Eu e Bruno estamos casados há quatro anos, e eu quero muito lhe dar um filho. Infelizmente, ele nunca quer fazer amor comigo. Achei que ele não tivesse desejo sexual. Mas o médico disse que ele é tão intenso que ao fazer amor com uma mulher, pode até rasgar o ânus dela. De repente, meu coração apertou, pois essa mulher não é outra pessoa. É a irmã dele, que não tem laços de sangue com ele.
Ler maisO corpo de Bruno tremia incontrolavelmente, e eu tentei levantá-lo do chão, mas minha força era insuficiente.Ajoelhei-me na sua frente, e com as mãos delicadamente segurei seu rosto.— Não chore mais, tudo isso já passou.Bruno pressionou levemente com as mãos, e, num movimento instintivo, fechei os olhos. Perdi o equilíbrio e caí diretamente em seu abraço.Senti uma dor intensa atrás da orelha, e Bruno mordeu meu lóbulos, passando a língua suavemente, como se quisesse sugar o meu sangue, mas ao mesmo tempo hesitasse em me causar dor. Ele lutava contra um soluço, e sua mão grande e firme deslizava pelas minhas costas.— Só de pensar que você pode desaparecer para sempre da minha vida... Meu mundo inteiro parece desabar...Lentamente, abri os olhos, forçando-os a se manter abertos, e inclinei um pouco a cabeça para trás.Quando fui para o exterior, será que eu também não pensava na possibilidade de desaparecer completamente do seu mundo? Talvez, no fundo, a forma como ele e eu entendem
Com o som das palavras, o ambiente da sala mergulhou em um silêncio profundo.— O que você disse?Uma força imensa apertou meus ombros, e Bruno me virou com brusquidão. Senti como se meu corpo estivesse prestes a se despedaçar.Bruno, com a voz rouca, soltou um grunhido de dor.— Diga de novo! Como assim? Eu também tomei aqueles remédios!A expressão de Bruno era semelhante à minha de outrora.Quando descobri sobre isso pela primeira vez, eu também estava atônita, incapaz de acreditar. Minha surpresa foi tamanha que duvidei de tudo ao meu redor. Por que tudo nesse mundo parecia uma mentira?Enquanto observava o rosto de Bruno, que passava da surpresa à confusão, meu próprio rosto palideceu. Minha respiração se tornou leve, como se eu fosse desaparecer a qualquer momento.Será que ele acreditaria nas minhas palavras?Ele acreditaria naquela mulher que lhe deu tanto amor quando era criança, ou acreditaria em mim?— Fale! — Após um breve momento de confusão, Bruno pareceu agarrar uma opor
Agora não era o momento certo. Não importava o que Bruno dissesse, eu não estava ouvindo...Tudo o que me preocupava era como eu enfrentaria Bruno no dia seguinte, ou nos próximos dias. Tudo o que estava acontecendo naquele momento era muito além do que eu imaginava que poderia acontecer entre nós.Era difícil garantir que ele não quisesse algo mais. O que eu faria então?De repente, uma dor aguda apareceu na minha cintura, e a voz de Bruno soou abafada, cheia de frustração.— Não me ouviu? Está distraída nesse momento? Isso me deixa completamente derrotado.— Que momento? O que você está fazendo, não eu! — Eu estava irritada, cobrindo o rosto com a mão, e minha voz tremia, como se eu fosse chorar a qualquer momento. — Bruno, não pode apressar isso?Eu só queria sair daquela sala de exame o mais rápido possível.— Se eu apressar, eu não vou aguentar.Eu não consegui refutar! Parece que até o som da roupa se arrastando atrás de mim foi reduzido, se tornando mais lento, como se ele qui
Não sei por que, mas ao ouvir Bruno dizer aquilo, uma sensação de pânico e medo tomou conta de mim. Eu temia que fosse uma armadilha, que, se eu relaxasse nem que fosse um pouco, acabaria novamente presa na lama.O ambiente completamente fechado me deixava sem ar, e eu quase sentia uma necessidade desesperadora de sair dali.— Bruno, você... — Falar com ele sobre isso me parecia um pouco embaraçoso, mas, naquele momento, eu não me importava mais com isso. — Você não tem uma foto? Olha a foto, está tudo lá.Minha voz foi diminuindo até que, ao final, eu mesma mal conseguia ouvir o que dizia.Por trás de mim, o som baixo e sugestivo de um suspiro masculino, mais intimidador que qualquer imagem congelada na tela, me fez sentir ainda mais envergonhada.De repente, uma dor aguda na minha cintura me fez soltar um pequeno gemido.Bruno havia apertado minha cintura com uma força punitiva. Quando eu me assustei e gritei, parecia que ele também tinha se assustado, e sua mão na minha cintura est
Rapidamente, pressionei minha testa contra a de Bruno, me mantendo em silêncio, desafiando ele com o olhar. A pele que ele beijara ainda queimava, e seus olhos eram como magma escaldante; bastava ele me olhar uma única vez para que meu sangue começasse a tremer e a se agitar, sem controle. No hospital, o sistema de ar-condicionado era dos mais modernos, mas mesmo assim, uma fina camada de suor apareceu em minha palma. Se continuássemos assim, logo, quando saísse daqui, não conseguiria olhar ninguém nos olhos.— Bruno, me deixa levantar! Eu mantinha o rosto impassível, tentando disfarçar a frieza que eu forçava em meu semblante.A adâmia de Bruno subia e descia, ele claramente não queria responder ao que eu havia dito. Talvez o meu olhar tivesse sido firme demais, mas, por fim, ele abaixou a cabeça, derrotado, enterrando o rosto em meu pescoço. Sua respiração quente e úmida se espalhou pela minha orelha, e ele, sem poder mais, se esfregou contra mim, fazendo a voz dele tremer, chei
Eu estava com o saco de Bruno nas mãos, e não sabia o que fazer com ele nem podia pegar nem podia largar.O copo estava firme em minha mão, e, quando fui abrir a boca, até minha voz falhou.— Bruno, não precisa encher até a borda... — Forcei-me a controlar a vergonha, apontando para o que estava escrito no rótulo da garrafinha. — Aqui está escrito que a quantidade de uma vez é o suficiente.— Como você sabe que não vou encher a quantidade certa?Fiquei tão surpresa que os pelos do meu corpo se arrepiaram. Levantei a manga e estiquei o braço para mostrar a ele o quanto estava atônita.— Bruno, você tem noção do que está dizendo?!— Não tem ninguém vendo, qual o problema?De repente, Bruno abaixou a cabeça e, com uma suavidade quase irreconhecível, mordeu meu clavículo.Não doeu, mas a pressão não era algo que eu pudesse ignorar. Era uma força que me fazia querer gritar, mas eu me segurava.Mordi forte o lábio inferior e, sem pensar, envolvi a cabeça dele com minhas mãos.— Bruno, não fa
— Foi você quem me pediu para fazer o exame, então você tem que me ajudar! Fui empurrada por Bruno para dentro da sala de exames. Ele me segurou nos braços e me pressionou contra a porta, trancando ela com um simples movimento. Seu gesto ousado me fez suar frio instantaneamente. — Você enlouqueceu! Tem outras pessoas aqui! Como ele ousava me pressionar assim, em público? Reflexivamente, comecei a me debater! Mordi os lábios, tão nervosa que quase aprendi a fazer ventriloquismo, olhando fixamente para ele. — Vai procurar o médico, por que me procurou? Me solta agora! Bruno agarrou a minha mão, que estava apoiada em seu ombro, entrelaçando nossos dedos e levantando os dois braços acima da minha cabeça. Ele sorriu lentamente. — Olha direito, quem mais está aqui? Fiquei paralisada, como se um raio tivesse me atingido num dia de sol. Pus a ponta dos pés e tentei olhar por cima de seu ombro. O lugar onde estava a mesa do médico estava vazio, e o próprio médico desaparecer
O médico, ao ver a situação, acenou com a cabeça repetidamente.— Claro, nossa equipe médica está à sua disposição, vamos preparar os equipamentos necessários para você agora mesmo.— Pode ir. — Bruno disse, sem nem piscar.Fiquei pensando como Bruno tinha tanta autoridade. Para ele, até as instalações médicas precisavam ser ajustadas de última hora. Enquanto me distraía com esses pensamentos, ele segurou minha mão com firmeza, me puxando de volta para a sala de exames. Sentamos no sofá, com ele ao meu lado, como se não fosse se separar de mim por nada.Vendo que ele não dizia uma palavra, automaticamente comecei a pensar que ele estava com medo do exame.Talvez fosse por causa do sofrimento que ele passou nos anos anteriores devido à doença, e além disso, não havia razão para ele precisar da minha companhia durante um simples exame.Olhei para ele de soslaio, querendo confirmar minha suspeita.Bruno pegou uma mecha do meu cabelo e, com os dedos, começou a girá-la lentamente. Seus olho
— Exame. — Bruno murmurou essa palavra entre os dentes, me olhando com raiva. — Você sabe fazer o exame?Fiquei surpresa.— Você está me perguntando? Chama um médico para fazer isso, porque eu não sei!Levantei-me, pronta para ir até a porta abrir, mas fui interrompida quando Bruno segurou meu pulso.Os cantos dos seus olhos estavam avermelhados, e seu olhar carregava um calor que eu não conseguia compreender.Pensei que ele estivesse irritado comigo por eu ter falado sobre não querer me casar de novo, então tentei acalmá-lo o melhor que pude.— Fazer um exame não é algo ruim. Mesmo que você não tenha mais filhos comigo, vai acabar tendo com outra mulher. Tudo isso é por causa da saúde da criança. Só peço que tenha paciência, afinal...Afinal, cuidar da Dayane esses anos foi bem difícil. Se fosse possível, seria bom evitar qualquer risco de que a criança ficasse doente.— Deixa pra lá, não é nada.As palavras que eu disse, que tinham como intenção acalmar Bruno, me pareceram amargas, c