Lincoln deixou Maya em segurança com Maicon e seguiu em busca de Aisha, seu coração batendo forte de ansiedade e medo. Letícia havia encontrado o quarto onde Aisha estava presa, mas teve que esperar Lincoln para abrir os cadeados que prendiam as correntes. Ao abrir a porta, Lincoln foi recebido por uma cena que o deixou sem fôlego. Aisha estava amarrada à cama, com as pernas e braços presos por cordas grossas. Seu rosto pálido e delicado estava todo machucado, com hematomas e cortes que pareciam ter sido feitos com crueldade. Entre as pernas, havia um sangue que parecia ter sido derramado recentemente. — Aisha...— ele sussurrou com o coração despedaçado. Lincoln sentiu um golpe no estômago ao ver a irmã nesse estado. Ele encostou na parede e começou a sentir o ar faltar de tanta angustia, sentindo uma dor que nunca havia experimentado antes. Seu coração batia forte, como se estivesse tentando sair do peito. Aisha, ouvindo o barulho, estava agitada, movendo a cabeça de um lado p
Marcos que estava com o irmão cuidando de Maya, ouviu o tiro, ele entrou no quarto correndo, seu coração batendo forte no peito. Ele sabia que algo estava errado. Ao entrar no quarto, ele viu Jhon estendido morto no chão, um buraco de bala na testa. — Lincoln, o que você fez? — Marcos perguntou, sua voz cheia de preocupação. Lincoln estava sentado abraçado com a irmã, a arma ainda fumegante caída no chão. Ele olhou para Marcos com um olhar firme sem vestígio algum de arrependimento. — Nada que você não faria se fosse Beatriz ou sua filha no lugar da minha irmã — Lincoln disse, sua voz cheia de raiva e dor. Marcos sabia que Lincoln estava certo. Ele teria feito o mesmo se fosse sua família que estivesse em perigo. Ele se aproximou de Lincoln e segurou nas mãos dele, tirando a arma. — Entra naquele helicóptero com Letícia e sua irmã e vai embora, eu cuido das coisas aqui — Marcos disse, tentando convencer Lincoln a fugir. Mas Lincoln não queria fugir. Ele estava ciente do que
Meses haviam se passado desde que Lincoln foi condenado a uma pena condicional. Durante esse tempo, as coisas haviam mudado para cada um. Marcos e Beatriz estavam mais apaixonados do que nunca. Eles haviam se mudado para uma nova casa, uma linda mansão em um bairro nobre da cidade. A casa era perfeita para eles, com um jardim amplo e uma vista deslumbrante da cidade. Beatriz também havia se aproximado mais de sua avó, Helena. Elas passavam horas conversando e compartilhando histórias. Beatriz estava aprendendo muito sobre sua família e sua história, e estava se sentindo mais conectada com suas raízes. Michael e Jess enfim conseguiram engravidar. Ela abriu outra loja onde seus desenhos tornavam vida. Letícia e Maicon estavam vivendo uma felicidade que antes parecia tão distante. Eles haviam se mudado para um apartamento juntos e estavam construindo uma vida feliz. Letícia abriu uma ONG que ajudava vítimas de violência doméstica, e Maicon espandiu seus conhecimentos, hoje ele g
Beatriz e Marcos estavam chegando em casa, ainda sob o impacto da notícia da gravidez dos trigêmeos. O caminho todo Marcos foi pensando em como ele está feliz, dando ideias para os nomes, imaginando com que eles iam parecer. Beatriz sorria com sua empolgação, ele parecia um menino ganhando um presente que sempre quis. Assim que entraram nos portões da mansão, Beatriz recebeu uma ligação de sua avó. — "Minha neta, como foi no médico?"— perguntou Helena com um tom preocupado. — "Está tudo bem, vó. Minha saúde está melhor do que nunca."— respondeu com um sorriso. — "Você realmente está bem? Pela sua voz, sinto que tem algo errado." — "Não se preocupe vó, só estou um pouco cansada, o trabalho na empresa do vovô e os gêmeos esgotam toda a minha energia."— respondeu com sinceridade. — "Que bom filha, saiba que pode contar comigo para tudo."— Disse ainda não convencida.— "Liguei para avisar que Elisa e Oliver estão comigo e seu avô, então aproveite para descansar e curtir um pouc
O domingo chegou e Beatriz estava ansiosa para contar sobre a gravidez para sua família. Ela se preparou com cuidado, comprando duas caixinhas com três sapatinhos na cor azul de crochê. A ideia era surpreender todos com a notícia. Após o jantar, Beatriz olhou para Marcos, que levantou com ela, ele segurou sua mão entrelaçando seus dedos nos de Beatriz. Eles se entreolharam, compartilhando um sorriso orgulhoso e emocionado. — Temos uma notícia para dar para vocês — Marcos falou, com a voz cheia de emoção. Beatriz abriu sua bolsa e pegou as caixinhas, entregando-as para Clarie e Helena. As duas olharam sem entender, curiosas sobre o que poderia ser. — Antes de abrirem... Eu preciso falar algo para vocês.— Beatriz começou, com a voz trêmula e embargada. — Por muito tempo estive sozinha, não admitia que tudo que eu queria era ter uma família, que me trouxesse segurança, que pudesse me entender, mesmo quando minhas escolhas não foram as melhores naquele momento. Beatriz fez uma pau
Letícia respirou fundo, sentindo seu coração acelerar enquanto se preparava para entrar na igreja. Ela olhou para Beatriz, que a ajudou a ajustar a maquiagem e a dar um último toque no seu vestido de noiva. — Você está pronta? — Beatriz perguntou, olhando para Letícia com lágrimas nos olhos. — Sim, estou... — Letícia respondeu, sorrindo. Briana, que esperava fora do quarto, viu a imagem da filha e se emocionou, abraçando Letícia carinhosamente. A emoção transmitida em cada gesto era palpável. — Nossa filha, você está perfeita.— Briana disse, com a voz trêmula. A música começou a tocar, e de mãos dadas com a mãe, Letícia começou a caminhar pelo corredor da igreja. Seu olhar se encontrou com o de Maicon, que estava esperando por ela no altar. Ele sorriu, e Letícia sentiu seu coração saltar. Enquanto caminhava, Letícia sentiu os olhares de todos os convidados sobre ela, os sorrisos e admiração se enxergava em cada olhar, e ela podia sentir o amor e a adoração emanando de cad
Enquanto Maicon e Letícia aproveitavam a viagem, Beatriz e Marcos estavam ansiosos para a chegada dos trigêmeos. Marcos prometeu que estaria com ela em todos os momentos e realmente cumpriu sua promessa, diminuiu sua carga de trabalho, toda consulta ele estava lá, segurando sua mão e se emocionando em cada vez que ouvia os batimentos dos corações dos filhos. Era começo de tarde, Beatriz e Marcos estavam no mercado, fazendo compras para o jantar. Sua barriga estava enorme onde passava chamava a atenção, ela sentia um orgulho especial em mostrar sua gravidez. — Todos estão olhando para a mamãe mais linda.— comentou Marcos se colocando atrás de Beatriz e dando um leve beijo no pescoço. — Eu acho que estão me achando doida, viu o jeito que aquela senhora me olhou enquanto eu pegava Elisa nos braços?— respondeu sorrindo. Marcos se divertia enquanto ajudava ela pegar as coisas da lista. — Vou buscar o carro no estacionamento para ficar mais fácil de guardar as compras.— Marcos fa
Anna Beatriz Ávila e Letícia Brown compartilham uma amizade inseparável desde a infância. Apesar da vida não ter sido facil com as duas, elas se apoiaram mutuamente, enfrentando o luto e o abandono. Letícia foi expulsa de casa aos 17 anos por engravidar, acreditando que o homem que ela amava fosse apoia-la, ele se negou manter contato com Letícia, ofertando até um aborto. Desolada e desamparada, encontrou refúgio na velha casa de Elisa, falecida mãe de Beatriz. Quando Ravi, filho de Letícia, nasceu, Beatriz foi seu apoio em todos os momentos. Acompanhou nas consultas, vibrou com cada chutinho e ajudou a escolher o nome. Hoje, Ravi tem 5 anos e as duas vivem unicamente para cuidar dele. Mas o destino muitas vezes tende ser cruel com quem não merece. Ravi foi diagnosticado com Leucemia quando tinha apenas quatro anos. O mundo das duas desabou. Cada dia no hospital era uma batalha contra o tempo. A quimioterapia esgotava o pequeno, e as duas amigas não aceitavam do por que uma crian