Liz Navarro ficou órfã quando tinha apenas dezesseis anos. Sozinha no mundo, ela teve que seguir o passo a passo de um testamento deixado por seu pai, e aos dezoito anos foi obrigada a casar-se com o próprio tutor, um homem que ela jamais havia visto. Dentre as tantas exigências deixadas no documento, ela poderia se divorciar apenas aos vinte e cinco anos, e deveria se formar em Direito, para só depois disso assumir o controle dos negócios da família. A jovem viveu dentro de uma redoma, tendo que cumprir regras que ela discordava. Sem grandes expectativas ou aventuras, ela seguia sua vida como podia. Mas algo mudou quando encarou os olhos do novo professor de Direito Civil. Henry McNight era tudo aquilo que ela classificava como perigoso, bonito, atlético e, inteligente. O homem mais velho despertava em Liz sensações que ela sequer conhecia. Mas o que ele, apesar da experiência, não sabia, era que a jovem com ar de inocente era a desconhecida com quem ele aceitou se casar no lugar do seu tio. Um romance Fast burn, entre o certo e o errado, o provável e o improvável, estava Liz e Henry, com um contrato de casamento, uma espécie de fórmula desconhecida daquilo que chamamos de coincidência.
Ler maisLiz— Pequena... — Ouvi a voz do Henry me chamando lá no fundo.— Oi...— Venha tomar banho. — Ele acariciou o meu rosto. — A banheira já estava cheia. Abri meus olhos, tendo uma das melhores visões da minha vida: Henry nu. Ele sorriu ao perceber o meu olhar.— Eu dormi por quanto tempo? — perguntou, sentando na cama.— Apenas por uma hora. — Estendeu suas mãos em minha direção, e aceitei sua ajuda para me levantar da cama.— Venha relaxar.Seguimos em direção ao banheiro, e passei a mão na água, que estava quentinha. Henry entrou e sentou na banheira, e eu me fiquei de costas para ele, passando o sabonete pelo meu corpo. Henry me ajudou a lavar minhas costas.Deitei-me em seu peito e ele me abraçou.— Você está bem? — questionou por causa do meu silêncio.— Só estava pensando como minha vida mudou da água para o vinho.— Isso é bom? — indagou, jogando água em meus braços. — Enquanto estamos bem, sim. — Sorri para mim mesma. — Isso é maravilhoso, até parece um sonho.— Mas dessa vez
LizO jantar foi tranquilo, Henry e o pai dele conversaram sobre negócios. Sandra e Petter conversaram comigo sobre os preparativos do casamento. Mas falei que iríamos viajar e só depois voltaríamos com os preparativos.Sandra ficou feliz com a nossa viagem, e disse que já passava da hora de termos um momento só nosso.— Se nos dão licença — Sandra pediu quando ela e o Petter se levantaram.— Mas já, San? — Ela sorriu para mim. — Eu também vou — disse, dando um beijo na bochecha do Henry. — Boa noite, seu Rodolfo.— Bom descanso, menina — ele falou quando me levantei.— Boa noite, San e Petter. — Depositei um beijo neles e subi.Entrei no nosso quarto e tirei o meu robe, o colocando no closet novamente. Sentei-me na beirada da cama, lembrando que estava usando aquele plug. Segundos depois, Henry apareceu na porta do nosso quarto e me encarou. Seus olhos pegavam fogo de desejo.Ele veio em minha direção e ficou de pé, parado na minha frente. Sorri para ele e coloquei minhas mãos em seu
Liz— Isso é seu — disse, colocando o anel no meu dedo. — Gostou?— É maravilhoso. — As lágrimas voltaram a escorrer pelo meu rosto.— Não fique assim — Henry falou, secando-as. — São lágrimas de alegria. — Sorri. — Eu não imaginava que você estava falando tão sério sobre recomeçar.— Liz, eu te amo, e quero provar que estou disposto a mudar. — Envolveu-me em seu abraço. — Só precisamos marcar uma data.— Uma data? — Sim, por mim, pode ser amanhã mesmo. — Saí do seu abraço, o fitando. — O seu aniversário é daqui a dois meses...— Você se lembra? — indagou, receoso.— É claro que sim. Podemos nos casar em Nova Iorque, ou nos casamos aqui e depois voltamos para lá... — Ele parecia indeciso.— Não gosta daqui?— Eu gosto... mas, eu não sei...— Sabe que terei que vir para cá com uma certa frequência por causa da máfia, né? Ainda mais agora, que não sei se o Hendrick vai continuar me ajudando. — Eu sei, e não me importo de vir com você todas as vezes que precisar. — Então ficamos aqu
Liz— Chegou o momento da dança dos noivos! — a cerimonialista anunciou no alto-falante.Eles seguiram em direção à pista de dança e começaram a tocar a valsa. Minutos depois, o restante dos convidados iniciou a dança.— Me acompanha? — Henry disse, gentil.— Eu não sei dançar.— Por favor. — Suplicou.— Eu vou pisar no seu pé. — Fiz uma careta para ele.— Eu não ligo — falou, rindo.Por fim, acabei dançando com o Henry, mas acabei pisando algumas vezes em seus pés, só que mesmo assim não desistiu.Após um tempo, chegou tão esperado momento da Sam jogar o buquê.*** Henry ***Os dias foram passando e ainda estava tentando me aproximar da Liz. Decidi fazer uma surpresa para ela, antes precisava conversar com Sam, pedir sua ajuda, não queria que nada desse errado.Enquanto esperava que Liz e Sam se desgrudassem por um minuto naquela festa, me peguei lembrando o motivo do meu distanciamento.— Henry! — Hendrick me chamou.Eu estava no meu escritório em casa, pensando em tudo o que já ti
LizO dia tão esperado havia chegado, e Henry estava lá embaixo me esperando, ao passo que estava descendo no elevador.As portas do elevador se abriram e lá estava ele, encostado no capô do carro, com as pernas cruzadas. Uma de suas mãos foi para dentro do bolso da sua calça do terno azul-marinho, e seu cabelo encontrava-se penteado para trás.Gente, estava sem fôlego, ele estava lindo!— Você não vem? — disse assim que percebeu a minha presença. Eu estava parada dentro do elevador, admirando a sua beleza.Sorri para ele, indo em sua direção.— Você está linda — elogiou, colocando uma de suas mãos em minha cintura e me puxando para um beijo. — Ainda bem que tem bem pouco convidado.— Por quê? — O fitei. — Não quero ninguém cobiçando a minha esposa. — Sorriu.— Senhora — falou, me soltando e abrindo a porta do carona.— Obrigada — comentei, fechando a minha porta e andando em direção à porta.Ele entrou no carro, ligou o som e, em seguida, colocou uma música do Bruno Mars, Just The W
LizAssim que cheguei em casa, fui para o meu quarto guardar meu vestido. Após isso, deitei na cama, peguei meu celular e decidi mandar uma mensagem para o Henry.[Eu, hoje às 18h22]: Tá aí? [Henry, hoje às 18h22]: Pra você, sim.[Eu, hoje às 18h23]: Meu convidado desistiu de ir ao casamento.[Henry, hoje às 18h23]: Uau![Eu, hoje às 18h23]: Por quê? Não era o que você queria?![Henry, hoje às 18h24]: Pensei que seria mais difícil.[Eu, hoje às 18h24]: Ele é uma boa pessoa.[Henry, hoje às 18h24]: Podemos apresentar a Mandy para ele.[Eu, hoje às 18h25]: Não gosto dela.[Henry, hoje às 18h25]: Eu sei. ): ): ): Amanhã passo aí às 17h, pode ser?[Eu, hoje à, 18h26]: Estava pensando...[Henry, hoje às 18h26]: ?[Eu, hoje às 18h27]: Você poderia dormir aqui essa noite.[Henry, hoje às 18h27]: Tentador o seu convite, mas eu tenho que levar o Hendrick a um bar. É a despedida de solteiro dele, e ainda tenho que terminar algumas coisas no escritório.[Eu, hoje às 18h28]: *Mandei um emoticon c
LizHenry me contou tudo sobre o seu passado, e me senti muito mais aliviada com o seu desabafo. Agora, conseguia entender a bagagem que o acompanhava.Após a conversa, ele me ajudou a limpar o apartamento, e tinha rosas por toda parte.— Depois do casamento, você se muda — Henry contou enquanto caminhava em direção porta, o acompanhando.— Sim, senhor. — Ele parou, me dando um beijo na testa. — Vê se consegue resolver tudo com o Martin... — Me envolveu em seu abraço. — Fale que você desistiu do divórcio. — Ah, e a Mandy? — Começou a rir.— Ela foi apenas para te fazer ciúmes. Inclusive, tenho que parar com isso, pois tem momentos que sou pior que um adolescente. — Gargalhou, se afastando.— Ainda bem que você sabe. — Eu só sei que você tem um poder sobre mim. — Segurou meu rosto entre suas mãos. — Que eu não sei o que é, e não sei controlar... — Fez uma pausa. — Isso faz com que eu tenha atitudes pouco aceitáveis. — Você precisa se controlar... — falei sendo severa.— Você preci
LizA claridade do sol batia em minha face, o que tornava difícil abrir meus olhos. Mesmo assim, sabia que o dia estava lindo lá fora.Henry estava ao meu lado, dormindo profundamente.Seu braço ainda permanecia ao redor da minha cintura, fazendo com que eu sentisse preguiça de me levantar.Por mim, ficaria ali com ele e aproveitaria o dia todo em seus braços. Bosta! Lembrei de súbito do almoço com o Martin.Tirei as mãos do Henry do meu corpo e me levantei com cuidado, para não o acordar.Pego meu celular e olhei no visor, vendo que já eram quase 10h da manhã. Olhei para o Henry e fiquei tentada a voltar para cama, mas precisava ir ao mercado.Levantei, fiz minha higiene e tomei um banho rápido. Aproveitando que estava quente, pus um vestido curto, todo florido e com o fundo rosa, além de uma rasteirinha cor de creme. Também prendi meu cabelo em um coque frouxo.Ao finalizar, Henry ainda dormia igual a uma pedra.Coloquei a cafeteira para passar o café, e catei minha carteira, celula
Liz— Henry? — Mirou-me. — Faz amor comigo? — Pude ver o brilho em seus olhos com o meu pedido. Talvez eu esteja sendo fraca, ou até mesmo muito boba, mas precisava dele, precisava dos seus toques e dos seus beijos. Precisava senti-lo dentro de mim, e aquilo era tudo o que eu precisava e queria.— Eu te amo — falou, voltando a me beijar.Sua língua pedia passagem de uma forma rígida e urgente, e me deixei levar pelo seu beijo. Ele me segurou, me guiando em direção à minha cama, mas não me deixou sentar, eu continuava de pé.Henry depositou beijos em meu pescoço, e com apenas um movimento, tirou o meu vestido, jogando-o no chão. Naquele momento, parou, e ficou observando o meu corpo.— O que foi? — A maneira que ele me olhava me deixou sem graça.— É que... — Continuei a fitá-lo. — Essa lingerie ficou esplêndida no seu corpo! — disse aquilo e voltou a beijar o meu pescoço.Uma de suas mãos brincava com o meu seio por cima do sutiã, fazendo carinho em ambos, ao passo que a outra escorre