Capitulo 5

Allana entra no escritório às 10 horas trazendo uma mala com as coisas de sua irmã.

— Suas coisas, mana.

— Obrigada, vou deixar aqui do lado.

— Explicou ao pai que vou passar uns dias fora?

— Sim, mas ele não ficou muito feliz, disse que conversaria melhor com você quando voltasse para casa, mas não deixou de sair com a nova namorada, o que você deveria fazer ao invés de se matar de trabalhar — ela se aproxima da irmã. — Podíamos morar mais perto do trabalho, pegar duas horas de trem e mais 40 minutos em um ônibus pra chegar aqui e depois ir pra faculdade tá acabando comigo.

— É só você acordar mais cedo e vir de carro comigo!

— Deus, Laís, aquela lata velha não funciona. Nem sei como ainda te deixam circular com aquilo nas vias públicas. — A morena interrompe a irmã.

— Morar aqui é caro, onde você acha que vamos achar um lugar pra morar com nossos salários? Teríamos que comer na rua todas as noites, e eu não tenho grana pra isso.

— E você só tem dinheiro pra literatura hot — ri.

— Deixa meus livros fora disso, saco! Agora vai, tenho que trabalhar.

— Pede um aumento.

— Como se fosse fácil assim!

— Sim, é fácil. Você trabalha pra eles como uma mula há cinco anos, eles nunca diriam não. 

— Tudo bem, vou esperar essa semana passar, aí eu peço, mas não vou prometer nada. — A irmã mais nova deu pulinhos de felicidade.

— Obrigada, obrigada, obrigada!

*

Arthur andava de um lado pro outro, não queria perder a mulher de que gostava pro irmão e, pra piorar a situação dele, não era das melhores, pois era conhecido como O GALINHA, O PLAYBOY, O COBIÇADO. Pela primeira vez, odiou esses rótulos, porém, para conseguir conquistar a morena, ele tinha que mudar, mudar tudo, inclusive, acabar com a agenda roxa. Isso, de certa forma, doeu seu coração, mas não podia mais adiar. Chama Laís à sua sala e diz:

— Eu preciso que você desmarque todos os compromissos da agenda roxa.

— E remarque pra quando, senhor?

— E... só desmarque. Estou a ponto de me comprometer com uma pessoa. — A morena toma um susto.

— Quê?!

— E... e... Alguém de quem já gosto há um tempo, mas tenho que provar a veracidade dos meus sentimentos. — Ela fica decepcionada.

— Senhor. Mais alguma coisa?

— Não, obrigado.

Ela sai da sala de Arthur, vai ao banheiro, tranca a porta e tenta se controlar.

— Alguém de que ele gosta... Alguém de quem ele gosta... Quem? Deve ser outra vaca de seios enormes! Fica calma... Fica calma... Você sabia que isso ia acontecer, você sabia que uma hora ele se casaria, teria filhos e seria feliz, não foi? Agora, volte ao normal. — Ela respira, lava seu rosto, refaz a maquiagem e volta o trabalho.

Minutos depois, Augusto a chama ao seu escritório.

— Sim, senhor.

— Eeeeee...

Ele tenta organizar seus pensamentos:

— Você tem namorado?

Laís estranha a pergunta:

— Por que o senhor quer saber? Se for por conta de me casar, não pretendo casar pelos próximos anos. E, mesmo se isso acontecer, não deixarei meu posto aqui no trabalho.

— Não... é nada disso, é só… curiosidade! Está namorando?

— Eu não tenho namorado... Eu nunca tive!

— Jura? — Os olhos de Augusto brilham. — Você é uma mulher tão bonita.

Ele pensa: “Como essa coisinha gostosa ainda era virgem?”

— Sim, é... pode ser meio antiquado, mas quero um amor pra vida inteira, e os caras de hoje em dia só querem ficar por ficar. Eu não sou mais uma... Soa meio romântico, mas é no que acredito. 

O coração de Augusto quase sai pela boca. A vontade de gritar “EI, ESSE HOMEM TÁ BEM AQUI!!!” era enorme, porém se controlou!!

— Se não precisa de mais nada, tenho muito trabalho.

— Só mais uma coisa: como seria o encontro perfeito pra você?

— Como?

— Um primeiro encontro perfeito, como seria?!

— Hum... Eu sou muito romântica, gosto de coisas clichês estilo filmes dos anos 80 ou livros de romance. A pessoa me encontraria na minha casa com rosas vermelhas, depois um jantar à luz de velas num lugar fantástico, champanhe, ele pediria a comida pra mim, sabendo exatamente o que eu gostaria de comer. Depois, um passeio a pé ou de charrete. No final, admiraríamos as estrelas de mãos dadas, e um beijo de despedida no portão de casa.

Augusto escuta tudo atentamente

— Só isso? — responde esperançoso.

— Sim, mas para que o senhor quer saber?

Ele se levanta e caminha, ficando frente a frente:

— Eu gosto de uma pessoa há um tempo e queria saber o que ela gostaria que eu fizesse num primeiro encontro — fica a centímetros de Laís, olhando no fundo de seus olhos, tão perto que dá pra sentir os batimentos cardíacos acelerados da morena, sentindo sua respiração.

Antes de dar o próximo passo, Arthur abre a porta.

— O que está acontecendo aqui?

— Você não sabe bater? — Augusto fala com ódio!

Arthur b**e a porta com força atrás de si

— Sei,Quem esqueceu as regras aqui e você, Laís, meu anjo, por gentileza, nos deixe a sós.

— Sim, senhor. — Ela sai apressada.

Arthur olha para o irmão com raiva, enquanto Augusto se senta no sofá.

— Você é desleal, estou respeitando o período de uma semana.

— Está? O que houve com: Eu gosto de alguém e vou desmarcar os meus compromissos da agenda roxa?

— Você está escutando atrás da porta.

— Não! Nunca… talvez só um pouco, mas não vejo problemas. Outra, eu não ia chamar “ela” pra sair, eu só...

— Ia beijá-la! Eu vi pela janela e, se eu não corresse, você ia se aproveitar da situação.

— Eu não sou você — resmunga —, Tuko! Você sabia que ela nunca namorou?

— O quê? — Ele se senta ao lado do irmão — MENTIRA! COMO ASSIM?!

— Isso que você escutou. Está esperando o amor verdadeiro.

— Ahhhh, dó. Imagina despertar desejo naquele corpo pela primeira vez!

— Ver aquele rosto ficando cada vez mais vermelho.

— Ouvir os gemidos abafados.

— Chupar aqueles mamilos cor de café.

— Apertar aquela bunda gigante.

— Sentir sua boceta apertada em volta do meu pau.

— E meter nela até gozar, implorando pra ir mais fundo.

— Gozar naquela boca carnuda.

— Arthur!

— Oi!

— É melhor a gente parar, tô ficando excitado.

— Pois é, meu pau também tá duro. Eu me sinto um adolescente de 12 anos. 

— Também!

— Preciso de alguns minutos.

— Eu também!

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