Num mundo de mistérios e magia, um homem é atormentado por pesadelos e desperta amarrado, sem memória, no meio do nada. Quem é ele? Por que hominídeos selvagens querem levá-lo? Perto dali, um grupo de ladrões procura por pedras encantadas que valem uma fortuna. Missão simples: roubar, matar, voltar sem contratempos, como sempre fazem. Não imaginavam que esse dia seria diferente, que um homem atormentado por pesadelos e sem memória, mudaria suas vidas para sempre.
Ler maisTranscorrida aquela tensa madrugada, Vencislo não nos procurou após o almoço, como havia combinado, mas durante o café da manhã com uma bela cara de surpresa. Amadeus, apesar de demonstrar pouco interesse em minha causa, alegou querer ver Demétrius e seu mapa integrando o jantar festivo que ocorreria aquela noite na luxuosa residência do barão.“Então é verdade!”, pensei. “Ele tem a mente aberta e pretende ouvir”. Amanda também ficaria feliz se não acalentasse planos próprios para a mesma data, afinal, desejava me fazer acompanhá-la até suas “irmãs” e obter, entre diversas previsões pessoais, pistas sobre o conte
Lembrar minha discussão com Valit traz Mildred à consciência explicitando uma teoria complicada sobre fenômenos casuais. Para a bruxa, não devemos encará-los como coisas sem sentido, mas pequenas vontades latentes do universo que desejam influenciar seus elementos, transformando-os em acontecimentos maiores e mais significativos, também geradores de influência e novas eventualidades. Cada fenômeno quer originar outro, e mais outro, e uma série de outros simultâneos, até que centelhas corriqueiras consigam engendrar uma árvore repleta de sentido. Isso nos faz indagar constantemente se existem forças controlando o acaso além da escolha e da fortuna. Claro que nem todas árvores crescem fortes e sustentáveis. Muitas tombam no meio do caminho ou apenas deixam de evoluir, pois sementes estão sempre surgindo para germinar e influenciar árvores vivas, auxiliando-as, parasitando-as ou arruinando-as na grande floresta
Remoer lembranças cruéis é incômodo, mas me ajuda a aceitá-las. Nossa oitava missão para a “Ordem da chama eterna” parecia simples: deixar Valks e seguir Hartsbark por uma estrada que conectava quatro vilas à capital do reino. Clérigos e cavaleiros pretendiam atravessá-la com mercadorias valiosas e desejavam uma avaliação prévia da trilha, temendo sua má reputação. Coisa fácil. Entramos no mato, cavalgamos, achamos a estrada, seguimos por ela atéZviling, Anaker, Elohwini Como é estranha essa vida, não? Sempre densa e insensata quando olhamos para frente, porém nítida e reveladora se viramos para trás.Não seria o contrário?Demétrius Aletrin é meu nome, disso tenho certeza. Minhas feições voltaram a ser como antes; cabelos lisos e negros, pele morena quase clara, sobrancelhas finas e corpo semi-robusto, mais adequado a um homem de armas. Se minhas lembranças recuperadas acusam vinte e cinco anos de existência, a nova carne possui dezoito ou dezenove, provável idade de um certo “hospedeiro”. Dependendo de como eu venha a falecer futuramente, poderei desfrutar uns aninhos75
30 - TRECHO DE UMA CONVERSA ENTRE PAULUS, DEMÉTRIUS, OSIRES E LANDO (Demétrius) – Entendo... Foi por esse motivo que esqueci tantas coisas, não? O espírito de Galkorn bloqueara minha mente. (Lando) – Fez mais do que isso, na verdade. Assunto complicado. (Demétrius) – Complicado? (Lando) – Explica para ele, Paulus. (Paulus) – Não sei se posso. Pelo que sabemos, a alma de Galkorn possuiu uma parte de sua mente, Demétrius, escondendo lembranças, embaralh
26 - MILDRED As mentes de Adot denunciam. Poucos ainda confiam em mim. Faz seis meses e alguns dias que estou com o ovo. É uma peça incrível. Seu poder me influenciou desde nosso primeiro contato. Hat Nao Pak, ainda antes, tinha lançado minha alma de encontro a sua num processo que irradiava pureza, leveza e liberdade, recheando-me o íntimo com energia e conhecimentos, sem deixar-se trair por eles, até que fosse tarde demais. Caí nessa teia como um mosquito. Minha essência, ou parte dela (não sei), foi arrancada de
22 - IRMÃO JALON Glorioso! Poderoso! Não entendo! Por que essa provação? Por que? Mostre-me sua luz! Preciso de mais luz! Alimente-me! Tire-me dessa prisão, eu imploro! Tire-me desse cárcere! Demônios lá fora... demônios malditos! Eu sabia que tinha coisa! Demônios! Catelahd veio, examinou, o mestre tinha ficado esquisito... Por que não o matamos? Por que não matamos aquela víbora de Nalíccia? Eu sabia que tinha coisa!
19 - LANCEIRO ARDOCK Eu fiquei muito feliz anteontem quando o lorde Duoff falou que eu podia ir no ritual do ovo e chefiar um pelotão. Ele sempre confiou em mim e sempre me escolhe para fazer as coisas mais importantes. Eu sou um bom soldado e não fico fazendo perguntas. Na hora eu nem entendi direito por que estavam levando aqueles prisioneiros da caverna junto com um monte de bugigangas e por que tinha que ser fora da fortaleza. Eu não perguntei nada. O pessoal que tinha vindo da outra vez estava quase todo com nós. Dehvorak, com uma máscara nova, o homem escuro (o magro, não o outro com as tatuagens), aquela mulher elfo estava lá também e o murgon, que é muito esperto.
15 - RAPSKIN Magnânima, aquela peça. Brilho divino ela refletia. Temi por nós, confesso, durante a incursão no santuário, embora os conflitos tenham durado quase nada. Foi incrível. Por mágica, dez inimigos pararam como Maxis fizera naquela data, graças à Mildred e outros dois. Por devoção, cinco fiéis ignoraram o revés iminente e entregaram a vida em nome de uma serpente malévola enquanto outro