Capítulo 4

Luigi tamborilou os dedos na mesa, enquanto organizava algumas pendências. Ele possuía alguns negócios na cidade, os quais estavam dando bastante lucro. Ele soltou a caneta, e colocou as mãos ao cabelo. Se o seu pai estivesse vivo, estaria orgulhoso do homem que ele havia se tornado. Ele sorriu triste. Era uma pena que a vida tinha ido para outro caminho e felizmente a possibilidade de afetar o assassino de Orion, estava no quarto acima.

Evangeline iria pagar muito caro, e o seu martírio já havia começado desde a noite anterior, quando seu marido adentrou em suas carnes com o extrema força, fazendo-a gritar de dor. Era a primeira vez da moça, seu primeiro contato com homens e a experiência não foi boa. Luigi não estava ali para fazer ela se sentir extasiada, ou feliz de algum modo. Queria que ela sofresse de todas as maneiras, que tivesse uma noite terrível, e conseguiu. O lobo concluiu que ela estaria terrivelmente chateada com ele e tinha razão.

Evangeline dava pequenos passos, enquanto tentava esquecer a dor que estava sentindo em seu ventre. O que o seu marido fez havia sido uma tortura. Além de nunca ter se relacionado com nenhum homem, ela não sabia como era o corpo de um lobo. Pelo tamanho de sua dor, acreditou que as partes íntimas dele eram maiores do que qualquer outro homem. Não havia comparativos, mas o seu tamanho refletia no andar torto da jovem.

Evangeline não demorou muito no banho. Ela estava ansiosa para rever seu marido. Apesar da dor que lhe foi causada, ela acreditava que havia sido somente um engano, que no calor do tesão, ele tinha se esquecido que ela era virgem. Se ele tivesse se recordado, com certeza teria agido de outro modo, de um jeito doce, delicado, ela concluiu.

Deixando seus cabelos loiros encaracolados, jogadas as suas costas, ela colocou um vestido branco de seda, com alças finas. Desceu as escadas de um jeito vagaroso e logo estava na sala principal. Ao sentir o cheiro de refeição, ela caminhou até ele. Luigi estava concentrado comendo uma suculenta carne de servo.

- Bom dia, meu amor. - Ele juntou as sobrancelhas quando ela correu até sua direção e depositou um beijo cálido em sua bochecha.

Luigi não entendia como ela podia estar tão feliz tendo uma noite terrível. Assim ele imaginava que havia sido.

- Eu estou com muita fome. A noite que tivemos foi incrível, e me deixou insaciável. - Ela olhou com carinho para o marido que não a devolveu o olhar. Eu imagino que você também tenha gostado da noite, não é mesmo?

Ele não respondeu.

Era óbvio que ela não tinha apreciado. Ela queria arrumar alguma forma de chamar sua atenção para que eles pudessem conversar, a final, eram companheiros agora.

Luigi continuou a saborear a sua refeição, quando o prato de Evangeline chegou. Ela sorriu quando viu a carne de servo. Estava fresca, e com sangue ainda a escorrer, do jeito que ela gostava.

- Querida, pode levar a comida dela de volta, minha mulher não vai comer isso.

- Não vou? - Ela perguntou vendo Chery levar a refeição.

- Não vai. A sua refeição é aquela.- Ele empurrou um prato recheado de saladas para ela comer. Evangeline piscou algumas vezes não entendendo.

- Isso é uma piada. Você quer que eu coma folhas, sendo que eu sou uma loba?

- Acredito que você queira se manter em forma, para agradar o seu marido, não é mesmo? - Ela ficou sem responder. - Foi o que pensei. Agora coma.

//

Não havia muito o que fazer na casa, nem ao menos contato com o pai Evangeline conseguia. Ela procurou seu celular, não o encontrou. Apollo o confiscou, impossibilitando sua comunicação. Ela caminhou até o portão querendo espairecer um pouco, não conseguiu sair. Seu marido havia colocado cadeados fortes, nos quais nem mesmo ela, sendo uma loba, conseguia abrir. Evangeline tentou usar sua força para quebrar o cadeado, nada adiantou.

- Isso é muito estranho.

A noite caiu e com ela a possibilidade de ficar a sós novamente com o Luigi, estava afetando o juízo da mulher. Não queria novamente se sentir como uma boneca usada, e depois ser deixada de lado, pois isso ele havia feito na noite anterior, onde ele se derramou sobre o corpo dela, e posteriormente a deixou sozinha. Ela não queria que esse ato se repetisse.

Após longos minutos esperando no quarto para que seu marido viesse, percebeu que ele não iria aparecer. Já estava tarde da noite, e quase não conseguia manter os seus olhos abertos. Ela pressionou a boca e decidiu descer para saber onde ele estava.

Vagarosamente ela desceu um degrau, após o outro. Já no começo, um barulho lhe chamou atenção. Gemidos altos de uma mulher em seu delírio, ecoavam por toda a casa.

Evangeline piscou algumas vezes. Ela tentou identificar de quem se tratava, mas não conseguiu êxito. Continuou andando, indo em direção à voz que cada vez se tornava mais alta. Os gemidos eram estridentes, como se o prazer estivesse em seu hábito. Mais que pouca-vergonha! Ela pensou. Evangeline acreditava que se Cristian soubesse, com certeza iria demitir a pessoa.

Ela continuou andando, e percebeu que o som vinha do escritório do marido. Ela concluiu que ele havia saído, e um aproveitador usava o ambiente. Quando colocou as mãos na porta e a empurrou levemente, presenciou a cena que partiu seu coração.

Seu marido estava fudendo com a empregada. 

Ela estava em cima do seu colo e ele a conduzia, segurando as suas coxas. Em cada movimento que eles faziam, soltavam gemidos audíveis, o coração de Evangeline se parti ainda mais. Não era possível que aquele homem que dizia palavras doces pelas cartas, estaria a traindo da pior forma.

Com as mãos tremendo, elas repousam em cima de sua boca para que não fizesse nenhum chiado. Ela deu um passo para trás, com a intenção de sair daquele local, infelizmente, Evangeline que tropeçou nos seus próprios pés, caindo no chão, chamando consequentemente a atenção deles.

- O que foi isso?

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