Ava BROWN ✓ Quando o avião finalmente deu o sinal de que estávamos chegando à altura correta, a adrenalina começou a crescer em todos nós. O instrutor se aproximou para verificar os equipamentos e, em seguida, foi hora de ir para a porta. Eu estava com um sorriso no rosto, com uma excitação crescente. Benjamin, ao meu lado, ainda estava tentando disfarçar seu medo, mas seus olhos não mentiam. Ele estava completamente em pânico.— Pronto? — perguntei, apertando sua mão.— Não, não estou pronto.Mas, antes que ele pudesse protestar mais, o instrutor abriu a porta do avião. O vento bateu forte contra nosso rosto e o som do vento preencheu todo o espaço. Benjamin olhou para mim, e eu sabia o que ele estava pensando: "Eu realmente vou fazer isso?"Eu apenas sorri e, sem dar tempo para ele mudar de ideia, puxei sua mão.— Vamos, Benjamin! Agora!O momento parecia uma eternidade, mas a sensação da queda livre foi pura adrenalina. O céu ao nosso redor parecia infinito, o vento cortava nosso
Narradora ✓ Dois anos depois. O sol estava começando a se pôr no horizonte, tingindo o céu de cores quentes e mágicas, como um quadro pintado por um artista inspirado. As ondas do oceano batiam suavemente nas areias brancas da praia, criando um som tranquilo e envolvente. O Havaí, com sua beleza deslumbrante e sua energia única, era o cenário perfeito para o casamento de Bryan e Juliana. Uma cerimônia que refletia não apenas o amor deles, mas também o novo capítulo de suas vidas, unidos pela cultura, pela natureza e pelo carinho que tinham um pelo outro.A cerimônia era simples, mas incrivelmente significativa. O altar era decorado com flores tropicais, folhas verdes vibrantes e conchas do mar, em uma homenagem ao local que escolhiam para celebrar a vida a dois. As cadeiras para os convidados estavam dispostas ao longo da praia, com os pés na areia fina, cercadas por tochas acesas que lançavam uma luz suave sobre os rostos sorridentes de todos os presentes. Era um ambiente descontra
Ava Brown✓ 10 anos depois.É impossível não olhar para trás e ver como o tempo passou voando. Como tudo mudou em um piscar de olhos. Já fazem mais de quinze anos desde a primeira vez que pisei na mansão Cooper, mais de quinze anos desde que minha vida virou de ponta-cabeça e tudo ao meu redor se transformou. Como uma tempestade inesperada, os ventos da vida mudaram o curso dos meus planos, e, céus, quem quer que tenha escrito esse futuro, eu não poderia estar mais agradecida.Os anos que se seguiram a aquele momento não foram apenas bons. Foram incríveis. Cada capítulo da nossa história foi repleto de momentos especiais, de viagens, risos e muito humor. Ao lado de Benjamin, construímos uma família que eu jamais pensei que teria. Uma família sólida, de verdade, com laços inquebráveis que só cresceram com o tempo. E pensar que tudo isso começou de forma tão simples, com um contrato... Que ironia, não?Eu nunca poderia imaginar que minha vida seria tão completa quanto é agora. A B.A Glo
"Na busca pelo paraíso nos olhos de um anjo, a condenação de minha alma se tornou um preço justo a pagar."Narradora √O sol já começava a se pôr, tingindo o céu com tons de laranja e rosa, criando uma atmosfera mágica sobre os vastos terrenos da Mansão Cooper. As árvores centenárias balançavam suavemente com a brisa do entardecer, enquanto flores de diversas cores adornavam o caminho que levava ao altar. O som das folhas se misturava ao murmúrio dos convidados, todos em expectativa pelo início da cerimônia.Ava Brown, de pé ao lado de Bryan Cooper, sentia o olhar curioso e avaliador dos presentes. Ela estava deslumbrante em um vestido de renda delicada, que abraçava suas curvas e destacava a tatuagem de fênix em seu ombro. Seus olhos, agora mais escuros graças à mudança de cor do cabelo, estavam fixos no padre, que se preparava para começar o discurso.— Estamos aqui reunidos para celebrar a união de Bryan e Ava — começou o padre, sua voz ecoando suavemente pelo jardim. — Em meio a e
Ava Bronw √ Jogo-me na enorme cama queen, extremamente macia, e sinto meu corpo relaxar em meio aos lençóis caros, mesmo com o tecido pesado e incômodo do vestido. — Até que enfim. — digo, aliviada, por todo aquele teatro ter acabado. Não via a hora de parar de sorrir como uma boba apaixonada. E desde quando tenho tantos parentes? Talvez noventa por cento das pessoas que estavam na festa de casamento, para não dizer todas, eram desconhecidas para mim. Com exceção de meus pais e Catherine, minha prima/irmã, as outras pessoas foram convidadas apenas para fazer volume. Ouço batidas na porta do meu quarto, que logo é aberta, revelando Bryan, que traz consigo duas taças e uma garrafa de espumante. Ele me entrega uma taça, enchendo-a até a borda, e faz o mesmo com a que segurava. — Um brinde, por conseguirmos sustentar essa farsa e aturar tanta gente chata ao mesmo tempo. — diz ele com sarcasmo, deixando a taça de lado e bebendo diretamente do gargalo da garrafa. Se eu pudesse d
Ava Brown ✓ Desço as escadas de malas prontas. Passam das 22h40 da noite, e meu voo sai por volta das 03h30 da manhã. Contudo, Bryan e eu voaremos no jato da minha família até o aeroporto de Buffalo, onde pegaremos voos separados para nossos respectivos destinos.Deixo minhas malas na sala de estar e caminho pelos corredores da mansão, em busca de meu suposto marido, que já deveria estar aqui. Cozinha, sala de estar, quartos, escritório, piscina, jardins... nada. Nenhum sinal de Bryan. Onde aquele imbecil foi?Sigo até a garagem e percebo que um dos carros havia sumido. Ótimo, ele foi para o aeroporto sem mim. Será que pareceria suspeito ficar viúva menos de 24 horas depois de me casar com o herdeiro da maior petrolífera da América?Caminho até a saída principal, onde dois seguranças guardavam o portão. Ambos notam minha presença e assumem rapidamente uma postura mais rígida e formal, me fazendo erguer as sobrancelhas em descrença.— Senhora Cooper, a senhora está precisando de algo?
Benjamim Cooper ✓Quatorze horas... Quatorze horas de um voo que, em média, duraria algo entre sete e oito horas acabaram se estendendo para quatorze devido a uma maldita escala em Paris. Eu não precisava estar em Paris, precisava apenas retornar a Nova York para tentar, mais uma vez, limpar o nome da família. Meu filho, novamente, fez o favor de jogar tudo na lama ao dirigir bêbado e colidir um dos carros mais caros da mansão contra um maldito caminhão.Não acredito que dei dezoito milhões de dólares em um carro de colecionador para que Bryan simplesmente achasse que seria legal passear com ele pelas ruas de Nova York, ainda por cima bêbado. Desde criança, sempre fui um fã de carros de luxo, um gosto que herdei do meu pai. Atualmente, tenho uma pequena coleção avaliada em cerca de 250 milhões de dólares, com alguns exemplares custando mais de dez milhões por serem unidades limitadas. Geralmente, minha coleção fica na mansão que possuo nas montanhas de Adirondacks, uma propriedade ext
Ava Brown √ _____________ Como se já não bastasse estar nesse maldito hospital há quase vinte e quatro horas, ainda aparece o meu sogro, um verdadeiro idiota, invadindo o quarto de Bryan e começando a me insultar como se aquela fosse a recepção mais calorosa do mundo. Eu admito, não estou no meu melhor estado. Afinal, estou aqui desde as quatro da manhã do dia anterior. Nem consegui ir em casa para trocar de roupa. Tive que pedir à Catherine para alimentar meus cães, que deveriam ter sido levados para a mansão antes do casamento. Mas como tudo estava uma verdadeira loucura, optei por deixá-los no meu apartamento até ontem, quando iriam para um hotel para pets até meu retorno da Escócia. Com o acidente inesperado de Bryan, tudo se tornou uma bagunça tremenda, e eu nem tive tempo de verificar como eles estavam. Segundo Catherine, meu apartamento estava de cabeça para baixo e os cães fizeram a festa no meu sofá novo. Bem, não tenho do que reclamar. É um preço baixo a pagar pela minha