— Eu o rejeito, Alfa Keenan, pertenço ao Feiticeiro Supremo. — O recuso de forma fria, caminhando em direção à porta, secando uma lágrima teimosa. “Devo proteger meu povo, mas meu coração pertence ao lobo” Yulli uma poderosa feiticeira foi criada para acreditar que seu destino estava selado ao lado do Feiticeiro Supremo, Drevan, um líder admirado que jurou proteger seu clã. Mas o amor nunca respeitou as tradições, e o coração de Yulli se entregou a Keenan, o Alfa do Norte, cujo toque e presença desafiam tudo o que ela aprendeu a valorizar. “Como eu poderia lutar contra algo tão poderoso quanto o dever, quando meu coração já pertence a um lobo selvagem?” Enquanto a guerra se aproxima e segredos sombrios são revelados, Yulli precisa escolher entre proteger seu povo e seguir o amor que ameaça destruir o mundo deles.
Ler maisPOV: KEENANSoquei a parede com força, sentindo o impacto reverberar pelo braço enquanto meu lobo rugia em fúria. Segurei o aparelho em minhas mãos e o esmaguei sem hesitação, deixando os pedaços caírem no chão.— Pela câmera de segurança do local, senhor, assim que o ataque aconteceu, nossa equipe foi alertada. Enviei lobos treinados para se infiltrarem no caos e conter a situação sem que fossem identificados, mas... — Alisson pausou, entregando-me um envelope com fotos da cena. Peguei as imagens e deslizei os dedos sobre elas, analisando cada detalhe com atenção. Ao terminar, voltei meu olhar para ele, a surpresa evidente em minha expressão. — Todos foram mortos, Alfa. Não há sinais de batalha.— Que droga! — Praguejei, levando o dedo aos lábios, pensativo. — Há algo que conecte esse crime aos feiticeiros?— Não, senhor. Não encontramos nenhum vestígio de magia no local, nem gravuras ou símbolos característicos. — Alisson respondeu, soltando um suspiro pesado. — Foi tudo limpo demai
POV: YULLIAjustei-me lentamente na banheira, buscando uma posição minimamente confortável para relaxar. Mesmo pequenos movimentos faziam minhas costelas protestarem, e gemidos baixos escapavam involuntariamente. Meu olhar pousou nas algemas, irritação e frustração me consumindo. Mesmo que estivesse livre delas, minha magia continuaria enfraquecida. Drevan havia drenado parte da minha essência, tornando impossível qualquer tentativa de autocura.— Que grande sacerdotisa eu sou. — Murmurei com desdém, levando as mãos ao pescoço para massageá-lo. A memória de toques quentes e firmes invadiu meus pensamentos: o calor de suas mãos contra minha pele, a proximidade de sua respiração, os beijos que, por instantes, faziam as dores desaparecerem. Meu corpo respondeu involuntariamente, um calor sutil percorrendo pontos sensíveis. — Maldito vira-lata... Deve estar se divertindo em me provocar e manter sob controle.Soltei um suspiro frustrado e bati a mão na água, espalhando pequenas gotas. Incl
POV: KEENAN— O que você quer que eu diga, Keenan? — Yulli explodiu, afastando-se rapidamente dos meus toques. Seus olhos procuraram algo pelo cômodo até encontrarem o armário com as toalhas, que ela usou para cobrir as curvas que insistiam em provocar cada fibra do meu autocontrole. — Você não pode mudar o que aconteceu. Não pode me proteger de tudo.— Posso tentar. — Minha resposta foi firme, enquanto fechava os punhos. O peso da tensão tomava conta de cada músculo do meu corpo. — Não vou permitir que aconteça de novo.— Por quê? — Ela me interrompeu com um tom frio, a boca se torcendo em um gesto pensativo, quase desafiador. — Você deixou bem claro que sua proteção é motivada pelo seu interesse em descobrir os “segredos” dos seus inimigos. Meu povo, meu clã.Minha paciência se esgotou.— Qual é o seu problema, Yulli? — Rugi, fechando a distância entre nós em um único passo. Peguei seus punhos, o movimento brusco fez a toalha deslizar pelo seu corpo, revelando-a completamente. Minha
POV: KEENANComo uma mulher tão pequena conseguia despertar tantas emoções em um lobo como eu? Essa pergunta ecoava constantemente em minha mente, sem uma resposta clara.Yulli estava bem diante de mim, a testa levemente franzida, o olhar furioso fixo no meu, como se tentasse intimidar-me. Ela não tinha ideia do quanto isso apenas tornava sua presença mais viciante. Seu aroma doce com um toque apimentado me invadia, intensificando-se toda vez que ela tentava, em vão, disfarçar os desejos que sentia. O leve rubor que subiu por suas bochechas pálidas apenas a tornava ainda mais irresistível, uma mistura perfeita de fragilidade e teimosia que me desarmava e atraía ao mesmo tempo.— Ah, Yulli... — Inclinei-me, diminuindo ainda mais a distância entre nós, meus lábios roçando suavemente os dela, provocando um arfar involuntário que fez seu peito subir e descer de forma irregular. — O que essa cabecinha maliciosa está tramando agora?— Como você mesmo disse, pulguento, estou com febre! — Ela
POV: YULLI— Não pode estar falando sério... Não você. Não depois de tudo o que passamos e das implicações de me assumir como sua prisioneira.Keenan deixou sua mão subir até meu rosto, o toque surpreendentemente delicado enquanto secava a lágrima que escapava do canto dos olhos. Seus dedos arrastaram o traço molhado para o lado enquanto seus olhos verdes me encaravam com uma intensidade quase sufocante.— A traição dói, não é, Yulli? — Seu tom ficou mais sombrio. — Ser usado, ter seus sentimentos ignorados... Isso destrói qualquer um.Engoli em seco, descendo o rosto para encará-lo diretamente, meus olhos avermelhados brilhando com raiva.— Então, é isso? Está se vingando de mim por eu ter ido embora? — Minha sobrancelha arqueou em um gesto desafiador. — É disso que se trata, Keenan?Sua resposta foi imediata e explosiva, sua voz preenchendo o ambiente como um trovão. — Se trata de você ter me traído! — Ele brandou, a mão descendo com força pela parede ao lado, deixando marcas profun
POV: YULLIEle deixou um sorriso surgir em seus lábios, o sarcasmo estampado em seu semblante.— Desde o momento de sua traição, comecei a buscar por sua história. Devo reconhecer que o clã das bruxas foram meticulosos ao apagar seu passado e seus rastros. Isso sempre me pareceu estranho. — Inclinando levemente a cabeça, ele manteve o olhar fixo nos meus, suas pupilas dilatadas denunciando a presença latente de sua fera. — Por que, dentre tantas bruxas e sacerdotisa, você foi escolhida para ser a guardiã da Loba Cega? E por que fugiu exatamente no ano do evento celestial?Meu corpo ficou tenso, minha mente procurava uma resposta que o satisfizesse.— Eu não sei do que está falando ou o que está insinuando, vira-lata. — Respondi com firmeza, empurrando-o com toda a força que consegui reunir. A dor nas costelas fraturadas me fez gemer baixinho enquanto me virava de costas, tentando respirar fundo para recuperar o controle.Sua presença, no entanto, não me deu trégua. Antes que eu pudess
POV: YULLIOfeguei ao sentir o calor de sua língua deslizar contra minha pele, meu corpo reagindo de forma instintiva ao inclinar-se para frente. A mão de Keenan se moveu para a base da minha nuca, mergulhando nos fios dourados do meu cabelo, acariciando antes de segurá-los com firmeza controlada. Meu corpo respondeu imediatamente, um arrepio intenso percorrendo minha pele, enquanto sentia cada parte de mim se aquecer. Nossos corpos colaram em um movimento dominador, meus seios roçando contra o tórax firme dele, aumentando a tensão que já dominava o momento.— Gosto de vê-la assim. — Ressoou em um tom rouco e sedutor, puxando minha cabeça para o lado, expondo o pescoço, onde seus lábios começaram a marcar a pele com mordidas e sucções. Suas presas roçaram levemente, provocando uma onda de calor que me fez estremecer. — Tão entregue...— Alfa, eu... — Minha tentativa de falar foi interrompida quando sua mão começou a explorar minha silhueta, deslizando lentamente pela lateral do meu co
POV: YULLISegurei meu rosto tocando o inchaço, deslizei os dedos pelo local que ardia onde fui atingida sentindo o leve inchaço com a marca de sua mão, enquanto meu maxilar protestava contra a dor. O gosto metálico do sangue preencheu minha boca, e por um breve momento fechei os olhos, respirando fundo. Inspirei e expirei lentamente, tentando me recompor, controlando o instinto de revidar.— Callie. — Pronunciei seu nome com firmeza, meus dentes cravados em um aperto, enquanto empinava o nariz, erguendo bem o olhar fitando-a sem desviar. — Eu sinto muito por ter traído sua confiança, mas, se você me perguntar se me arrependo do que fiz, a resposta é simples: Não!Dei alguns passos à frente, mantendo meus braços cruzados atrás das costas, a tensão percorrendo meu corpo a cada movimento.— Porque minhas ações salvaram você e seu filho. — Disse firme enquanto parava diante dela, meu rosto próximo, minhas palavras cheias de convicção. — Mas se isso não é suficiente e você ainda nutri ran
POV: YULLIVirei o corpo na cama, cada movimento agravando a dor latente em meu corpo. Afundei o rosto no lençol limpo, inalando o aroma fresco, mas uma pontada de tristeza atravessou meu peito. Não era o cheiro que eu gostaria e queria sentir naquele momento.— Droga, vira-lata... Por que você precisa ser tão... tão insuportável? — Minha voz se perdeu, misturada à frustração que eu não conseguia conter.Soltei um longo suspiro, tentando afastar o peso das palavras que o Beta havia me lançado mais cedo: Se tem alguma consideração por ele, morra de uma vez.Mas, elas ecoavam em minha mente, cortantes, impossíveis de serem ignoradas.— Se fosse tão simples... — Resmunguei, exaspera enquanto pressionava os dedos contra as têmporas, tentando aliviar a tensão que parecia me consumir. Meus dedos deslizaram instintivamente até a marca do pacto, que pulsava de forma inquietante. Puxei a camisa, revelando o local onde aquelas malditas raízes pareciam se aprofundar ainda mais na carne, deixando