Laís volta para sua mesa nervosa, sente-se inquieta. Augusto também iria começar um relacionamento, e ela não conseguia disfarçar a insatisfação. Olha pro relógio, é quase hora do almoço, quer sair dali, precisa de um tempinho sozinha. Vai para a cobertura, deita-se na espreguiçadeira e se lembra da noite anterior, como seu corpo se sentiu à vontade dormindo ao lado de seus homens, como se sentiu feliz acordando ao lado deles, mas, pelo visto, não passaria disso.
Olhando pro céu, diz para si mesma: — Sonhos não viram realidade!
Ao final dos cinco dias, o trabalho está pronto. Laís sente a carne “desprender de seus ossos”, chega à sua casa tarde da noite, e o pai não está. Arrasta-se pelos estreitos corredores e se j**a na cama, está cansada, exausta emocional e fisicamente. Toma um banho relaxante e vai para a cama, segundos depois, adormece. Acorda no horário de costume e se arruma; em cima da mesa, um bilhete do pai dizendo que iria dormir na casa da namorada.
— Eu ainda não sei por que volto pra casa — pensa ao bater na porta do quarto da irmã.
— Allana, estou indo trabalhar. Quer carona?
— Ainda faltam três horas pra eu levantar. Se manda!
Sai de casa ainda escuro, pega o carro e vai para o escritório; ao chegar à entrada do prédio para avaliação diária da limpeza, é impedida pelos seguranças.
— Os senhores já chegaram e esperam a senhorita com urgência na presidência.
Ao abrir a porta principal, um tapete vermelho cobre todo o saguão, pilastras com rosas vermelhas espalhadas pelo local nas cores rosa e branca, suas flores favoritas. Nervosa, entra no elevador; ao lado direito do saguão, violinistas tocam sua música favorita, enquanto pétalas de rosas caem por todo o caminho até o elevador.
— O que diabos seria isso? — questiona-se.
Ao sair do elevador, os irmãos estão de pé, sorrindo pra ela.
— Gostou da surpresa? — pergunta Arthur com curiosidade
— Sim, mas estou confusa. O que significa?
— Queríamos te esperar lá embaixo, mas, mesmo suas flores favoritas tendo pouco pólen, acho que não iria aguentar — explica. Em seguida, cada um pega em uma mão, e a levam até a sala do irmão mais velho. — Precisamos conversar.
O mais velho se acomoda em sua cadeira, e o mais novo fica de pé ao seu lado.
— Seremos diretos — Augusto fala com firmeza.
— Sim, por favor. Eu vou ser mandada embora? Se for, não entendo o porquê das rosas.
— Não! — Augusto fala rápido. — É... O que acontece é que estamos interessados em você e queríamos saber se toparia sair conosco.
— Oi? — Laís dá um pequeno grito.
— Calma, Augusto não explicou direito! — Arthur diz calmamente — Bem, eu e meu irmão descobrimos recentemente que ambos estamos interessados em você, apaixonados na verdade...
Laís sente o chão se abrir.
— Como assim? Vocês só podem estar brincando comigo, né? — começa rir escandalosamente.
Os irmãos olham para ela sem entender. Depois que a morena percebe que eles não estão rindo, fita-os e diz:
— Sério? Isso é mesmo sério?
— Sim, é sério e delicado. — Augusto se sente ofendido pelas risadas da moça.
— Calma, Augusto! — Arthur se levanta e vai em direção da morena. — Olha, nos desculpe! Estamos cansados, quase não dormimos para organizar aquilo tudo lá embaixo. Estamos nervosos, pois sabemos o quanto nossa proposta é absurda. Nós a conhecemos, e o fato de só imaginar que você não aceitaria nos deixa nervosos, mas vou tentar explicar... Desde o dia da sua entrevista tenho sentimentos por você que foram aumentando com o tempo.
— Eu também — Augusto diz sorrindo. — Desculpa se fui rude, é que, nesses últimos dias, tudo ficou mais intenso, entende? Dormir com você, acordar com você... Seu cheiro é enlouquecedor, quase nos deixou loucos, sabia?
A morena fica vermelha.
— O que queríamos é que nos desse uma chance! — o mais velho esclarece.
Laís sente um nó enorme na garganta
— Como eu faria isso?
— Saindo conosco, um de cada vez, lógico! Cinco encontros para cada. Daremos tudo de nós; no final, o poder de escolha é todo seu.
Ela se levanta e anda pela sala.
— E o que seria permitido nesses encontros?
— Nisso nós não pensamos, mas sexo está totalmente fora de questão! — Augusto fala, olhando para Arthur.
— Espera o que é considerado “sexo”? — questiona o mais velho.
— Ué, tudo.
— Não concordo com isso, mão naquilo e aquilo na mão tem que ser permitido!
— Não, não e não! — Augusto b**e o pé.
— Punheta não é sexo! É preliminar! - Arthur cruza os braços
— Se toca nas partes íntimas, é lógico que é sexo!
— Se as duas partes desejarem, qual é o problema?
— Arthur, isso é um absurdo! Não, não e não!
— Se não tem penetração, não é sexo!
— Claro que é!
— Jogue no G****e!
Calada, Laís observa aquela discussão absurda do que é ou não sexo.
Arthur diz por fim:
— Vamos combinar o seguinte: pode tudo, menos penetração.
O irmão responde:
— Você vai se segurar?
— Lógico!
— Ei, é da minha vida sexual que vocês estão falando... Não é algo que o G****e vá responder!
Assustados, ambos olham para a morena.
— Novamente, nos desculpe!
— Eu preciso pensar.
— Te damos meia hora — diz Augusto.
Ela respira fundo e fala:
— Olha, isso não é trabalho, é minha vida pessoal e eu realmente preciso pensar, e meia hora não é suficiente! Não vou ser pressionada a responder algo tão importante pra mim porque vocês estão ansiosos. Isso tudo é uma loucura! Não vou dizer que não me sinto envaidecida e feliz com essa revelação. Na verdade, estou eufórica, mas não posso decidir assim!
A jovem sai da sala e corre para o terraço, deita-se na espreguiçadeira, tentando colocar seus pensamentos em ordem.
Ele sente duas presenças se deitando ao seu lado, uma de cada lado. Arthur se aconchega em seu ombro, enquanto Augusto passa a mão por sua cintura.
— Nos desculpe — Augusto fala com voz tímida. — Mas, por favor, aceite! Nós te daremos total poder de escolha, e ninguém vai te obrigar a nada!
— Eu não vou tomar essa decisão assim! Passei a vida toda esperando um sorvete de casquinha e, do nada, me aparece um sundae duplo!
— Um sundae duplo com duas bananas e quatro bolas! — Arthur diz sério, e ambos dão uma risadinha. Ela olhou feio pra ele. — Seja louca pelo menos uma vez na vida, mulher! Estamos aqui pra te segurar. — Ele deixa um beijo em seu ombro, enquanto o irmão se aconchega em seu peito.
— Sem brigas, sem intrigas, sem serem mandões e com paciência! Vocês prometem?
— “Ok” por mim! — afirma Augusto.
— Por mim, também! — concorda Arthur.
— Eu aceito. E que fique claro que eu tomo as decisões do que pode ou não pode. Agora, vamos!
Laís dá um beijo na bochecha de cada um dos chefes, levanta-se e sai.
— Ela me beijou primeiro. — Arthur fala sorrindo.
— Vamos ver quem ganha o primeiro beijo na boca!
Laís decide ir até o saguão do prédio, magicamente, as flores e o tapete vermelho haviam sumido, ela pisca duas vezes pra ter certeza de que não havia sonhado, vai então parar o estacionamento, entra no carro e coloca a cabeça no volante, sente-se a mulher de 50 tons de cinza com aquela proposta, porém não era só um bilionário atrás dela, e sim dois. Esse tipo de situação jamais passou por sua cabeça...Quer dizer, só em seus sonhos molhados. O que ela iria fazer? Certo, aceitou sair com os dois, mas e depois, o que faria?Na realidade, gostava dos dois. O telefone toca.— Onde está? — Augusto pergunta.— No estacionamento.— Volte agora! Temos trabalho a fazer.— Estou voltando. — Cadê o fofo de minutos atrás? Esse ser só pode ser bipolar — Laís pensa, saindo do carro e voltando para a presidência.Os funcionários começam a chegar. Ela pega seus gravadores e sua agenda e segue para a sala de Augusto.— Sua agenda, senhor.Ele escuta com a maior atenção, procurando os olhos dela, que
Laís chega à sua casa ainda “andando nas nuvens”. O encontro havia sido perfeito! Ela se deita na sua cama, lembrando-se dos melhores momentos. No dia seguinte, ao chegar ao trabalho, faz tudo como fazia todos os dias. Os irmãos chegam e logo vai até eles para passar as agendas. Primeiro Augusto, que sorria satisfeito pelo encontro perfeito, depois Arthur. Ao entrar na sala, seu “bom dia” foi respondido com um grunhido.— Como foi seu encontro ontem?— Bom, maravilhoso, apesar do seu esforço em atrapalhar.— Eu não quis atrapalhar, é que...— É quê...?— Você conhece meus defeitos, sinto dizer que melhor que eu mesmo, e meu irmão não tem defeitos, é o homem ideal pra você, responsável, inteligente, leal — confessa e dá um suspiro. — Eu só queria te mostrar que estou tentando de verdade.A morena sente sinceridade nas palavras do Castro mais velho.— Eu sei que está.— Eu te peço desculpas por ontem, prometo me controlar nos próximos encontros.— Tudo bem, agora, deixa eu te passar a a
Laís acorda cedo para um sábado. Ao se levantar, ouve vozes na cozinha e um cheiro inconfundível vem de lá: café fresco e pão assado. Levanta-se da cama num pulo. Finalmente seu pai estava em casa. Na mesa da sala há um pequeno banquete— Uai, tá lindo, pai!Ela corre até a cozinha e encontra uma mulher loira, por volta de trinta anos, terminando de passar o café.— Oi... Quem é você?— Você deve ser a Laís, Meu nome e Glória, muito prazer! Sou a namorada do seu pai.— Na verdade, noiva — diz Mario, entrando pela porta da cozinha.O pai não tinha costume de trazer as namoradas para casa, e aquilo era, no mínimo, inusitado.— Ah, muito prazer! Acho melhor eu me trocar. O senhor poderia ter avisado que teríamos visitas.Mario sorri.— Ela virá morar conosco em breve, não vai ser a primeira vez que vai te ver só de camisola, filha — explica e pousa um beijo na testa da filha.A campainha toca.— Vocês estão esperando alguém? — a mulher indaga.— Não! — responde Mario.Laís sai da cozinha
Augusto para o carro na porta da casa de Laís e lhe dá um leve beijo de despedida.— Nós nos vemos segunda.— Até!Ela entra em casa e vai direto para o seu quarto, seguida por sua irmã.— Que beijo foi aquele, me conta?!— Para!— Conta!— Eu tô muito ferrada!A morena se joga na cama com as mãos no rosto.— Tá, conta tudo do início.— Bom, um belo dia cheguei pra trabalhar, e os irmãos me fizeram uma proposta.— Que proposta?— Se declararam...— Os dois?— Os dois! E me pediram cinco encontros cada. No final, quem eu escolhesse, o outro aceitaria.— E você concordou.— CLARO, eu tenho uma queda pelos dois.— Uma queda só se for no precipício, você é totalmente louca pelos dois, mas continua.— Augusto me levou ao encontro mais perfeito que podia ter imaginado, e Arthur me beijou em cima da roda-gigante, enquanto fogos com as nossas iniciais explodiam no ar.— Hummm, que lindo! Ahhh! O mulherengo é fofo... Então, qual o problema?— Augusto cozinhou pra mim e... fomos ver um filme...
Laís havia avisado que iria chegar tarde na segunda-feira, precisava ir ver alguns apartamentos com a irmã. Ao chegar à sua casa no domingo, teve uma conversa séria com o pai e descobriu que a tal noiva estava grávida. Não tinha discussão, ela já estava morando na casa. Era o que faltava pra ela tomar o rumo de sua própria vida. Andaram por toda manhã, por fim, às 14h, acharam um apartamento de dois quartos, que cabia no orçamento. O imóvel era confortável e próximo ao trabalho. O prédio era simples, porém limpo e bem-localizado e, o melhor de tudo, já vinha mobiliado. Allana prometeu pagar a metade do aluguel.Laís ligou para a sua substituta, informando que não iria trabalhar hoje, e isso causou uma estranha insatisfação em Augusto.— Como assim não vem? — pensou furioso!Passa a mão no telefone, algumas vezes queria vê-la, queria beijá-la de novo, toca nos próprios lábios... Droga! Que agonia! Por que não conseguia pensar em alguma coisa, uma desculpa, qualquer coisa servia. Talve
Arthur entra no apartamento, carregando as malas de Allana, e as coloca do lado da porta, então, ele se aproxima de Laís, dando-lhe um selinho nos lábios.— Sua irmã disse que se mudavam hoje. Eu vim ajudar se não se importa.Augusto sai do banheiro só de boxer, com a toalha no pescoço.— Bem, eu já estou aqui, Arthur, pode voltar. — Augusto passa as mãos pelos ombros de Laís, puxando-a para si.O ódio no rosto de Arthur é evidente, enquanto Augusto está tranquilo e, nos lábios, traz um riso sarcástico.— Bem — diz Allana —, o bom da minha irmã ter dois namorados fortes é que não precisamos pegar nada pesado né, mana?Laís treme igual vara verde, tem medo de que os irmãos se matem por sua causa, ou pior, façam-na escolher entre eles. Entretanto, com a piadinha de Allana, consegue forças pra tentar amenizar a situação.— Então, vamos de trabalho, meninos. Augusto, se vista e traga o restante das minhas coisas. Arthur, faça o mesmo com as coisas da minha irmã, por favor! Eu vou fazer o
Laís e Arthur se agarravam dentro do carro, os vidros embaçados; os lábios dele sugam os mamilos, enquanto massageava seu clitóris. Era pra ser uma simples ida ao cinema até que ela aparecer com uma microssaia e botas. Como a chapeuzinho vermelho se arriscava a ir a um encontro com o lobo mau de microssaia e botas?Até aquele momento, ela não sabia como tinha chegado ao estacionamento de casa e, muito menos, como eles tinham passado para o banco de trás.O que aconteceu desde quando eles se encontraram na porta do cinema, as luzes se apagando, o início do filme até ali... tudo era um borrão cheio de gemidos e sussurros. Allana bate no vidro do carro.— Eu não queria interromper mas, papai está lá em cima com a noiva, chegou sem avisar. A síndica foi lá em cima reclamar duas vezes de vocês se agarrando aqui.Arthur cobre Laís com seu casaco. — Nos desculpe, Allana, é que … — diz Arthur— Por mim, está tudo bem, mas meu pai não está nada feliz lá em cima. Ou vocês encaram nosso pai e
Depois de uma noite longa e mal dormida, Laís chega ao trabalho às 6h. Entra na sala de Augusto às 7h10 e se depara com o moreno sentado junto à sua mesa, trabalhando.— Chegou cedo!— Precisava terminar umas coisas. Venha cá, senta aqui. — Ele se afasta um pouco da mesa, deixando espaço pra ela se sentar em seu colo, encostando a cabeça em seu pescoço.— Alguém pode ver a gente.— E daí? Eu sou o chefe! — diz e beija o pescoço da morena. — Seu cheiro é tão viciante, ficar longe de você é tão injusto! — Ela o sente mordendo sua orelha.— Guto... — a assistente fala em um gemido.— Shiiiii!! Fica quietinha — Augusto puxa o quadril dela para cima e pra baixo, esfregando no seu membro. — Rebola pra mim!Ela começa a mexer o quadril, sentindo a mão dele acariciando seus seios.— Sabe o que eu mais quero agora? Te deitar nessa mesa e enfiar meu pau em você até gritar meu nome.— Promessas, promessas… — a morena desliza para debaixo da mesa, abre a calça dele e passa a língua na cabecinha d