POV: YULLIOfeguei ao sentir o calor de sua língua deslizar contra minha pele, meu corpo reagindo de forma instintiva ao inclinar-se para frente. A mão de Keenan se moveu para a base da minha nuca, mergulhando nos fios dourados do meu cabelo, acariciando antes de segurá-los com firmeza controlada. Meu corpo respondeu imediatamente, um arrepio intenso percorrendo minha pele, enquanto sentia cada parte de mim se aquecer. Nossos corpos colaram em um movimento dominador, meus seios roçando contra o tórax firme dele, aumentando a tensão que já dominava o momento.— Gosto de vê-la assim. — Ressoou em um tom rouco e sedutor, puxando minha cabeça para o lado, expondo o pescoço, onde seus lábios começaram a marcar a pele com mordidas e sucções. Suas presas roçaram levemente, provocando uma onda de calor que me fez estremecer. — Tão entregue...— Alfa, eu... — Minha tentativa de falar foi interrompida quando sua mão começou a explorar minha silhueta, deslizando lentamente pela lateral do meu co
POV: YULLIEle deixou um sorriso surgir em seus lábios, o sarcasmo estampado em seu semblante.— Desde o momento de sua traição, comecei a buscar por sua história. Devo reconhecer que o clã das bruxas foram meticulosos ao apagar seu passado e seus rastros. Isso sempre me pareceu estranho. — Inclinando levemente a cabeça, ele manteve o olhar fixo nos meus, suas pupilas dilatadas denunciando a presença latente de sua fera. — Por que, dentre tantas bruxas e sacerdotisa, você foi escolhida para ser a guardiã da Loba Cega? E por que fugiu exatamente no ano do evento celestial?Meu corpo ficou tenso, minha mente procurava uma resposta que o satisfizesse.— Eu não sei do que está falando ou o que está insinuando, vira-lata. — Respondi com firmeza, empurrando-o com toda a força que consegui reunir. A dor nas costelas fraturadas me fez gemer baixinho enquanto me virava de costas, tentando respirar fundo para recuperar o controle.Sua presença, no entanto, não me deu trégua. Antes que eu pudess
POV: YULLI— Não pode estar falando sério... Não você. Não depois de tudo o que passamos e das implicações de me assumir como sua prisioneira.Keenan deixou sua mão subir até meu rosto, o toque surpreendentemente delicado enquanto secava a lágrima que escapava do canto dos olhos. Seus dedos arrastaram o traço molhado para o lado enquanto seus olhos verdes me encaravam com uma intensidade quase sufocante.— A traição dói, não é, Yulli? — Seu tom ficou mais sombrio. — Ser usado, ter seus sentimentos ignorados... Isso destrói qualquer um.Engoli em seco, descendo o rosto para encará-lo diretamente, meus olhos avermelhados brilhando com raiva.— Então, é isso? Está se vingando de mim por eu ter ido embora? — Minha sobrancelha arqueou em um gesto desafiador. — É disso que se trata, Keenan?Sua resposta foi imediata e explosiva, sua voz preenchendo o ambiente como um trovão. — Se trata de você ter me traído! — Ele brandou, a mão descendo com força pela parede ao lado, deixando marcas profun
POV: KEENANComo uma mulher tão pequena conseguia despertar tantas emoções em um lobo como eu? Essa pergunta ecoava constantemente em minha mente, sem uma resposta clara.Yulli estava bem diante de mim, a testa levemente franzida, o olhar furioso fixo no meu, como se tentasse intimidar-me. Ela não tinha ideia do quanto isso apenas tornava sua presença mais viciante. Seu aroma doce com um toque apimentado me invadia, intensificando-se toda vez que ela tentava, em vão, disfarçar os desejos que sentia. O leve rubor que subiu por suas bochechas pálidas apenas a tornava ainda mais irresistível, uma mistura perfeita de fragilidade e teimosia que me desarmava e atraía ao mesmo tempo.— Ah, Yulli... — Inclinei-me, diminuindo ainda mais a distância entre nós, meus lábios roçando suavemente os dela, provocando um arfar involuntário que fez seu peito subir e descer de forma irregular. — O que essa cabecinha maliciosa está tramando agora?— Como você mesmo disse, pulguento, estou com febre! — Ela
POV: KEENAN— O que você quer que eu diga, Keenan? — Yulli explodiu, afastando-se rapidamente dos meus toques. Seus olhos procuraram algo pelo cômodo até encontrarem o armário com as toalhas, que ela usou para cobrir as curvas que insistiam em provocar cada fibra do meu autocontrole. — Você não pode mudar o que aconteceu. Não pode me proteger de tudo.— Posso tentar. — Minha resposta foi firme, enquanto fechava os punhos. O peso da tensão tomava conta de cada músculo do meu corpo. — Não vou permitir que aconteça de novo.— Por quê? — Ela me interrompeu com um tom frio, a boca se torcendo em um gesto pensativo, quase desafiador. — Você deixou bem claro que sua proteção é motivada pelo seu interesse em descobrir os “segredos” dos seus inimigos. Meu povo, meu clã.Minha paciência se esgotou.— Qual é o seu problema, Yulli? — Rugi, fechando a distância entre nós em um único passo. Peguei seus punhos, o movimento brusco fez a toalha deslizar pelo seu corpo, revelando-a completamente. Minha
POV: YULLIAjustei-me lentamente na banheira, buscando uma posição minimamente confortável para relaxar. Mesmo pequenos movimentos faziam minhas costelas protestarem, e gemidos baixos escapavam involuntariamente. Meu olhar pousou nas algemas, irritação e frustração me consumindo. Mesmo que estivesse livre delas, minha magia continuaria enfraquecida. Drevan havia drenado parte da minha essência, tornando impossível qualquer tentativa de autocura.— Que grande sacerdotisa eu sou. — Murmurei com desdém, levando as mãos ao pescoço para massageá-lo. A memória de toques quentes e firmes invadiu meus pensamentos: o calor de suas mãos contra minha pele, a proximidade de sua respiração, os beijos que, por instantes, faziam as dores desaparecerem. Meu corpo respondeu involuntariamente, um calor sutil percorrendo pontos sensíveis. — Maldito vira-lata... Deve estar se divertindo em me provocar e manter sob controle.Soltei um suspiro frustrado e bati a mão na água, espalhando pequenas gotas. Incl
POV: KEENANSoquei a parede com força, sentindo o impacto reverberar pelo braço enquanto meu lobo rugia em fúria. Segurei o aparelho em minhas mãos e o esmaguei sem hesitação, deixando os pedaços caírem no chão.— Pela câmera de segurança do local, senhor, assim que o ataque aconteceu, nossa equipe foi alertada. Enviei lobos treinados para se infiltrarem no caos e conter a situação sem que fossem identificados, mas... — Alisson pausou, entregando-me um envelope com fotos da cena. Peguei as imagens e deslizei os dedos sobre elas, analisando cada detalhe com atenção. Ao terminar, voltei meu olhar para ele, a surpresa evidente em minha expressão. — Todos foram mortos, Alfa. Não há sinais de batalha.— Que droga! — Praguejei, levando o dedo aos lábios, pensativo. — Há algo que conecte esse crime aos feiticeiros?— Não, senhor. Não encontramos nenhum vestígio de magia no local, nem gravuras ou símbolos característicos. — Alisson respondeu, soltando um suspiro pesado. — Foi tudo limpo demai
POV: YULLIO ar frio de Orion cortava meus pulmões enquanto eu tentava puxar o ar desesperadamente, cada respiração um esforço doloroso que parecia inútil. A chuva intensa golpeava minhas costas sem piedade, transformando a cidade em um labirinto traiçoeiro. Meus pés se afundavam em poças geladas, cada impacto contra o solo mandando ondas de dor pelas pernas que já ameaçavam ceder. Estavam em chamas, ardendo a cada passo, a exaustão da fuga corroendo minhas forças.Quando minhas pernas finalmente vacilaram, deixei meu corpo cair contra uma parede áspera, coberta de musgo úmido. Pressionei a testa contra a pedra fria, tentando conter o pânico que rastejava pela minha espinha.— Merda, eles nunca desistem? — murmurei, minha voz rouca, quase engolida pelo som da chuva. Levantei o olhar para o céu escuro, gotas de água escorrendo pelo meu rosto como se fossem lágrimas. — Deusa... eu sei que não mereço nada de você, mas, por favor... me ajude.Uma brisa sutil tocou meu rosto, como um sussu