Na mansão da família Cooper, o clima é de constante tensão desde que Ava Brown se casou com Bryan durante uma viagem de negócios de Benjamin Cooper, o patriarca. Inteligente e decidida, Ava não está disposta a ceder o controle para o sogro, enquanto Benjamin, perspicaz e sedutor, acredita que seu filho cometeu um grave erro ao escolher Ava como esposa. No entanto, o que Benjamin não sabe é que o casamento é apenas uma fachada, um acordo entre Ava e Bryan. Em meio a provocações e desavenças, segredos do passado retornam para assombrá-los. E uma decisão impensada em uma noite de tensão pode mudar o destino de todos para sempre.
Ler maisAva Brown √ O clima na sala estava tão pesado que dava para cortar com uma faca, mas, sinceramente? Eu estava me divertindo muito mais do que deveria.- Athena iria adorar isso. - digo, sorrindo com uma calma irritante, enquanto tomo um gole de vinho direto da taça de Ben, já que ele parecia ter esquecido de encher a minha. - Eu deveria tê-la convidado para esse circo, se soubesse que você viria, Olivia... ops, Louise. - o sarcasmo escorre de cada palavra. - Teria trazido todo o elenco de palhaços para completar esse espetáculo. Afinal, você decidiu abrir a caixa de Pandora ao voltar para a vida de Bryan depois de tantos anos. Mas me diga, você contou a ele a verdade sobre por que foi embora? Ou preferiu reciclar aquela história patética que tentou me vender no meu escritório?- JÁ CHEGA, AVA! - Bryan explodiu, socando a mesa com tanta força que quase fez os copos saltarem. Seu olhar me fuzilava com puro ódio. - QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA ACUSAR MINHA MÃE, QUANDO VOCÊ MESMA SE DEITOU
Oiie humanos, tudo bem com vocês ? Passando só para avisar que sim... Nós estamos chegando a reta final do livro. Mas ainda tem muita coisa para acontecer, então, sem mais delongas. Vamos ao capítulo. Boa leitura 😊Ava Brown ✓ A mesa de jantar estava impecavelmente posta, mas o clima era tudo menos agradável. O que deveria ser um jantar em família mais parecia um julgamento silencioso. Escolhi não me sentar próxima a Benjamin, muito menos a Bryan. A tensão no ar era quase palpável, e eu não queria me ver forçada a tomar partido de nada.Optei por me acomodar ao lado de Kira, que, graças aos céus, parecia alheia à atmosfera pesada ao nosso redor. O pequeno goblin tagarelava sem parar, transbordando animação ao falar sobre a escola e os materiais que havia ganhado. Ela descrevia, com detalhes vívidos, o grande unicórnio rosa que o tio Ben lhe comprara no shopping naquela semana.Era impossível não sorrir ao vê-la assim. O sorriso de Kira tinha o poder de iluminar qualquer ambiente,
Narradora √ Ava estacionou o carro na garagem da mansão, desligando o motor enquanto lançava um olhar para o banco de trás. Luna e Nébula estavam em pura agitação, os rabos abanando tão rápido que poderiam gerar energia para a casa inteira. Ela riu, já sabendo o motivo. Fazia semanas que as duas não viam Kira, e, se conhecia bem a garota, ela também deveria estar enlouquecendo de saudades.Assim que desceu do carro, Ava abriu a porta traseira, e as duas cadelas praticamente pularam para fora como se fossem foguetes. Luna e Nébula se colocaram ao lado dela, cheias de energia, esperando algum comando como se fossem recrutas em treinamento.— Certo, meninas, vamos causar. — Ava brincou, caminhando para dentro da mansão, com as duas sombras caninas ao seu lado.Mal havia colocado o pé na sala quando um pequeno furacão de cabelos escuros veio correndo em sua direção, agarrando-se às suas pernas com toda força.— Tiiiiiaaaaa! — gritou Kira, com a voz carregada de alegria.— Oi, minha peque
Narradora. √Os primeiros raios de sol invadiram o quarto naquela manhã de sexta-feira. Ava se aconchegou ainda mais contra o peito de Benjamin, que, por sua vez, a puxou para mais perto, como se tentasse se fundir a ela. Ambos pareciam temer que, ao despertar, aquele momento fosse apenas um sonho — ou, no caso de Benjamin, um pesadelo, já que acordar sem Ava era algo que ele preferia nunca enfrentar.Algumas horas se passaram antes de Ava ser despertada por uma série de beijos suaves que Benjamin distribuía em seu rosto. Ela abriu os olhos devagar, encontrando um café da manhã digno de filme, cuidadosamente montado na bandeja. Ele até incluíra uma flor e um verso escrito à mão, como se quisesse provar que o romantismo à moda antiga ainda vivia nele.— Está tentando me mimar de propósito? — ela perguntou, sorrindo enquanto se sentava na cama, ajeitando os cabelos.— Apenas fazendo o mínimo por quem amo. — Benjamin respondeu, divertido, enquanto segurava uma torrada com geleia e a leva
Narradora ✓ Ava suspirou, derrotada. Era impossível lutar contra Benjamin quando ele decidia ser aquele tipo de homem: atencioso, gentil e absurdamente teimoso. Ela balançou a cabeça, caminhando de volta para o sofá enquanto ele desaparecia pelo corredor em direção ao banheiro.Luna e Nébula aproveitaram a deixa, subindo no sofá ao lado dela, quase como se dissessem que também estavam ali para cuidar dela. Ava sorriu, acariciando as cabeças das duas, mas o peso do dia ainda a puxava para baixo, como uma âncora presa a seus pensamentos.Pouco tempo depois, o som da água correndo chegou até ela, seguido pelo perfume sutil do sabonete que Benjamin conhecia tão bem. Ele realmente havia assumido o controle, e, por mais que ela quisesse se irritar com isso, tudo o que sentia era uma estranha sensação de alívio.Quando ele voltou à sala, trazia um ar de missão cumprida.— O banho está pronto. Água na temperatura perfeita. — Ele parou, observando-a com um olhar que misturava carinho e determ
Narradora ✓ Estudos indicam que, desde os tempos mais primitivos, as mulheres exercem um certo poder sobre os homens. Talvez fosse algo instintivo, talvez algo genético, mas o fato é que, em qualquer época, mulheres parecem ter um talento natural para desestabilizar aqueles que tentam entendê-las.Claro, nem todas foram agraciadas com o privilégio de serem cortejadas como as heroínas de romances clássicos. Ainda assim, bastava um olhar ou um gesto para mudar o rumo de muitas batalhas – e vidas. Séculos se passaram, e a essência permaneceu a mesma. Cada mulher, com suas características únicas, tinha o dom de encantar, conquistar ou enlouquecer um homem.E Ava Brown era a prova viva disso.Ela tinha Benjamin Cooper nas mãos. Ele sabia disso, ela sabia disso, e, ao que tudo indicava, todos ao redor também. Ava, sem dúvida, era uma especialista em usar o silêncio como arma. E essa última semana tinha sido o inferno particular de Benjamin, que sentia sua vida virando de cabeça para baixo.
Ava Brown ✓ — Olivia? — As palavras saem de mim sem querer, quase como um sussurro, mas com toda a incredulidade que sinto.Ela sorri, aquele sorriso materno que um dia foi um conforto e agora, bem, agora parece tão falso. Louise. Ou Olivia. Não importa mais, porque o que importa é o que ela faz a seguir. Ela vem até mim e me abraça como se nada estivesse errado, como se o meu mundo não estivesse prestes a virar de ponta cabeça novamente. — Ava, querida, como você está? — Ela diz com uma suavidade quase estranha, apertando-me contra seu corpo. — Como você está linda, veja quão pequeno é esse mundo. Quem imaginaria que você se casaria com meu filho? — Ela se afasta um pouco, mas ainda segura meus ombros com aquela familiaridade perturbadora. — Fico tão feliz que tenha superado tudo, que tenha se curado e se transformado nessa mulher maravilhosa.Meu corpo reage involuntariamente a cada palavra, mas não permito que o turbilhão que se passa dentro de mim transborde. Em vez disso, me so
Ava Brown ✓ Eu ouvi tudo.A ligação veio do nada. Estranhei quando vi o nome de Bryan piscando na tela, e mais ainda quando atendi e fui recebida por um silêncio opressor. Por alguns segundos, achei que era um engano. Mas, então, vozes começaram a surgir do outro lado da linha.Era ele e Benjamin. Uma conversa acalorada, repleta de mágoa e frustrações.Meu coração acelerou quando ouvi Benjamin dizer, sem hesitação, que me amava. As palavras aqueceram meu peito, mesmo que não fossem para mim, mesmo que tivessem sido ditas apenas para defender o que temos. Mas a intensidade do momento foi cortada por algo mais frio, mais cruel: Bryan deu um ultimato ao próprio pai.Fazer Benjamin escolher entre mim e ele... Era um golpe baixo, desleal. Um peso enorme caiu sobre mim.As vozes silenciaram, mas a ligação continuou ativa. Permaneci ali, imóvel no meio do quarto, o celular colado ao ouvido, a respiração presa no peito. Então, ouvi Bryan chamar meu nome.— Ava... — Sua voz estava carregada d
Ava Brown ✓ Permaneço deitada em minha cama, com os olhos fixos no teto escuro. Lá fora, a noite já havia caído, e o silêncio do apartamento parecia amplificar a tempestade dentro de mim. Tudo estava quieto, mas meus pensamentos? Esses não paravam de se mover, se entrelaçando, me consumindo em uma espiral interminável de reflexões. A visita de Savannah ainda martelava em minha cabeça. Não, eu não gostei nem um pouco de ter ela invadido meu espaço. A pergunta que mais me martelava era como diabos ela conseguiu meu novo endereço. E, pior ainda, quem foi o idiota que a deixou subir?Mas, se eu for honesta – o que raramente sou – devo admitir que, apesar de tudo, a visita de Savannah teve algum propósito. Para o futuro. O meu futuro. O futuro do meu relacionamento com Benjamin, se é que posso chamá-lo assim. Quando me casei com Bryan, já sabia que seu pai era um dos viúvos mais cobiçados do país, mas eu realmente não fazia ideia do que isso significaria para mim. Eu mal sabia quem Benja