Júlia Ricci é uma jovem e recém-formada arquiteta que ama o que faz. Contudo, a moça é mãe solteira e a sua vida gira em torno do seu único filho, Alex Ricci. Um garotinho de apenas sete anos que precisa com urgência de um transplante de coração. Entretanto, Júlia jamais poderá arcar com os custos de uma cirurgia desse padrão. Mas ela o ama desesperadamente e desistir do seu filho nunca será uma opção. David Bennett é o CEO e sócio majoritário da Bennett Designer S/A. Um CEO jovem, poderoso, arrogante e prepotente, que devido a um passado conturbado e doloroso ele não confia nas mulheres, mas principalmente no amor e não importa o tipo de amor. Ele simplesmente não acredita nesse sentimento. Entretanto, a sua nova funcionária chama a sua atenção por sua beleza e jovialidade e ele não hesitará em fazer-lhe uma PROPOSTA INDECENTE.
Ler maisBennett— David! — Um som alegre e infantil preenche a minha sala de estar assim que adentro o hall da minha casa e inesperadamente Alex Ricci pula nos meus braços. Incrivelmente sentir o toque dos seus dedos em minhas costas e ombros não me faz enrijecer e eu me lembro que foi exatamente assim que me senti com a Lina. Alex me inspira confiança, tranquilidade e paz. E inevitavelmente o aperto nos meus braços.— Oi, garotão!— Obrigado! Obrigado por tudo! — O menino parece eufórico e eu sei exatamente o porquê de tanta euforia. Contudo, finjo não saber.— Do que você está falando?— Dos brinquedos e dos jogos. O meu quarto está cheio deles! — Sorrio. Algo que ficou mais fácil de fazer perto dele.— De qual você gostou mais?— Eu gostei de tudo, mas não usei o vídeo game.— Por que não?— Porque eu quero brincar com você, oras! — Mais animado, ponho o garoto de volta no chão, me livro da minha gravata, arregaço as mangas d
Bennett— O que você fez? — Ela resmunga baixinho, enquanto caminhamos para dentro do prédio em construção. — O que você fez? — Júlia indaga, livrando-se da minha mão que ainda segurava na sua. Ela para de andar e me faz parar também. — Senhor Bennett, por que fez aquilo? Por que disse que estávamos noivos?— Uma pergunta de cada vez, Ricci — rosno impaciente. — Primeiro, eu me livrei daquele idiota que por pouco não encostou a mão em você. E não foi de uma forma positiva. E segundo eu disse que estávamos noivos.— Sim! E por que você fez isso?— Porque eu te lancei uma proposta.— Uma proposta que eu ainda não aceitei! — Ela rebate. Parece furiosa.— Mas vai aceitar — rebato um tanto arrogante.— Como pode ter tanta certeza, Senhor David Bennett? — Ela grunhe. No entanto, decido aproximar-me mais dela. Perto demais. Contudo, não deixo as minhas emoções vir à tona. Ricci não precisa saber sobre o seu poder sobre mim… nunca.
Júlia— Acredite, se eu pudesse te contaria tudo, mas eu não posso.— E, o que o Alex pensa dessa história de ficar naquela mansão com aquelas pessoas desconhecidas e tudo mais? Sei lá, vocês estão dentro da casa de um milionário egocêntrico e estupidamente grosseiro.— O Alex se dá muito bem com o Senhor Bennett. Você preciso vê-los juntos, Mel. Eles parecem duas crianças. É como eu te disse, as pessoas não o conhecem bem…— E nem poderia. — Ela me corta. — David Bennett faz questão de mostrar para as pessoas ao seu redor quem é. Você mesma já me contou absurdos sobre ele. E de verdade, Júlia? Eu não gosto dele e não gosto de saber que você e o Alex estarão perto dele o tempo todo.— Nós vamos ficar bem, Mel. Eu prometo.— Se você diz.***Horas mais tarde…— Estamos impressionados com cada resultado dessa construção, Júlia. — Senhor Vitton fala sem tirar os seus olhos dos detalhes após as instalações dos vidro
Júlia Alguns dias depois…… Eu preciso que saiba três coisas sobre mim essa noite, Júlia. Uma, eu estou pagando um valor muito alto por essa noite, então eu quero tudo que tenho direito com você. Inclusive, a porra do beijo na boca. Dois, nunca diga não para mim, porque essa palavra não existe no meu dicionário. Portanto, quando eu quero, mesmo que você me diga que não, eu vou lá e pego. E três, nunca me toque sem a minha permissão. Na cama sou eu quem manda e desmanda, e você apenas me obedece. Alguma dúvida?Lembrar daquela Noite Negra me faz suspirar alto em agonia e a frustração me domina. Eu sei que nada justifica o seu comportamento grosseiro, rude e frio comigo, mas aquelas cicatrizes me dizem tanto sobre aquele homem.… Eu me cansei de você! A raiva com que ele gritou nessas palavras. A força com que segurou em minha garganta, roubando o meu ar. David Bennett poderia ter me matado naquele momento se eu não agisse tão rápido.Mas, quem é ela? Quem o machucou daquela maneira e
Bennett— O Alex e eu nos damos muito bem, Lina — retruco. Dessa vez minha irmã arregala os olhos para o meu comentário.— Quer saber? Estou torcendo por você, meu irmão. — Ela volta a me abraçar e o meu corpo retesa em resposta. Contudo, pela primeira vez me pego devolvendo esse seu gesto de carinho com vontade. — Eu te amo, David! — sussurra em meio ao abraço. — Você sabe disso, não é?— Eu sei. — E é verdade. A sua forma de amar é a única aceitável para mim. — Também te amo, Lina!***Alguns dias…— Mamãe, olhe para mim! Olhe para mim! — Alex grita de felicidade quando Mike, o cocheiro da fazenda começa a puxar o potro no qual Alex está montado. E ela sorri para ele. E é o sorriso mais lindo e cativante que eu já v
BennettEverston Cite. Não é à toa que Lina Vitton parece surpresa e preocupada com essa visita. Eu tive o privilégio de nascer em uma das cidades pequenas mais linda desse país. Um lugar calmo e silencioso, com vizinhos amáveis e sempre sorridentes. Pessoas realmente incríveis e solícitas. Mas escolhi esconder deles a história dolorosa que as paredes da casa dos Bennett contava a cada dia. Eu as guardei somente para mim. Nem mesmo meu pai, ou a minha madrasta e nem a minha irmã caçula conhece os segredos obscuros daquelas paredes. Tudo o que eles sabem é a história de uma mãe promíscua e descuidada. John Bennett me libertou da sujeira daquela casa, mas a verdade, é que ele nunca conseguiu me libertar das suas correntes.— David? — Lina me desperta usando um tom de cobrança suave.— Não é o que você está pensando. Lina — ralho lhe dando as costas para não ter que olhar nos seus olhos.Eu não menti para ela. Na verdade, eu nunca minto para ela. Simplesmente não consigo esconder as cois
JúliaMe desculpe, mas eu não posso! Não posso ficar aqui com você. Penso e afasto o seu braço com cuidado para sair da sua cama e do seu quarto logo em seguida.… Eu me cansei de você!… Eu vou destrui-la, assim como você me destruiu!As suas palavras cheias de ódio preenchem a minha mente à medida que a água morna do chuveiro molha o meu corpo. Lembranças de momentos de terror e de pânico me faz puxar mais uma respiração consternada.… Está doendo!… Pare, mamãe!O ar me falta e decido encerrar o meu banho.— Por que uma mãe faria algo tão perverso contra o seu próprio filho? — Me pergunto e volto a puxar a respiração. Contudo, paro diante de um espelho na bancada de mármore do banheiro e fito as marcas dos seus dedos ao redor do meu pesco&c
Júlia— Sonhe com os anjos, filho! — sibilo baixinho, saindo da sua cama e do seu quarto logo em seguida, fechando a porta com cuidado.Dentro do corredor, olho as horas no meu relógio de pulso e penso que dá tempo trabalhar um pouco nos croquis da Vitton antes do meu descanso merecido. E enquanto caminho para o andar inferior percebo a quietude dessa casa, que só não está completamente silenciosa devido o barulho da chuva que está caindo lá fora. Contudo, assim que adentro do escritório da mansão Bennett paro extasiada com a linda imagem de um temporal brincando com o vento, enquanto molha o belo jardim adormecido.Mãos à obra, Júlia. Digo em pensamentos, deixando de lado essa visão relaxante e espalho alguns lápis coloridos e grafites que me ajudarão a desenvolver as linhas e texturas de que preciso para dar vida as minhas ideias. Passo horas decidindo entre ruas, paisagens e jardins. Paredes, divisórias, portas e janelas. Em algum momento os meus olhos começam a protestar e decido
Bennett— Sério? — inquiro com fingida surpresa.— Sério. E ela é bem grande. — Ele reforça o tamanho da sua cicatriz.— E, eu posso vê-la?Não é um pedido estranho. A verdade, é que talvez. Eu disse talvez, se eu vir a sua cicatriz me faça pensar que as minhas marcas sejam inferiores e quem sabe mude algo dentro de mim.— É claro. — Alex parece se orgulhar da sua marca pois prontamente ele ergue a sua camisa para revelar-me uma cicatriz em linha reta que vai da altura do seu peito até uma parte uma ínfima parte do seu abdômen. — A minha mãe me disse que ela está aqui para me lembrar a vida.— Ela te disse isso? — Em resposta Alex faz um sim com a cabeça.— Eu tenho um coração novo, sabia? E ele bate muito forte.— Você é