Anna Beatriz Ávila é uma jovem mulher que tem feridas de uma vida de dor e sofrimento. Apesar das cicatriz que carrega com sigo, ela nunca deixou se abalar, trabalha há cinco anos na empresa da família Collen, uma das mais ricas e prestigiadas de Nova York. Quando um novo chefe assume a liderança de seu setor, Beatriz sente uma atração inexplicável por ele, mas sabe que não pode se permitir envolver-se com alguém em meio aos problemas que enfrenta, agindo assim como a profissional modelo, sem dar espaço para que ninguém fale sobre ela. Mas um dia tudo mudou, Beatriz se vê desesperada para conseguir o dinheiro que falta para a cirurgia do afilhado Ravi, sem saída acaba recorrendo a seu chefe Marcos, porém um acordo fora do comum a pegou de surpresa. Sem tempo para pensar, ela aceita passar uma noite com ele em troca do dinheiro. Marcos Collen, é um homem rico e poderoso, acostumado a ter tudo o que deseja e sempre age com inconsequência, tentando assim esconder seu passado, que foi marcado por cicatrizes onde o tornou desacreditado no amor. Após passar a noite com Beatriz, Marcos se vê tomado por sentimentos que há muito tempo estavam adormecidos em seu coração. No entanto, ao descobrir a verdade por trás do empréstimo, sua vida se transforma em um verdadeiro inferno, onde seu maior inimigo é sua própria mente. Quando Beatriz decide recomeçar indo embora para Filadélfia, ela não imaginava que aquela única noite uniria Marcos e ela em um laço eterno. Será que o amor poderá redimir as dores que se arrastam com o tempo?
Ler maisAlguns minutos de carro, o silêncio confortável era quebrado apenas pelo som suave do motor, até que finalmente chegaram. Um lugar com uma vasta beleza, onde o tempo parecia ter parado. Marcos sorriu, lembranças aflorando em sua mente.Ali, quando criança, Marcos brincava sob o sol quente, correndo entre as árvores jovens. Agora, essas mesmas árvores se erguiam majestosas, suas copas entrelaçadas criando um dossel natural. O gramado, antes simples, agora era um tapete verdejante, pontuado por pedras translúcidas que imitavam cristais, que ficavam ainda mais lindas refletindo a luz do sol.Ao longe se avistava uma fonte de água cristalina, borbulhas dançavam na superfície, criando uma melodia suave. Em volta flores raras, espécimes exóticos, cuidadosamente selecionados, adicionavam cores vibrantes. As pedras polidas guiavam os visitantes através do jardim dando o contraste perfeito com a iuminação suave, luzes embutidas destacavam a beleza do local ao anoitecer.Beatriz, olhava tudo c
Um mês após o beijo apaixonado, Marcos e Beatriz navegavam em um mar de amor e segurança. Beatriz se tornou mais segura e confiante, seus medos e traumas pareciam pequenos diante da felicidade que ela estava sentindo. Pela primeira vez, ela era amada, respeitada e admirada. Marcos mostrava diariamente o quanto estava disposto a lutar por eles. Dias atrás, foi noticiada a captura de Leona; ela estava na Flórida, tentando dar um grande golpe em um magnata. Lincoln adicionou todos os conhecidos do pai e conseguiu reunir homens honestos e que queriam fazer justiça. Como o magnata era conhecido, a notícia da tentativa de golpe percorreu todos os cantos dos Estados Unidos. Com a notícia, Beatriz pôde respirar um pouco mais aliviada, mas o desaparecimento de Dimitri ainda fazia com que ela acordasse assustada. Mesmo não tendo notícias e nem ameaças desde que foi morar na mansão, Marcos estava decidido a não descansar enquanto não ver Dimitri preso ou morto. A manhã estava ensolarada. Marc
Marcos cerrou os olhos levemente, mordendo os lábios de forma provocativa. Em um movimento rápido, ele a encostou contra o balcão, prendendo-a com seus braços fortes. Beatriz sentiu seu coração acelerar, seu corpo reagindo instantaneamente à proximidade de Marcos. — E como exatamente quer que eu te ajude? — sussurrou encarando intensamente seus olhos. Marcos sorriu, curvando levemente seus lábios, gostando da maneira que ela se entregava ao momento. Ele a puxou para perto, fazendo seus lábios roçarem em sua orelha. — De todas as formas possíveis. Quero sentir você assim... bem pertinho de mim. Beatriz sentiu um arrepio percorrer sua espinha, seus sentidos aguçados pela presença intensa de Marcos. Ela permitiu-se render-se àquele momento, entregando-se à tensão e ao desejo que fluía entre eles. O ar parecia vibrar de antecipação, carregado de um desejo jamais sentindo. Cada batida do seu coração parecia ecoar na cozinha silenciosa. Eles estavam próximos o suficiente para se
Dias se passaram sem notícias verdadeiras ou ameaças de Dimitri. Ele parecia estar brincando de se esconder, sempre que Marcos e o investidor particular estavam perto de capturar Dimitri, ele descobria. A mansão de Marcos se tornou um refúgio seguro para Beatriz e os bebês. A rotina tranquila e a segurança rigorosa criaram uma sensação de normalidade.Apesar do medo, Letícia começou o tratamento, sempre supervisionado por Maicon. Desde o primeiro beijo, eles são se separaram mais. Onde Maicon ia, levava Letícia, orgulhoso por ter alguém como ela ao seu lado. Numa tarde ensolarada, Beatriz com os bebês no braços caminhava pelo jardim, admirando as flores vibrantes. Marcos se juntou a eles, oferecendo um sorriso e pegando Oliver nos braços. — Oii, garotão do papai.— ele sussurrou olhando nos pequenos olhos verdes de Oliver que sorri ao ouvir a voz do pai.— Tudo bem, Bia?— perguntou ele, observando sua expressão serena. — Sim, é fácil se acostumar com essa paz.— respondeu Beatriz
Letícia sentia seus lábios tremerem. Ela cobriu o rosto com as mãos, como se tivesse com vergonha. Antes que ela tentasse inventar uma desculpa, Marcos entrou com um homem jovem e alto, vestido de branco. — Desculpa interromper a conversa de vocês. Letícia, esse é Kaleb Stone, ele é fisioterapeuta, amigo do Maicon, semana passada comentei sobre você e lembrei que hoje ele tinha uma visita perto daqui. Ele vai te examinar com mais precisão — Marcos falou, e Letícia arregalou os olhos ao reconhecê-lo. Kaleb percebeu seu nervosismo e sorriu com compreensão. — Boa tarde, senhorita Brown. Se me permitir, vou começar a te examinar — disse ele, encontrando os olhos dela. Kaleb examinou as pernas de Letícia com atenção. Seu rosto sério refletia preocupação. Após alguns minutos de silêncio, ele se levantou— Letícia, precisamos conversar seriamente — disse Kaleb, com voz calma e profissional. Beatriz e Marcos trocaram olhares preocupados. Letícia abaixou a cabeça, como se já soubesse o
Na manhã seguinte Beatriz desceu e encontrou todos a esperando na mesa, Clarie e Jess levantam rapidamente para pegar os bebês. Ela se aproxima de Letícia, abraçando a amiga apertado. — Bom dia, amiga.— Letícia disse aliviada ao receber os abraços de Beatriz. Marcos passou a noite pensando nas palavras de Beatriz, como seu passado a afetou tanto que hoje uma simples ajuda, faz com que ela se sinta mal. Ele olha para Beatriz, com um olhar cheio de amor, um amor que crescia cada dia que passava. Ele já não estava sabendo lidar com seus sentimentos. Beatriz sorri enquanto encontra seus olhos. O amor e a admiração que sentia por ela transbordavam em seu olhar. Com um gesto gentil, ele puxou a cadeira ao lado dele, convidando-a a se sentar. Beatriz sorriu, sentindo o rosto esquentar. — Obrigada — sussurrou, seus olhos brilhando de gratidão. Marcos sentiu seu coração acelerar, perdido no sorriso dela.— Uau, que mesa linda. A mesa farta e colorida brilhavam seus olhos, parecia que
Beatriz parou na frente de Marcos, olhos vermelhos e inchados de chorar, com uma mistura de tristeza e vulnerabilidade. — Sabe. Um dia, meu avô me disse que eu nunca conseguiria conquistar nada sem a ajuda das pessoas, que eu sempre teria que precisar de alguém para conseguir o que eu queria. E agora, vivendo tudo isso, percebi que realmente é verdade.— disse ela, com a voz trêmula de emoção. Lágrimas escorreram pelo rosto dela, refletindo a dor e a frustração. — A vida mais uma vez me mostrou que sozinha eu não sou ninguém!— exclamou, sentindo desespero e raiva misturados em sua voz. — Eu não podia imaginar que você passou por isso...— Marcos sussurrou acariciando seu rosto. Ela levantou a cabeça, secando as lágrimas que embaçavam sua visão e encarou fixamente os olhos de Marcos, com uma mistura de dor e sensibilidade. — Eu sei que sua vida também não foi fácil, mas em certo ponto você teve privilégios que eu sempre quis ter. Você cresceu em uma família linda, cercado de cari
Beatriz levantou o rosto, com os olhos vermelhos e com a voz embargada sussurrou: — Será que você ainda não entendeu? Eu não quero ser uma carga para você e sua família. Eu não quero dar motivos para que as pessoas falem que estou te usando, usando seu status e querendo o seu dinheiro. Eu não suporto os olhares das pessoas insinuando coisas que eu não sou. Marcos suspirou tristemente e olhou nos fundos dos seus olhos. — E eu lá me importo com o que os outros vão falar. Entenda! Você não é uma carga, Bia. Eu escolhi estar do seu lado, não só por que você é a mãe dos meus filhos. E sim por que eu te amo. — Ele segurou sua mão com carinho, fazendo ela se acalmar. — Me diz a verdade. Você não gosta daqui, não gosta da minha presença? — perguntou Marcos, notando sua expressão confusa e desesperada. — Não é isso... sua casa é linda, sua família é maravilhosa.... — respondeu Beatriz, forçando um sorriso. — Mas não sei se devo ficar aqui. Marcos se levantou com o coração pulsando fo
Beatriz acompanhou Marcos para a mansão, Letícia sempre ao seu lado. A mansão tinha mais de 20 quartos, mas ele escolheu colocá-la em um do lado do dele. Em poucas horas, o quarto que era vazio e sem vida se tornou colorido, com vários carrinhos e bonecas, um closet cheio de roupas infantis e, do outro lado, um exclusivo para Beatriz. Os berços com rosa e azul, uma cortina branca que balançava com o vento.Depois de cada um estar nos seus devidos quartos, Beatriz ficou com os filhos sozinha. Ela não conseguia se perdoar por ter sido tão inconsequente. Seus pensamentos a atormentavam, estava cada vez mais difícil se encarar no espelho. A promessa de que não iria ficar refém das ameaças quase fez com que uma tragédia acontecesse.Beatriz se lembrava como se fosse ontem do momento em que viu sua mãe ser brutalmente agredida bem na sua frente. As palavras da sua madrasta dizendo à ela que sua existência era tão insignificante que ninguém jamais sentiria falta se ela morresse naquele acide