Sarah volta para casa depois de anos longe da família, ela ainda não se sente pronta para revê-los e evita enfrentar fortes emoções, mas isso se torna um desafio logo que encontra o Phil, um dos seus novos colegas de trabalho, e ao que parece, está se esforçando ao máximo para tirar ela do sério. Com a vida toda revirada com a mudança, a Sarah se vê quase desistindo da competição pela presidência, até que o cara mais grosso e insuportável que ela conhece se oferece a ajudá-la a superar todo o seu passado dolorido e os desafios pelo cargo, e até quem sabe, consegue ocupar um lugar no coração de gelo dela.
Ler maisSarah As horas se passaram e já estava ficando tarde, eles nos chamam para entrar em casa.Mas nossos amigos disseram que já queriam ir para casa, e eu também tinha compromisso.Ajudamos eles a arrumarem as coisas, tínhamos que ir embora porque íamos levar a Sami, Antony e Paulinha para o aeroporto.— Tenho que fazer uma coisa, mas não saiam daqui — digo me referindo aos nossos amigos que já queriam ir embora.Puxo o Phil comigo. Temos que contar as meninas antes de contar aos outros sobre nosso namoro, devemos isso a elas. E não teremos outro momento para contar a eles.— O que quer fazer? — Phil pergunta estranhando ter sido chamado para o canto desta forma.— Temos que falar sobre o nosso namoro — explico sorrindo igual uma boba apaixonada.— Então vamos — ele fala confuso. — Oh, as meninas — reviro os olhos.— Sim, primeiro elas e depois eles — ele sorri e pega minha mão para sairmos à procura.Ele me abraça por trás enquanto andamos procurando por elas, isso faz que andemos deva
Sarah Minha tia se adaptou rápido ao ambiente, parece que estudou e pesquisou sobre todos os assuntos que estão sendo falados nesta conversa.Acho que eles gostaram dela, tia Safira tinha um jeito diferente de conquistar todo mundo.— E o bolo? — Paulinha aparece perguntando.— Verdade, vamos bater os parabéns — Sami diz.Bater os parabéns é uma expressão bastante usada que significa o mesmo que cantar parabéns, caso nunca tenha ouvido.Mônica chama a todos para a mesa do bolo, minha tia levanta sorrindo, mas consigo ver o seu olhar triste. Sei disso porque é o mesmo olhar que carrego, mas ninguém nunca percebeu.Sei que ela queria mesmo estar aqui, e se esforçou para isso, esse dia dói no coração de todos nós.— Se quiser posso te livrar dos parabéns — Phil fala no meu ouvido. Sorri para ele.— Tudo bem, vai ser rápido — digo e ele assente com a cabeça, mas não parece convencido. No momento que acendem a vela ouvimos orações, orações altas e em uníssono.Eles não parecem se importa
— Tia, tô com fome — Laurinha fala alisando a barriga. — Então vamos ver o que consigo para vocês comerem — digo vendo a Paulinha fazer o mesmo gesto. — E depois, temos que ter uma conversa muito séria com vocês — Philip fala. Elas se entreolharam como se tivessem sido pegas por alguma travessura. — Não fui eu, tio — Laurinha fala me fazendo rir. — Nem eu — Paulinha diz. — Não dissemos que vocês fizeram alguma coisa — digo. — Só temos uma notícia para dar, e queremos que sejam as primeiras a saber. Sabe, uma conversa de adulto. Elas sorriem empolgadas. Vamos até a mesa que tinha algumas guloseimas e sirvo as duas, e elas saem correndo com a comida logo depois. — Acho que abordamos elas de maneira errada — digo a julgar pela pressa que saíram. — Ou só estão com fome — ele fala com as mãos no bolso da bermuda. Nego com a cabeça. — Não, acho que a minha teoria é a certa. — Ah, esquecei — ele diz tocando no meu nariz. — A dona da razão. Reviro os olhos e sorri. — Sempre! E
Sarah Apesar de achar que eles vão aprontar alguma coisa, tento ignorar e aproveitar cada momento na companhia da minha paz. O caminho foi tranquilo e tentei não deixar que as emoções afetem o meu dia. Chegamos a casa da Mônica no mesmo tempo de sempre, e não havia nada de diferente, pelo menos não na casa dela. Olho ao redor e a casa estava com a mesma aparência e sem movimentações do lado de fora, o que era normal. Normal até demais para essa família. Mas algo me chamou atenção naquela rua, e não era a casa da Mônica. Ali, a mais os menos duas casas ao lado, estava a casa do meu pai, casa essa que eu cresci e não sabia se ele ainda morava. A casa estava repleta de flores e pessoas entrando e saindo, pessoas que conhecia muito bem. Minha família. O meu coração deu uma pontada mostrando o quanto me afetou ver que a vida deles continuou e não parecem sentir minha falta. Eles não pareciam abatidos com nada, entraram na casa do meu pai sem olhar os arredores. Agradeço ao universo
Sarah Respiro fundo tentando não chorar. Olho para eles e tento focar apenas nisso, em me sentir amada e está rodeada de pessoas maravilhosas, literalmente rodeada. — Obrigada — digo e abraço minha afilhada. — Vocês sabem que não precisava. — A gente sabe, mas você merece — Antony fala. Abro o presente e vejo que se tratava de um quadro, uma pintura feita de nós quatro. Com certeza colocarei a pintura no meu apartamento. — Eu amei, ficou incrível — digo encantada. Me sento na cama, me ajeitando para que possa os abraçar, mas antes de fazer qualquer coisa eles me abraçam. Coloco o quadro na cama para conseguir me levantar. Eles me dam espaço e me esperam para sairmos. Antes de sair da cama vejo que meu celular está tocando. Eles saem e eu os sigo, mas antes vejo quem era que estava me ligando. É a minha tia. Recurso a chamada sem pensar duas vezes. Tia Safira não vai desistir fácil, e já suspiro cansada pelo dia que ainda vou ter. Ainda de pijama vou tomar o café da man
SarahDepois de uma noite totalmente mágica eu só estou pensando em uma coisa: Dormir!Assim que chegamos em casa, ele me deixa na porta do meu apartamento e logo entra no seu. Acho que temos a mesma ideia do queremos fazer, que é dormir.Mas chegando em casa já encontro a Sami acordada. Sorri ao ver que meu apartamento não estava mais vazio.Apesar de gostar do meu espaço e gostar de ficar sozinha, eu não gosto de me sentir assim. Eles fazem falta nos meus dias, assim como os meus vizinhos também fazem quando não estamos juntos.— Sami — falo assim que fecho a porta. Caminho até a sala ao seu encontro. Ela estava sentada, acho que me esperando.— Sarah! Isso são horas? — ela fala preocupada. — Espero que tenha uma história muito boa — ela diz mudando a sua afeição, para uma Samara curiosa.— Ah se tenho — digo me lembrando da noite. — Mas não sei se vou te contar.— Não deixa uma mulher grávida irritada — ela diz dando espaço para que me sente no sofá com ela.— Será? — digo sentando
Paro de correr quando vejo alguém num canto resmungando algumas coisas em voz baixa. Desacelero a minha respiração. E foi quando a achei do mesmo jeito que a Samara a descreveu, falando sozinha, brigando consigo mesma, contando e respirando fundo, era desesperador para quem a via, imagina o que ela estava sentindo. E foi quando tive uma ideia louca de distraí-la, e no final deu certo. Disse fatos malucos que li esses dias em uma página nas redes sociais. Coisas que ninguém sabe porque ninguém quer saber. Mas funcionou, ela voltou a si depois de um tempo. Ouvi-lá dizer que achou que iria morrer cortou meu coração, o que você tem meu azul do céu? Não posso perguntar, poderia fazer tudo piorar, então faço o que ela quer, e levo de volta para casa. Coloco ela no carro e entro na casa. — Ela está bem, só quer ir pra casa — digo assim que entro e sou bombardeado por olhares. — Tudo bem, vamos então — Sami fala. — Acho melhor deixá-la sozinha — digo. — Não, quero estar lá se ela p
Philip Nosso almoço foi um tanto constrangedor. Nossas sobrinhas nos entregaram fácil, na frente de todo o resto da família. Claro que a Mônica e o Benjamim já sabem que estou perdidamente apaixonado pela minha vizinha, mas ainda não admiti isso para era. Mas se a Paulinha disse aquelas coisas, será que pode também ser verdade? Depois do almoço viemos para o quintal da casa da Mônica e ficamos conversando, até o clima pesar entre eu e a Sarah, e ela entrar na casa sem dizer uma palavra. Olho para a cadeira que ela estava e não consigo entender o que se passa. Por que ela reagiu assim? Ela leu o que estava na carta? Me declarei para ela, levei um puxão de orelha do seu amigo que me fez perceber que tinha que arrumar as coisas o mais rápido possível, que seria agora mesmo. Mas aí ele sugere que eu tenha feito uma lista, e realmente eu fiz. Fazer uma lista de prós e contras e da clareza das coisas, mas não queria que ela tivesse lido assim, se ela me ouvisse... Percebo que e
Sai dali antes de desabar ali mesmo. Passo quase que correndo para dentro da casa, e passo por todos os cômodos que ficavam no caminho até achar a porta de saída. — Para onde vai? — Mônica pergunta quando me vê passar andando nas presas. Não paro para responder. Caminho até a porta na mesma velocidade de antes, mas olho para trás e os vejo parados todos juntos na cozinha, que tinha conceito aberto com a sala. Vejo que todos estão na sala, mas não paro para falar com nenhum deles. Volto a caminhar para sair às pressas de lá. Preciso de um espaço para respirar. Preciso de um momento comigo mesma. Quando alcanço a porta, coloco uma mão na maçaneta e em seguida sou puxada pelo braço para dentro novamente. — Deixa eu terminar de falar — Philip fala me prendendo contra a parede. O Philip sabe que a Sarah irritada possui uma força que até ela mesma dúvida. Quando brigamos e eu me irrito, ele sempre tenta me prender para que o escute. Mas dessa vez não vai funcionar. — Você é louco