Segredos de Família

Segredos de FamíliaPT

Romance
Paula Albertão  Em andamento
goodnovel16goodnovel
10
2 Avaliações
35Capítulos
4.6Kleituras
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Adicionado
Resumo
Índice

Emanuele acabou de ter coragem para terminar um relacionamento longo e marcado por traições. Abrigada na casa de sua irmã, ela tenta se distrair de toda a tristeza, mas a notícia de que o pai faleceu a acaba jogando de encontro a um segredo familiar que jamais imaginara. Emma, uma jovem criada para ser submissa e obedecer a tudo que os pais decidirem, vê sua vida mudar completamente quando vai até a casa do futuro marido e conhece seu irmão. Duas mulheres, vivendo em tempos diferentes, mas com as vidas completamente entrelaçadas.

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Gicele Pinheiro
eu queria saber a história do Heitor .o que houve com ele?
2024-07-11 10:31:48
0
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Daniel Albertão
Ótima escrita!
2022-01-01 04:11:16
1
35 chapters
Prólogo
                A porta do quarto se abriu lentamente, deixando uma luminosidade refletir no chão, e eu senti meu coração acelerando fortemente, quase como se estivesse batendo na minha garganta.                Vi o vulto do corpo dele atravessando a porta com um arrepio percorrendo meu corpo. Observei a silhueta do ombro, o modo como seu corpo se movia lentamente para não causar nenhum ruído e percebi que ele estava tão tenso quanto eu.                Me movi na cama, deixando que percebesse que eu estava acordada, e por um momento ele parou no meio do quarto escuro. Talvez estivesse cogitando dar meia volta e sair, o que me fez apertar os dedos nos lençóis e segurar a respiração, mas depois voltou a andar, e f
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1
Emmanuele                Joguei minhas coisas dentro da mala com toda a força, empurrando o bolo disforme de roupas sem nenhum cuidado até que fosse possível fechar o zíper.                Tinha acontecido outra vez. E tudo que eu pensava era o quanto eu tinha sido burra por acreditar que não aconteceria, por ter acreditado em todas as palavras de perdão e arrependimento, os presentes e a viagem para arejarmos a cabeça e começarmos de novo.                Eu estava fazendo o que já deveria ter feito dois anos antes, deixar Rafael.                Escutei a porta do andar de baixo batendo, sinal de que ele tinha ch
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2
Emmanuele                - Não sei como você ainda não é completamente famosa. – comentei, maravilhada, quando Ester se juntou a mim.                Ela riu enquanto puxava a cadeira para se sentar bem ao meu lado, mas parecia brilhar de tanta animação. Havia mais vida na minha irmã quando ela cantava.                - O que achou do lugar? – perguntou com um meio sorriso.                - É diferente do que estou acostumada. – olhei mais uma vez ao redor.                - Eu sei. Bem vinda ao meu mundo. &nbs
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3
Emmanuele                - Você não sabe o quanto ficamos gratas por isso, Martim. – eu tinha a vaga sensação de já ter dito aquelas palavras, mas não consegui me controlar.                - Está tudo bem, Emanuele. – a voz dele saiu suave, cheia de compreensão.                Ester estava abraçada a mim, muito calada, no banco de trás do meu carro. Martim o guiava para a casa de nossos pais, que agora era só de nossa mãe, mas eu não queria pensar desse jeito por enquanto, então lembrei de vários fatos envolvendo nossa família.                Lembrei do
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4
Emmanuele                - Emanuele? – Ester bateu na porta do banheiro, preocupada.                - Só um minuto. – pedi, esperando que as lágrimas parassem de descer.                Quando abri a porta, Martim estava atrás de minha irmã, e ambos estavam com olhares apreensivos.                - Me desculpem. – pedi com sinceridade – Eu não queria assustar vocês.                - Emanuele. – mamãe surgiu atrás dos dois.             &nbs
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5
Emmanuele                 Dois dias depois eu estava dentro do meu carro, voltando para a casa da minha mãe sem nem mesmo avisar, com um pouco de medo do que poderia descobrir. Mas quando estacionei na frente, percebi que eu era esperada.                - Sabia que eu vinha? – perguntei depois de a abraçar.                - Tinha esperança de que não ficasse com raiva para sempre.                - Não foi isso. – neguei com firmeza – Eu só senti como se você estivesse tentando tirar meu pai de mim.                - Eu n&ati
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6
Emmanuele                Eu não esperava que Guilherme fosse jovem, estava imaginando um idoso relativamente parecido com o advogado que havia encontrado mais cedo, mas ele devia ter mais ou menos a minha idade, era alto, com cabelos castanhos volumosos e olhos tão escuros que pareciam pretos.                - Emanuele? – sua voz soou antes que eu pudesse cumprimentar.                - Sim. – confirmei me aproximando.                - Guilherme. – ele estendeu a mão para mim, e a apertei, observando o quanto era grande perto da minha.                Sorri
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7
Emmanuele               Guilherme e eu nos evitamos pelos dois dias seguintes, concentrados em vasculhar toda a casa. Eu estava em busca de respostas, e acredito que ele tivesse o mesmo objetivo, mas não combinamos qualquer coisa.                Até mesmo começamos a fazer as refeições em horários distintos. Em um acordo não verbal, eu sempre acabava comendo primeiro e quando estava me retirando, ele aprecia, me cumprimentava e essa era nossa única interação.                Eu ficava agitada em sua presença, ansiosa, e pela forma que ele sempre evitava me olhar diretamente, Guilherme devia sentir algo parecido. O que estava acontecendo com nós dois?   
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8
Emmanuele                A volta para casa foi feita em um silêncio constrangedor. Nenhum de nós conseguia sequer olhar para o outro.                Irmãos. Irmãos por parte de pai.                Eu nunca havia me sentido tão suja em toda a minha vida. Como eu tinha olhado para o meu próprio irmão daquele jeito? Como eu podia ter me sentido daquela forma? Meu Deus, eu havia beijado o meu próprio irmão.                Desci do carro assim que Guilherme parou, e subi as escadas correndo até o quarto onde estava hospedada. Eu não podia passar nem mais um segundo sob o mesmo teto que ele. &
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9
Guilherme                Não consegui dormir direito a noite toda e, quando finalmente desisti de ter algum descanso em paz, me levantei e fui até o quarto que Emanuele havia usado aqueles dias. Ainda havia seu cheiro pelas roupas de cama e, embora eu soubesse que era inadequado me sentir assim em relação a minha própria irmã, me acomodei ali até o sol nascer.                Era irônico porque eu havia desejado ter irmãos durante uma boa parte da minha vida, e agora tudo que eu mais desejava era que não fosse verdade.                Quando desci para o café da manhã, Ana já havia deixado tudo pronto e estava ocupada com outras coisas da casa. Me sentei sozinho, sentin
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