Chegou a vez de contar minha história. Muitos me conhecem como um rapaz difícil, rebelde e alguns me classificam até mesmo como psicopata, e isso porque já matei algumas vezes por motivos banais. Mas fazer o quê? Eu sou assim. E se tenho esse gênio, é porque tenho um passado, e infelizmente esse não é bonito. Todos os meus defeitos e rebeldia são reflexo de tudo o que já vivi. Querem me forçar a casar e acham que todos têm direito sob a minha vida, e isso só por ser herdeiro da Máfia Russa. Prazer, me chamo Alexander Bruscovisck e essa é a minha história. Cresci no Brasil, mas vivi intercalando ora na Rússia, ora no Brasil. Nos últimos meses findei os pés no Brasil e decidi que não quero mais ir embora, principalmente pois meu pai deu o ultimato dizendo que traria a noiva misteriosa escolhida num acordo de casamento arranjado e que para o qual estou pouco me födendo. Esse acordo só beneficia minha família e eu fico com a pior parte, no entanto a vida é minha, e não estou disposto a leiloá-la. Tio Gabriel me conhece melhor que meus próprios pais e sabe que para matar essa mulher, que nem conheço, eu preciso de muito pouco, por isso estou contando com sua ajuda para acabar com esse acordo absurdo que meus pais estão tentando impor. Odeio regras, odeio cobranças, e guardo alguns segredos. Segredo este que envolve uma terceira pessoa que precisa de mim. No passado aprontei e a consequência é que agora tenho uma menina de 15 anos sob os meus cuidados. Pois é, matei sua mãe e agora ela está órfã e depende de mim.
Ler maisNARRAÇÃO DE GABRIEL...Ir embora é sempre difícil! Um nó na garganta surge do nada! Eu não entendo o porquê de sentir isso! Alexander só me irrita, eu deveria no mínimo comemorar! Nicolás tomou à frente e dirigiu com Jhonny a seu lado. Eu fiquei no banco de trás, olhando pela janela. Enquanto olhava a paisagem, memórias vieram na minha cabeça, quando saí da Serra com dezoito anos, animado pois meu avô havia aparecido para mim pela primeira vez. Eu estava deslumbrado, louco para entrar na máfia, sentia que estava preparado e pronto para o poder, quanta burrice...já se passaram tantos anos e ainda sinto que não estou totalmente preparado. Preciso me inspirar em meu avô, sua calma e paciência são essenciais, ainda sou muito pavio curto. Quem me conhece, sabe que não o puxei, aliás, queria saber a quem foi que puxei da família...minha mãe não é assim, tão pouco meu pai, eles são tão tranquilos, mas sinto que puxei alguém e Clara tem o mesmo jeito que eu! Somos os mais perturbados da famíl
NARRAÇÃO DE LILLY...Nunca pensei que um dia ficaria tão rendida ao amor. Eu já tive uma paixão platônica e achava que era tudo a mesma coisa, mas não é! Amar é totalmente diferente, é intimidäde, cumplicidade, carinho e brincadeiras, o mais engraçado são os batimentos cardíacos acelerados com a sua presença. É só ele aparecer e a magia acontece, ele realizou o meu sonho em ter um cachorro grandão e bem peludo, sei o quanto me defende. Foi hilário a forma que ele assumiu o nosso relacionamento, nunca pensei que fosse me divertir tanto! Preciso pegar as fotos do nosso primeiro beijo, foi tão lindo! Alê inda disse que tem vídeos também! Quero guardar todos esses registros para sempre, será o meu maior tesouro. Alê dormiu e aproveitei para passear próximo da cachoeira. Peguei os cachorros na casa de Bernardo. Alexander é tão protetor que até mesmo com um simples passeio, já carrega receio querendo me ver segura. Ri comigo mesma,lembrando dessa conversa, puxando meu casaco para me proteg
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Cochilei rápido, mas acordei numa velocidade muito maior só PORQUE A PORRÄ DO TIO GABRIEL, quer dizer, MEU PADRINHO, JOGOU CERVEJA NA MINHA CARA! Mano, ele não dá paz! Parece essas pessoas doentes, que perseguem, igual a série que assisti - Bebê rena - quem assistiu sabe do que estou falando! Ele simplesmente não queria que eu cochilasse! Eu preciso de energia para föder à noite, mas ele não quer saber, invadiu a barraca e despejou cerveja na minha cara. Pelo menos, teve cuidado em não molhar Lilly que dormia profundamente. Meu Deus, que ódio... Senti vontade de dar uma voadora, rolar com ele dentro da barraca, mas me controlei porque Lilly dormia feito um bebê, Tio Gabriel ficou rindo enquanto falava para eu fazer silêncio. Nossa, que raiva!! Sequei minha cara com a manga da blusa olhando o Tio Gabriel mandar o seguir, saí com cuidado, cobrindo Lilly direito. Olhei bem para o tio Gabriel, com ódio no coração.- Não adianta me olhar de cara feia! Somos visita
NARRAÇÃO DE JHONNY...Suspirei quando Lucas olhou-me dos pés à cabeça. - O que faz aqui? - Estou ajudando Gabriel colocar Alexander nos trilhos. - Precisa frequentar minha casa? - Lucas. - Dr. Lucas. - Fechei os olhos suspirando. Estou cansado de ciúmes por todos os lados, carälho...- Olha, eu sei que você tem problemas comigo, problemas do passado inclusive. - Ainda bem que você sabe. - Eu nunca desrespeitei vocês, estava apenas cumprindo com meu trabalho. - Não importa, eu sei como fui zöado e humilhado por anos, Jhonny. - Adolescentes são crüéis, na maioria das vezes, lembro de insinuarem que eu era amante de Alice, lembro de zombarem te chamando de corno, também lembro de chamarem Alice de vagabundä. Nós três fomos vítimas da maldäde daqueles filhos da putä. Queria ter a oportunidade de encontrar com cada um que inventou aquelas coisas, faria com que todos pagassem. Olha o trauma que causaram!! Algo que não deveria existir! Nunca houve nada, amo a minha esposa. Ela é a m
NARRAÇÃO DE JHONNY ( Bônus)Minha mão coçou, meu corpo tremeu para não espancar Alexander. Vai ter troco…ah se vai! Subi a Serra na intenção de ajudar esse filho da putä e ele me apronta essa...Jade morre de ciúmes da Alice, todo mundo sabe. Ela não precisava sentir esses ciúmes, pois a amo mais que tudo, mas como enfio isso em sua cabeça?! Ela é teimosa e cisma que Alice ainda tem algum sentimento por mim, por conta do passado que tivemos, sendo que nada sério aconteceu. Eu tinha dezoito anos, foi minha primeira missão, o Chefe Maurício me mandou para a Serra por um período, com um único objetivo, proteger sua neta. Na época Gabriel tinha onze anos e tinha como protetor, seu professor, nem ele sabe disso...eram ordens do Chefe Maurício que, mesmo distante dos netos, queria garantir a segurança deles. Nem preciso dizer que Alice deu trabalho, prá caralhö! A garota fazia de tudo para complicar meu trabalho, conseguia até tirar a paz do Chefe Maurício, que na época não podia se aproxim
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Meus amigos, já falei como adoro ver os três passando carão?! Então, eles que começaram, jogando na minha cara que beijei na boca da minha "filha". Ficaram rindo como se ainda estivessem na quinta série. Chumbo trocado não dói, querem me envergonhar na frente dos outros? Beleza, eu envergonho mais ainda! Pronto... Agora podemos curtir o almoço na Santa Paz. Eles foram na frente para adiantar, acendendo a churrasqueira enquanto eu ia mais atrás, ajudando Lilly a levar as comidas já prontas. Como a cachoeira é próxima da casa da Dona Alice, fomos super de boa, andando. Lilly, ao meu lado, estava toda empolgada, segurando a travessa de maionese. - Será que a água está gelada? - Lilly perguntou. - Provavelmente... - Nunca nadei em uma cachoeira. - É melhor nadar no verão. - Assobiei chamando o Príncipe que parou para cheirar uma árvore. Deus me livre adotar um cachorro e perdê-lo na mata, logo no primeiro dia. Já o Duque seguia Lilly tranquilamente, lógico né
NARRAÇÃO DE GABRIEL...Alexander é meio lento, mas conseguiu provar que pode ser pior! Veio com o papo, justo pra mim, que a foto era inteligência artificial! Foi zöado com gosto! Ficamos tão animados que decidimos ficar para almoçar, já que ele comentou que Lilly cozinha bem, eu já experimentei um bolo que ela fez e, até hoje, não me esqueci. A garota manda bem, já tinha até comentado com Jhonny e Nicolás, por isso eles também se animaram, ficaram curiosos e acabaram aceitando participar daquele almoço na cachoeira. Estava tudo bem até Bernardo instaurar a tensão no ambiente, avisando que minha irmã também participaria do almoço. Jhonny ficou com c.u na mão! Qualquer um podia sentir a tensão em seus ombros, só de falar em Alice. Aaah, mas por que tudo isso?! Simples, vazou uma conversa aí do passado, na qual Alice tinha atração por ele... Alexander, a peste, achou que estava no nível de ameaçar meus irmãos de coração, já que Nicolás deixou claro que Amanda também não confiava na apro
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Pensei que adotar cachorro fosse fácil! Porrä nenhuma! Coloquei os peludos no banco de trás e dirigi, escutando uma música, até chegar no açougue. A porrä do Príncipe pulou no meu colo enquanto dirigia e ficou tentando lamber minha cara. Mesmo mandando parar, ele não parava. Esse cachorro precisa ser adestrado. Já o Duque dormiu, mostrando que era lerdo mesmo. Parei o carro em frente ao açougue e deixei os cães dentro do carro, com um vidro meio aberto. O açougue é próximo da pista, assim podia vigiar enquanto comprava a costela e as asas. O Príncipe começou a latir, olhando em minha direção. Qual é o problema desse animal?! Não consegue ficar dois minutos longe de mim. Ignorei seus latidos e comprei tudo o que precisava. Voltei para a casa do Bernardo e vi os dois na varanda, Lilly estava sentada na rede e Bernardo no chão, pintando as unhas dos pés dela. Lilly olhou-me sorrindo, estacionei e sacudi o Duque, o que o fez acordar, todo lerdo, abanando o rabö. M
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Cansei de ficar alí, olhando os três rindo sem parar. - Lilly, vou sair novamente, enquanto isso, fique com Bernardo. - Falei suspirando. Claro que a vontade era de sair com ela, mas preciso escondê-la para que fique muito bem protegida. Tio Gabriel parou de rir quando ouviu sobre minha saída. - Qual foi o combinado?! - Vou comprar as coisas para o acampamento! BERNARDO!!! - Chamei olhando para meu padrinho. - Oi! - Bernardo apareceu na cozinha assustado, depois de gritar o seu nome. - Tem alguma barraca de camping para emprestar? - Perguntei doido para sumir da frente dos três que ainda estavam rindo da situação. - Tenho, é perfeita! Bem grande! - Legal. Lilly, você faz aquela maionese caseira deliciosa, por favor? - Maionese? - Tio Gabriel perguntou, querendo tirar a minha paz e privacidade. - Sim. Vamos almoçar no acampamento. - Acho que vou ficar para o almoço... O que vocês acham? - Tio Gabriel perguntou olhando Nicolás e Jhonny. Meu rosto esfum