NARRAÇÃO DE ALEXANDER...
Fugi da fazenda novamente antes que dessem minha falta. Ao meu ver, eu fui um cavalheiro com a sebosa. Sim, ela é exatamente o tipo de pessoa que iria aparecer. Por que sei? Porque meu pai é arrogante e espera pessoas deste nível, para seguir a linhagem de famílias arrogantes. Max é a perfeita patricinha, pensa que o mundo gira em torno do seu umbigo. É esquisita e já chegou achando que manda em mim. Não sabe o infernö que vou fazer com ela. Eu fui um amor de pessoa com ela, porque precisava seguir na linha os conselhos do tio Gabriel. Vou ser um amor até meu pai pisar na Rússia. Depois maltrato, sou profissional em partir corações... Eu gosto. Principalmente quando é com mulheres filhas da putä! Fiquei mentalizando as merdas que iria fazer com Maxine até chegar na "roça". O lugar onde me trás paz. Abri a porteira deixando todos os problemas para atrás, estava anoitecendo e nem se quer almocei, depois de presenciar o meu maior pesadelo. Pelo menos Tio Gabriel se compadeceu da minha pobre alma, tão pura e cheia de vida, responsável por uma adolescente enjoada. Ele está me ajudando! Isso significa que tenho um pequeno fio de esperança. Pequeno porque tio Gabriel é meio fifi. Se beber piora. Optei pelo pensamento positivo! Irei para a Serra com Lilly. Quero ver ela colocar uma armadilha na cachoeira e pegar um peixe. Talvez um salmão. Dizem que salmão ficam em águas geladas, normalmente vou na idéia do que as pessoas falam. Tenho preguiça de escola. Sempre me disperso... Tento prestar atenção na aula, mas minhas lembranças me levam como um filme, no momento em que comia uma novinha de quatro, Só me ligava quando estava em aula quando o sinal tocava. Na escola me divirto estragando a vida dos outros, sinto que aquilo é o meu recreio, dou em cima da mulher com o cara do lado, só porque quero brigar. Também gosto de tirar a paz do diretor, amo quando ele abre a porta para me receber, todo dia era uma expressão diferente, hora bravo, hora entediado, hora amedrontado e até mesmo calado sem esboçar nenhuma reação. Faço isso por maldade? Não. É porque ele é coroa, tem uma foto com sua família e netos, e uma vez o vi na sala de teatro comendo uma garota de quinze anos, estava com raiva e não falei nada, porque no dia estava sem meu celular, porque a porrä do tio Gabriel jogou meu celular pela janela do quarto de hotel só porque dröguei ele e tirei uma foto dele dormindo de conchinha com o genro dele, o Leonardo, até hoje me pego rindo lembrando daquele dia... Resumindo, não tinha provas. Mas prometi para mim mesmo que, iria fazer do seu trabalho um infernö. Estava fazendo com sucesso até, Lilly ficar órfã por minha culpa, e me orgulho por isso, mereço uma salva de palmas com todos em pé, com assobios e tudo mais. Salvei Lilly, Ela não é mais maltratada... Enquanto meus pensamentos vagavam, entrei na varanda e abri a porta da casa. Lilly se assustou olhando-me entrar, ela estava com uma pote de pipocas, assistindo uma série que prometemos assistir juntos! TRAIDORA!!! - Pensei que não viria hoje! - SKY ROJO?! - Perguntei indignado! - Ai Ale! Para de drama! Eu não me importo de assistir novamente! Só sou curiosa e estou acostumada assistir todo dia! Além disso você avisou que suas visitas ficariam limitadas... - Lilly voltou à se virar para a televisão, tranquilamente e comer a pipoca. Não perdi tempo. Peguei o controle e voltei do início para acompanhar, ela já tinha tinha assistido quase tudo. Adorei a cara de brava dela. - Você não se importa de rever, certo? - Debochei. Segui para a cozinha. - Tem comida? - Perguntei faminto, coçando minha barriga investigando as panelas. - Fiz strogonoff de carne!!! - Ela falou alto ecoando pela casa. - Achei que pensou que não viria?! A panela está cheia! - Provoquei a fome é tanta que dá vontade de comer aquela quantidade toda. - Fiz por precaução. - Ri servindo meu prato. Voltei para a sala e me joguei ao seu lado derrubando um pouco de strogonoff em seu pijama que comprei à três dias. - Isso não tem graça! - Lilly empurrou minha mão derrubando um pouco em mim, me tirando uma boa risada. - Rir mesmo! Não é você quem limpa! - Abocanhei uma colherada do strogonoff, revirei os olhos. Lilly cozinha perfeitamente. Ela disse que na casa dos seus pais, só ela cozinhava. Abri meus olhos e notei ela com os pés dentro de uma pantufa azul de coelho sobre a mesinha de centro. Ri porque quando comprei ela resmungou dizendo ser de criança. - Virou criança ? - Perguntei de boca cheia, não aguentei esperar engolir. O riso estava aprisionado por mim. - Está frio! E à propósito. Por que comprou tantas calcinhas?! Por acaso está fazendo estoque para depois ir embora?! - Olhei para ela surpreso. Mastiguei rápido doido pra responder. - Por acaso anotou quantas calcinhas eu deveria comprar?! Eu uso uma cueca por dia, eu sou homem, às vezes pode passar de um dia quando durmo bêbado. Mas eu não sei quantas calcinhas uma mulher precisa usar para secar seus fluídos! - Alexander larga de ser nojento! - Lilly reclamou voltando olhar a tv comendo sua pipoca. - Não vai despausar a série? - Ela perguntou irritada. Estou com as mãos ocupadas. - Despausa você... - Falei soltando o garfo. Peguei o controle e coloquei sobre sua perna, na intenção de irritá-la. Adoro quando fica brava. - Acho que que vou ver outro filme... - Ela provocou pegando o controle tirando meu riso. - Olha a palhaçada! Eu só tenho uma hora Lilly! - Ela riu e colocou a série. Começamos assistir e estava maneiro, ela começou à repetir as falas dos personagens me irritando. - Você assistiu mais de uma vez! - Afirmei inconformado. - Não. Eu não minto, apenas tenho memórias fotográficas. Por isso estava adiantada na escola. - Ela falou. Me senti mais burro ainda! Porque se eu não vejo a continuação, não me lembro de porrä nenhuma do que assisti ontem. À não ser cenas de tiro e cenas de sexö. Falando em sexö, eu fico com vergonha de assistir essas cenas ao lado dela. Lilly fica super de boa, séria olhando a cena, eu finjo que não estou vendo, pego em meu celular para não ficar de päu duro. Nem sempre essa tática funciona, às vezes falha, os gemidos deixa meu päu feito um osso. Claro que não deixo ela perceber. É pecado, como tio Gabriel fala, Lilly é minha filha. Só que a porrä dessa série é pura putariä! Inclusive recomendo assistir sem os filhos. Fiquei preocupado com a hora e suspirei. - Preciso ir. - A série nem terminou! - Agora tenho visitas... - Cantarolei debochado. Levantei segurando meu prato, caminhei até à cozinha. Iria enxaguar o prato para ajudar de alguma forma. - Não precisa lavar! Você só passa água! O prato fica todo engordurado! - Ela avisou. Garota impetulante! - Não lavo mais... - Falei saindo da cozinha, caminhei até à porta da saída. - Eu posso ensinar como lavar um prato. - Abri a porta e sorri passando. Me virei para ela segurando a maçaneta da quase saindo. - Não. Prefiro que os lave para mim. - Provoquei. Ela se irritou e tirou sua pantufa do pé. Jogou em minha direção, mas fechei a porta à tempo. - ERROU A MIRA!!! - Provoquei rindo saindo da varanda. - IREI MARATONAR A SÉRIE!!! - Ela Gritou em provocação me tirando uma boa gargalhada. Enxuguei minhas lágrimas de tanto rir e subi na moto. Pronto para ir de encontro com tio Gabriel, alegando que estou mais forte porque malhei muito!NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Voltei para a fazenda do tio Gabriel e para a minha surpresa, ele estava na porteira, fumando sem parar. Parecia maluco. - Ei, você! - Ele segurou na manga da minha blusa quando passei por ele. - Tio Gabriel, já é noite, quero tomar um banho e dormir.- N-Ã-O!!! Você só vai pregar esses olhos, depois que me falar onde está o bebê!!! - Juntei as sobrancelhas tentando entender do que ele estava falando. - Eu não sei do que está falando, tio Gabriel. Que bebê? O bebê do Davi?! Davi conseguiu perder seu próprio filho?! - Tio Gabriel soltou uma lufada de ar e me encarou, esperando por alguma resposta. Eu fiquei o encarando também, não sei do que ele está falando. - Os mosquitos estão me picando. - FODÄ-SE OS MOSQUITOS!!! - Dei um tapa em meu braço, matando um. - Tio Gabriel. - Você disse que adotou. - Ri alto. Agora tudo faz sentido. - Não é um bebê! - Passei por ele rindo. - Uma criança? - Tio Gabriel perguntou, curioso pra carälho!- Não. Uma adolescente
NARRAÇÃO DE GABRIEL...Meu Deus. Eu nunca pensei que tomaria um ranço terrível do Klaus! Até o seu humor desapareceu! Quando Alexander falou de peidö, ele nem riu. Ficou com aquela cara de gente sem graça. Ele queria obrigar Alexander dormir com Max, logo no primeiro dia! Quem conhece Alexander sabe que na porta do seu quarto, existe uma placa onde está escrito "Proibido a entrada de qualquer um. Só Alexander Bruscovisck pode entrar". Precisei interferir, tentar acalmar os ânimos, por isso inventei que Alexander é sonâmbulo e anda pela madrugada procurando facas. Tive a impressão que Alexander acreditou nisso... Sua expressão, mostrava o quanto se perguntava se ele, de fato, fez aquilo. Prefiro deixá-lo com essa dúvida. Ele gosta de esconder as coisas pra mim...farei o mesmo. Alexander foi fazer companhia à Max, mesmo contra sua vontade. Klaus ia segui-lo, mas fui rápido, tocando em seu ombro. - Nico já comprou as cervejas. - Avisei. - Nico o quê?! - Lutei para esconder o ranço qu
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Maxine fugiu depois de me ouvir falar que gosto de comer c.u sem camisinha. Sorri feliz, principalmente porque não precisei assistir ela comer aquele pequeno frango ou codorna branca, que parecia estar cru.Acho que fizeram aquela porrä à vapor, estava pálida demais! Vi quando tio Gabriel, meus tios e meu pai seguiram para a churrasqueira. Aproveitei que fiquei sozinho e fugi para o meu quarto, desejando que ele esquecesse da minha existência!Tranquei a porta e suspirei, sentindo cheiro de eucalipto pelo quarto. Minha cama de casal estava intacta. Pronta para receber apenas a minha pessoa.. Fui até o banheiro e tomei um longo e delicioso banho. Saí enrolado com uma toalha na cintura. Fiquei escolhendo um pijama confortável, até ouvir batidas na porta do quarto. Peguei uma calça de moletom branca e vesti, já me preparando para ser convidado a participar, da social, onde meu pai estava. Abri a porta e deu de cara com Max. Ela estava Max de camisola branca co
NARRAÇÃO DE GABRIEL...Acordei com uma ressaca desgraçadä! Sei bem o motivo dela. Recordar da noite anterior, me causou uma vergonha tão grande... Ressaca moral, como se fala. Houveram socos, choros e Nicolás mandando eu parar de chorar, pois Alexander não irá se casar. Bom, vou detalhar o que recordo da noite anterior. Mas quero deixar claro que bebi horrores, como há tempo não fazia, só para conseguir suportar a presença nojenta do Klaus. Ele começou falar sobre como a Máfia da Rússia tem se tornado mais poderosa, inclusive que ele já se reuniu com o próprio presidente da Rússia. Acho que ele falava aquelas coisas, querendo se vangloriar a todo momento. Fiquei na churrasqueira, em alguns momentos Jhonny pediu para ficar no meu lugar, para não precisar olhar na cara do Klaus. Já podem imaginar a briga que foi, eu e Jhonny nos empurrando, disputando a churrasqueira. Klaus até riu e comentou nunca ter visto alguém brigar, para ficar na churrasqueira. Se ele soubesse o motivo não ia
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Carälho... Tio Gabriel é muito fofoqueiro! Está no sangue! Cresci escutando o quão é fifi. Tinha que vir atrás de mim?! Eu juro que senti minha alma sair do corpo, quando reconheci o carro dele estacionado em frente à porteira. Deu até dor de barriga! Ele não pode descobrir que adotei a Lilly, a filha do cara que quase o matou. Entrei na casa desesperado e tranquei a porta. O medo era tanto, que mesmo com a porta trancada, permaneci segurando atrás da porta. Lilly apareceu assustada, olhando aquela cena. - O que houve? - Olhei Lilly, apavorado .- Esconda-se! Deu merda, Lilly!!! - Sussurrei. Ela parecia uma barata tonta. Correu para o lado e depois para outro perguntando onde era melhor se esconder. - Quarto!!! - Avisei, ouvindo tio Gabriel socar a porta. Mandei ele esperar. Preciso de tempo para esconder minha filha. Entrei no quarto com ela, abri o guarda-roupa e ela entrou pálida. - O que eu falei?! Mandei mensagem ontem avisando para trancar a porta!
NARRAÇÃO DE GABRIEL...Sinceramente? Alexander parece ter um imã para confusão. Não é possível! Só que algo chamou minha atenção...seu comportamento com Lilly me impressionou. O garoto está tratando bem uma mulher, pela primeira vez e CHOQUEM, por livre e espontânea vontade. Ele não trata ninguém assim. Logo que vi, pensei em resolver a situação deixando a menina escondida na fazenda secreta e mantendo Alexander longe de lá. Outra coisa que me surpreendeu, foi ver que os dois são carne e unha. Isso ainda está difícil de acreditar. Decidi levar Lilly junto, quando for esconder Alexander, só pra atrapalhar a vida do Klaus um pouquinho... Se Alexander dificulta sem estar apaixonado, imagina se estiver. Alexander mata sorrindo quando não está se sentindo ameaçado, agora, imagine ele apaixonado enfrentando seu pai?! Saio até de perto. Essa garota, a Lilly, é tranquila, está aprovada. Ela é diferente dos pais malucos que tinha. Acho que ela tem toque, não para um minuto. Pude observar a f
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Nunca desejei tanto a saída do meu pai da fazenda. Primeiro, porque não preciso ficar perto dele e segundo, porque posso aproveitar mais a Roça com Lilly. Meu! A gente se diverte pra caralhö naquele lugar! Sempre temos algo pra fazer. Olha só, descobrimos que atrás daquela fazenda, tem uma mata muito grande. Caminhando um pouco mais, é possível encontrar um grande açude, limpíssimo. Adoro pular naquele açude dando cambalhotas. Lilly aprendeu a à dar cambalhotas comigo. Ela sempre uiva, como se fosse uma loba, antes de pular no açude. Também levei barraca de camping algumas vezes, só porque ela disse que nunca tinha acampado. Foi maravilhoso! Lilly temperou uma bela costela com seus temperos loucos e que dão certo. Por isso eu sempre estava sumido na fazenda.... Estava me divertindo como nunca, na roça com Lilly. Aaah, ela canta...tem voz de passarinho. Ela disse que era obrigada cantar os hinos do culto, para os pais. Ela até me ensinou a tocar violão. Quando
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Andei pelo corredor do casarão, pronto para fugir de todos. Parei em frente à porta do quarto de hóspedes, onde meu pai traidor está com minha mãe. Respirei fundo tentando não sentir tanta raiva, mas era impossível! A vontade era de jogar gasolina por baixo da porta, aproveitando que dormiam juntos e tacar fogo, sem pensar duas vezes! Não fui amado por eles mesmo! Eu tenho um ditado que carrego dentro do meu coração. "Ame quem te ama e mate aqueles que te odeiam." Não acredito mais no amor dos meus pais. Quero mais é que fiquem desesperados, quando souberem do meu desaparecimento. É isso! Eles precisam sofrer, principalmente meu pai! Minha mãe pagará o pato por ser omissa. Por isso não meti fogo no quarto deles. Além do mais, naquele casarão moram muitas pessoas. O tio Gabriel e tia Liz são gente boa, me criaram bem quando vivi com eles. O tio Gabriel é a minha inspiração! Então, preciso usar o cérebro como ele usa. Saí rápido do casarão, aproveitei para peg