Clare Vallence não era o tipo de pessoa que entrava em um relacionamento fadado ao fracasso, mas quando se tratava de Marcelus Moreau, ela simplesmente não conseguia resistir; e por isso ela fugiu de Londres para a França, mas… não parava por aí. Ele era um playboy, galinha e nitidamente sem salvação, — mas era completamente sedutor e quando as mãos dele tocavam seu corpo, Clare perdia a razão e o bom senso, e se entregava de corpo e alma para ele. Então como diabos ela vai lidar com o fato de ter sido envolvida em uma trama onde se tornou a “noiva” de Marcelus e precisa estar com ele… 24 horas?
Ler maisCapítulo 140Marcelus MoreauInglaterra | 29 de MaioEu podia sentir o peso do olhar do meu pai enquanto ele nos observava, sua expressão séria e a postura rígida, como se estivesse pronto para nos julgar a qualquer segundo. Eu sabia que ele estava aqui para testar, avaliar se o que Clare e eu tínhamos era real ou não. Isso era típico do Mario Marini: ele nunca confiava na palavra de ninguém, nem mesmo na do próprio filho. Tudo precisava ser confirmado, validado, e, nesse caso, o relacionamento que Clare e eu construímos estava em jogo.Eu respirei fundo e apertei a mão de Clare levemente, sentindo o calor da pele dela como uma âncora para me manter no presente. Dessa vez, não havia mais encenação. Não era um jogo, nem uma jogada para enganar o velho Marini — era a verdade.Eu levantei meu olhar para ele, o brilho de desafio ainda presente, mas, desta vez, com algo mais por trás. Determinação. Eu sabia o que queria, e, pela primeira vez, estava pronto para dizer isso em voz alta.— Se
Capítulo 139Mario MariniInglaterra | 29 de MaioEu cheguei na Inglaterra irritado. Já estava mal-humorado desde o momento em que o avião aterrissou, e o fato de que Marcelus sequer se deu ao trabalho de me receber no aeroporto só aumentou meu desgosto. Filho da mãe. Eu sabia que Marcelus nunca foi o tipo de homem para grandes demonstrações de respeito, mas porra… eu sou o pai dele! Poderia pelo menos ter aparecido, dado as caras, mas não. Lá estava eu, em Londres, depois de cruzar metade da Europa, e ele sequer se incomodou.— Eu conheço o filho que tenho, — murmurei para mim mesmo, enquanto o carro me levava em direção ao hotel.Eu sabia que Marcelus sempre teve o hábito de fazer as coisas à sua maneira, sem seguir as normas, as regras ou qualquer convenção social que o incomodasse. Ele tinha o talento para ser tanto brilhante quanto um completo idiota. E era exatamente por isso que eu estava aqui, na Inglaterra, lidando com toda essa merda. Não podia deixar que uma confusão entr
Capítulo 138Vincenzo MariniInglaterra | 28 de MaioEu estava no escritório, observando as pilhas de papeis que pareciam se acumular sem fim. Meu pai, estava a caminho da Inglaterra, lidando com mais uma das confusões sentimentais de Marcelus. Era impressionante como meu irmão conseguia complicar as coisas de um jeito que eu nunca imaginaria. Relacionamentos nunca foram o ponto forte dele, muito menos as questões emocionais. E agora, aqui estava eu, deixando tudo em ordem na Itália enquanto ele corria atrás de Clare e tentava consertar o caos que ele mesmo criou, por conta da lerdeza dele.Com o meu pai fora do país, a responsabilidade recaiu sobre mim. Sempre fui o mais discreto, o mais metódico. E isso, na maioria das vezes, era exatamente o que mantinha as coisas funcionando. Marcelus era o impulsivo, o que arranjava confusão e, às vezes, soluções inesperadas. Eu, por outro lado, era aquele que mantinha as engrenagens rodando, garantindo que o nome dos Marini permanecesse forte e
Capítulo 137Mario MariniInglaterra | 28 de MaioEu nunca fui o tipo de homem que gostava de se meter em assuntos pessoais dos outros, especialmente nos de meu filho. Romances e dramas sentimentais? Sempre os vi como distrações que desviam daquilo que realmente importa — poder, controle, legado. Mas agora, aqui estou eu, em pleno voo para a Inglaterra, graças a um boato que Iris fez questão de gritar na frente de todos os homens da família. Ela o fez de propósito, isso é claro para mim. E, embora eu sempre tenha tido uma certa paciência com Iris — afinal, ela sempre foi útil em diversas situações —, agora ela havia cruzado uma linha que não podia ser ignorada.O que me irritava profundamente não era a questão de Marcelus e Clare estarem juntos. Para mim, isso pouco importava. Eles podiam se amar ou não, podiam ter começado como uma farsa, um acordo conveniente — mas se no fim das contas se tornasse algo real, isso não era problema meu. O que me importava era o impacto que isso causa
Capítulo 136Marcelus MoreauInglaterra | 28 de MaioEu sabia que, depois de tudo o que havia acontecido, o próximo passo seria decisivo. Clare e eu tínhamos finalmente chegado a um ponto em que não havia mais fugas, nem desculpas. Nós estávamos juntos. Era simples assim, mas ao mesmo tempo, estava longe de ser simples. Eu não era idiota. Sabia que haveria consequências. A minha vida sempre foi marcada por decisões que traziam mais complicações do que soluções, e amar Clare não seria diferente. Mas, pela primeira vez em muito tempo, eu estava disposto a encarar tudo de frente, sem mentiras, sem fugas.Depois de nossa conversa com Victor — porque claro, eu também precisei falar com ele em dado momento —, eu sentia que um peso havia sido tirado das minhas costas, embora soubesse que ele não confiava em mim. Ainda. O olhar dele, apesar de ter aceitado nossa relação, deixava claro que ele estaria sempre à espreita, esperando o momento em que eu pudesse falhar. Mas tudo bem. Eu sabia qu
Capítulo 135Clare VallenceInglaterra | 28 de MaioAcordei com o sol batendo levemente nas cortinas do quarto, criando uma luz suave que iluminava o espaço de maneira quase acolhedora. O calor do corpo de Marcelus ao meu lado era reconfortante, um lembrete de tudo o que aconteceu na noite anterior, mas também um alerta de que o que eu mais temia estava à espreita.Não podia mais ignorar a realidade… logo eu precisaria conversar com o meu pai.Eu sabia que aquela conversa era inevitável, mas agora que o momento estava tão próximo, eu sentia o peso dela apertando o meu peito. Marcelus estava tranquilo ao meu lado, ainda perdido no sono, e eu o observei por alguns segundos, tentando absorver a calma dele antes de me levantar.Com cuidado, deslizei para fora da cama, tentando não acordá-lo, e peguei um roupão e fui até o banheiro. A água quente do chuveiro escorria pelo meu corpo, relaxando os músculos exaustos, mas minha mente estava a mil. Cada gota d’água parecia amplificar o que eu t
Capítulo 134Clare VallenceInglaterra | 27 de MaioO corpo de Marcelus ainda estava tremendo debaixo do meu, e eu tentava recuperar o fôlego, os músculos exaustos, a respiração pesada. A sensação dele dentro de mim, do calor, do prazer, ainda pulsava em cada célula do meu corpo, me mantendo no ápice de um prazer prolongado que parecia não querer acabar. Cada batida do meu coração era um lembrete de que ele estava ali, comigo, e de que tudo aquilo era real.— Você... é inacreditável — Marcelus sussurrou, os dedos dele traçando círculos preguiçosos pelas minhas costas enquanto eu me ajeitava melhor sobre ele. A água ao nosso redor estava morna, calma, uma quebra suave do caos que tinha sido a nossa foda.Eu levantei a cabeça para encará-lo, a expressão dele era uma mistura de cansaço e admiração, com aquele sorriso preguiçoso que sempre mexia comigo.— Você que é inacreditável... — murmurei, a voz ainda entrecortada pelos resquícios do prazer. O som da minha própria voz me soou diferen
Capítulo 133Clare VallenceInglaterra | 27 de MaioEu mal conseguia respirar, meu corpo ainda tremia com os resquícios do prazer que me consumiu por completo. Cada célula do meu corpo parecia viva, em chamas, e eu ainda estava ali, deitada debaixo de Marcelus, com a respiração descompassada. Era como se todo o ar do quarto tivesse sumido, e a única coisa que existia fosse nós dois, ofegando, tentando encontrar algum senso de realidade depois do que acabamos de fazer. Minhas mãos ainda estavam cravadas nas costas dele, sentindo o calor da pele, o ritmo acelerado do coração dele batendo contra o meu peito.Eu não conseguia acreditar.Não conseguia processar que aquilo estava mesmo acontecendo. Mas estava. Ele estava ali, comigo, depois de tanto tempo fugindo.Marcelus estava comigo, e eu sabia que não havia mais volta. Ele se moveu um pouco, afastando o rosto do meu pescoço onde ele tinha deixado uma trilha de beijos que ainda queimava na minha pele. Os olhos dele estavam fixos nos m
Capítulo 132Marcelus MoreauInglaterra | 27 de MaioEu segurei Clare contra mim, sentindo o corpo dela tremendo, as lágrimas quentes escorrendo pelo meu pescoço. O coração dela batia rápido, e eu sabia que o meu não estava muito diferente, aquele momento, aquele silêncio entre nós, era tudo o que eu queria e temia. Eu finalmente tinha dito o que estava preso dentro de mim por tanto tempo. Mas será que ela acreditava em mim?Me afastei um pouco, só o suficiente para olhar para o rosto dela. Os olhos estavam vermelhos, mas ainda havia algo mais ali... algo que me fez ter esperança.— Clare — eu disse baixinho, minha voz rouca pela emoção —, eu não vou te deixar sozinha, e eu… realmente te amo, e eu posso falar isso quantas vezes você quiser…Ela desviou o olhar por um segundo, mordendo o lábio. Meu corpo inteiro reagia a ela. Cada pequena expressão, cada movimento dela fazia meu coração disparar. Clare mexia comigo de uma maneira que eu nunca consegui explicar, nem pra mim mesmo.E ago