Luigi, um lobo com sede de vingança, assassina o noivo da filha do carrasco de seu pai e se junta à família como substituto. Ele conquista o coração de sua filha, Evangeline, mas um intrincado triângulo amoroso surge quando ela se apaixona pelo irmão de Luigi, o alfa Edward, desencadeando uma intensa rivalidade entre os irmãos.
Ler maisO tempo havia passado como um sopro, e Evangeline sentia em cada batida de seu coração a proximidade do momento mais importante de sua vida: o nascimento de seu filho. Sua barriga, agora grande e pesada, era a prova viva da nova fase que estava prestes a começar. Ela acariciava suavemente o ventre enquanto sentia os chutes do pequeno ser dentro dela. Seus olhos brilhavam com uma mistura de alegria e ansiedade. Ao seu lado, Edward a observava com um sorriso sereno. Ele nunca havia se sentido tão completo. Depois de tudo que haviam passado, finalmente poderiam construir uma vida juntos, longe da sombra de Luigi. — Todas as noites eu peço proteção para você e para o nosso filho — disse Edward, seus dedos percorrendo a pele esticada da barriga de Evangeline. — Sei que será um menino forte, um guerreiro, alguém que honrará nossa linhagem. E agora que desmascarei Luigi, o posto de Alfa será meu. Evangeline ergueu o olhar para ele, segurando seu rosto com ternura. — Meu amor, o posto
Evangeline apertou a barriga com força, como se seu instinto maternal tentasse, de alguma forma, proteger aquele pequeno ser que crescia dentro dela. Seu coração pulsava em desespero, e seu corpo tremia. Medo. Medo do que poderia acontecer. Medo daquele olhar. Ah, aquele olhar. Ela conhecia bem demais. Luigi estava furioso. A simples possibilidade de aquele bebê não ser seu o fazia ferver por dentro. O ar entre eles parecia eletrizado, carregado de tensão e incerteza. A pergunta veio como um trovão, quebrando o silêncio sufocante. — Esse filho é meu, não é? O tempo parou. Ele esperou, mas a resposta não veio. Um minuto. Dois. Seus punhos cerraram. Seus olhos, chamas vivas de desconfiança e julgamento, fixaram-se nela com fúria renovada. — Esse filho é meu, não é mesmo? — A voz dele soou mais grave, mais ameaçadora. Ele avançou um passo, e, no mesmo instante, Edward ergueu o braço, colocando a mão firme contra o peito do irmão. Um gesto simples, mas carregado de u
O carro de Eduard avançava pelo caminho empoeirado, sacudindo violentamente a cada buraco na estrada. A velocidade era insana, mas ele não podia se dar ao luxo de reduzir. Atrás deles, a ira de Luigi vinha como uma tempestade. Evangeline segurava a lateral do assento com força, tentando conter o medo que dominava seu corpo. Seu coração batia em um ritmo descompassado. Sua barriga ainda não era tão grande, mas o bebê estava ali, crescendo dentro dela, e cada solavanco da estrada a fazia se preocupar ainda mais. Ela ainda sentia os hematomas pelo corpo, marcas que não haviam desaparecido desde a última vez que Luigi a tocara com violência. Mas a dor física não era nada comparada à dor da alma. Seu mundo inteiro passava diante de seus olhos. O começo com Christian, o amor puro que tiveram, os sonhos que construíram juntos… tudo brutalmente destruído no dia em que Luigi assassinou seu marido. Lágrimas quentes escorreram pelo rosto de Evangeline. — Por favor… se algo acontecer, que
— Precisamos nos apressar! A qualquer momento, Luigi pode passar por essa porta, e então tudo estará acabado… Acabou o nosso relacionamento, acabou a nossa família! A voz de Eduard estava carregada de urgência e medo. Ele não costumava recuar diante de desafios, mas enfrentar seu irmão era outra história. Luigi não era apenas um alfa, ele era *o* alfa. O líder supremo da alcateia, imbatível em combate e impiedoso com traidores. Eduard sabia que, se houvesse confronto, ele teria que buscar forças em um lugar onde talvez nem existissem. Evangeline o observava enquanto ele enfiava as roupas apressadamente na mala. Ela não tinha nada naquele local; sempre vivera na casa de seu pai. No entanto, a preocupação com ele a consumia. Amanda, a mulher que o cercava como uma sombra, poderia estar fazendo algo terrível com ele naquele exato momento. Mas ela não sabia que Amanda já não estava mais entre eles. — Você não deveria se preocupar tanto — disse ela, tentando manter a calma. — Sei que
A noite envolvia a floresta com um silêncio quase absoluto, interrompido apenas pelo som dos passos apressados de Luigi sobre as folhas secas. Seu peito arfava, e não era apenas pelo cansaço da batalha. Algo dentro dele parecia se despedaçar a cada pensamento que tinha sobre Evangeline e Edward juntos. Ele sempre soube que seu irmão a olhava de uma forma diferente. Que o toque dele era cuidadoso demais, os olhares demorados demais. Mas nunca acreditou que Evangeline pudesse trair sua lealdade. Nunca aceitou que talvez... talvez ela nunca tivesse sido dele. A possibilidade de perdê-la para Edward apertava seu coração como uma faca sendo cravada lentamente. Pela primeira vez, Luigi se viu pensando em tudo o que havia feito. "Eu deveria ter sido mais paciente." "Eu deveria ter permitido que ela tivesse escolhas." "Eu deveria ter amado de um jeito diferente." Aquele pensamento o atingiu como um golpe. Ele não a havia amado da forma certa. Ele a possuíra. Antes que pudesse
Tudo estava em perfeita sintonia. O vento soprava suave pela floresta ao redor do castelo, como se a própria natureza conspirasse para esconder sua fuga. Evangeline sabia que estava cometendo uma loucura ao partir com Edward. Seu marido, Luigi, a caçaria até os confins do mundo, mas isso não importava. Ela precisava continuar, precisava permanecer ao lado do homem que realmente amava. Viver ao lado de Luigi, sucumbir às suas exigências e fingir ser a esposa perfeita nunca esteve em seus planos. Agora, porém, não havia mais volta. — Fico muito feliz que você tenha finalmente aceitado o meu convite — disse Edward, segurando a mão dela com firmeza. — Talvez esta aldeia seja um dos primeiros lugares onde Luigi irá procurar, mas até ele descobrir que viemos para cá, teremos tempo suficiente para fugirmos novamente. A aldeia era encantadora. O lugar onde Luigi crescera tinha uma beleza rústica e acolhedora. Árvores imponentes se curvavam com a brisa do outono, e as folhas caíam em um
Amanda sentia que estava cada vez mais próxima de seu objetivo. Para ela, Hector era o bilhete dourado para a vida que sempre sonhou. Nascida na pobreza, jurara a si mesma que jamais voltaria para aquela miséria. E agora, ali, na hidromassagem com o pai de Evangeline, ela sentia que seu plano estava próximo de se concretizar. Hector a olhava com interesse, mas também com uma cautela silenciosa. Ele sabia que Amanda não era uma mulher que fazia algo sem segundas intenções. O que a diferenciava das outras oportunistas era sua inteligência e esperteza. Se bem utilizada, poderia ser uma aliada valiosa. — Vamos fazer um acordo, Amanda — ele murmurou, deslizando os dedos pelo braço molhado dela. — Se você for leal a mim e me ajudar a conseguir o que quero, eu posso considerar um futuro ao seu lado. Ela sorriu, sabendo que já tinha conseguido plantar a semente da dúvida e da oportunidade na mente de Hector. Agora, bastava regá-la com paciência. --- Enquanto isso, na cabana…A tarde
Edward correu pela floresta com Evangeline nos braços, ignorando qualquer perigo à espreita. Seu coração martelava contra o peito, e sua respiração estava pesada de desespero. Assim que chegou à cabana, colocou-a cuidadosamente no chão e avaliou os ferimentos. O pior era um corte profundo na coxa, de onde o sangue escorria em um fluxo preocupante. Sem pensar duas vezes, rasgou um pedaço de seu próprio traje e pressionou contra a ferida, tentando estancar o sangramento. — Você vai ficar bem — repetiu, a voz carregada de angústia. Era a única coisa que conseguia dizer. O tempo passou, e Evangeline, aos poucos, voltou à consciência. Seus olhos se abriram lentamente, revelando um misto de dor e desorientação. Assim que viu Edward, tentou se mover, mas a fraqueza a impediu. Seu corpo estava exausto, mas o que mais a incomodava era um desconforto profundo, algo que ia além da dor física. Levou as mãos até o abdômen, um gesto instintivo. Algo dentro dela parecia diferente. Então seus o
A noite estava fria e silenciosa. A única luz vinha da lua, que espreitava entre as árvores, lançando sombras sinistras sobre o chão coberto de folhas secas. O cheiro de sangue pairava no ar. Evangeline e Edward foram arrastados pelos braços até o interior de uma cabana. O local tinha um cheiro familiar. A madeira desgastada, os móveis rústicos, a lareira apagada... Foi ali que, tantas vezes, haviam se encontrado às escondidas, longe dos olhares julgadores do mundo. Mas, naquela noite, a cabana não era um refúgio. Era uma prisão. O responsável pelo ataque não queria que as coisas chegassem a esse ponto. Mas já era tarde demais para voltar atrás. A dor era insuportável. O corpo de Evangeline ardia em cortes profundos, e cada movimento fazia seu peito se apertar. As ferragens do acidente haviam perfurado sua pele, e o sangue ainda escorria. A visão turva demorou a se ajustar. — Edward...? — sua voz saiu fraca, quase um sussurro. Ao seu lado, Edward soltou um gemido, tentando se