Liz
Outro cara começa a dançar comigo, mas não vejo quem é. Ele apenas acompanha o meu ritmo, a bebida já estava fazendo efeito. Começamos a dançar bem grudados. Ele segurou minha cintura e comecei a rebolar em seu pau, e percebi que ele estava bem excitado. Quando me virei, me deparo com um cara lindo, olhos cor de mel, com um cavanhaque. Meu Deus! Automaticamente nossos lábios se tocam.
Que beijo gostoso, faz tempo que não beijo ninguém. Aliás, eu só beijei uma única vez, foi no segundo ano do ensino médio e estava com 16 anos. Depois que beijei o Edward, nunca mais beijei ninguém.
Neste momento, alguém esbarrou em mim e assim que me virei, para reclamar e xingar a pessoa que estava me atrapalhando, senti algo gelado no meu corpo. Sim. Fico toda molhada, e não do jeito legal. Não vejo o rosto da pessoa, apenas fecho meus olhos e respiro fundo.
Quando abro meus olhos, é ele!
— Me desculpa. — Ele falou no meu ouvido. — Senhorita Navarro! — Fecho meus olhos novamente! — Você está bem? — Que voz esse homem tem. Porra, Henry! Tinha que ser você.
— Ah, claro! Estou perfeitamente bem. — Falo abrindo meus olhos.
— Venha! — Ele saiu me puxando pela mão. Senti um choque quando ele encostou em mim. — Deixa que eu te ajudo.
Olhei para trás em busca do meu companheiro de dança, mas ele já não está mais no mesmo lugar
Henry me leva até o bar e não sei de onde tirou um pano e começou a me secar. Quando sua mão chegou entre os meus seios, simplesmente me encarou e meu corpo todo se arrepiou com o seu toque.
— Me dê aqui! — Peguei o pano da sua mão e terminei de me secar. Ele apenas me observou com os olhos estreitos.
— Me desculpa? — Ele faz uma cara de piedade.
— Da licença! — Não falei nada, apenas sai por entre a multidão procurando pelo desconhecido dos lábios de mel.
— Liz, Liz, Liz... — Ele continuou me chamando.
Encontrei as minhas amigas
— O que aconteceu? — Ana perguntou apontando para o meu vestido.
— O idiota do McNight derrubou sua a bebida em mim.
— Como foi isso?
— Eu estava beijando um moreno lindo. — Sorrio quando lembro dele. — Ele esbarrou em mim e quando me virei para xingar a pessoa que tinha feito isso, fui surpreendida por algo gelado no meu corpo.
— Ele tá te querendo — afirmou com ar divertido.
— Para de falar asneira Ana.
— Tá sim. Se não tivesse, ele não teria interrompido o seu beijo com esse cara.
Ana até pode estar certa, só que ele não me conhece e não sabe o tipo de relação que realmente temos.
Ficamos mais um pouco na boate, já são quase 5h da manhã.
— Vamos! Estou exausta. — Sam nos chamou.
Todos nós vamos para o estacionamento.
— Você vai com a gente, Liz? — Igor perguntou.
— Não, eu vim de carro.
— E tá bem para dirigir? — questiona, respondo que sim com a cabeça.
— Então, até segunda.
Me despeço deles.
Eles entraram no carro e saem. Entrei no meu e parei alguns segundo com a cabeça encostada no encosto do banco pensando no que tinha acontecido naquela noite.
Levei um susto quando alguém bateu na janela do meu carro. Fiquei surpresa quando abri meus olhos e dou de cara com o Henry.
Fiz sinal com as mãos perguntando o que ele queria e ele fez sinal para que eu abaixasse os vidros.
— O que você quer? — Revirei os olhos assim que perguntei.
— Poderia me dar uma carona? — perguntou com um meio-sorriso.
— Isso já é demais, né?! — Ele deu um sorriso, lindo.
— Meu carro não quer funcionar. — falou apontando para o veículo parado logo à frente.
— Peça um táxi!
— Perdi minha carteira.
Uma parte de mim quer dar carona e a outra não! Poderia deixá-lo aí, mas será que a minha consciência vai pesar?!
— Senhorita Navarro! — Ele estalou os dedos na minha frente e só aí saio do meu transe.
— Com uma condição.
— Qual?
— Não iremos conversar — afirmei.
— Nossa! Tudo bem.
— Entre! — ordenei.
Ele deu a volta e entrou, sentando-se do meu lado.
Respirei fundo, ajustei-me no banco dei partida saindo do estacionamento da boate a muito contragosto com meu marido desconhecido, que agora deu para estar em tudo quanto é lugar que eu vou.
— Lindo carro — declarou, me encarando.
Revirei os olhos, e o ignorei.
— Ok! Já entendi. — Ele ergue as mãos em forma de rendição.
— Coloca no GPS o seu endereço. — pedi e evitei o encarar.
— Eu poderia ir te guiando. — Lancei um olhar mortal. — Faz pouco tempo que me mudei, aí não sei os nomes das ruas aqui. — O silêncio invadiu por alguns segundos. — Você é sempre assim?
— Assim como?
— Estressada! Pavio curto! — declarou olhando para a estrada.
— Se continuar falando, vou te largar em qualquer lugar aqui! — Respirei fundo.
— Ficarei feliz se responder a minha pergunta!
— Não sou obrigada a te responder! Exceto se em uma das suas aulas e, pelo que vejo, não estamos em aula nenhuma
— Tenho certeza que se estivéssemos em uma sala de aula, você já teria sido castigada!
Meu rosto esquentou quando ele usou essas palavras.
— Não precisa ficar corada! — Ele sorriu. Que debochado.
— Falta muito? — Tentei mudar de assunto.
— Mais umas duas quadras.
Muitas coisas estão passando pela minha cabeça e uma delas é que ele não se dá ao respeito sendo um homem casado. Ok! Vou entrar no seu jogo. Usar isso a meu favor. Quero só ver se ele não vai assinar aquele divórcio.
— O próximo condomínio. — Aponta mais adiante. — Aqui!
Pareio o carro, e ele continua sentado.
— Você não vai descer? Pode entrar se quiser — ele disse.
— Não! Obrigada.
— Tenho certeza que você não vai se arrepender. — Vejo malícia naquele olhar.
— Não posso, sou uma mulher casada. — Sua expressão voltou a ficar séria.
— Você não é muito jovem para isso? — falou descendo do carro e se apoiou na janela.
— A vida me obrigou.
— E como o seu marido deixa você sair assim, sozinha?
— Isso não é da sua conta! — Ele fica pensativo.
— Até amanhã.
Para variar, eu não o respondi, apenas arranquei o carro com tudo. Olhei pelo retrovisor e ele continuou me encarando.
*** Se você está gostando da história, não esqueça de me seguir, para ficar por dentro dessa e das futuras histórias!❤️ ***
HenryAlguns anos atrás.— Você vai ter que assumir o império da sua família — disse meu pai. — Eu não posso, tenho apenas 15 anos. — Estávamos na sede da máfia. — Você tem que começar desde agora — Ele respirou fundo. — Esse é o seu tutor. Um homem careca, franzino e muito alto. — Ele vai te ensinar tudo o que precisa para continuar honrando o nome da nossa família. Meu pai sempre foi muito rude, amor era um sentimento que não fazia parte da sua vida. Minha mãe faleceu quando eu tinha 12 anos. Ela tinha um tumor maligno no fígado e quando descobriu, já era tarde demais para qualquer tentativa de tratamento. Ainda bem que eu tinha a Sandra, que sempre foi a minha babá e quando me mudei para Nova York, ela veio junto. Sempre cuidou de mim. Minha família pertencia à máfia italiana. Eu nunca quis ser o Capo, mas isso era passado de geração em geração, então obriguei-me a aceitar. Com o tempo, treinei o meu irmão mais novo. Ele cuidava da máfia para mim, tendo apenas que me deixar
HenryDecido ligar para o meu advogado, Guilherme, preciso que ele resolva tudo sobre o meu casamento. — Guilherme? — Henry, o que me deve a honra? — Vou me casar! — Anúncio. — Como assim? Encontrou o amor da sua vida? — Ele ri. — Não, são apenas negócios. — Pode falar. — Aconteceu alguma coisa com o Eric, ainda não sei bem o que é. — Dei um suspiro longo. — E? — Guilherme me incentiva a continuar. — E vou me casar com a Senhorita Andrade. — Onde você quer chegar com isso? Você só pode se casar com alguém de dentro da máfia. — Me lembra. — Sou o Capo DI Capi, sou eu que faço as regras! — O lembro. — Vou me casar, não quero divulgação e nem nada do tipo, aliás, não quero nem ver ela. Apenas assinarei a certidão e quero que ela faça o mesmo. — Tem certeza? — Tenho, sim, quando der os 7 anos, eu me separo. — Ok, vou falar com o Bruno. — Quem é ele? — O advogado da… — Não quero saber nem o seu nome. — O interrompo. — Então você já sabe dessa história? — Ok, mas é estranh
HenryMal cheguei em NY e já estou cheio de problemas para resolver! Após saborear a minha bebida, tomo um banho demorado, fico imaginando como minha esposa é e com quem ela quer se casar. Nunca a quis ver pessoalmente. Quando nos casamos, ela era apenas uma menina e eu prefiro mulheres mais experientes, que consigam acompanhar o meu ritmo na cama, e não queria uma pirralha se apaixonando por mim. ***Meu celular despertou às 6h da manhã, apenas coloquei a minha roupa de corrida e escovei os dentes, peguei o meu celular, os fones e saí para correr. Isso fazia parte da minha rotina matinal. Voltei para casa e eram quase 7h30, me empolguei hoje. Coloquei o café para passar e fui tomar um banho, hoje eu começava a dar aula. Thiago com certeza me deve uma. Meu banho foi rápido e coloquei uma calças jeans, camisa e tênis social, penteei o cabelo para trás e passei meu perfume preferido: invictos. Tomei meu café rápido e fui direto para garagem, peguei o meu Porsche preto e fui para a
HenryChego em casa, tomo um banho demorado, coloco uma camisa branca que marca meus músculos e uma calça jeans preta. Não vejo a hora de ver a Navarro, meu pau já fica aceso só de pensar nela, sei que ela não faz o meu tipo, mas tem algo nela que me faz acender como uma árvore-de-natal. Vou para a garagem e decido ir com a minha BMW esportiva preta. Sigo o caminho todo pensando nela, em qual roupa ela está usando. Assim que chego, o manobrista se aproxima e pega as chaves. A fila está imensa, mas é claro que não preciso ficar nela, pois os seguranças já me conhecem. O lugar está lotado e, com uma certa dificuldade, sigo em direção do camarote. John já está à minha espera. — Henry, que saudades eu estava de você. — Ele me abraça. — Como o seu pai está? — Ele está bem, vim aqui devido aos negócios. — Entendo. — John já tinha sido da máfia, deixou seu cargo depois que se casou. Para algumas pessoas, era mais fácil sair dela. Queria ter essa sorte. — Vai ficar na cidade por quanto
Henry Saio do meu devaneio quando vejo um cara se aproximando dela e eles começam a dançar juntos. Juntos até demais. Ela está se esfregando nele. Meu sangue todo ferve, sinto vontade de socar a cara daquele maldito, quem ele pensa que é? Ninguém vai tocá-la enquanto eu a desejar. Assim que eles começam a se beijar, eu desço com tudo daquele camarote, saio atropelando todos que estão na escada. Não desgrudo meus olhos deles em nenhum momento. Quando passo pelo bar, deixo meu copo, pego uma taça e saio empurrando todos que estão na minha frente. Finjo me esbarrar neles e, enquanto ela se vira, jogo a bebida em seus seios, para ser mais preciso. Ela respira fundo, só aí percebo que está de olhos fechados. Quando ela abre os olhos, sua expressão muda, mas não sei decifrar aquele olhar. Finjo estar arrependido, a levo até o bar e faço sinal para o barman para que me passe um pano. Começo a secar onde tinha molhado. Passo o pano entre os seus seios e sinto um choque percorrendo todo o
Liz — Vamos Liz, vai ser legal. — Enquanto fala, Ana tira as roupas do meu closet. — É aniversário do John, os amigos dele vão estar lá. Já passa das 18h da tarde e continuo de ressaca. Não estou acostumada a beber daquele jeito e, por mais que tivesse bebido pouco, parece que ingeri tudo o que tinha naquele lugar. Na casa do Pedro vai ter um jantar em comemoração ao aniversário do pai dele e ele pediu para nos convidar. Sempre vamos devido ao Pedro, porque ele não gosta muito dos amigos do John e nós fazemos companhia. — Tá bom! — Meu quarto é uma suíte, tem uma cama king, uma vista linda para o quintal e meu closet é enorme. Todo o quarto é na cor salmão com uns detalhes em branco. Na parede tem uma foto dos meus pais e embaixo dela tem uma penteadeira cheia de maquiagem com um espelho que pega a parede toda atrás dela. Eu estou bem plena, apenas a observando. — Coloca isso. — Ela me j**a uma calça jeans preta de cós alto rasgada nas pernas, um cropped branco, um casaco longo pr
LizChoro tanto que acabo dormindo. Só acordo quando o carro para, estamos na garagem, mas não na garagem da minha casa. E sim, na da casa dele. — Não quis te acordar, e não sei onde você mora. — Penso em relutar, mas não posso dizer onde eu moro, não posso correr o risco de ele saber a verdade antes de assinar o divórcio. — Mas se quiser, eu posso te levar. — Não! Vou pedir um Uber. — Ele olha fixamente em meus olhos. — Droga! — O que foi? — Acho que perdi meu celular. — Posso te emprestar o meu. — Pode ser. — Ele procura pelo seu celular e não encontra. — Acho que deixei em casa. — Ele fala descendo do carro. — Não vem? — Não. Prefiro esperar aqui. — Tem certeza? — Quando ele fala isso, minha mente começa a se lembrar do que tinha acontecido horas atrás, meu corpo todo leva um choque imaginando o que podia ter acontecido comigo se ele não tivesse aparecido. Não respondo nada, apenas desço do carro e o acompanho. Entramos no elevador em silêncio. Sim, tinha um elevador na c
Liz— Menina, acorda! — Ouço a voz da Sandra lá no fundo. — Você vai se atrasar. — Sandra, bom dia! — Ela abre a cortina do meu quarto. — Você está bem? — Sim. Só bebi demais. — Vai tomar um banho. Já estou terminando de preparar o café. — Avisa. — Está bem. Levanto da cama, tomo banho, faço minha higiene e desço para tomar café. — Nossa! Como está linda. — Sandra me elogia. — Estou como sempre, mas obrigada. — Sinto meu rosto corar. Eu usava um vestido rosa com um decote enorme, sapatilha e um sobretudo preto. O dia está agradável, é claro que eu quero provocar o Henry. — Estava maravilhoso, Sandra, obrigada. — Se cuida, minha menina. — Como de costume, dou-lhe um beijo e saio em direção ao carro. — Bom dia, Petter — Bom dia, menina. — Ele me olha pelo retrovisor. — Está linda. — Obrigada. — Vamos agitar? — É claro que sim. Petter liga o som do carro e coloca aquela música Kesi do Camilo, começamos a cantar e a se sacudir no carro. Não cantávamos muito bem, mas tentáv