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No final da noite, com a tempestade se agravando, Luigi acordou e ele realmente não se recordava de nada do que havia ocorrido no porão. Ele está a se sentindo um tanto enjoado, e Chery indo ao seu escritório toda hora, com o intuito de perguntar se podia servi-lo alguma coisa, estava lhe perturbando. Ela era inconveniente. Até que chegou ao ponto que ele ofendeu a mulher, e ela, como todas as outras, saiu chorando como uma menina frágil. Ele rolou os olhos. Sempre tendo que lidar com mulheres interesseiras que acham que no final de tudo ele iria se apaixonar. Aquele coração não, o coração do lobo era de pedra, e ele não estava se importando com isso.Relacionamentos para Luigi não eram fundamentais, mas sim, expelir o prazer intenso em todas que tiver vontade. Ele mordeu o lábio inferior quando se lembrou da noite que teve com o Evangeline. Ela não era uma mulher por qual ele se interessaria, ela era muito frágil, tímida, e inibida, porém, o seu corpo era surpreendente, o que causava
—O que você vai fazer comigo? Evangeline perguntou, seus olhos estavam arregalados, assustada com o ímpeto do marido. O roçar de suas mãos fortes segurando o seu pulso ainda irradiavam tensão na pele ávida da mulher.Ele andou de um lado para o outro. Estava atordoado e ao mesmo tempo pensativo. Era um misto de emoções que nem mesmo Luigi conseguia discernir. Ao mesmo tempo que queria ver Evangeline distante, não conseguia deixar que ela escapasse com seu irmão. A sensação de posse, era evidente, ele não poderia esconder isso. —Você quer me matar. Isso já está claro. A única coisa que eu não sei, é porque ainda me quer por perto. —Para me vingar! Vingança, Evangeline. Eu era apenas um garoto quando seu pai acabou com a vida do meu. Ele não teve a mínima piedade ao acabar com uma amizade de anos. Porque eu teria piedade de você? A sua voz era um sussurro, ele caminhou vigorosamente até a mulher. O quanto mais ele caminhava, mas o corpo da jovem se debruçava a parede. Dessa vez, não
— Irmão? — Lia percebeu os nervos de Edward. Claramente, ele havia passado por alguma situação delicada e sabia que, com ela, poderia desabafar. — O que houve com você? O que houve com todos nesta casa? Mamãe saiu mais cedo e não voltou até agora. Temos medo de que alguma ameaça esteja vindo para aterrorizar a nossa espécie. — O monstro. O pior de todos que já presenciei. Ele quer acabar com todos, inclusive com a nossa família. Lia arregalou os olhos. — Então você sabe quem é o assassino de Christian e da mãe de Evangeline? Parece que esse ser está atrás da família da minha cunhada. Ande, me fale o nome dele. — É o nosso irmão, Luigi. — Edward apertou os punhos, relembrando de Evangeline. Somente o pensamento de que ela pudesse estar sofrendo nas mãos de Luigi era suficiente para irradiar tensão por todo o seu corpo. — Aquele miserável. — Não é possível. — Lia estava estarrecida. — Você está mentindo, só pode ser isso. Ele sorriu sem vontade. — Quem dera se fosse uma
Estar na presença do seu maior inimigo não é fácil. O que piora tudo é ter que conviver com ele — ou melhor, ser casada com ele. Evangeline não estava para brincadeiras. Ao subir as escadas, ignorou-o completamente. Não era porque o havia defendido na frente de Chery que sua percepção sobre Luigi havia mudado. Ele era um monstro, e nada faria pagar o que ele fez com sua mãe.— Espere! Quem você pensa que é para me desobedecer? Volte imediatamente para aquela mesa. Agora!Sua falta de resposta o irritou. Assim que ela fechou a porta, ele a abriu com a mesma agressividade.— Você está surda ou o quê? — Caminhando até ela, segurou-a pelos braços, mas logo a soltou ao sentir vibrações fortes vindas de sua pele. — O que foi isso?Ela havia transferido uma leve carga de energia ao corpo do homem. Estava pronta para atacar. Nada seria como antes. Ele iria provar do próprio veneno. Novamente, ele caminhou até ela, mas, dessa vez, a carga elétrica foi mais forte. Os olhos de Evangeline ganharam
Evangeline sentava-se na antiga cadeira de madeira do escritório de seu pai, Hector, sua postura rígida e os olhos marejados de incerteza. A casa parecia mais fria do que o habitual, e o ambiente, carregado de memórias, fazia-a se sentir como se estivesse de volta ao passado. As paredes de pedra e os móveis pesados pareciam vigiar cada movimento, cada respiração.— Você... você tem certeza? — perguntou Hector, a voz profunda, mas trêmula. Seu olhar era fixo nela, como se tentasse decifrar os segredos que ela trazia. A palavra "Luigi" ecoava pela sala como um trovão distante, ameaçador, e ele não conseguia esconder o choque que sentia.Evangeline mordeu o lábio, sentindo a pressão do olhar do pai sobre ela. O nome de Luigi, seu marido, não devia ser falado ali, mas não havia mais como negar a verdade.— Sim, pai. Luigi. Ele é meu marido — respondeu ela com uma calma superficial, tentando não deixar transparecer o turbilhão interno que a consumia.O silêncio que se seguiu foi denso, qua
Evangeline acordou na manhã cinza e nublada, com os raios de luz fracos filtrando-se pelas cortinas brancas. Elas assobiavam suavemente ao vento, como se susurrassem segredos aos seus ouvidos. Evangeline sentiu um calafrio percorrer sua espinha, e a sensação de desespero apertou seu peito. O dia começava com o som da quietude e da resignação. Ela sabia que o futuro que se desenhava diante dela seria sombrio, preso àquela casa, àquele homem.As palavras de Luigi ainda estavam frescas em sua mente. Ele sempre dizia que, agora que estavam casados, nada a separaria dele. Ele não a deixaria ir, não a deixaria ser livre. Mas, naquele momento, Evangeline acreditava que poderia haver uma chance, uma forma de escapar do destino que parecia inevitável. Havia algo mais, algo que ela não queria admitir para si mesma, mas que a assombrava constantemente. O homem que ela desejava ao seu lado, aquele que poderia oferecer-lhe um pouco de paz e felicidade, não era Luigi, mas sim Edward.Edward era dif
— Eu estou muito feliz que você está comigo hoje. Confesso que, por um momento, pensei que nunca mais fosse lhe encontrar. Eu sei da fama do seu irmão e de quanto ele é impiedoso. Evangeline falava em tom baixo, quase como se temesse que alguém pudesse escutá-la. A noite estava fria, e a pequena lareira do chalé lançava sombras trêmulas sobre as paredes de pedra. Ela e Edward estavam sentados lado a lado sobre a grande cama, as mãos entrelaçadas, como se aquele contato pudesse protegê-los da realidade cruel que os esperava lá fora. — Obrigado por se preocupar comigo. — Edward suspirou, apertando suavemente os dedos dela. — Eu realmente não sei como Luigi pôde agir tão mal comigo. Nós não fomos criados assim. Ele sempre foi uma pessoa boa, centrada, competente... Mas depois do que aconteceu com nosso pai, tudo mudou. Os pensamentos dele mudaram, e isso me preocupa. A dor na voz dele fez o coração de Evangeline apertar. Ela sabia o quanto Edward amava o irmão e como aquele afastam
Assim que o sol nasceu no horizonte, Evangeline desceu as escadas sentindo-se leve. No entanto, sua expressão mudou ao encontrar Luigi à sua espera no salão principal, segurando um cálice de uísque como se já estivesse bebendo há horas. — Prepare-se para viajar — ele anunciou, sem rodeios. — Você e Amanda irão para a casa de seus pais. Evangeline piscou, confusa. — O quê? Luigi tomou um gole da bebida antes de continuar: — Estarei fora por alguns meses. E não quero você sozinha aqui. Amanda cuidará de você. Havia um tom definitivo na voz dele, mas Evangeline percebeu o verdadeiro motivo por trás da decisão. Ele não queria que Edward se aproximasse dela. Por dentro, sentia-se radiante. Luigi passaria meses longe, e isso significava que ela poderia viver mais livremente, talvez até ver Edward sem tanto receio. Em um impulso, abraçou Amanda, que correspondeu ao gesto com um sorriso discreto. Pouco depois, entraram no carro rumo à casa de seu pai. Evangeline observava a es