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Capítulo 06

NARRAÇÃO DE ALEXANDER...

Fugi da fazenda novamente antes que dessem minha falta. Ao meu ver, eu fui um cavalheiro com a sebosa. Sim, ela é exatamente o tipo de pessoa que iria aparecer. Por que sei? Porque meu pai é arrogante e espera pessoas deste nível, para seguir a linhagem de famílias arrogantes. Max é a perfeita patricinha, pensa que o mundo gira em torno do seu umbigo.

É esquisita e já chegou achando que manda em mim. Não sabe o infernö que vou fazer com ela. Eu fui um amor de pessoa com ela, porque precisava seguir na linha os conselhos do tio Gabriel. Vou ser um amor até meu pai pisar na Rússia. Depois maltrato, sou profissional em partir corações... Eu gosto. Principalmente quando é com mulheres filhas da putä!

Fiquei mentalizando as merdas que iria fazer com Maxine até chegar na "roça". O lugar onde me trás paz. Abri a porteira deixando todos os problemas para atrás, estava anoitecendo e nem se quer almocei, depois de presenciar o meu maior pesadelo. Pelo menos Tio Gabriel se compadeceu da minha pobre alma, tão pura e cheia de vida, responsável por uma adolescente enjoada. Ele está me ajudando! Isso significa que tenho um pequeno fio de esperança. Pequeno porque tio Gabriel é meio fifi. Se beber piora.

Optei pelo pensamento positivo! Irei para a Serra com Lilly. Quero ver ela colocar uma armadilha na cachoeira e pegar um peixe. Talvez um salmão. Dizem que salmão ficam em águas geladas, normalmente vou na idéia do que as pessoas falam. Tenho preguiça de escola. Sempre me disperso... Tento prestar atenção na aula, mas minhas lembranças me levam como um filme, no momento em que comia uma novinha de quatro, Só me ligava quando estava em aula quando o sinal tocava. Na escola me divirto estragando a vida dos outros, sinto que aquilo é o meu recreio, dou em cima da mulher com o cara do lado, só porque quero brigar. Também gosto de tirar a paz do diretor, amo quando ele abre a porta para me receber, todo dia era uma expressão diferente, hora bravo, hora entediado, hora amedrontado e até mesmo calado sem esboçar nenhuma reação. Faço isso por maldade? Não. É porque ele é coroa, tem uma foto com sua família e netos, e uma vez o vi na sala de teatro comendo uma garota de quinze anos, estava com raiva e não falei nada, porque no dia estava sem meu celular, porque a porrä do tio Gabriel jogou meu celular pela janela do quarto de hotel só porque dröguei ele e tirei uma foto dele dormindo de conchinha com o genro dele, o Leonardo, até hoje me pego rindo lembrando daquele dia...

Resumindo, não tinha provas. Mas prometi para mim mesmo que, iria fazer do seu trabalho um infernö. Estava fazendo com sucesso até, Lilly ficar órfã por minha culpa, e me orgulho por isso, mereço uma salva de palmas com todos em pé, com assobios e tudo mais. Salvei Lilly, Ela não é mais maltratada...

Enquanto meus pensamentos vagavam, entrei na varanda e abri a porta da casa.

Lilly se assustou olhando-me entrar, ela estava com uma pote de pipocas, assistindo uma série que prometemos assistir juntos! TRAIDORA!!!

- Pensei que não viria hoje!

- SKY ROJO?! - Perguntei indignado!

- Ai Ale! Para de drama! Eu não me importo de assistir novamente! Só sou curiosa e estou acostumada assistir todo dia! Além disso você avisou que suas visitas ficariam limitadas... - Lilly voltou à se virar para a televisão, tranquilamente e comer a pipoca. Não perdi tempo. Peguei o controle e voltei do início para acompanhar, ela já tinha tinha assistido quase tudo. Adorei a cara de brava dela.

- Você não se importa de rever, certo? - Debochei. Segui para a cozinha.

- Tem comida? - Perguntei faminto, coçando minha barriga investigando as panelas.

- Fiz strogonoff de carne!!! - Ela falou alto ecoando pela casa.

- Achei que pensou que não viria?! A panela está cheia! - Provoquei a fome é tanta que dá vontade de comer aquela quantidade toda.

- Fiz por precaução. - Ri servindo meu prato. Voltei para a sala e me joguei ao seu lado derrubando um pouco de strogonoff em seu pijama que comprei à três dias.

- Isso não tem graça! - Lilly empurrou minha mão derrubando um pouco em mim, me tirando uma boa risada.

- Rir mesmo! Não é você quem limpa! - Abocanhei uma colherada do strogonoff, revirei os olhos. Lilly cozinha perfeitamente. Ela disse que na casa dos seus pais, só ela cozinhava. Abri meus olhos e notei ela com os pés dentro de uma pantufa azul de coelho sobre a mesinha de centro. Ri porque quando comprei ela resmungou dizendo ser de criança.

- Virou criança ? - Perguntei de boca cheia, não aguentei esperar engolir. O riso estava aprisionado por mim.

- Está frio! E à propósito. Por que comprou tantas calcinhas?! Por acaso está fazendo estoque para depois ir embora?! - Olhei para ela surpreso. Mastiguei rápido doido pra responder.

- Por acaso anotou quantas calcinhas eu deveria comprar?! Eu uso uma cueca por dia, eu sou homem, às vezes pode passar de um dia quando durmo bêbado. Mas eu não sei quantas calcinhas uma mulher precisa usar para secar seus fluídos!

- Alexander larga de ser nojento! - Lilly reclamou voltando olhar a tv comendo sua pipoca.

- Não vai despausar a série? - Ela perguntou irritada. Estou com as mãos ocupadas.

- Despausa você... - Falei soltando o garfo. Peguei o controle e coloquei sobre sua perna, na intenção de irritá-la. Adoro quando fica brava.

- Acho que que vou ver outro filme... - Ela provocou pegando o controle tirando meu riso.

- Olha a palhaçada! Eu só tenho uma hora Lilly! - Ela riu e colocou a série.

Começamos assistir e estava maneiro, ela começou à repetir as falas dos personagens me irritando.

- Você assistiu mais de uma vez! - Afirmei inconformado.

- Não. Eu não minto, apenas tenho memórias fotográficas. Por isso estava adiantada na escola. - Ela falou. Me senti mais burro ainda! Porque se eu não vejo a continuação, não me lembro de porrä nenhuma do que assisti ontem. À não ser cenas de tiro e cenas de sexö. Falando em sexö, eu fico com vergonha de assistir essas cenas ao lado dela. Lilly fica super de boa, séria olhando a cena, eu finjo que não estou vendo, pego em meu celular para não ficar de päu duro. Nem sempre essa tática funciona, às vezes falha, os gemidos deixa meu päu feito um osso. Claro que não deixo ela perceber. É pecado, como tio Gabriel fala, Lilly é minha filha. Só que a porrä dessa série é pura putariä! Inclusive recomendo assistir sem os filhos.

Fiquei preocupado com a hora e suspirei.

- Preciso ir.

- A série nem terminou!

- Agora tenho visitas... - Cantarolei debochado. Levantei segurando meu prato, caminhei até à cozinha. Iria enxaguar o prato para ajudar de alguma forma.

- Não precisa lavar! Você só passa água! O prato fica todo engordurado! - Ela avisou. Garota impetulante!

- Não lavo mais... - Falei saindo da cozinha, caminhei até à porta da saída.

- Eu posso ensinar como lavar um prato. - Abri a porta e sorri passando. Me virei para ela segurando a maçaneta da quase saindo.

- Não. Prefiro que os lave para mim. - Provoquei. Ela se irritou e tirou sua pantufa do pé. Jogou em minha direção, mas fechei a porta à tempo.

- ERROU A MIRA!!! - Provoquei rindo saindo da varanda.

- IREI MARATONAR A SÉRIE!!! - Ela Gritou em provocação me tirando uma boa gargalhada. Enxuguei minhas lágrimas de tanto rir e subi na moto. Pronto para ir de encontro com tio Gabriel, alegando que estou mais forte porque malhei muito!

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