Capítulo 13
Filipe sorria, demonstrando uma aparência amigável, mas sempre carregando uma aura de autoridade natural que impunha respeito aos outros, inclusive a mim. Os homens que haviam se exibido diante da minha mãe estavam tão assustados que nem ousavam se sentar.

— Situações especiais requerem tratamentos especiais. — Ele disse, dando um tapinha no ombro do homem ao seu lado, com uma entonação prolongada e cheia de autoridade. — Não preciso ensinar, certo?

— N, não precisa, Sr. Filipe, vou servir o seu vinho. Se eu soubesse que o senhor viria, teria ficado de joelhos no chão desde o momento em que o senhor desceu do carro, não é?

Eu segurei a mão da minha mãe e percebi que ela estava tremendo. Não sabia se era por causa do álcool ou outra coisa, mas ela não parava de olhar para Filipe. Eu sabia que, se ela não tomasse uma atitude logo, a situação se tornaria insustentável.

Bruno sempre dizia que não se deve agir de maneira excessiva, pois muitas dessas pessoas ainda estariam em nosso círculo
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