Henry Saí do meu devaneio quando um cara se aproximou dela e eles começaram a dançar juntos. Até demais. Ela estava se esfregando nele. Meu sangue todo ferveu, senti vontade de socar a cara daquele maldito, pois quem ele pensava que era? Ninguém iria tocá-la enquanto eu a desejasse. Assim que eles começaram a se beijar, desci com tudo daquele camarote, atropelando todos que estavam na escada. Não desgrudei meus olhos deles em nenhum momento. Quando passei pelo bar, deixei meu copo, peguei uma taça e empurrei todos que estavam na minha frente. Fingi que esbarrei neles, e enquanto ela se virava, joguei a bebida em seus seios. Ela respirou fundo. Só então percebi que estava de olhos fechados. Quando abriu os olhos, sua expressão mudou, mas eu não sabia decifrar aquele olhar. Fingi estar arrependido, levei-a até o bar e fiz sinal para o barman, para que me desse um pano. Comecei a secar onde tinha molhado. Passei o pano entre os seus seios e senti um choque percorrer todo o meu corpo
Liz— Vamos, Liz. Vai ser legal! — convidou Ana, tirando as roupas do meu closet. — É aniversário do John, os amigos dele vão estar lá. Já passava das 18h e continuava de ressaca. Não estava acostumada a beber e, por mais que tivesse bebido pouco, parecia que eu havia ingerido todo o tipo de drinque que tinha naquele lugar. Teria um jantar na casa do Pedro, comemoração de aniversário do seu pai, e fomos convidados. Pedro não tolerava muito os amigos do pai, portanto, a nossa companhia se tornou bem importante. — Tá bom!Encarei o meu quarto, uma suíte belíssima em tons de salmão e branco. A foto dos meus pais me causou um misto de saudade e nostalgia. Olhei o porta-retratos sobre a penteadeira, soltando um longo suspiro.— Coloca isso. — Ela me jogou uma calça jeans preta, justa, cintura alta e com alguns rasgos nas pernas. Um cropped branco de lycra e um casaco preto também foram escolhidos. Os scarpins combinavam com o casaco e a calça por terem o mesmo tom.— Amiga, espera um pou
Liz— Está acompanhada? — Franziu o cenho interessado. — E se tiver? Qual é o seu interesse nisso?— Gostaria de conhecer seu marido. — Encarou-me sem desviar a atenção. — Já que disse que tem um. — Moveu os ombros como se desdenhasse.— Fale baixo — sussurrei. — Então quer dizer que seus amigos não sabem que tem um marido, senhora Navarro? — questionou com os olhos semicerrados. — Não. Quer dizer, isso não é da sua conta, senhor McNight. — Ou está mentindo? — Segurou o meu braço assim que tentei dar as costas. — Eu ainda não terminei, estou falando com você. — E quem você pensa que é mesmo? Desde quando comecei a te dar satisfação da minha vida? — vociferei, já impaciente com a audácia dele.— Está com algum acompanhante aqui? Qual seria o motivo pelo qual esconderia um marido dos seus amigos? — Me senti um lixo com suas perguntas.Meus olhos ficaram marejados de imediato, e então ele notou que fui afetada.— Me solta ou vou gritar. — Não contestou, apenas me soltou e deixou que
LizMeu marido, além de lindo e gostoso, sabia cozinhar. — Liz? — chamou.— Oi. — Mais uma vez, eu estava sonhando acordada. — Quer? — Sim. — Eu não tinha ideia do que ele estava falando, apenas concordei para não parecer mal-educada. — Você vai gostar desse. — Só então percebi que ele estava com uma taça de vinho nas mãos. É, Liz, parabéns por ficar sonhando acordada, meu subconsciente jogou na minha cara. Peguei a taça que ele me oferecia. No momento que nossas mãos se tocaram, levei um choque e deixei a taça cair, fazendo a maior bagunça na ilha e molhando minha roupa. — Droga, estou toda molhada!— Calma, Liz. — Ele tinha um olhar de malícia. — Você está bem? — Me desculpa... Droga, como sou atrapalhada! — Henry me encarava sério. — Só preciso ir para casa. — Você não pode sair assim, desse jeito. — Ele apontou para minha roupa. — Tenho uma secadora. Espera aqui. Enquanto ele sumia por aquele corredor enorme, eu peguei um pano na pia e comecei a limpar a ilha. — Aqui es
Liz— Menina, acorda! — Ouvi a voz da Sandra ao longe. — Você vai se atrasar. — Sandra, bom dia! — Ela abriu a cortina do meu quarto, fazendo que a luz do sol irradiasse nos meus olhos. — Você está bem? — perguntou de forma carinhosa.— Sim. Só bebi demais. — Vai tomar um banho. Já estou terminando de preparar o café — avisou, gentil. — Está bem. Levantei-me da cama, tomei um banho, fiz minha higiene matinal e desci para tomar café. — Nossa, como está linda! — Sandra me elogiou, sorrindo. — Estou como sempre, mas, obrigada. — Senti meu rosto corar. Eu usava um vestido cor-de-rosa com um decote enorme, sapatilha e um sobretudo preto. O dia estava agradável, e claro que eu queria provocar o Henry na faculdade. — Estava maravilhoso, Sandra, obrigada — agradeci pelo café.— Se cuida, minha menina. — Como de costume, dei-lhe um beijo e saí em direção ao carro. — Bom dia, Petter.— Bom dia, menina. — Ele me olhou pelo retrovisor. — Está linda. — Obrigada — disse, corada.— Vamos
HenryAlgumas horas atrásPor mais que tenha ido dormir tarde, era um costume acordar sempre cedo. Odiava aquilo, mas era preciso. Fiz minha higiene e fui para o escritório resolver alguns problemas. Meu celular tocou, olhei no visor e era o John. — Faz poucas horas que nos vimos e já está com saudades, John? — disse em tom de brincadeira.— Para de falar merda, Henry. — Ele começou a rir. — Vou comemorar meu aniversário hoje à tarde na chácara da família. — Mas não é daqui a uma semana? — Sim, mas tenho uma viagem de negócios. — Ok. Que horas? — Lá pelas 19h. — Ok, estarei lá. — Até, meu amigo. Continuei com o trabalho e, perto das 18h, resolvi me arrumar. Decidi vestir uma camiseta branca, uma jaqueta de couro por cima e uma calça jeans preta. O básico sempre foi o meu preferido. ***Depois de quase uma hora, cheguei à chácara. Fazia anos que não vinha para cá, mas estava linda como sempre. Atrás da casa, havia um lago onde eu e Eric costumávamos nadar nos verões. Entr
HenryVê-la daquele jeito só fez o meu ódio pelo Patrick aumentar. Aquilo idiota iria me pagar. Bastardo de merda! Não queria acordá-la e, se fosse mesmo casada, não poderia levá-la para casa, pois não queria causar mais constrangimento, assim, dirigi-me até a minha casa. Por fim, ela acordou assim que desliguei o carro e, sem reclamar, entrou comigo. Para a minha sorte, meu celular estava, de fato, sem carga. Claro que como um bom cavalheiro, fiz o jantar, mas queria mesmo era que ela fosse a sobremesa. Meu pau quase pulou para fora da calça quando ela derramou o vinho em sua roupa. Só que vê-la usando uma camisa minha me deixou mais alucinado ainda e fiquei imaginando como seria beijar cada centímetro do seu corpo, como seria estar dentro dela. Não consegui me controlar quando a vi perto da pia, então me aproximei devagar, sentindo o seu perfume misturado ao meu. Mais uma vez, ela me surpreendeu quando me beijou, e claro que eu retribuí. Fazia pouco tempo que tínhamos nos beij
HenryDepois do que aconteceu na faculdade, fui para casa e decidi ligar para o Guilherme. — Henry.— Gui, já conseguiu as informações sobre a senhorita Navarro? — Perguntei com precisão.— Sim. — Ele fez uma pausa. — Por que ainda não as recebi? — Henry, me responda algo antes.— Pergunta logo. — Você vai se separar da senhora McNight? — Ainda não sei. Preciso cumprir com o combinado. — Não estava entendendo onde Guilherme queria chegar. — Ok. Vou enviar um e-mail com todas as informações da senhora Navarro.— Ok. — Espera, Henry. — Sim. — Antes de ler as informações, vá conversar com a sua esposa.— disse com aflição.— Quer me contar algo? — indaguei, confuso.— Não. — Até mais, Guilherme. — Não esperei por sua resposta, apenas desliguei o telefone. Não entendi a conversa do Guilherme. Ele sempre era direto, mas nunca intrometido.***Fui para a delegacia, pois tinha vários relatórios para analisar e algumas operações para acompanhar. — Entre! — ordenei assim que alguém b