Não existia nada para se contar duas horas antes daquela noite inebriada, em que uma só lingerie, da cor de vinho, acabou mudando o destino de um jovem que só queria ser tocado, de forma mais sensual, e um conjunto de vários atributos, começaram a mudar a noite, o rumo da história de Helder e Márcia, começando pelo toque, o rosto, os olhos, a boca, e o sorriso, e aquilo que era apenas um desejo perante a noite, terminou moldando a vida deles, através dos atributos da jovem dupla, ambos viveram um amor intenso durante a noite que se tocaram, e se separam, por uma mera confusão, num inesperado dia sem a intenção de contradizer aos olhares, Helder e Márcia voltam a se reencontrar e aquilo que era apenas um olhar, levou os dois jovem a viver um novo romance, mesmo com as adversidades encontradas em meio as estradas da vida.
Ler maisQuinta-feira da manhã, o relógio marcando 10h, fazia tanto frio que todos preferiam ficar dentro de casa, mas Rita estava aproveitando a piscina, estava de uma lingerie rosa, deu um mergulho tão fundo que quando saiu da água seu rosto deu de cara com o Zelador.Rita caiu de susto e quase gritou por socorro, mas o zelador a tapou a boca com suas duas mãos, Rita por vingança a puxou para dentro da água, ele estava vestido de uma roupa social, prestes a ir para universidade, ficou todo molhado e irritado.— O que foi isso sua doida? Perguntou Ricardo o zelador, seu cabelo estava totalmente molhado e a sua roupa húmida, olhou para ela com desdém.Ela saiu da piscina, e olhou para ele atentamente nos olhos, balançando a cabeça, cada gota de água de seu cabelo ia para o rosto do Ricardo.— Agora quer tirar satisfação? Merda! Quando me assustou, não significou nada para você?O rapaz segurou-a pelo corpo e, com raiva, puxou-a para perto de si, seus olhos nos olhos dela, enquanto ela não parav
Mais um dia agitado em plena cidade de luanda, Rita estava entusiasmada e disposta para mais um dia de aula, a transferência da universidade Jean Piaget de Benguela para a universidade Óscar ribas ainda deixava Rita conturbada, ela estava com duvida se estivesse pronta para construir novas emoções apesar do entusiamo, durante a viagem dentro carro, se manteve calada, presa entre os pensamentos ocultos e sentimentos que ela não queria esquecer.“Ela se perguntava se estava pronta para sentir algo novo, para abrir espaço no coração que, há pouco tempo, parecia fechado para sempre.”— O que estás a pensar? Perguntou Márcia com uma expressão cuidadosa.— Não se passa nada, apenas pensando como será o dia de hoje! Rita estava com medo, apesar da coragem que ela mostrava facialmente para sua irmã.O relógio marcava 7.20h. O clima estava fresco e nublado, a temperatura estava acima do normal, era muito frio, Márcia vestida de um casaco branco, ao chegar ao destino, estacionou o carro em frent
Cabelo seco, uma mordida nos lábios. Márcia estava de volta a Luanda, chamada pela missão e pelos problemas. Dessa vez, veio com a irmã mais nova, Rita, morena como ela, alta, esguia, cabelos cacheados e 1,70m de altura.Márcia e Rita tomavam um coquetel na piscina ao som de uma música suave. O calor era intenso. Márcia tirou o roupão, os cabelos castanhos caindo nas costas. De fio dental vermelho, mergulhou, sentindo o alívio da água fria.O zelador, jovem negro de 21 anos, forte e alto, não tirava os olhos da irmã de Márcia. Ela percebeu e começou a provocá-lo, saindo e entrando na piscina, abanando a cabeça e tomando o coquetel enquanto o encarava.O zelador, apesar de interessado, respeitava muito a Sra. Márcia. não queria se colocar em problemas, por isso mesmo olhando sem parara por vezes desviava o olhar, só que era difícil lhe resistir. Ela era muito linda e fofinha.Márcia saiu da piscina, vestiu o roupão e deu o último gole no coquetel. Vendo a felicidade da irmã e seu intere
A aldeia parecia silenciosa, dentro de casa, as sombras se moviam a luz das velas, por outro lado estavam as crianças em volta de um mais velho ouvindo histórias, tal como os moradores do bairro se reuniram em volta da casa do soba.O ar quente vibrava ao som dos grilos. As luzes fracas tremulavam como pequenas chamas. Pelas janelas das casas de barro e pau a pique, velas iluminavam a escuridão.Márcia e Helder caminhavam lado a lado, as mãos sobrecarregadas com trouxas de oferendas: panos, cabrito, bengala, charuto e quimonos. Tudo para o soba, a quem Márcia considerava um grande pai.A porta estava aberta, dispensando batidas. O soba, sentado no centro do quintal, observava. Ao redor, familiares e vizinhos trocavam cochichos, sempre atentos às novidades.Ao ver o soba se levantar, o coração de Márcia disparou. Sentiu medo e alegria misturados. Largou as oferendas no chão e correu para abraçá-lo. Ajoelhou-se e bateu três palmas: à direita, à esquerda e ao centro, em sinal de reverên
De repente, a sala parecia um cenário abandonado—sombria, silenciosa, com as luzes fracas. Nenhuma voz humana se ouvia, apenas o sussurro distante da televisão, onde um filme de romance popular se desenrolava. As luzes claras da tela refletiam no espelho da cozinha, espalhando uma luminosidade pálida e fria pelo ambiente.Almofadas espalhadas pelo chão, o tapete coberto de migalhas de pão, o sofá deslocado como se uma criança travessa tivesse brincado ali. Na bancada da cozinha, os comandos da PlayStation jaziam esquecidos ao lado de um copo de suco vazio. O micro-ondas ainda zumbia, tostando algo, enquanto o cheiro de queimado pairava na sala.Do quintal, o ranger da porta rompeu o silêncio. Risadas femininas dançavam pelo ar, leves e vibrantes. Márcia e Edna surgiam, vozes misturadas em segredos e risos cúmplices.— Qual foi a reação deles depois de entregares as fotografias e os vídeos? — perguntou Edna, o sorriso carregado de zombaria.Márcia inclinou a cabeça, divertida. — O que
Amanhã começou fria, sem muita novidade por cima da mesa. Márcia estava na cozinha tomando o pequeno almoço, na companhia de seu namorado. Helder Nsimba, segurava entre os dedos uma xicara de chá camomila, estava comendo bolachas com mel. Helder olhava direitamente para seus olhos enquanto segurava sua mão esquerda.— Amanhã está fria, mas o seu corpo está quente, será que seus lábios também? Perguntou Helder, fazendo cocega com o dedo indicador no meio da palma de sua mão!Márcia sorriu, inclinando a cabeça para testa de Helder. Aproveitando provoca-lo com a língua passando em seus lábios de forma doce e com seus dentes mordendo os lábios.— Olha a manhã pode terminar lá na piscina, com nossos corpos apertados. Está frio, já que seu corpo está quente podemos nos aquecer.Helder manteve o olhar firme, um sorriso discreto brincando nos lábios. Chegou um pouco mais perto, mas sem pressa, para criar aquela tensão boa. Deslizou o dedo por seu rosto, ajeitando uma mecha atrás da orelha. Se
Márcia estava conduzindo um Hyundai Ioniq 9, a uma velocidade de 90km/h. Em direção a estrada de catete, sentido viana a cidade de luanda. Ela estava tão apressada que não ligava para sinalização rodoviária, o som do motor gritante juntamente com o barulho da música que se expandia dentro do carro, reforçava a sua irritação e frustração no momento. Ela só queria chegar no seu destino.O tubo de escape deixava um vulto de fumo pela cidade, que abominavam a cidade. No ritmo do cheiro dos esgotos, o odor, o fedor e o estresse tudo jogando a mesma roleta pelo ar, poluindo o meio ambiente. A buzina audível que alertava outros condutores a se afastarem.A viagem era longa, mas ela não tirava o pé do pedal, cada vez mais pisava fundo, até que um certo ponto, um transito inesperado aparece, levando ela a perder o freio e até mesmo bater num poste.O impacto foi brutal, ela perdeu os sentidos. Quando abriu os olhos, tudo girava. O gosto de sangue na boca, os dedos trêmulos agarrados ao volante
O Doutor Miguel avançava a passos rápidos, e por pouco Márcia o perdia de vista. Ainda sentia nos lábios os beijos roubados de André – no carro, no corredor –, mas se forçou a correr. Parecia que Miguel a castigava pelo mal-entendido na sala.A cada passo que o Doutor Miguel Marcava, endireitava as alas do seu blazer. Márcia também fazia o mesmo, pacientes a volta que iam para uma direção diferente, pararam para observar o comportamento inadequado dos dois médicos.Subiam e desciam pelos corredores do hospital, suando tanto que mal conseguiam falar. O cheiro quente e abafado impregnava a oncologia.Márcia cansada não aguentando mais parou apoiando-se numa das macas deixadas no corredor, as patas ardiam de dor, o pé doía, pôs o inchaço ainda não havia sido curando.— Doutor Miguel, chega de palhaçada. Eu não aguento mais, estou suada, cheirando a mofo. Parece que nem tomei banho pela manhã, vamos terminar logo com isso.Márcia estava desposta a acabar com a guerra que existia entre ela
Márcia acaba de chegar ao Hospital de forma natural, ajustando o vestido de maneira sensual. Ela gostava de atrair olhares no hospital, sentindo-se confiante em cada passo.Chegou ao hospital em passos rápidos, a ligadura havia sido retirada do pé, que facilitava a sua circulação normal envolta do hospital, entrou ao hospital confiante e determinada para vencer. Só não sabia o que lhe aguardava pela frente,Passou pelo departamento de emergência acenando a mão direita para os seus pacientes de Oncologia, com aquele sorriso lindo na ponta dos lábios, ela estava diferente e muito feliz, parecia até que os seus problemas haviam desaparecido.O clima estava tranquilo ao redor do Hospital, sem pressão e sem correria, passando ela entre o corredor de Anestesiologia e pelo corredor que dá acesso a área da dermatologia, arqueando bem o olhar observou estagiários da equipe do Doutor Miguel Lanzote nas macas tirando uma soneca enquanto que os seus estivam a preenchendo prontuários. Doutor Mig