POV: KEENANAaron permaneceu estático e paciente, seus olhos intensificaram-se. Sua presença dominante pressionava o ambiente, sua essência pulsava deliberadamente.— A liderança da alcateia o deixou presunçoso demais, pequeno lobo! — Rugiu sutilmente, a forma rude de dizer deixando claro que perto do poder supremo, eu não tinha relevância. Grunhidos involuntários do meu lobo interior ressoou sob a pressão de sua fera que rugiu em comando e alerta.Tensionei a mandíbula rangendo os dentes, sustentando seu olhar com as presas expostas.— Presunção é acreditar que eu não farei o necessário para garantir o que é meu. — Declarei possesso, sem margens para debates. — Aprendi com você, Supremo: o que quero, eu tomo e o torno meu, assim como fiz com esta alcateia... — Dei um passo à frente, a madeira sob minhas mãos estalando com a força que empreguei. Meu olhar não vacilou enquanto a presença de Olson crescia dentro do meu peito, arranhando minha mente com sua impaciência.Minha respiração t
POV: YULLIVirei o corpo na cama, cada movimento agravando a dor latente em meu corpo. Afundei o rosto no lençol limpo, inalando o aroma fresco, mas uma pontada de tristeza atravessou meu peito. Não era o cheiro que eu gostaria e queria sentir naquele momento.— Droga, vira-lata... Por que você precisa ser tão... tão insuportável? — Minha voz se perdeu, misturada à frustração que eu não conseguia conter.Soltei um longo suspiro, tentando afastar o peso das palavras que o Beta havia me lançado mais cedo: Se tem alguma consideração por ele, morra de uma vez.Mas, elas ecoavam em minha mente, cortantes, impossíveis de serem ignoradas.— Se fosse tão simples... — Resmunguei, exaspera enquanto pressionava os dedos contra as têmporas, tentando aliviar a tensão que parecia me consumir. Meus dedos deslizaram instintivamente até a marca do pacto, que pulsava de forma inquietante. Puxei a camisa, revelando o local onde aquelas malditas raízes pareciam se aprofundar ainda mais na carne, deixando
POV: YULLISegurei meu rosto tocando o inchaço, deslizei os dedos pelo local que ardia onde fui atingida sentindo o leve inchaço com a marca de sua mão, enquanto meu maxilar protestava contra a dor. O gosto metálico do sangue preencheu minha boca, e por um breve momento fechei os olhos, respirando fundo. Inspirei e expirei lentamente, tentando me recompor, controlando o instinto de revidar.— Callie. — Pronunciei seu nome com firmeza, meus dentes cravados em um aperto, enquanto empinava o nariz, erguendo bem o olhar fitando-a sem desviar. — Eu sinto muito por ter traído sua confiança, mas, se você me perguntar se me arrependo do que fiz, a resposta é simples: Não!Dei alguns passos à frente, mantendo meus braços cruzados atrás das costas, a tensão percorrendo meu corpo a cada movimento.— Porque minhas ações salvaram você e seu filho. — Disse firme enquanto parava diante dela, meu rosto próximo, minhas palavras cheias de convicção. — Mas se isso não é suficiente e você ainda nutri ranc
POV: YULLIOfeguei ao sentir o calor de sua língua deslizar contra minha pele, meu corpo reagindo de forma instintiva ao inclinar-se para frente. A mão de Keenan se moveu para a base da minha nuca, mergulhando nos fios dourados do meu cabelo, acariciando antes de segurá-los com firmeza controlada. Meu corpo respondeu imediatamente, um arrepio intenso percorrendo minha pele, enquanto sentia cada parte de mim se aquecer. Nossos corpos colaram em um movimento dominador, meus seios roçando contra o tórax firme dele, aumentando a tensão que já dominava o momento.— Gosto de vê-la assim. — Ressoou em um tom rouco e sedutor, puxando minha cabeça para o lado, expondo o pescoço, onde seus lábios começaram a marcar a pele com mordidas e sucções. Suas presas roçaram levemente, provocando uma onda de calor que me fez estremecer. — Tão entregue...— Alfa, eu... — Minha tentativa de falar foi interrompida quando sua mão começou a explorar minha silhueta, deslizando lentamente pela lateral do meu cor
POV: YULLIEle deixou um sorriso surgir em seus lábios, o sarcasmo estampado em seu semblante.— Desde o momento de sua traição, comecei a buscar por sua história. Devo reconhecer que o clã das bruxas foram meticulosos ao apagar seu passado e seus rastros. Isso sempre me pareceu estranho. — Inclinando levemente a cabeça, ele manteve o olhar fixo nos meus, suas pupilas dilatadas denunciando a presença latente de sua fera. — Por que, dentre tantas bruxas e sacerdotisa, você foi escolhida para ser a guardiã da Loba Cega? E por que fugiu exatamente no ano do evento celestial?Meu corpo ficou tenso, minha mente procurava uma resposta que o satisfizesse.— Eu não sei do que está falando ou o que está insinuando, vira-lata. — Respondi com firmeza, empurrando-o com toda a força que consegui reunir. A dor nas costelas fraturadas me fez gemer baixinho enquanto me virava de costas, tentando respirar fundo para recuperar o controle.Sua presença, no entanto, não me deu trégua. Antes que eu pudesse
POV: YULLI— Não pode estar falando sério... Não você. Não depois de tudo o que passamos e das implicações de me assumir como sua prisioneira.Keenan deixou sua mão subir até meu rosto, o toque surpreendentemente delicado enquanto secava a lágrima que escapava do canto dos olhos. Seus dedos arrastaram o traço molhado para o lado enquanto seus olhos verdes me encaravam com uma intensidade quase sufocante.— A traição dói, não é, Yulli? — Seu tom ficou mais sombrio. — Ser usado, ter seus sentimentos ignorados... Isso destrói qualquer um.Engoli em seco, descendo o rosto para encará-lo diretamente, meus olhos avermelhados brilhando com raiva.— Então, é isso? Está se vingando de mim por eu ter ido embora? — Minha sobrancelha arqueou em um gesto desafiador. — É disso que se trata, Keenan?Sua resposta foi imediata e explosiva, sua voz preenchendo o ambiente como um trovão. — Se trata de você ter me traído! — Ele brandou, a mão descendo com força pela parede ao lado, deixando marcas profund
POV: KEENANComo uma mulher tão pequena conseguia despertar tantas emoções em um lobo como eu? Essa pergunta ecoava constantemente em minha mente, sem uma resposta clara.Yulli estava bem diante de mim, a testa levemente franzida, o olhar furioso fixo no meu, como se tentasse intimidar-me. Ela não tinha ideia do quanto isso apenas tornava sua presença mais viciante. Seu aroma doce com um toque apimentado me invadia, intensificando-se toda vez que ela tentava, em vão, disfarçar os desejos que sentia. O leve rubor que subiu por suas bochechas pálidas apenas a tornava ainda mais irresistível, uma mistura perfeita de fragilidade e teimosia que me desarmava e atraía ao mesmo tempo.— Ah, Yulli... — Inclinei-me, diminuindo ainda mais a distância entre nós, meus lábios roçando suavemente os dela, provocando um arfar involuntário que fez seu peito subir e descer de forma irregular. — O que essa cabecinha maliciosa está tramando agora?— Como você mesmo disse, pulguento, estou com febre! — Ela
POV: KEENAN— O que você quer que eu diga, Keenan? — Yulli explodiu, afastando-se rapidamente dos meus toques. Seus olhos procuraram algo pelo cômodo até encontrarem o armário com as toalhas, que ela usou para cobrir as curvas que insistiam em provocar cada fibra do meu autocontrole. — Você não pode mudar o que aconteceu. Não pode me proteger de tudo.— Posso tentar. — Minha resposta foi firme, enquanto fechava os punhos. O peso da tensão tomava conta de cada músculo do meu corpo. — Não vou permitir que aconteça de novo.— Por quê? — Ela me interrompeu com um tom frio, a boca se torcendo em um gesto pensativo, quase desafiador. — Você deixou bem claro que sua proteção é motivada pelo seu interesse em descobrir os “segredos” dos seus inimigos. Meu povo, meu clã.Minha paciência se esgotou.— Qual é o seu problema, Yulli? — Rugi, fechando a distância entre nós em um único passo. Peguei seus punhos, o movimento brusco fez a toalha deslizar pelo seu corpo, revelando-a completamente. Minha