Laís decide ir até o saguão do prédio, magicamente, as flores e o tapete vermelho haviam sumido, ela pisca duas vezes pra ter certeza de que não havia sonhado, vai então parar o estacionamento, entra no carro e coloca a cabeça no volante, sente-se a mulher de 50 tons de cinza com aquela proposta, porém não era só um bilionário atrás dela, e sim dois. Esse tipo de situação jamais passou por sua cabeça...
Quer dizer, só em seus sonhos molhados. O que ela iria fazer? Certo, aceitou sair com os dois, mas e depois, o que faria?
Na realidade, gostava dos dois. O telefone toca.
— Onde está? — Augusto pergunta.
— No estacionamento.
— Volte agora! Temos trabalho a fazer.
— Estou voltando. — Cadê o fofo de minutos atrás? Esse ser só pode ser bipolar — Laís pensa, saindo do carro e voltando para a presidência.
Os funcionários começam a chegar. Ela pega seus gravadores e sua agenda e segue para a sala de Augusto.
— Sua agenda, senhor.
Ele escuta com a maior atenção, procurando os olhos dela, que desviam o olhar.
— Posso te buscar a que horas hoje?
Laís franze o cenho.
— Estamos no trabalho, senhor. Se quiser que eu aceite seu convite, ligue ou mande um e-mail depois do expediente. Não falaremos nada em horário de trabalho.
Augusto olha intrigado e sorri.
Ela volta para a sua mesa e pega a agenda de Arthur.
Segundos depois, seu telefone toca.
— Olá, lembra-se de mim? Pedi pra você sair comigo mais cedo, está ocupado?
Laís olha pela janela com a persiana aberta.
— Estou um pouco ocupada, alguém tem que trabalhar nessa empresa — ambos sorriem.
— A que horas te pego na sua casa?
— Às 20h. Isso, se eu sair do trabalho às 17h. Se meu chefe me segurar, saio mais tarde.
Augusto ri.
— Seu chefe parece muito exigente.
— Você não sabe o quanto.
— Vou falar com ele! Me passa o endereço da sua casa.
Laís fala o endereço calmamente.
— Longe hein?!
— Pois é, estou procurando apartamento aqui perto, aliás, ia ver um hoje pela manhã, mas quando estava saindo, meu chefe me chamou de volta.
— Que chefe chato!
— Pois é, também acho — afirma, e ambos sorriem. — Desliga, preciso trabalhar.
Arthur a observa pela persiana aberta, porém não é só ele, Augusto está observando de sua sala também. Segurando-se para não ter um acesso de ciúme a cada sorriso nos lábios da morena. O Castro mais velho ainda não acreditava que havia perdido o primeiro encontro num janken-pon, tinha certeza de que o irmão tinha roubado. O seu encontro seria no dia seguinte, e se certificaria de que fosse bem melhor e maior que o do irmão.
Antes de terminar sua linha de raciocínio, Laís entra em sua sala e começa a passar a agenda, como se nada tivesse acontecido. Ele a olha com curiosidade. Ao final, ela tira a agenda roxa do bolso e a chave.
— Acho que não posso mais cuidar disso.
Arthur a olha assustado.
— Como assim?
— Não quero tratar de coisas pessoais enquanto estamos trabalhando, porém essa era uma das minhas atribuições. Não quero mais cuidar da sua agenda de mulheres e nem do cofre dos presente. Tenho uma condição pra aceitar sair com você, conheço todos seus truques, eu os inventei. Nada de truques comigo ou sair com outra mulher até eu decidir com quem ficarei.
Arthur dá um grande suspiro.
— Você pediu isso a Augusto também?
Laís ri sarcasticamente.
— Ambos sabemos que ele jamais sairia com outra mulher nesse período, e, se for pra eu fazer uma escolha justa, faça como ele e seja somente meu por esses dias.
Arthur olha no fundo de seus olhos.
— Essa decisão já havia sido tomada, não sairei com outras pessoas até que você escolha. — Ele pega suas mãos e beija seus dedos.
Ela sente sinceridade em suas palavras.
— Obrigada!
Arthur olha para a agenda em cima da mesa e a j**a no lixo. Em seguida, passa por Laís, fazendo um pedido:
— Desmarque meus compromissos. Vou tirar o dia de folga.
— Sim, senhor.
O dia segue tranquilo. Às 17h, a jovem sai do escritório rumo à sua casa, pensando no que iria vestir; tudo o que tinha era roupa de trabalho, nada que a deixasse sexy ou com “cara de encontro”.
Ao chegar, vai direto para o armário da irmã, que a olha sem entender absolutamente nada quando entra.
— Privacidade não existe mais nessa casa?
— Código vermelho, emergência! Vou a um encontro, preciso de roupas!
Allana arregala os olhos.
— Com quem? Conta essa porra direito!
— Augusto Castro!
A irmã solta um berro de desespero.
— Oi? Como? Quando? Onde? Oi?
— Mana, a história é longa. Me ajuda, ele chega em 20 minutos!
— Mana, tô begeeeeee! — diz, correndo até o armário, de onde tira um barbeador novo e o entrega à irmã. — Aqui. Corre pro banheiro, toma um banho e derruba a mata atlântica!
— Pra quê?
— Uai, é um encontro, Você não quer que ele visite sua casinha desarrumada, né?
— Allana, é um primeiro encontro. Ninguém vai visitar minha casinha no PRIMEIRO encontro! Além do mais, a grama foi aparada.
— Derruba! Vai que...
Laís sorri e corre pro banheiro.
Foi uma verdadeira batalha de contorcionismo, mas, no fim, mata atlântica abatida. Em seu quarto, uma caixa de uma loja chique em cima da cama.
— Vista isso! — Allana diz sem rodeios. — Hoje serei sua fada-madrinha!
O vestido era de um vermelho cereja de alças com um decote em V, cintura acentuada e uma abertura na lateral que deixaria boa parte da sua coxa à mostra.
— Desde quando você tem vestidos de lojas chiques no armário?
— Eu sempre quis um vestido, não qualquer vestido, mas “O” vestido e, quando eu bati o olho nesse, pensei “É ESSE”! Gastei três salários inteirinhos. Veste!
— É lindo! Eu não posso aceitar.
— Pode e deve. É a sua cara!
— Eu nem sei como agradecer.
— Simples, amanhã, na hora do almoço vamos à minha loja favorita, e você me retribuiu o favor — ambas sorriem.
— Eu realmente preciso de roupas novas, amanhã tenho outro encontro.
— Opa, opa, opa. Como saímos de nenhum encontro para um encontro a cada noite?
— A história é complicada, prometo contar tudinho quando voltar. Venha, me ajuda a me arrumar!
Às 20h em ponto a campainha toca, e Allana corre pra atender.
— Boa noite! A Laís está?
Allana parece confusa.
— Só um minuto, mas eu acho que você é o irmão errado! MANA, E PRA VOCÊ!
A morena sai do seu quarto e dá de cara com Arthur em pé na sua sala.
— Eu sei que eu não deveria estar aqui — ele começa. — Eu precisava falar com você.
— Nosso encontro é amanhã. Augusto está prestes a che...
Antes de terminar a frase, a campainha toca
— Não abra agora, me escute por um segundo!
— Se vamos conversar, ele tem que estar presente, não acha?
Laís abre a porta, Augusto carrega um imenso buquê de rosas vermelhas.
— Você havia falado que um encontro perfeito começaria assim. Você está linda nesse vestido, linda não, perfeita!
Laís pega as flores.
— Obrigada pelas rosas. E sua alergia?
— Essas são sem pólen, e para garantir, tomei duas doses de antialérgico. Vamos? Nosso horário está meio apertado.
— Seu irmão… ele está aqui.
— O quê?!
O sorriso de Augusto se desfaz. O Castro mais novo entra, passando por Laís.
— O que está fazendo aqui? Não combinamos não atrapalhar o encontro do outro?!
— Eu não vim atrapalhar, só queria conversar com ela por alguns minutos.
— Pode falar — Allana responde animada.
Laís olha pra irmã com ar de reprovação.
— Mana, nos dá licença?
— Agora que tava ficando bom?!
— Agora! — os três falam de uma só vez.
A irmã sai contrariada
— Então, pode falar, mas seja rápido — Laís fala, obviamente constrangida.
— Anjo, passei a tarde conversando com cada uma das "vítimas", ops! Com cada uma das moças que existia na agenda roxa, pedi desculpas e disse pra não me procurassem porque eu havia achado alguém que dá sentido à minha vida.
Os olhos de Laís brilham, e ela sente borboletas de fogo voarem por seu estômago.
— Bom, agora acho melhor você ir — a morena diz, interrompendo o contato visual.
Augusto nota o envolvimento entre Laís e o irmão.
— Acho que eu estou sobrando aqui. — E sai pela porta.
Laís não pensa duas vezes e vai atrás de Augusto.
— Espera... Augusto..., por favor! — Ela o abraça pelas costas. — Por favor, não vai.
Arthur vem logo atrás e observa a cena.
— Eu preciso que vocês entrem em um acordo, nada de visitas surpresas, nada de ataque de ciúmes, cada um respeitará o encontro do outro. — Ela olha para Arthur. — Obrigada por suas palavras, mas acho que já pode ir. — Pega Augusto pela mão e ambos entram limosine.
Arthur fica ali, parado.
— Não é que ele ganhou o primeiro abraço! — diz rindo pra si mesmo.
Dentro do automóvel, Augusto está carrancudo e mal-humorado.
— Se for pra você ficar com essa cara, eu desço do carro e volto pra casa.
— Não! — ele fala rápido. — Me desculpe, é que ele poderia ter esperado até amanhã pra te dizer essas coisas no encontro dele. Parece sabotagem.
— Agora, você está sabotando. — Laís morde os lábios. — Ele não teve a intenção, só está nervoso.
— Amanhã, eu poderei ficar nervoso, então, posso atrapalhar o encontro de vocês?
— Não foi isso que eu quis dizer. Ele sabe que você tem uma vantagem.
— Tenho?
— Tem!
— Qual?
— Você não tem uma agenda roxa.
— Ponto pra mim então — ri.
A limosine para em um pequeno heliporto.
— Para onde vamos?
— Surpresa!
Durante toda viagem de helicóptero, Laís segura firme o braço de Augusto, enquanto ele faz carinho em suas pequenas mãos. Em menos de uma hora e meia chegam à ilha Vermelha/Paraty.
O heliporto fica no meio de um pequeno campo. O homem a ajuda a tirar os sapatos para seguir pelo caminho de areia até a praia. O lugar está todo iluminado com tochas e uma mesa sozinha reina no cenário paradisíaco.
— Bem-vinda à Ilha Vermelha de Paraty!
— Ilha Vermelha?
— Tem esse nome por conta das algas marinhas que há aqui nessa encosta.
O garçom indica seus lugares e, sem que o Alfa fale uma palavra, chega uma garrafa de champanhe.
— Gostou?
— Amei!
— É clichê o suficiente para um primeiro encontro?
Laís fica vermelha ao lembrar que aquilo tudo havia saído de seus lábios.
— Sim, é! Quando você me perguntou aquilo, eu jamais iria imaginar que a pessoa era eu.
— Por quê?
— Você sempre foi...
— Sério? Seco? Sem coração?
— Eu não disse isso!!! — diz, envergonhada.
— Relaxa, escuto essas coisas desde sempre! Nunca fui simpático ou afável como Tuko, nunca fui fofo.
— Eu te acho muito fofo, não é qualquer um que tem um Lulu da Pomerânia tão bem-cuidado.
— Então você conheceu meu pequeno monstrinho? Fui comprar comida para os peixes e ele estava sozinho na vitrine, não resisti, mas não se engane com aqueles olhinhos, ele é um excelente cão de guarda, um verdadeiro predador — riem. — Sério, ele morde!
— Nunca imaginei que você fizesse pequenas compras.
— Sim, faço! Gosto dessas coisas de casa. Quando tenho tempo, prefiro cozinhar.
— No próximo encontro, você poderia cozinhar pra mim!
— Sério! Na minha casa? Eu acho que, além da minha família, nunca recebi alguém na minha casa.
— Me diga, por que as carpas?
— Nossa! Eu as tenho faz muito tempo. Meu pai me deu uma carpa negra quando eu era pequeno e me contou uma antiga lenda chinesa que dizia que, se uma carpa atravessasse o rio Huang Ho — o rio amarelo — e subisse a cachoeira, chegando lá em cima viraria um dragão. Por isso, sigo essa filosofia. Se eu trabalhar muito, me esforçar, um dia conseguirei ir além dos seus sonhos.
— Sua família tem descendência asiática?
— Pensei que meu rosto já era denúncia o suficiente. A família do meu pai tem. Eles vivem em um mundinho fechado, mas meus pais não, meu pai, quando se casou, ficou longe dos dogmas. Amo meus avós, mas, pela minha mãe, ficamos longe. É complicado explicar.
O garçom traz o prato de massas com frutos do mar para ela e bife para ele.
— Como você sabia que eu amava frutos do mar?
— Sabendo! — O homem jamais confessaria que ficou stalkeado até descobrir.
O jantar corre animado, ao final, ele a puxa pela mão a levando para praia.
— Para onde vamos? — a jovem pergunta.
— As estrelas... Você não disse que o final de um encontro perfeito seria observando as estrelas?
— Sim, eu disse.
— Só falta uma coisa. — O céu está estrelado, e, entre sorrisos e abraços, Augusto pousa um beijo casto nos lábios de Laís.
Laís chega à sua casa ainda “andando nas nuvens”. O encontro havia sido perfeito! Ela se deita na sua cama, lembrando-se dos melhores momentos. No dia seguinte, ao chegar ao trabalho, faz tudo como fazia todos os dias. Os irmãos chegam e logo vai até eles para passar as agendas. Primeiro Augusto, que sorria satisfeito pelo encontro perfeito, depois Arthur. Ao entrar na sala, seu “bom dia” foi respondido com um grunhido.— Como foi seu encontro ontem?— Bom, maravilhoso, apesar do seu esforço em atrapalhar.— Eu não quis atrapalhar, é que...— É quê...?— Você conhece meus defeitos, sinto dizer que melhor que eu mesmo, e meu irmão não tem defeitos, é o homem ideal pra você, responsável, inteligente, leal — confessa e dá um suspiro. — Eu só queria te mostrar que estou tentando de verdade.A morena sente sinceridade nas palavras do Castro mais velho.— Eu sei que está.— Eu te peço desculpas por ontem, prometo me controlar nos próximos encontros.— Tudo bem, agora, deixa eu te passar a a
Laís acorda cedo para um sábado. Ao se levantar, ouve vozes na cozinha e um cheiro inconfundível vem de lá: café fresco e pão assado. Levanta-se da cama num pulo. Finalmente seu pai estava em casa. Na mesa da sala há um pequeno banquete— Uai, tá lindo, pai!Ela corre até a cozinha e encontra uma mulher loira, por volta de trinta anos, terminando de passar o café.— Oi... Quem é você?— Você deve ser a Laís, Meu nome e Glória, muito prazer! Sou a namorada do seu pai.— Na verdade, noiva — diz Mario, entrando pela porta da cozinha.O pai não tinha costume de trazer as namoradas para casa, e aquilo era, no mínimo, inusitado.— Ah, muito prazer! Acho melhor eu me trocar. O senhor poderia ter avisado que teríamos visitas.Mario sorri.— Ela virá morar conosco em breve, não vai ser a primeira vez que vai te ver só de camisola, filha — explica e pousa um beijo na testa da filha.A campainha toca.— Vocês estão esperando alguém? — a mulher indaga.— Não! — responde Mario.Laís sai da cozinha
Augusto para o carro na porta da casa de Laís e lhe dá um leve beijo de despedida.— Nós nos vemos segunda.— Até!Ela entra em casa e vai direto para o seu quarto, seguida por sua irmã.— Que beijo foi aquele, me conta?!— Para!— Conta!— Eu tô muito ferrada!A morena se joga na cama com as mãos no rosto.— Tá, conta tudo do início.— Bom, um belo dia cheguei pra trabalhar, e os irmãos me fizeram uma proposta.— Que proposta?— Se declararam...— Os dois?— Os dois! E me pediram cinco encontros cada. No final, quem eu escolhesse, o outro aceitaria.— E você concordou.— CLARO, eu tenho uma queda pelos dois.— Uma queda só se for no precipício, você é totalmente louca pelos dois, mas continua.— Augusto me levou ao encontro mais perfeito que podia ter imaginado, e Arthur me beijou em cima da roda-gigante, enquanto fogos com as nossas iniciais explodiam no ar.— Hummm, que lindo! Ahhh! O mulherengo é fofo... Então, qual o problema?— Augusto cozinhou pra mim e... fomos ver um filme...
Laís havia avisado que iria chegar tarde na segunda-feira, precisava ir ver alguns apartamentos com a irmã. Ao chegar à sua casa no domingo, teve uma conversa séria com o pai e descobriu que a tal noiva estava grávida. Não tinha discussão, ela já estava morando na casa. Era o que faltava pra ela tomar o rumo de sua própria vida. Andaram por toda manhã, por fim, às 14h, acharam um apartamento de dois quartos, que cabia no orçamento. O imóvel era confortável e próximo ao trabalho. O prédio era simples, porém limpo e bem-localizado e, o melhor de tudo, já vinha mobiliado. Allana prometeu pagar a metade do aluguel.Laís ligou para a sua substituta, informando que não iria trabalhar hoje, e isso causou uma estranha insatisfação em Augusto.— Como assim não vem? — pensou furioso!Passa a mão no telefone, algumas vezes queria vê-la, queria beijá-la de novo, toca nos próprios lábios... Droga! Que agonia! Por que não conseguia pensar em alguma coisa, uma desculpa, qualquer coisa servia. Talve
Arthur entra no apartamento, carregando as malas de Allana, e as coloca do lado da porta, então, ele se aproxima de Laís, dando-lhe um selinho nos lábios.— Sua irmã disse que se mudavam hoje. Eu vim ajudar se não se importa.Augusto sai do banheiro só de boxer, com a toalha no pescoço.— Bem, eu já estou aqui, Arthur, pode voltar. — Augusto passa as mãos pelos ombros de Laís, puxando-a para si.O ódio no rosto de Arthur é evidente, enquanto Augusto está tranquilo e, nos lábios, traz um riso sarcástico.— Bem — diz Allana —, o bom da minha irmã ter dois namorados fortes é que não precisamos pegar nada pesado né, mana?Laís treme igual vara verde, tem medo de que os irmãos se matem por sua causa, ou pior, façam-na escolher entre eles. Entretanto, com a piadinha de Allana, consegue forças pra tentar amenizar a situação.— Então, vamos de trabalho, meninos. Augusto, se vista e traga o restante das minhas coisas. Arthur, faça o mesmo com as coisas da minha irmã, por favor! Eu vou fazer o
Laís e Arthur se agarravam dentro do carro, os vidros embaçados; os lábios dele sugam os mamilos, enquanto massageava seu clitóris. Era pra ser uma simples ida ao cinema até que ela aparecer com uma microssaia e botas. Como a chapeuzinho vermelho se arriscava a ir a um encontro com o lobo mau de microssaia e botas?Até aquele momento, ela não sabia como tinha chegado ao estacionamento de casa e, muito menos, como eles tinham passado para o banco de trás.O que aconteceu desde quando eles se encontraram na porta do cinema, as luzes se apagando, o início do filme até ali... tudo era um borrão cheio de gemidos e sussurros. Allana bate no vidro do carro.— Eu não queria interromper mas, papai está lá em cima com a noiva, chegou sem avisar. A síndica foi lá em cima reclamar duas vezes de vocês se agarrando aqui.Arthur cobre Laís com seu casaco. — Nos desculpe, Allana, é que … — diz Arthur— Por mim, está tudo bem, mas meu pai não está nada feliz lá em cima. Ou vocês encaram nosso pai e
Depois de uma noite longa e mal dormida, Laís chega ao trabalho às 6h. Entra na sala de Augusto às 7h10 e se depara com o moreno sentado junto à sua mesa, trabalhando.— Chegou cedo!— Precisava terminar umas coisas. Venha cá, senta aqui. — Ele se afasta um pouco da mesa, deixando espaço pra ela se sentar em seu colo, encostando a cabeça em seu pescoço.— Alguém pode ver a gente.— E daí? Eu sou o chefe! — diz e beija o pescoço da morena. — Seu cheiro é tão viciante, ficar longe de você é tão injusto! — Ela o sente mordendo sua orelha.— Guto... — a assistente fala em um gemido.— Shiiiii!! Fica quietinha — Augusto puxa o quadril dela para cima e pra baixo, esfregando no seu membro. — Rebola pra mim!Ela começa a mexer o quadril, sentindo a mão dele acariciando seus seios.— Sabe o que eu mais quero agora? Te deitar nessa mesa e enfiar meu pau em você até gritar meu nome.— Promessas, promessas… — a morena desliza para debaixo da mesa, abre a calça dele e passa a língua na cabecinha d
Arthur a pega no colo e a leva para a cama com cuidado.Ela se ajeita entre os travesseiros, e os três se entregam a paixão pela primeira vez.No dia seguinte, Laís acorda sem ter noção de tempo ou espaço. Seu corpo, sua cabeça... tudo dói. Ao abrir os olhos, o quarto parece um cenário de guerra, e, ao seu lado, dois soldados abatidos dormem feito anjos caídos.A jovem sente dificuldades para sair da cama, não conseguindo ficar em pé, pois suas pernas não obedecem. Ela se sente tonta, confusa, nervosa.As imagens confusas sobre a noite anterior pairam por sua cabeça.Ora dela com Arthur, ora dela com Augusto... Ora dela com os dois. Um arrepio frio cruza sua espinha!— Meu Deus! Perdi minha virgindade numa dupla penetração!!!As lágrimas rolam pelo seu rosto.Augusto acorda e a abraça.— O que foi Baby, nós te machucamos?Ela enterra a cabeça no ombro do moreno, que beija seus cabelos com carinho.— Não consigo me levantar, minhas pernas estão tremendo! Tudo dói!O homem leva Laís até