Capítulo 8
Não sabia se foi aquela tigela de Medicina Chinesa que fez efeito, mas Bruno estava bastante ansioso esta noite.

Eu usei toda a minha força para resistir, e acabei acertando um soco em seu queixo.

Bruno segurou o queixo, com a boca contorcida de raiva.

— Foi de propósito?

Jurei que não foi intencional, mas já que bati, bati. Afinal de contas, ele não poderia revidar.

Ele se levantou, furioso.

— Não pense que vou te tocar de novo.

No meio do nosso impasse, uma batida na porta interrompeu a crescente tensão no quarto, e a doce voz de Gisele soou do lado de fora:

— Irmão.

Eu ajeitei o pijama e, fingindo indiferença, perguntei de novo:

— Você pode ficar aqui?

Seu maxilar magro estava tenso, e a emoção em seus olhos desapareceu como a maré recuando.

— Realmente não entendo o que você quer!

As batidas na porta continuavam, e Gisele chamava suavemente como um gatinho:

— Irmão, você está dormindo? Irmão?

Bruno me lançou um olhar e, como de costume, ordenou:

— Espere, eu voltarei para dormir.

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