A Proposta do Sr. Bennett

A Proposta do Sr. BennettPT

Romance
Autora Nalva Martins  Em andamento
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Resumo
Índice

Júlia Ricci é uma jovem e recém-formada arquiteta que ama o que faz. Contudo, a moça é mãe solteira e a sua vida gira em torno do seu único filho, Alex Ricci. Um garotinho de apenas sete anos que precisa com urgência de um transplante de coração. Entretanto, Júlia jamais poderá arcar com os custos de uma cirurgia desse padrão. Mas ela o ama desesperadamente e desistir do seu filho nunca será uma opção. David Bennett é o CEO e sócio majoritário da Bennett Designer S/A. Um CEO jovem, poderoso, arrogante e prepotente, que devido a um passado conturbado e doloroso ele não confia nas mulheres, mas principalmente no amor e não importa o tipo de amor. Ele simplesmente não acredita nesse sentimento. Entretanto, a sua nova funcionária chama a sua atenção por sua beleza e jovialidade e ele não hesitará em fazer-lhe uma PROPOSTA INDECENTE.

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Prólogo
JúliaJúlia— Nossa, está tudo muito lindo, Júlia! — Melissa, minha melhor amiga de infância diz, abrindo um sorriso para linda e colorida decoração de um aniversário infantil.Sorrio também.— Você acha que ele vai gostar? — pergunto, sentindo-me ansiosa pela chegada de Alex.E pensar que nem tudo era simples e feliz assim na minha vida. Lembro-me do dia que me apaixonei à primeira vista pelo jovem e lindo Adrian, e pensei que esse seria o começo para uma felicidade plena e sem fim. E eu sei que teria sido exatamente assim se não fosse um maldito acidente que o tirou precocemente de mim. Depois, em meio a dor da sua perda, descobri que Adrian havia deixado um presente valioso para mim. Eu estava arrasada, mas estava grávida também. Perdida em uma linha temporal entre a felicidade de esperar um bebê e a tristeza de perder meu grande amor. Então descobri que pelo meu filho eu teria que sobreviver a essa tempestade. Por um tempo me vi sozinha e desesperada, mas tive que me recompor. Por
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1
Júlia— Táxi! Táxi! — Chamo com um tom elevado na voz, correndo feito uma maluca porque estou em cima do horário como sempre. — Obrigada por esperar! — falo, acomodando-me no banco traseiro do carro e logo que ele entra em movimento fito a fachada do hospital, que deixo para trás com o meu coração partido.Arquitetura sempre foi o meu grande sonho e trabalhar para uma empresa de grande porte, que pode fortalecer o meu nome nesse mercado é uma conquista. No entanto, todos esses sonhos ficaram estagnados no instante que conversei com o cardiologista que me disse que o meu filho tem seus dias contados caso ele não faça um transplante de coração com urgência. Portanto, tenho trabalhado feito uma louca desde então. Horas extras por cima de horas extras para aumentar a minha renda e assim poder juntar um valor exorbitante para salvar a vida do único amor da minha vida. Com tanto trabalho tenho poucas horas de descanso e essas, eu dedico para o meu filho, passando noites e noites no hospital
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2
Júlia— Como foi hoje? — Procuro saber.— Ele está bem cansado e dormiu praticamente o dia todo. — Solto um suspiro de lamento e me aproximo da cama para deixar um beijo calmo nos seus cabelos.— Eu já vou indo. — Melissa avisa, ajeitando a sua bolsa no seu ombro.— Está bem. E, obrigada por ficar com ele de novo!— Você sabe que eu faço com amor, não é? Não precisa me agradecer, querida. A final, é para isso que serve as amigas e além disso, eu sou a madrinha do Alex.Sorrio e após a sua saída, fico um tempo do lado do meu filho.— Mamãe? — Sua voz fraca faz um nó sufocar a minha garganta.— Oi, filhote! — Ponho um pouco de empolgação na minha voz, enquanto o abraço deitado na cama.— Você demorou!— Eu sei. É que a mamãe tinha uma reunião, mas… — Abro um sorriso largo e pego a minha bolsa. — Eu trouxe algo para a sua coleção. — Meu garoto abre um sorriso espontâneo, porém, fraco e ainda, os seus olhos se enchem de expectativas quando tiro uma pequena embalagem, estendendo-a para ele
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3
JúliaEu acredito que um design orgânico para uma estrutura tão sofisticada ficaria legal. Penso, enquanto deslizo o mouse pelo desenho 4D. Hum, um balaústre daria mais dinamismo e elegância para as varandas também. Determino, arrastando uma linha para fechar melhor o desenho.… Soube de um doador compatível que está a caminho desse hospital. Meu trabalho é interrompido por um pensamento e eu respiro fundo.… É uma cirurgia muito cara e o plano de saúde do Alex não cobre.Cinquenta mil. Onde vou arrumar tanto dinheiro?— Júlia, você já terminou os croquis que te pedi?— Ah… o que? — Desperto atordoada.— O que há de errado com você? — Bia pergunta, me analisando com mais atenção.— Não é nada. — Meio a cabeça.— Eu preciso dos croquis, Júlia.— Ah claro. Eles já estão prontos. — Levanto-me e vou até a outra mesa para pegar o que me pediu.— Você está bem calada hoje. Tem certeza de que está tudo bem?— Eu tenho. Obrigada por perguntar! — Ela pega o que precisa e vai para a sua mesa.
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4
Júlia— Como foi o seu dia, filho? — pergunto quando ficamos sozinhos no seu quarto. Porque sim. Ao passar por aquela porta deixo toda a minha bagagem lá fora. Todas as raivas, frustrações, estresses e cansaços do meu trabalho. Tudo fica bem distante de nós dois e como sempre me dedico inteirinha apenas para ele.Vê-lo abrir um sorriso infantil me alegra um pouco. Mel tinha razão. Ele parece bem melhor, mesmo com as suas condições.— Foi divertido.— Divertido?— Tio Paco me fez companhia e nós brincamos com os carrinhos por algumas horas.— Que legal!— E a tia Mel trouxe alguns bolinhos de queijo escondida dos médicos.— Os seus preferidos, imagino? — comento. — Bom, você foi muito paparicado hoje, Senhor Ricci e foi muito travesso também.Preciso fazer um lembrete de conversar com esses dois. Como puderam ser tão imprudentes e deixá-lo descarregar tanta energia durante o dia inteiro?— Agora você precisa dormir um pouco, filho. — Beijo as suas bochechas.— Não, mamãe. — Alex protes
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5
JúliaNo dia seguinte…— Essa reunião foi ridícula, Álvaro! — Escuto a voz brava e imponente do Senhor Bennett invadir o seu escritório nas primeiras horas do dia, quando poucos funcionários se arriscam a vir trabalhar e automaticamente fico de pé. Nossos olhos se encontram e eu prendo a respiração. — Eu te ligo depois. — Ele avisa, encerrando a ligação. E à medida que coloca o aparelho dentro do bolso lateral da sua calça social, ele caminha lento, porém, firme na minha direção. — Senhorita Ricci?— Eu aceito! — digo repentina. Ele une as sobrancelhas. — A sua proposta, Senhor Bennett. Eu aceito!— Ah, que ótimo!Bennett aponta uma cadeira atrás de mim e dá alguns passos para atrás da sua mesa, sentando-se em seguida. Os seus olhos vorazes me analisam. Então, ele abre uma gaveta da mesa e puxa um papel de dentro dela.— Eu fiz um contrato, Senhorita Ricci — Bennett fala com secura na voz, arrastando o papel na minha direção. Entretanto, não desvio os meus olhos dos seus e me forço a
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