Luna Harisson fugiu de casa aos 19 anos depois de um trauma intenso. Foi acolhida por Kate sua melhor amiga e, desde então, divide sua vida entre os estudos e o trabalho como Bartender em uma boate. Numa certa noite, um homem misterioso cruza seu caminho. O que deveria ser apenas um encontro casual se torna inesquecível e dois meses depois, Luna descobre que está grávida e decide procurar o pai do bebê. Mas o destino é cruel. Pela TV, ela descobre que Jacob Alexander Lancaster, o homem daquela noite, é um bilionário e está prestes a se casar. Arrasada, Luna decide seguir sozinha, recusando-se a ser vista como oportunista. Porém Luna recebe a pior notícia de sua vida: seu filho morreu ao nascer. Anos depois, Luna sente uma conexão intensa com o melhor amigo de sua filha, uma sensação de familiaridade, algo que ela não sabe explicar. Ela só não esperava que um segredo virá à tona e o destino iria trazer de volta a sua vida o pai de sua filha. Só que o destino prepara algo para os dois, chegou a hora da verdade ser revelada. O amor pode resistir à mentira? Ou a verdade será cruel demais para ser perdoada?
Ler maisKate engasgou com o riso ao ouvir a provocação afiada de Kevin.Samantha, por outro lado, queimava de raiva. Seus olhos se estreitaram, fuzilando Kevin com uma fúria contida que poderia incendiar o hospital inteiro. Ela deu um passo à frente, sua presença exalava puro desprezo.— Cale a boca, viadinho! — disparou friamente.O ar pareceu desaparecer do ambiente.Kevin arregalou os olhos, colocando a mão no peito com um exagero teatral, fingindo choque absoluto.— Por quê tanta hostilidade, querida! — ele suspirou dramaticamente. — Pensando bem, eu sei. Afinal, se Jacob me desse um fora tão humilhante quanto o que ele te deu, eu também estaria amarga assim.O silêncio que se seguiu foi mortal.Liam apertou os lábios, tentando conter a risada. Kate cobriu a boca, com os olhos arregalados de puro entretenimento. Jacob ergueu uma sobrancelha, impassível, apenas observando e Joshua, alheio a tudo, piscou sem entender nada.Samantha, por outro lado, estava prestes a explodir.Seu rosto corou
Jacob estava sentado ao lado de Joshua, observando cada expressão animada do filho enquanto ele gesticulava empolgado, contando sobre a noite divertida que teve com a tia Mia e Valentina. O brilho em seus olhos era como um raio de sol em meio à tempestade que assolava suas vidas.— Papai, foi tão legal! A tia Mia deixou a gente assistir dois filmes e a Valentina me ensinou um jogo novo! Eu ganhei dela duas vezes, mas depois ela começou a ganhar de mim! — Ele riu, jogando a cabeça para trás.Jacob sorriu, sentindo o peito aquecer ao ver seu pequeno tão feliz, mesmo diante de tudo.— Ah, é? Parece que a Valentina é uma jogadora melhor do que você imaginava, hein? — brincou, cutucando o nariz do filho de leve.Joshua assentiu, rindo mais um pouco e antes que pudesse continuar, o barulho da porta sendo aberta desviou sua atenção.Jacob virou o rosto e viu Sophie entrando, com sua postura sempre firme e o olhar preocupado. Atrás dela, Samantha.O sorriso de Joshua cresceu ainda mais ao ver
O silêncio dentro do carro era tão denso que poderia ser cortado com uma faca. Samantha mantinha os olhos fixos na janela, os braços cruzados com força, como se estivesse tentando conter a frustração que pulsava em suas veias. Sua irritação crescia conforme o hospital se aproximava.Ela não queria estar ali, mas Sophie não lhe deu escolha.— Você poderia, pelo menos, fingir que se importa — a voz firme da mãe quebrou o silêncio como um trovão.Samantha bufou, revirando os olhos.— Por que eu faria isso, mãe? Todos já decidiram que sou a pior pessoa do mundo.Sophie inspirou fundo, tentando conter a explosão de raiva.— Porque o seu filho está morrendo, Samantha! — ela se virou abruptamente, encarando a filha com um olhar afiado. — Porque Joshua precisa da mãe dele ao seu lado. Porque, mesmo que você seja incapaz de sentir amor, deveria pelo menos ter um mínimo de decência!Samantha sentiu algo revirar dentro dela, um calor sufocante subindo por seu pescoço.— Você acha que eu sou um m
O motor do carro zumbia baixinho enquanto eu dirigia pelas ruas ainda envoltas na penumbra do amanhecer. O céu começava a se tingir de tons alaranjados, anunciando o novo dia, mas eu mal conseguia enxergar sua beleza. Minha mente estava turva, pesada, esmagada pelo peso das incertezas.Luna insistiu em ir de táxi. Não queria que fôssemos vistos juntos, assim evitaria rumores e Samantha transformar um momento já insuportável em algo ainda pior. Eu acabei aceitando, não por medo do que ela poderia fazer, até porque, honestamente, já não havia mais nada nela que me intimidasse, e sim porque minha mente estava centrada em uma única coisa.Meu filho.Pensar em Joshua fez meu peito se comprimir, apertei os dedos contra o volante do carro c
Luna HarrisonO primeiro raio de sol atravessava a fresta da cortina, lançando um brilho suave pelo quarto. O calor do corpo de Jacob ainda envolvia o meu, mas eu já estava desperta há algum tempo.Minha cabeça estava apoiada em seu peito, sentindo o ritmo lento e pesado de sua respiração. Ele dormia profundamente, eu sabia que ele precisava disso mais do que qualquer outra coisa.A noite anterior havia sido terrível.Ver Jacob desmoronar nos meus braços partiu algo dentro de mim. Pelo o que Mia me contava, ele sempre foi um homem forte, invencível aos olhos do mundo, mas o que eu vi…Ele foi apenas um pai. Jacob Alexander LancasterSaí do hospital sentindo um peso insuportável nos ombros. Cada passo que eu dava parecia me arrastar para um abismo do qual eu não sabia se conseguiria sair. Meus pais insistiram que eu fosse para casa descansar um pouco, e por mais que eu quisesse ficar ao lado de Joshua a noite inteira, eles estavam certos.Meu filho estava melhor. Tinha comido, brincado com Valentina. Ela até o fez gargalhar.Deus… aquele som foi a primeira luz que vi desde que toda essa tempestade começou.Quando ele me pediu para que Valentina dormisse no hospital, meu coração derreteu. A amizade deles é tão pura, tão forte… parecem almas ligadas desde sempre.<Capítulo 95 - Não Estou Sozinho
Do outro lado da cidade, Samantha entrou em casa como um furacão.A porta bateu com força atrás dela e sem pensar, jogou a bolsa no sofá. Seu peito subia e descia em fúria, o rosto estava ruborizado pelo ódio, seus olhos azuis brilhavam com um ressentimento feroz.Sophie, que entrou logo atrás, observava a filha com um olhar sério e antes que dissesse algo, a voz venenosa de Samantha cortou o silêncio.— Você viu o que aquela mulher fez comigo?! — esbravejou, com as mãos cerradas em punho. — Katerina me bateu e ninguém fez nada! Nem você, mamãe! Nem Jacob!Sophie não piscou.
Jacob saiu do consultório sentindo um peso insuportável sobre os ombros. Suas pernas estavam trêmulas, seu coração batia descompassado, com a sensação de que a qualquer momento, pudesse ceder ao desespero que tentava conter.O corredor do hospital parecia mais estreito enquanto ele caminhava em direção a Mia e seus pais. Cada passo ecoava em sua mente como um lembrete cruel do que o médico acabara de dizer.Seu filho, sua luz, seu pequeno guerreiro, estava com câncer.Ethan estava com Mia do lado de fora do quarto, enquanto Katerina e Luna permaneciam no quarto com Joshua que tinha acordado e conversava animadamente com Valentina. Jacob sentia o coração martelar contra o peito enquanto esperava pelo médico.O ar estava denso, pesado. Cada segundo que passava naquela sala branca parecia se transformar em horas, tornando o ambiente sufocante.Sua perna balançava involuntariamente, seus dedos apertavam os braços da cadeira com força. Tentava controlar a respiração, mas a angústia era maior, nunca tinha sentido tanto medo na vida.Ele precisava de respostas.Quando a porta se abriu e o médico entrou, Jacob se levantou num impulso, os olhos imediatamente buscando qualquer pista na expressão do homem à sua frente.— Doutor, o que aconteceu? Os exames saíCapítulo 92 - A Notícia Que Mudaria Tudo