Um amor para o dia 12

Um amor para o dia 12PT

Romance
Carine Pinho  concluído
goodnovel16goodnovel
10
2 Avaliações
46Capítulos
1.6Kleituras
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Adicionado
Resumo
Índice

"Depois de levar um pé na bunda, Zoe se vê perdida, sem um par para levar no casamento de sua prima rica e bem sucedida. Anelise e Zoe não têm uma relação amigável, e ir à ocasião sem um namorado — no dia dos namorados —, só aumentará os rumores de que ela fracassou na vida. Desempregada e vivendo de seguro-desemprego, ela e sua melhor amiga, Clara, decidem pedir uma pizza. É aí que ela conhece (ou para um momento para observar) Alex, seu motoboy. Depois de praticamente chorar em seus braços, os dois se tornam grandes amigos. As coisas desandam quando Clara propõe que Zoe se aproxime de Alex para ir ao casamento com ele. E não tem problema, já que Alex confessa ser apaixonado por outra. Mas até quando ela sustentará essa farsa? E, céus, quem será a garota que Alex ama secretamente? De uma coisa sabemos, quando se envolve o coração, as chances de tudo dar errado são muito altas."

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Carine Pinho
muito obrigada ...️
2024-02-22 20:24:39
0
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Karen Oliveira
lindo, li em menos de um diiia ♡♡
2024-02-22 08:55:50
1
46 chapters
01
“ — Se não consegue enxergar a imensidão do meu amor, se não consegue ler em meus olhos o quão forte são meus sentimentos por você, então, sinto muito em te dizer isso, mas és um completo babaca.” (Perdidos no amor, Violet Monteiro) ***01 — Sinto muito, Zoe. Acabou. — Mas... — Não concluí a frase, não sabia o que dizer. As lágrimas ensoparam meus olhos e meu estômago embrulhou de repente.Tudo bem que a coisa toda era recente, eu e Pedro estávamos juntos há seis meses apenas, mas, poxa vida, eu iria apresentá-lo para minha família, no dia dos namorados, dia em que minha adorável prima resolvera se casar.Veja bem, eu não a odiava, mas ela sempre dava um jeito de desdenhar de mim. Anelise era uma mulher independente, bem-sucedida na área profissional (dona de uma confeitaria renomada), e agora, no âmbito amoroso também, já que Vicente, seu noivo e futuro marido, era um verdadeiro príncipe.Pelo menos era isso que minha mãe me dizia toda vez que
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02
— Trocar de dentista? — Perguntei para Clara, assim que ela entrou feito tempestade em minha casa.As bochechas vermelhas e os olhos inchados indicavam que ela havia chorado. — O Alessandro é gay! Gay! — Sério? Tem certeza? — Gritei da cozinha, estava ocupada lavando os pratos.Ela veio em minha direção e sentou-se no banco vermelho, atrás da bancada de azulejo branco. — Zoe, eu estava lá naquela maldita cadeira, com a boca escancarada, e o cara simplesmente me fala que, caso eu tivesse algum amigo para apresentar para ele, que não me acanhasse. — Que merda! Clara soltou um gemido e debruçou a cabeça sobre os braços. — Amiga, não fica assim — aconselhei —, vá à minha dentista se quiser. Maria Eduarda é uma das melhores da cidade, ela foi aprendiz do senhor Aristeu, pelo que eu pesquisei, o cara é foda. — É, vou pensar. E o seu dia, como foi?Fechei a torneira, peguei o rodinho de pia e comecei a secá-la. — Uma merda — respondi, concentrada em minha tarefa —
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03
— Corta essa, nem todos são assim — Alex contrapôs, aceitando a taça de vinho que eu lhe entregava. Mas antes, prometeu que só tomaria uma garrafa, para me acompanhar. — São sim — discordei, sorvendo mais um gole da bebida —, uns verdadeiros pilantras, safados, sem coração.Estávamos no tapete da sala, dividindo uma pizza de calabresa — a favorita da Clara que, nos braços de Alex, foi levada ainda dormindo para o quarto ao lado do meu. — Você só diz isso porque... — Fui largada — completei. — Desculpa, eu não tive a intenção de te magoar. — Tudo bem, Alex, uma hora eu tenho que aceitar. — Você consegue. — Obrigada. E você, tem namorada? — Tive. Mas não durou muito tempo.Me virei para ele. — Por quê?Alex coçou a cabeça, meio sem jeito, e desviou o olhar para o chão. — Eu sempre fui apaixonado por outra — contou baixinho. — Ela corresponde?Então ele olhou para mim e sorriu. — Não tenho tanta sorte, Zoe.Não soube o que dizer, só fiquei ali
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04
Vovó e vovô tiveram três filhos: Tia Marta, minha mãe e tio Alfredo.Tia Marta se casou com Osvaldo; um empresário rico, dono de uma rede de eletrodomésticos e completamente babaca. Com ele, teve Anelise e Júnior. Júnior se casou com uma dondoca chamada Martina, eles estavam juntos desde o colegial.Minha mãe conheceu meu pai num baile dos anos 80. Ele era músico e ela; professora. Só tiveram a mim como filha.Tio Alfredo — Deus sabe como — era um tremendo galinha, não casou nem teve filhos, e, mesmo com quarenta e nove anos, não saiu da casa dos pais.Vovô faleceu quando eu tinha dezesseis anos. Vovó seguia intacta, com seus oitenta e dois anos de idade, vivia sob os cuidados de tio Alfredo e sua namorada da vez — uma stripper mega loira, magra e peituda, que abeirava os quarenta e cinco anos.E, falando sério, tio Alfredo era feio de doer. Como conseguia essas namoradas? Tá aí um grande mistério.Resumindo, essa era a minha família materna.Bati na porta, inquieta. Para minha
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05
— Você enlouqueceu, Clara! Você enlouqueceu! — Exclamei, indo de um lado para o outro, assim que chegamos em casa.Porque era o que tinha acontecido, não?Digo, inventar um namorado para mim quando, na verdade, eu havia acabado de sair de um relacionamento.Loucura total! — Eu não podia deixar aquela gente te humilhar, Zoe — Clara justificou. — Nem sua mãe te defendeu. Me sentei no sofá, o coração acelerado, as mãos suadas, uma sensação de sufocamento dentro de mim.Eu odiava mentiras, muito. Elas têm pernas curtas e te jogam numa teia complicada demais, que te impedem de sair de lá tão cedo.Nada de bom acontece quando há mentiras pelo meio.Aprendi isso com os livros da Carina Rissi. — Clara, eles querem que eu o leve para o casamento da Anelise. Você não percebe onde me meteu? Foi isso que aconteceu quando Clara inventou essa lorota toda, minha tia praticamente intimou que eu levasse o tal de Alex para o casamento da filha, que, por sua vez, ainda não engolira a his
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06
Eu só podia estar doida.Só isso justificava o que eu estava fazendo naquele instante; deitada no ombro de Alex, comendo minha pizza favorita com ele, enquanto assistíamos uma comédia romântica, sentados no tapete da sala.É, eu estava doidona. — Lindo filme — falei enquanto rolava os créditos finais —, pena que não é assim na realidade. — Poderia ser — Alex afirmou, acarinhando minhas tranças.Eu ri. — Não consigo acreditar nisso. Pelo menos não agora quando meu coração está partido. — Sinto muito, Zoe — ele disse, consternado.Soltei um suspiro. — Tudo bem. Vai passar. — Claro que vai — Alex me encorajou —, não deixe um idiota te fazer perder a fé no amor. Ainda existem pessoas boas no mundo.Ergui a cabeça e o encarei. — Me diz quem?Seus lindos olhos verdes me escrutinaram, a pupila dilatou e ele desviou o olhar para o chão. — Não consigo pensar em ninguém agora. Mas quem sabe um dia você não encontre alguém que te faça ver fogos de artifícios. Que te
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07
Estava com o olho inchado de tanto chorar. Eu podia ler mil vezes aquele livro, e em todas elas eu me derramaria de lágrimas.Fungando, peguei meu celular.Tinha algumas mensagens de Clara e uma de um número desconhecido. Optei por responder minha amiga primeiro.“Oi, Clara, eu tô bem. Acabei de ler Perdidos no amor.” “Ah, não, você sempre chora quando lê esse livro.”“É que eu não me conformo com o final. Ei, adivinha quem veio aqui.”“Quem??”“Pedro.”“Não acredito! O que ele queria?”“Me entregar algumas coisas, inclusive meu livro. Ele me disse que conheceu outra pessoa. Tá apaixonado.”“Como assim? Há três dias vocês eram um casal cheio de planos.”“Tudo muda muito rápido pelo visto.”“Sinto muito, Zoe.”“Tudo bem.”Clara mandou alguns emojis de coração e disse que ia estender umas roupas, então eu abri a mensagem do tal número desconhecido, sem ter a mínima ideia de quem era.“Oi, Zoe. É o Alex.”Acabei sorrindo.“Oi, motoboy.”“Como você está?”“Bem.”, menti
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08
Durante a semana, eu nem precisei chamar Alex para vir, assim que terminava seu expediente, ele vinha, mesmo sem eu pedir pizza — voltei à dieta, e também iria à falência se torrasse a pouca grana que tinha.Fazíamos o de sempre, sentávamos no tapete da sala, conversávamos sobre coisas aleatórias e assistíamos qualquer programação na TV.Era bom assim.Era muito bom, para ser sincera.Na noite de sexta, entretanto, ele chegou mais cedo. Eu tinha acabado de sair do banho, estava com meu roupão, quando Alex tocou a campainha. — Oi — eu disse, surpresa —, não era pra você estar na pizzaria? — Pedi folga, um amigo me substituiu. Desculpe vir sem avisar, se quiser vou embo... — Entra — pedi, interrompendo-o —, vou me trocar, pode ficar à vontade e... Ei, o que é isso? — Perguntei ao notar uma sacola grande em suas mãos. — Faz parte da surpresa. — E piscou pra mim.Corei.Sério? Eu corei mesmo?Puta merda! — Já volto — sem esperar resposta, segui até meu quarto, fechei
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09
Alex veio nos buscar por volta das onze e meia da manhã, chegou na porta de minha casa, dirigindo um Celta prateado.Desceu, abriu a porta para nós e sorriu para mim. Fiquei meio desconcertada, mas acabei sorrindo de volta. — Oi — ele balbuciou, tinha carinho em seu tom de voz. — Oi, motoboy — respondi, um pouco melosa.Deus, o que estava acontecendo comigo? — Oi, Clara — saudou minha amiga, todo simpático —, como você está? — Estou bem — ela respondeu —, e você? — Pra ser sincero, com fome. Entrem, eu juro que sou um bom motorista.Eu ri.Sentei no banco da frente e afivelei o cinto. Clara fez o mesmo, sentada no banco de trás. — Minha família é um pouco... Como vou explicar? Barulhenta...?Ri novamente. — Estou preparada — assegurei, apertando sua mão.Alex olhou para mim de soslaio e abriu um sorriso que aqueceu meu coração, me fazendo, a contragosto, suspirar.Sério, alguém me explica o que está acontecendo comigo?Como ele mesmo dissera no sábado (o
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10
Alex veio nos buscar por volta das onze e meia da manhã, chegou na porta de minha casa, dirigindo um Celta prateado.Desceu, abriu a porta para nós e sorriu para mim. Fiquei meio desconcertada, mas acabei sorrindo de volta. — Oi — ele balbuciou, tinha carinho em seu tom de voz. — Oi, motoboy — respondi, um pouco melosa.Deus, o que estava acontecendo comigo? — Oi, Clara — saudou minha amiga, todo simpático —, como você está? — Estou bem — ela respondeu —, e você? — Pra ser sincero, com fome. Entrem, eu juro que sou um bom motorista.Eu ri.Sentei no banco da frente e afivelei o cinto. Clara fez o mesmo, sentada no banco de trás. — Minha família é um pouco... Como vou explicar? Barulhenta...?Ri novamente. — Estou preparada — assegurei, apertando sua mão.Alex olhou para mim de soslaio e abriu um sorriso que aqueceu meu coração, me fazendo, a contragosto, suspirar.Sério, alguém me explica o que está acontecendo comigo?Como ele mesmo dissera no sábado (o
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