Uma proposta indecente. Dois homens dispostos a lutarem pelo coração de sua secretária. Laís sempre foi uma romântica incorrigível. Amava livros e séries coreanas. Sonhava que um dia um príncipe encantado, viria em seu cavalo branco a salvaria de sua torre e arrancaria sua virgindade numa noite regada de sexo quente e depravação. Tudo começou durante uma entrevista de emprego. Ela esperava encontrar apenas uma oportunidade de crescer profissionalmente, porém acaba por conhecer dois irmãos, capazes de deixá-la no ápice da loucura. Arthur e Augusto Castro Wong. Quando ela olhou para Arthur, foi amor à primeira vista, se sentiu flutuar sob as nuvens. Ao olhar Augusto, se apaixonou pela segunda vez no mesmo dia. Como assistente de ambos, decidiu por afogar seus sentimentos dentro dela e viver para eles e não com eles. No jogo do amor, é necessário apostar todas as fichas. E há apenas uma única solução. Cada um teria 5 encontros com tudo que tem direito, menos a sexo, no final desse período Laís estaria livre para decidir quem seria o dono do seu coração. Será que Laís conseguirá escolher?
Ler maisAo saber que a matriarca havia acordado, Estela surta e sequestra os netos, chamando pelos nomes dos filhos.— Bobozinho, o papai tá longe? — Enzo pergunta com carinha de choro.— Não, Arthur, já chegaremos — a avó puxa o menino pelo braço. A garotinha solta sua mão.— Canxadu. — Valentina se senta no meio da trilha, coloca as mãozinhas no chão e descansa o rosto em cima.— Vamos, filho. Só mais um pouquinho.Estela carrega os dois, um de cada lado, até que chegam à sua antiga casa, o local em que era feliz com seu marido e filhos, mesmo sendo incrivelmente pobres. A casa havia sido locada por um casal jovem, sem filhos.Sara e seu marido estão conversando no quintal quando veem a senhora chegar com as duas crianças e tomar conta da casa como se fosse dela. A jovem tenta retirar a mulher de dentro da casa, mas as crianças estão chorando e pedindo pela mãe.Por fim, um vizinho vê a confusão e diz que, até pouco tempo, aquela senhora morava ali, mas não sabia quem eram as crianças. Como
Há três meses Laís e Shizune viraram amigas inseparáveis, andando para todo lado juntas. Com o tempo e a ajuda da mulher, a influência de Laís entre os empregados cresceu.Ela fica sabendo que muitos deles faziam o que a sogra mandava por medo, pois a matriarca não estava ali para defendê-los, como Estela mesma fazia questão de dizer. Com o respeito conquistado, Laís deixa a sogra possessa, mas a megera não tem a mínima ideia do que está por vir.Shizune havia conseguido toda a atenção de Lian nesses meses, ainda mais com a novidade de que seria pai novamente. O sogro de Laís estava convencido a largar a esposa, porém, naquele momento, eles precisavam de calma. As duas mulheres esperam provar que Estela havia empurrado a matriarca. Mas como?Laís tem esperança de que a bruxa não se segure por muito tempo e logo se traia. Naquele momento, ela brinca com os gêmeos quando ouve os gritos da sogra no pátio. Ao chegar lá, Lian defende Shizune dos frutos raivosos de sua esposa. Ela havia des
Laís e Augusto arrumam a casa para receber as crianças. Arthur foi ao supermercado comprar suprimentos. O telefone toca algumas vezes, a mulher pragueja a cada passo que dá em direção do aparelho.— QUEM HOJE EM DIA USA TELEFONE FIXO?— Minha mãe! — responde Augusto.— Só pode!... Alô!— Alô, Laís?— Sim, quem é?— Aqui é Lian Wong, seu sogro. Poderia falar com meus filhos?— Oi, meu sogro, só um minuto.— Sim... Sim... Onde ela está?... Ok, estaremos aí em quatro horas. — Guto está com o semblante preocupado.— O que houve?— A vovó... Ela caiu e bateu a cabeça, está no hospital desacordada. Eles precisam de nós lá.O casal espera por Arthur e partem todos rumo ao hospital. Lá chegando, são recebidos por Estela, que cumprimenta os filhos, não fazendo menção nenhuma à presença da nora. Na porta do quarto da matriarca, os anciões discutem fervorosamente algo que Laís não compreende direito.A única coisa que ela quer saber é se a vovó está bem. A morena fica bastante tempo ao lado da s
Laís sai cedo para o primeiro dia na universidade, haviam passado dois meses desde a visita à família Wong. Eles conseguiram se mudar para uma casa maior onde o quarto principal era gigante, cabendo com folga uma cama 5×6 para toda a família.Cada membro tinha seu quarto, mas acabavam sempre em sua cama, os cinco juntinhos. Enzo e Valentina se acostumaram bem com os novos papaizinhos, era assim que chamavam Arthur e Augusto.Isso deixava o coração de Laís extremamente feliz. Às vezes, a sogra aparecia para lhe tirar a paz. Estela implicava com algumas coisas, tirando outras de lugar e até mesmo comprando objetos e trocando os que a dona da casa havia comprado. Laís relevava algumas coisas, com outras batia de frente. Algumas, ignorava. Preferia guardar munição para lutas que realmente valessem à pena.A morena havia conseguido uma vaga na faculdade de Direito e estava animada com seu primeiro dia de aula. Sentia-se uma adolescente. Arthur havia lhe dado todo o material de estudo da Pu
Durante o resto da semana, Laís aprendeu a ser uma mulher da família Wong e, em uma cerimônia particular com Lan Wong, a avó, Laís , Augusto e Arthur selaram a união entre os três.Não era um casamento oficial, mas sim um pacto de amor e cumplicidade, e isso já bastava perante os olhos da família. A escolha da esposa era parte importante para a família Wong, pois as últimas dez gerações da família haviam tido um menino para ser o próximo chefe da família, Laís, sem querer, tinha um bilhete premiado, tendo logo uma ninhada.A partir daquele momento, ela era o ventre que geraria a próxima geração da família.E deve ser tratada com toda pompa e respeito que esse posto merece. Pela matriarca Wong, eles não voltariam pra casa tão cedo, pois queria ver os bisnetos crescendo, correndo por todos os cantos. Além de mimar Laís para que ela enchesse o lugar com mais crianças.Quem não estava gostando nada daquela situação era a nora Estela. A sogra de Laís, que foi rejeitada pelo patriarca Wong
Arthur segura os gêmeos na porta da sala de onde as mulheres estão todas reunidas.— O que significa isso, mãe?A mulher, que estava distraída com a casamenteira, solta um pequeno grito de surpresa.— Filhos, vocês chegaram!!!!— Mãe, você não me respondeu — Tuko entra pela sala irritado.— Ah, querido, essa é a senhora Hororo, a nossa casamenteira, e essas são as...— Acho melhor dispensar todo mundo, temos algo maior pra conversar — A avó Wong fala pra nora, cortando-a.— Mas ele precisa se casar, conversamos sobre.— Você é cega? Seus filhos já trouxeram uma mulher e filhos pra casa. Não precisam de mais nada.Estela olha para as crianças nos braços de Arthur.— Esses são seus netos, mãe. E essa é a nossa esposa.— Esposa de vocês?— Sim. Essa é Laís, nossa esposa.— Bem, ainda não ganhei uma aliança — a morena brinca.Os dois homens olham feio para Laís.— Você quer mesmo discutir isso agora? — Guto se pronuncia.— Sério? — Tuko olha para Laís surpreso.— Ué! Posso dormir com você
Sobre a família Castro, ou melhor, Clã Wong:Arthur e Augusto eram descendentes de Yan Wong, seu avô. Ele veio para o Brasil na Segunda Guerra Mundial, após a segunda Guerra Sinojaponesa, onde os chineses foram cruelmente perseguidos, chegando seu clã a se estabelecer no interior de São Paulo, comprando terras e criando um alambique. Ele se casou com sua prometida aos 19 anos. Aos 30, seu pequeno clã era conhecido por toda São Paulo. Seu negócio era rentável, e ele conseguia arrendar cada vez mais terras.Teve um único filho, Lian, que, diferente do pai, não era ligado às tradições e, mesmo com uma prometida, acabou se casando com Estela Castro, uma moça sem família, que sua mãe acolheu e, em pouco tempo, o seduziu e engravidou. O Pai o deserdou e deixou o filho e sua jovem família sem nenhum dinheiro, mas Estela era ambiciosa e sempre mandava seus filhos para a casa dos avós com um ar despretensioso.Aos poucos, os avós foram se afeiçoando aos dois netos e pagaram as melhores escolas
Luiz havia voltado para casa e encontrado Allana à sua espera. Neste momento, sentado em sua poltrona no quarto, observa a morena dormindo profundamente. Ela está nua. Sua pele morena cor de jambo faz contraste com seus cabelos.Ele a admira silenciosamente, guardando seu sono, protegendo-a de sonhos ruins. Tudo foi tão rápido e tão intenso que ele tenta se lembrar de sua vida antes dela.Sente-se estranho, pois estão juntos há tão pouco tempo, porém, para ele, ela havia se tornado o mundo. Um mundo com curvas sinuosas, pele morena, olhos castanhos e cabelos encaracolados.Ela se vira na cama, sentindo falta do braço dele em sua cintura. Então, tateia o lado vazio na cama e nota o homem sentado na poltrona.A jovem desce da cama, caminha até a poltrona, senta-se no chão entre suas pernas e coloca a cabeça em seu colo.— Está sem sono?— Sim, por que você acordou?— Não consigo dormir sem você do lado. — Ele ri, fazendo cafuné em sua cabeça.— Venha — o homem a puxa pro seu colo, encos
Arthur tirava a sonequinha da tarde com Enzo.Quer dizer, ele dormiu, enquanto o pequeno fazia bagunça em cima de si.— Tio, tio, tio, tio — o pequeno o chama, segurando o rosto do advogado com as mãozinhas. — Qué mamá, tio, tio, tio!Ele abre os olhos e diz:— Papai, repete comigo, Pa pa i — diz pausadamente.— Ti ti o! — o pequeno responde também pausadamente — Enzo qué mamá! — Se você não me chamar de papai, não tem mamá.O pequeno monstrinho pensa por alguns segundos.— Tá! Papai, dá mamá, tio.Augusto dá uma gargalhada com Valentina nos braços.— Não é bonito chantagear uma criança.— Não é chantagem é um... Um...— Suborno?— Não, incentivo!!!!!— Vem amor, eu fiz seu mamá.Augusto se abaixa, pegando a criança com o outro braço.— Onde Laís foi?— Ao mercado, fiquei pra tomar conta de vocês — Guto dá a mamadeira pra Enzo.— Bigado, tio — o garotinho responde sorridente.— De nada, pequeno.— Guto... Você acha que eles se parecem mais com quem: comigo ou com você?O outro dá uma