NARRAÇÃO DE ALEXANDER....
Pilotei a moto em alta velocidade, meu maior pesadelo se tornou realidade. Fiz de tudo para eles não trazerem essa noiva arranjada, pra cá. Quando os vi no casarão, meu mundo despencou. Molhei a parte interna do capacete, com minhas lágrimas. Meu coração estava födido, essa é a verdade! O tempo em que fiquei na fazenda do tio Gabriel, vi como ele trata seus filhos com amor, respeita suas escolhas, mesmo que surte, a escolha final é dos filhos. Foi mais um motivo para sofrer, tio Jhonny, tio Gabriel e tio Nicolás são homens de caráter e amam seus filhos. Meu pai quer mais que eu me fodä! Cresci levando porradä na cara. Sempre quando acontecia algum "incidente" ou quando "matava" um dos seus seguranças, levava soco na cara! Nunca existiu carinho, fato esse que só facilitou, para me tornar mais rebelde. Os socos na cara nem faziam mais efeito, não doíam mais. Levava o soco e saía tranquilo de seu escritório, cuspindo sangue, escovava meus dentes e ia para escola, louco para arranjar uma bela confusão. Cresci assim! E acho que Klaus, aquele que se diz meu pai, não estava mais dando conta. Mandou que eu fosse para a fazenda do tio Gabriel, alegando que passaria as férias com eles. Como meus primos estavam todos lá, fiquei animado. Quanto menos contato com meu pai, melhor! Desde quando cheguei, aprontei um pouco. Cheguei matando um velho motoqueiro, que queria briga com meu primo no bar, depois matei um capanga do tio Gabriel. Soubemos que tio Gabriel tinha um refém, na casa da tortura, um estuprädor. Roubamos o prisioneiro, porque eu e meus primos também queriamos torturar o desgraçädo, resumindo, matamos sem querer. Tio Gabriel ficou putö! Nosso castigo foi maravilhoso. Ele drogöu, eu , Noah e Davi,seu próprio filho, com cogumelos da fazenda. Acho que foi o melhor castigo que já tive. Amo ficar doidão! Ah! Também matei uma garçonete do pub da fazenda e seu marido ou namorado, até hoje não faço idéia do que eles eram. Para a minha defesa, desta vez, foi legítima defesa. A mulher estava em surto com uma faca na mão porque eu não queria mais comer sua bocetä, sim! Ela era o meu lanche. Inclusive o marido dela me deu uma surra quando me pegou no flagra, bem no momento que comia o räbo dela. Só apanhei porque o cara tinha dois metros e devia pesar uns 120 quilos, só de músculo! Ele parecia com aquele negãö que fez o filme "À espera de um milagre". Na verdade, apanhei pouco, os capangas separaram a briga pois ele não podia me matar, já que sou a porrä de um herdeiro da Máfia Russa e preciso está vivo para casar. O que eu aprontei mais? Céus, foram tantas coisas...acho que, só comigo, o tio Gabriel tem motivos de sobra para ser tão surtado. Haaam... Aaah! Lembrei, dröguei meus tios Gabriel, Nicolás, Jhonny e o Leonardo (filho do tio Nicolás), colocando LSD na bebida deles. Nossa! Eles ficaram desesperados, no dia seguinte, todos preocupados com suas esposas e Leonardo com sua noiva. Ficaram loucos por passarem um dia sem entrar em contato com elas. Sinceramente, achei desnecessário o surto deles, afinal era a despedida de solteiro do Leonardo, não faz mäl ficar chapado e curtir, se aparecessem outras mulheres. Afinal o nome já diz tudo, "Despedida de solteiro", mas eles não pensam assim e o Tio Gabriel me castigou da pior forma, não me deu cogumelo e me fez limpar a fazenda, todos os dias. O herdeiro da Rússia era obrigado a varrer e passar pano no chão, todo dia! Será que aprontei mais? Aaah! Comi uma professora na escola pra depois denunciar na diretoria, me fazendo de vítima, dizendo que ela abusou de mim. Tenho 17 anos, fiz de propósito, a professora cismou com minha prima e fez de sua vida um infernö na escola! Ah! Também peguei a sobrinha da professora e fiz a titia, assistir a sobrinha chupar meu päu, na biblioteca. Quebrei o coração da vagabundä, com sucesso. Será que tem mais alguma coisa? Sumiço de Lilly já contei. Inclusive estou a caminho da fazenda secreta, quase saindo da cidade. Preciso ver se ela precisa de alguma coisa e avisar que minhas visitas ficarão um pouco mais limitadas, já que meu pai e os seguranças da Máfia Rússia estão na cidade. Bom, por que contei tudo isso? Para dizer que não sou nenhum santo! Minha história não é de um mocinho, vítima de uma família filha da putä, aliás, a minha. Não, sou atentado, prá carälho! Tio Gabriel me chama de psicopata às vezes, na verdade, a maioria das vezes. Cheguei até acreditar que era um psicopata... tanto que ele fala! Nunca amei uma mulher, mato sorrindo. Não beijo na boca em hipótese alguma! Porém, tio Gabriel está enganado. Não sou um psicopata! Psicopatas não tem sentimentos. Eu tenho. Estou chorando, não estou? Estou cuidando de uma garota de quinze anos e sua vida vai muito bem, graças a mim. Cheguei na fazenda escondida. Parei com a moto em frente à porteira. De longe vi Lilly, regando sua horta. Ela adora plantar essas coisas. Assim que me viu, soltou o regador no chão, arrancou as luvas de jardinagem e correu em minha direção, rindo como uma menina. Quem olha, não acredita que tem quinze anos... tem corpão de mulher. Desde quando ela ficou órfã, joguei no lixo aquelas roupas que seus pais a obrigavam usar e passei comprar suas roupas, decentes e ou indecentes. Fodä-se! Eu não sei comprar roupas! Sempre peço ajuda às atendentes quando decido comprar novas roupas. Desta vez ela está de jardineira jeans, combinando com o trabalho de cuidar de sua horta, mas acho que comprei um número menor, já que está justa, em seu corpo. Ela corria, fazendo barulho da bota de couro batendo no chão, subindo a terra vermelha. Ela ria tanto, sem imaginar que, dentro do capacete, meu rosto estava inchado de tanto chorar, feito um filho da putä. Ela abriu a porteira e pulou em meus braços, com um abraço bem apertado. - Eu já falei prá parar de ficar me abraçando deste jeito! Odeio abraços apertados. - Ale! Acabou de brotar um pequeno tomate, na horta! - Suspirei, tirando o capacete. Ela parou de sorrir no mesmo segundo. - O quê?! - Meu pai está na cidade... - Não... - O semblante de Lilly despencou. Seu maior medo, também era a chegada do meu pai, porque sabia que minha noiva viria junto. Os planos do meu digníssimo pai são que eu case e volte para Rússia. Isso seria um problemão para Lilly. Sem parentes, com apenas 15 anos..Orfanato? Conselho tutelar? Sem contar que seus pais eram pobres de marré, não tinham nada! - Não posso demorar, Lilly. Preciso ser discreto com as minhas visitas. - Alexander... - Lilly olhou-me abatida. - Apenas confia. Eu não vou casar! Tio Gabriel disse que vai me ajudar. Pega uma água pra mim, pelo amor de Deus. - Pedi tirando meu casaco. Fechei a porteira e observei Lilly correr até a casa. Caminhei até a varanda e sentei na sacada. Observei como Lilly aproveita o tempo livre, deixando a fazenda secreta impecável. Ela voltou com um copo de água. Totalmente nervosa. - Tem certeza que Gabriel está do seu lado?! - Claro que sim! Ele falou comigo. Meu pai só precisa sair da fazenda. - Lilly olhou para o chão, tentando esconder sua preocupação. - Ôô, garota, já falei que não vou deixar você desamparada. - Se você for levado, não terei para onde ir! A comida vai acabar, terei que voltar para cidade onde estou como desaparecida. Não quero parar em um orfanato, Alexander. Gosto desta liberdade! Gosto de plantar tomates e tomar banho de chuveirão, quando está calor! - Você não vai para nenhum orfanato, Lilly! Relaxa aí. - Falei incomodado. Olhei Lilly suspirar e sentar ao meu lado, mesmo comigo acendendo um cigarro, ela deitou a cabeça em meu ombro. Já até me acostumei com esse seu jeito infantil. - O pouco tempo que você tem, dá pra tomar banho no açude comigo? - Lilly perguntou, esperançosa. - Não. Meu pai está na cidade. Eu praticamente fugi dele, deixei recado com tio Gabriel, avisei que voltaria logo. Precisa de alguma coisa na cidade? - Sim. - O quê? - Vou pegar a lista. - Lilly correu para dentro da casa e voltou com um papel. - Anotei algumas coisas. Não esqueça das sementes de abóbora. - Tá... - Levantei já saindo da varanda, joguei o cigarro fora e guardei o papel no bolso. Ia sair mas Lilly me abraçou pela cintura e deitou sua cabeça em meu peito. Respirei fundo, esperando ela me soltar. Não sou de demonstrar carinho, nem afeto, diferente dela. Mesmo sabendo que não retribuo, ela não se acanha, parece uma criança querendo carinho. - Já pode me soltar. - Disse impaciente. - Já passou de três segundos. - Ela riu e soltou minha cintura. - Não esqueça das sementes! - Você já falou! - Porque a última vez, você esqueceu. - É. - Forcei um sorriso. Eu não esqueci, só não comprei pois não sei onde encontrar essa porrä e tenho preguiça de procurar. - Ale, fica bem! - Pode deixar. - Ela sorriu e acenou se afastando. Pegou as luvas de jardinagem novamente, pronta para voltar a cuidar da horta. E lá vou eu fazer essas compras, antes de enfrentar meu pai. -NARRAÇÃO DE ALEXANDER....Subi na moto e segui para o centro da cidade. Estacionei a moto próximo de um banco e olhei o calçadão, naquele calor. Respirei fundo entediado... odeio fazer compras ali! Lilly colocou um monte de coisas na lista, não encontraria um terço no shopping. Lá fui eu atrás das coisas que Lilly anotou, parei de má vontade e pedi informação, para uma pessoa que andava na rua. - Onde encontro muda de flores? Me deixa ler aqui... - Falei olhando atentamente o nome das flores. - Hum, tulipas, girassol, antúrio... Acho que é isso. - Não precisa detalhar os nomes das flores. Todo mundo sabe que encontramos flores em uma floricultura. - Parei de olhar o papel, depois de ouvir aquele homem mal educado. - E ONDE TEM UMA FLORICULTURA?! - Perguntei, irritado. Se ele soubesse como estou sem paciência... O homem riu e apontou para o lado. Coincidentemente, eu havia parado em frente a uma floricultura. - OBRIGADO!!! - Encarei aquele homem, na base do ódio, enquanto entrava
NARRAÇÃO DE ALEXANDERConforme me aproximava da fazenda onde se encontrava meu pai e tio Gabriel, a raiva se expandia pelas minhas veias. Reconheci até mesmo os seguranças, arrogantes da Máfia do meu pai, andando pela fazenda, tentando entender o português, com os capangas do tio Gabriel. Estacionei a moto ao lado do casarão. Entrei, sentindo meu coração palpitar, desejando distância de todos! Diferente do meu desejo, encontrei meus pais e a loira, esquisita pra carälho. Nem se quisesse, meu päu subiria pra comer aquela ali. Tio Gabriel estava na sala junto com Jhonny e Nicolás. Eles, os três mosqueteiros eram os únicos que não demonstravam alegria... - Filho, quero que conheça sua noiva. Seu nome é Maxine, mas ela gosta que a chamem de Max. - Conforme ele falava, a garota levantou do sofá ajeitando seu vestido, com um sorriso de orelha a orelha. Olhei para ela entediado, cruzei os braços para mostrar a minha insatisfação em conhecê-la. - Max fala cinco linguas, estudou nas melhores
NARRAÇÃO DE GABRIEL... (Primeira narração)É isso aí... Estou no ódio total, com a presença do Klaus, aqui na minha fazenda! Esse animal... não. Não o chamarei de animal, pois até esses, cuidam melhor do seu filho! Beleza. Vou explicar! Klaus ficou MESES sem ver Alexander. Ótimo! De repente aparece aqui. No dia em que ele pisou na fazenda com a noiva, nem se quer deu um breve abraço, em seu filho. Pelo contrário! O filho da putä encheu a mão e deu na cara, do coitado do Alexander. Na verdade, Alexander não é tão coitado! Ele deu o dedo do meio para sua noiva... DO NADA! Mesmo assim, minha vontade foi pegar meu revólver e estourar toda a cara do homem, que já considerei um bom amigo. Klaus mudou da água para o vinho. Sou melhor do que ele! Sou DOM, mas não perdi minha essência. Nunca dei na cara do meu filho Davi, por mais que ele tivesse dado motivos pra apanhar, algumas vezes. Klaus humilhou seu filho o agredindo, na frente da noiva e de todos que ali estavam. O pior foi ver um olha
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Fugi da fazenda novamente antes que dessem minha falta. Ao meu ver, eu fui um cavalheiro com a sebosa. Sim, ela é exatamente o tipo de pessoa que iria aparecer. Por que sei? Porque meu pai é arrogante e espera pessoas deste nível, para seguir a linhagem de famílias arrogantes. Max é a perfeita patricinha, pensa que o mundo gira em torno do seu umbigo. É esquisita e já chegou achando que manda em mim. Não sabe o infernö que vou fazer com ela. Eu fui um amor de pessoa com ela, porque precisava seguir na linha os conselhos do tio Gabriel. Vou ser um amor até meu pai pisar na Rússia. Depois maltrato, sou profissional em partir corações... Eu gosto. Principalmente quando é com mulheres filhas da putä! Fiquei mentalizando as merdas que iria fazer com Maxine até chegar na "roça". O lugar onde me trás paz. Abri a porteira deixando todos os problemas para atrás, estava anoitecendo e nem se quer almocei, depois de presenciar o meu maior pesadelo. Pelo menos Tio Gabrie
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Voltei para a fazenda do tio Gabriel e para a minha surpresa, ele estava na porteira, fumando sem parar. Parecia maluco. - Ei, você! - Ele segurou na manga da minha blusa quando passei por ele. - Tio Gabriel, já é noite, quero tomar um banho e dormir.- N-Ã-O!!! Você só vai pregar esses olhos, depois que me falar onde está o bebê!!! - Juntei as sobrancelhas tentando entender do que ele estava falando. - Eu não sei do que está falando, tio Gabriel. Que bebê? O bebê do Davi?! Davi conseguiu perder seu próprio filho?! - Tio Gabriel soltou uma lufada de ar e me encarou, esperando por alguma resposta. Eu fiquei o encarando também, não sei do que ele está falando. - Os mosquitos estão me picando. - FODÄ-SE OS MOSQUITOS!!! - Dei um tapa em meu braço, matando um. - Tio Gabriel. - Você disse que adotou. - Ri alto. Agora tudo faz sentido. - Não é um bebê! - Passei por ele rindo. - Uma criança? - Tio Gabriel perguntou, curioso pra carälho!- Não. Uma adolescente
NARRAÇÃO DE GABRIEL...Meu Deus. Eu nunca pensei que tomaria um ranço terrível do Klaus! Até o seu humor desapareceu! Quando Alexander falou de peidö, ele nem riu. Ficou com aquela cara de gente sem graça. Ele queria obrigar Alexander dormir com Max, logo no primeiro dia! Quem conhece Alexander sabe que na porta do seu quarto, existe uma placa onde está escrito "Proibido a entrada de qualquer um. Só Alexander Bruscovisck pode entrar". Precisei interferir, tentar acalmar os ânimos, por isso inventei que Alexander é sonâmbulo e anda pela madrugada procurando facas. Tive a impressão que Alexander acreditou nisso... Sua expressão, mostrava o quanto se perguntava se ele, de fato, fez aquilo. Prefiro deixá-lo com essa dúvida. Ele gosta de esconder as coisas pra mim...farei o mesmo. Alexander foi fazer companhia à Max, mesmo contra sua vontade. Klaus ia segui-lo, mas fui rápido, tocando em seu ombro. - Nico já comprou as cervejas. - Avisei. - Nico o quê?! - Lutei para esconder o ranço qu
NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Maxine fugiu depois de me ouvir falar que gosto de comer c.u sem camisinha. Sorri feliz, principalmente porque não precisei assistir ela comer aquele pequeno frango ou codorna branca, que parecia estar cru.Acho que fizeram aquela porrä à vapor, estava pálida demais! Vi quando tio Gabriel, meus tios e meu pai seguiram para a churrasqueira. Aproveitei que fiquei sozinho e fugi para o meu quarto, desejando que ele esquecesse da minha existência!Tranquei a porta e suspirei, sentindo cheiro de eucalipto pelo quarto. Minha cama de casal estava intacta. Pronta para receber apenas a minha pessoa.. Fui até o banheiro e tomei um longo e delicioso banho. Saí enrolado com uma toalha na cintura. Fiquei escolhendo um pijama confortável, até ouvir batidas na porta do quarto. Peguei uma calça de moletom branca e vesti, já me preparando para ser convidado a participar, da social, onde meu pai estava. Abri a porta e deu de cara com Max. Ela estava Max de camisola branca co
NARRAÇÃO DE GABRIEL...Acordei com uma ressaca desgraçadä! Sei bem o motivo dela. Recordar da noite anterior, me causou uma vergonha tão grande... Ressaca moral, como se fala. Houveram socos, choros e Nicolás mandando eu parar de chorar, pois Alexander não irá se casar. Bom, vou detalhar o que recordo da noite anterior. Mas quero deixar claro que bebi horrores, como há tempo não fazia, só para conseguir suportar a presença nojenta do Klaus. Ele começou falar sobre como a Máfia da Rússia tem se tornado mais poderosa, inclusive que ele já se reuniu com o próprio presidente da Rússia. Acho que ele falava aquelas coisas, querendo se vangloriar a todo momento. Fiquei na churrasqueira, em alguns momentos Jhonny pediu para ficar no meu lugar, para não precisar olhar na cara do Klaus. Já podem imaginar a briga que foi, eu e Jhonny nos empurrando, disputando a churrasqueira. Klaus até riu e comentou nunca ter visto alguém brigar, para ficar na churrasqueira. Se ele soubesse o motivo não ia