz tempo que não vejo uma noite tão clara. — disse Luana, quebrando o silêncio.— É, acho que a natureza resolveu nos dar um presente hoje. — respondi, sorrindo. — Às vezes, a vida na fazenda pode ser bem recompensadora.Conversa vai,
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Capítulo 8 Dilema Emocional
Luana DutraEstava na varanda da casa grande, observando o pôr do sol, quando ouvi os passos de Jonas se aproximando. O coração acelerou ao lembrar do beijo que ele me deu. Desde aquele dia, não conseguia parar de pensar nele, mas o medo de me envolver emocionalmente outra vez era maior. Já tinha sofrido demais no passado e não queria arriscar novamente.Jonas parou ao meu lado, os olhos fixos no horizonte. Ficamos em silêncio por alguns minutos, cada um perdido em seus próprios pensamentos.— Luana, precisamos conversar. — ele disse, a voz baixa, quase um sussurro.Respirei fundo, tentando reunir coragem para o que estava por vir. Ele não conseguia mesmo ficar sem falar comigo? Era hora de encarar ele outra vez.— Eu sei, Jonas. — respondi, minha voz soando mais firme do que eu me sentia por dentro.Ele se virou para me olhar, seus olhos brilhando com uma intensidade que me fez estremecer. Havia algo de vulnerável nele naquele momento, algo que nunca tinha visto antes.— Você pode vo
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Capítulo 9 Oferta de um futuro
A luz da manhã entrava pela janela da cozinha, desenhando padrões de sombra no chão de madeira. Jonas estava encostado no balcão, com uma xícara de café na mão. Seus olhos, normalmente tão determinados, hoje pareciam carregar um peso diferente. Eu estava sentada à mesa, distraída com o barulho dos pássaros lá fora. Sentia que algo importante estava prestes a acontecer, mas não conseguia adivinhar o quê.— Luana, precisamos conversar. — começou ele, sua voz grave interrompendo meus pensamentos.Olhei para ele, curiosa e um pouco apreensiva. Jonas raramente era tão sério. Geralmente, ele era direto e objetivo, sempre com um plano em mente. Mas hoje, havia algo mais.— Claro, Jonas. Sobre o que é? — perguntei, tentando esconder minha ansiedade.Ele deu um gole no café, como se estivesse ganhando tempo para organizar seus pensamentos. Então, finalmente, falou:— Tenho observado seu trabalho aqui na fazenda. Você tem um talento natural, uma sensibilidade que poucos têm. Isso me fez pensar
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Capítulo 10 Finalmente dia de folga
Numa noite de folga, eu e a Rosana, uma das empregadas da fazenda, decidimos ir para a cidade e nos divertir. A rotina na fazenda, por mais gratificante que fosse, podia ser exaustiva. Precisávamos de uma pausa. Então, pegamos a caminhonete velha do Jonas e seguimos pela estrada de terra, com as luzes dos faróis iluminando nosso caminho.— Faz tempo que não saio. — comentei, tentando disfarçar a excitação na minha voz.Rosana riu, ajustando o volume do rádio que tocava uma música animada de sertanejo.— Nem me fale. A última vez que fui ao bar da cidade foi antes de você chegar. Precisamos disso, Luana.A cidade estava relativamente calma quando chegamos. As luzes dos postes lançavam um brilho amarelo nas ruas, e as vitrines das lojas ainda exibiam suas mercadorias. Estacionamos a caminhonete e saímos em direção ao bar que Rosana tanto falava. Ele ficava em uma esquina movimentada, com uma fachada simples, mas acolhedora. O som de risadas e música nos recebeu antes mesmo de cruzarmos
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