Quando ele soube que seria irmão mais velho, percebeu logo que não poderia se aproximar, afinal, sua vida era perigosa para conviver em família. Anos depois, sua irmã estava novamente em seus braços numa condição que jamais poderia voltar atrás. Cuidar dela se tornou o seu ato obessessivo afinal de contas, embora fosse sua irmã, Madeleine era o amor da sua vida e a mulher que ele queria do seu lado... a amava, não como irmã e manter todo os homens longe dela deveria ser sua prioridade, mas não notou que o melhor amigo a qual obrigou a cuidar disso, era justo o que roubaria o coração da sua amada.
Ler mais— Estou tentando manter a calma, mas essa garota é louca. – Juan olhou ao redor da sala e levantou disfarçadamente para Madeleine que cantava alguma música idiota, virou para a sala novamente — ela saiu correndo pela rua achando que estava a salvo. Eu não tenho paciência para aturar essas criancices Kim faça alguma coisa. — Eu não posso fazer nada no momento, mas já estamos planejando como entraremos no maior cassino da cidade. Jade e Karen estarão lá e Will está louco para mostrar seus truques. — E quando vão mandar alguém aqui para me substituir? — Não vamos mandar ninguém para te substituir, Christopher jamais deixaria outra pessoa se aproximar da irmã dele. – O garoto virou a tempo de ver Madeleine se encostar na porta — Mas fique firme, te mantenho informado de tudo. Vou desligar. Juan puxou o telefone da orelha com ódio, apertou-o em sua mão querendo partir aquele aparelho no meio, mas sorriu contra sua vontade. — Eu fiz uma janta pra gente, será que pode me acompanhar
— Se ele está pensando que vou obedecê-lo de verdade ou ficar esse tempo todo presa dentro de casa esta muito enganado – olhou ao redor quando atravessou a rua procurando por qualquer um suspeito. Claro que não iria sair como louca no meio da rua achando que estava livre de todos os perigos, pois sabia agora que não era bem assim. No entanto, aquele era seu bairro, conhecia as pessoas, os animais, todos os vendedores da feirinha, até as plantas ela sabia quais eram e onde estavam, durante toda a sua infância aquele era o cenário que possuía. Chegou ao mercado que mais gostava, cumprimentou a moça do caixa como se não a muito não tivesse saído dali, e por alguns momentos, Madeleine fingiu que nada aconteceu. Que estava ali para comprar ingredientes para fazer um grande saboroso para sua mãe. Que assim que chegasse em casa logo estaria diante daquela mulher sorridente e calorosa. — Mady – A garota subiu o olhar quando o apelido mais fofo que já ganhou foi sussurrando. Encarou o garoto
— O que você disse? – Gael virou-se aos poucos procurando a voz de Mikael que pareceu surgir do nada, ecoando pela sala toda como se estivesse falado em um microfone confundindo sua cabeça. Estreitou os olhos quando bebeu mais um gole de sua bebida, o nome de Christopher estragava tudo em sua vida comum, até mesmo o gosto de sua bebida. — Eu achei que fosse brincadeira, mas Jack me mandou uma foto com um dos cachorros deles descendo do avião. - Contou dando uma risada baixa, já conhecia bem o que iria ser mandado fazer, mas gostava de ouvir. — O que ele veio fazer aqui na minha cidade? Devia se retratar e devolver o que é meu, se não vai sofrer. — Um dos cachorros deles trouxe a irmã. Ela realmente sobreviveu ao beco que a deixei com o corpo da mãe. — O que? – Gael se impressionou... Não fazia ideia se ia dar certo seu plano, mas vê-la voltar e agora com a escolta principal de Christopher queria dizer que seu recado tinha sido recebido, e agora devolvido. — Ele está aqui, e vai a
O avião particular de Christopher já estava na pista quando Madeline desceu do carro admirando cada centímetro daquele objeto. Seus olhos bonitos brilharam com todo aquele luxo… Se era para eles chegarem escondidos ou algo do tipo, um avião branco com janelas dourados chamaria totalmente atenção. — Só trouxe uma mala? - Juan murmurou ao seu lado colocando a mochila nas costas. Madeline assentiu e o encarou com mais atenção. A calça jeans preta com uma jaqueta igual. Um homem completamente sexy que seduzia Madeline de uma forma que ela mal conseguia respirar, e Juan percebia o que deixava ambos viciados um no outro. — Quantas malas você acha que eu poderia trazer? Não tenho roupas, então o pouco que tinha apenas coloquei dentro - Devolveu com um olhar apaixonado, o olharam dos pés a cabeça e ele também. — Está muito bonita, definitivamente a cor rosa fica muito bem em você. — Acha? - Se olhou primeiro, e logo voltou a ele — Qu
O copo de uísque em sua mãe trêmula balançava de um lado para o outro enquanto os olhos azuis do mafioso procurado por Gael brilhavam assistindo as ondas do mar. Respirou profundamente antes de tomar outro gole sentindo o líquido descer queimando por dentro, e por pior que parecesse, aquela sensação era gostosa, como se estivesse renovando sua alma. Dali mesmo viu o sol nascer não voltou para casa porque não sabia ao certo o que tinha feito. Estava deixando claro a todos ao seu redor que não queria se contrariado, ainda mais quando o assunto envolvia Madeline. Não gostava e não queria que ninguém se metesse no seu envolvimento com ela, Madeline era sua garota, sua irmã. Riu de canto abaixando os olhos, estranhando a chamar de “minha garota” porque era assim que ele desejava. Gostava de seus cabelos bonitos e aquele corpo que o seduzia, aquela mulher era a mais bonita do mundo e nem podia tocar, não podia porque ela era do mesmo sangue. Riu mais aind
Se encarando no espelho Madeline pensou algumas vezes se realmente descia para esse jantar tão especial. Depois de tudo que foi dito por Christopher e de ele deixar claro que era para obedece-lo, isso lhe deixou intrigada. Nunca precisou de forma alguma sair pedindo permissão a alguém para fazer o que bem entendesse até quando estava com sua mãe. E pior, será que ele não se tocava que do jeito dele também estava errado? Pois foi às coisas do seu jeito que levou ela até ali. Respirou melhor depois de girar para ver seu vestido rodado balançar… Fazer parte daquela família lhe parecia muito perigoso e queria se afastar daquilo o mais rápido possível, no entanto, havia coisas boas, tal como o dinheiro que lhe levaria a qualquer lugar que quisesse bastando querer, então por acaso, se ela quisesse mudar de país e de vida, poderia? Conversaria isso com Christopher ou com qualquer pessoa antes de levar isso até ele, certeza que surtaria. Quando saiu do quar
Á pedido da dama daquelas praias, a querida e amada Sierra, Juan tirou as coisas do carro da garota enquanto a via de longe tentar se aproximar e interagir com Madeline, mas estava tão claro que a irmã de Christopher detestava a esposa que assim que a mulher entrou lhe oferecendo a bebida, ela pegou, tomou e saiu do chalé descendo as escadas deixando a outra sozinha. Simplesmente passou pelo homem e entrou no carro batendo a porta. Sierra não demorou lá dentro e também passou para seu carro como se tivessem brigado no chalé, mas acho que se tivesse brigado alguns arranhões estariam espalhados pelo corpo. Entrou no carro com Madeline que apenas revirou os olhos terminando de tomar todo seu suco, o que despertou uma careta no outro. — Você e a Sierra precisam se dar bem. Querendo ou não, ou talvez não acreditando, seu irmão é apaixonado por ela - Avisou para a garota enquanto via o carro de Sierra se afastar do deles — Ela talvez tenha tido ciúmes qua
— Eu ainda não tirei da cabeça que voltar a Valcolink é uma ideia errada. Não devíamos permitir isso - Kim tornou a dizer enquanto se se encostava à mesa grande do salão que usavam para as maiores e melhores festas de Christopher, mas naquele dia em especifico, ficou para começarem um plano agilmente de destruição em massa de Gael Kennedy. — No momento esquecer-se de ir lá não é uma opção. Por isso mandaremos muitos homens para que nada saia errado. Quero alguém na boate da mãe dele. Chegando lá, se espalhem e procurem saber como os negócios estão dando certo para ela. — Isso quer dizer que temos que jogar e mostrar que temos dinheiro o suficiente para chamar atenção, e uma vez que chamamos atenção, podemos convidá-la para uma conversa com você, Christopher - Wil, um dos integrantes da Ketsueki comandado por Juan se pronunciou trazendo uma foto da senhora sentada ao redor de uma mesa com muitas pessoas influentes. — Ela gosta de se sentar e relacion
— Sem ofensas você quis dizer? - Kim assentiu e se afastou — Eu não vou me ofender com essas coisas, ainda mais quando diz que pareço com meu pai e o meu irmão. - Bradou com um sorriso cínico nos lábios e Kim sem dizer mais nada apenas deu as costas depois de uma breve olhada para Juan. — Eu vou tomar café, depois podemos sair?Juan revirou os olhos.— Para onde? - Perguntou, cansado.— Quero ir visitar o túmulo da mãe. - Sem que Juan dissesse alguma coisa ela foi embora saltitando para a cozinha.O homem suspirou longamente colocando as mãos na cintura para poder não surtar completamente, porque com toda certeza do mundo em algum momento ele ia torcer o pescoço dela.— Juan - virou para encontrar Kim que o chamou apenas com um aceno. Saíram da casa chegando ao jardim o que deixou Juan feliz já puxando seu cigarro do bolso. — Eu acho que precisamos conversar sobre a sua nova amiga.— Minha nova amiga? - Perguntou dando uma gargalhada no final. Acendeu o cigarro soltando toda a fumaça