NARRAÇÃO DE GABRIEL...Alexander não vai me perdoar, pelo menos não agora. Mas a culpa é dele! Ele deu motivos para eu tomar essa decisão extrema.Vou explicar por etapas. Qual foi a minha orientação?! Não encontrar com Lilly até o momento mais seguro. Obedeceu? Não!! Ele nunca obedece!! Depois que expliquei sobre a putäria que seu pai fez, percebi que Alexander se isolou em seu quarto. Até aí tudo bem, faz parte. A gente aprende ser mais forte, depois de uma traição desse tamanho. À noite todos foram dormir, mas eu, como sempre, fico me preocupando com a porrä do Alexander. Ele não comeu e isso, ele nunca fez. Nunca deixa de comer, o cara é um dragão! Fiquei em meu quarto até ouvir a porta do quarto dele abrir. Nossos quartos são próximos, também foi fácil sair do meu, sem fazer barulho. Aproveitei que Liz dormia profundamente, esperei Alexander sair do corredor, coloquei um casaco e apressei meus passos. Ia pegar o caralhö do meu carro, mas Alexander pegou primeiro! Preciso par
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Naquela noite, custei a dormir. Tudo o que tio Gabriel falou, ficava ecoando na minha cabeça. Meu pai me enganou...No meio da madrugada tive crise de ansiedade, só pode ser. A impressão era de que o teto tinha descido ou meu corpo flutuado, até o meu nariz ficar colado ao teto branco. Essa era a sensação, junto com a falta de ar e dormência em meus lábios. Tentei me controlar, fechando os olhos, respirando calmamente, movimentando minhas mãos, mas nada resolvida! Meu peito queimou e meu coração disparou de uma tal forma, que sentia minha morte se aproximar. Cravei minhas unhas no cobertor, meus olhos lacrimejavam, sentindo todo o processo daquela crise. Lilly, mesmo dormindo, virou para o meu lado, deitando sobre meu peito. Consegui controlar a respiração, o coração estava diminuindo a frequência, meu corpo todo formigou, mas estava melhorando. Normalmente empurro a cabeça de Lilly, quando faz isso durante a madrugada. Mas, desta vez, permiti. Seu contato no
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Virei para minha digníssima mãe e forcei um sorriso que estava bem difícil de mostrar. - O que você quer? - Sinto sua falta, você nunca foi assim comigo, Alexander. - Claro, colhemos o que plantamos. Por acaso está sabendo que meu pai me fez assinar um documento no qual abro mão de ser DOM aos dezoito anos? - Bom... Ela suspirou fechando os olhos. É... Ela estava ciente. Decepção é a palavra. Voltei a caminhar pelo corredor não querendo ouvir a voz da minha própria mãe. - Alexander, você não tem estrutura! Você é desequilibrado! Precisa de maturidade para aprender ser um verdadeiro DOM. - Ela me seguia e tentava explicar, enquanto eu estava pouco me födendo para seus argumentos! Eu estava tranquilo, não me preocupava com o fato de ter que ser DOM! Pelo contrário, estava ansioso. Olha só, o tio Gabriel é meio surtado e ainda assim Mestre Maurício, seu avô, depositou toda a confiança nele e deu certo! Tio Gabriel tem sido um ótimo DOM, não deixou de ser quem
NARRAÇÃO DE GABRIEL...Foi difícil esperar Alexander sair da minha fazenda secreta, onde Lilly estava escondida. Jhonny olhou em meus olhos e confirmei. Passamos pela porteira e pude ver os restos da fogueira, apagados. Só de pensar que, se não tivesse visto Alexander saindo do casarão tarde da noite e o seguido até aqui, certamente a menina estaria morta e ele destruído. Jhonny pegou um saco de marsmallows que estava no chão. Entrei na varanda e bati na porta. A casa, apesar de pequena, é muito bonita. A janela do quarto fica na varanda, por isso, qualquer movimento podemos escutar. Escutei Lilly revirando na cama, como se estivesse assustada. - Lile sou eu, Gabriel. - Alexander não está. - Ela falou assustada. - Precisamos conversar. - Não acho uma boa idéia, Alexander pediu para manter a porta trancada. - Fechei os olhos suspirando. - Lile, se ficar aí dentro, será questão de tempo até encontrarem você. Ontem à noite dois seguranças seguiram Alexander. Se não fosse eu e Jho
NARRAÇÃO DE LILLY... (PRIMEIRA NARRAÇÃO)Assustada e com medo. Assim mesmo. Estou dentro de um carro, com um homem que não conheço, muito forte e todo tatuado, dirigindo em silêncio total. Pelo menos ele não me olha pelo retrovisor, apenas dirige.Durante aquela viagem, meus pensamentos vagavam por tudo o que vivi e estou vivendo. Poderia ser loucura ou apenas coisa da minha cabeça, mas é real, está acontecendo.Com meus pais levei uma vida sendo oprimida que não enxergava ser desta forma, até chegar na puberdade. Meus pais me humilhavam fazendo que eu usasse roupas horríveis, só podia sair para ir à escola e em sua pequena igreja. Não podia ter um simples celular, não podia ter amigos, não podia nada. A obsessão deles pela religião se tornou insuportável. Na pré-adolescência começaram os abusos...as chicotadas porque meu corpo estava mudando, joelhos no milho se errasse a oração, a imposição dos jejuns que não queria fazer... Ainda assim não imaginava que tudo aquilo era errado e pr
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Eu não me importava com mais nada! Só queria chorar, não me importava se era nos braços do tio Gabriel. Ele é fofoqueiro, depois contará para Nicolás e Jhonny que chorei por causa de uma garota! Mas não era qualquer garota! Ela era minha amiga, minha companheira. Eu prometi que ia trazer as galinhas vivas como ela havia pedido. Por que estou pensando nisto?! Não faz sentido. A ficha caiu... O único que sabia da existência de Lilly era o tio Gabriel e agora ele estava ali me abraçando. A raiva se espalhou pelo meu peito, fazendo com que eu o empurrasse com força! Ele não esperava por essa reação, caiu no chão fazendo a terra subir. - Alexander, calma porrä! - ONDE ESTÁ LILLY?!!! - Gritei com os punhos cerrados! Traidor! Eu confiei nele! - Está segura! Escute!!! - Tio Gabriel levantou suspirando e pegou seus óculos. - ONDE ESTÁ LILLY, PORRÄ!!! - Agarrei seu colarinho, pouco me födendo se é meu tio ou DOM de uma máfia! - SEGURA!!! O que falei prá você, Alexa
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Eu não me importava com mais nada! Só queria chorar, não me importava se era nos braços do tio Gabriel. Ele é fofoqueiro, depois contará para Nicolás e Jhonny que chorei por causa de uma garota! Mas não era qualquer garota! Ela era minha amiga, minha companheira. Eu prometi que ia trazer as galinhas vivas como ela havia pedido. Por que estou pensando nisto?! Não faz sentido. A ficha caiu... O único que sabia da existência de Lilly era o tio Gabriel e agora ele estava ali me abraçando. A raiva se espalhou pelo meu peito, fazendo com que eu o empurrasse com força! Ele não esperava por essa reação, caiu no chão fazendo a terra subir. - Alexander, calma porrä! - ONDE ESTÁ LILLY?!!! - Gritei com os punhos cerrados! Traidor! Eu confiei nele! - Está segura! Escute!!! - Tio Gabriel levantou suspirando e pegou seus óculos. - ONDE ESTÁ LILLY, PORRÄ!!! - Agarrei seu colarinho, pouco me födendo se é meu tio ou DOM de uma máfia! - SEGURA!!! O que falei prá você, Alexa
NARRAÇÃO DE GABRIEL...Acho que matei meu afilhado. Uma notícia linda dessa, entendo ter desmaiado. Foi pura emoção. Eu também desmaiaria se soubesse que sou meu padrinho. Pensando bem... Não sei quem são os meus padrinhos! Fiquei pensando até que fui socorrer Alexander, seu corpo ainda estava jogado no chão. Sacudi a cara dele e nada de acordar. Respirando fundo, segurei seus pés, levantei suas pernas para a pressão se estabilizar, sei exatamente como funciona. E assim foi despertando, ainda meio desorientado. Soltei seus pés fazendo baterem no chão, ele sentou rapidamente, assustado. - Melhorou? - Perguntei caminhando até minha mesa. - P-por que não...- Porque EU não quis! Por mim nunca abriria a boca, mas estou falando porque seu pai está se achando. Eu sou seu segundo pai, sou seu padrinho, por isso cresceu na fazenda. Nicolás não tem nada a ver com isso. Seu pai virou um babacä e quero mais é que ele se fodä! Eu sei o quanto me dediquei e me irritei com... - Me calei quando A