Liz — Vamos Liz, vai ser legal. — Enquanto fala, Ana tira as roupas do meu closet. — É aniversário do John, os amigos dele vão estar lá. Já passa das 18h da tarde e continuo de ressaca. Não estou acostumada a beber daquele jeito e, por mais que tivesse bebido pouco, parece que ingeri tudo o que tinha naquele lugar. Na casa do Pedro vai ter um jantar em comemoração ao aniversário do pai dele e ele pediu para nos convidar. Sempre vamos devido ao Pedro, porque ele não gosta muito dos amigos do John e nós fazemos companhia. — Tá bom! — Meu quarto é uma suíte, tem uma cama king, uma vista linda para o quintal e meu closet é enorme. Todo o quarto é na cor salmão com uns detalhes em branco. Na parede tem uma foto dos meus pais e embaixo dela tem uma penteadeira cheia de maquiagem com um espelho que pega a parede toda atrás dela. Eu estou bem plena, apenas a observando. — Coloca isso. — Ela me j**a uma calça jeans preta de cós alto rasgada nas pernas, um cropped branco, um casaco longo pr
LizChoro tanto que acabo dormindo. Só acordo quando o carro para, estamos na garagem, mas não na garagem da minha casa. E sim, na da casa dele. — Não quis te acordar, e não sei onde você mora. — Penso em relutar, mas não posso dizer onde eu moro, não posso correr o risco de ele saber a verdade antes de assinar o divórcio. — Mas se quiser, eu posso te levar. — Não! Vou pedir um Uber. — Ele olha fixamente em meus olhos. — Droga! — O que foi? — Acho que perdi meu celular. — Posso te emprestar o meu. — Pode ser. — Ele procura pelo seu celular e não encontra. — Acho que deixei em casa. — Ele fala descendo do carro. — Não vem? — Não. Prefiro esperar aqui. — Tem certeza? — Quando ele fala isso, minha mente começa a se lembrar do que tinha acontecido horas atrás, meu corpo todo leva um choque imaginando o que podia ter acontecido comigo se ele não tivesse aparecido. Não respondo nada, apenas desço do carro e o acompanho. Entramos no elevador em silêncio. Sim, tinha um elevador na c
Liz— Menina, acorda! — Ouço a voz da Sandra lá no fundo. — Você vai se atrasar. — Sandra, bom dia! — Ela abre a cortina do meu quarto. — Você está bem? — Sim. Só bebi demais. — Vai tomar um banho. Já estou terminando de preparar o café. — Avisa. — Está bem. Levanto da cama, tomo banho, faço minha higiene e desço para tomar café. — Nossa! Como está linda. — Sandra me elogia. — Estou como sempre, mas obrigada. — Sinto meu rosto corar. Eu usava um vestido rosa com um decote enorme, sapatilha e um sobretudo preto. O dia está agradável, é claro que eu quero provocar o Henry. — Estava maravilhoso, Sandra, obrigada. — Se cuida, minha menina. — Como de costume, dou-lhe um beijo e saio em direção ao carro. — Bom dia, Petter — Bom dia, menina. — Ele me olha pelo retrovisor. — Está linda. — Obrigada. — Vamos agitar? — É claro que sim. Petter liga o som do carro e coloca aquela música Kesi do Camilo, começamos a cantar e a se sacudir no carro. Não cantávamos muito bem, mas tentáv
Henry Algumas horas atrás Por mais que tenha ido dormir tarde, é um costume acordar sempre cedo. Odeio isso, mas é preciso. Faço minha higiene e vou para o escritório resolver alguns problemas. Meu celular toca, olho no visor e é o John. — Faz poucas horas que nos vimos e já está com saudades, John? — Para de falar merda, Henry. — Ele começa a rir. — Vou comemorar meu aniversário hoje à tarde na chácara da família. — Mas não é daqui a uma semana? — Sim, mas tenho uma viagem de negócios. — Ok. Que horas? — Lá pelas 19h. — Ok, estarei lá. — Até meu amigo. Continuo com o trabalho e perto das 18h resolvo me arrumar. Decido vestir uma camiseta branca, jaqueta de couro por cima e calça jeans preta. O básico sempre foi o meu preferido.***Depois de quase uma hora, chego na chácara. Já faz anos que não venho para cá, mas está linda como sempre., Atrás da casa tem um lago, onde eu e Eric nadávamos nos verões. Entro na casa e dou de cara com a Joana. — Henry, como você está li
HenryNão quero acordá-la e se for realmente casada, não posso levá-la para casa, não quero causar mais constrangimento. Por fim, ela acorda assim que desligo o carro, e sem reclamar, ela entra. E para a minha sorte, meu celular realmente estava sem carga. É claro que como um bom cavalheiro, faço o jantar, mas querendo que ela seja a sobremesa. Meu pau quase pulou para fora da calça quando ela derramou o vinho em sua roupa. Só que ver ela usando uma camisa minha me deixou mais alucinado ainda e fiquei imaginando como seria eu beijando cada centímetro do seu corpo, como seria estar dentro dela. Não consigo me controlar quando a vejo parada na pia, então me aproximo lentamente sentindo o seu perfume misturado ao meu. Mais uma vez ela me surpreende quando me beija, e é claro que eu retribuo. Fazia pouco tempo que tínhamos nos beijado, mas já estava desejando sentir seus lábios macios novamente. Nosso beijo é feroz, cheio de desejo. Sei que ela me deseja tanto quanto eu a desejo.
HenryDepois do que aconteceu na faculdade, fui para casa. Decido ligar para o Guilherme. — Henry. — Gui, já conseguiu as informações sobre a senhorita Navarro? — Sim. — Ele faz uma pausa. — Por que ainda não as recebi? — Henry, me responda algo antes? — Pergunta logo. — Você vai se separar da senhora McNight? — Ainda não sei. Preciso cumprir com o combinado. — Não estou entendendo onde Guilherme queria chegar. — Ok. Vou enviar um e-mail com todas as informações da senhorita Navarro. — Ok. — Espera Henry. — Sim. — Antes de ler as informações, vá conversar com a sua esposa antes. — Quer me contar algo? — Não. — Até mais, Guilherme. — Não espero por sua resposta, apenas desligo o telefone. Não estava entendo a conversa do Guilherme, ele sempre era direto, mas nunca intrometido. ***Vou para a delegacia, tenho vários relatórios para analisar e algumas operações para acompanhar. — Entre! — Falo assim que alguém b**e na minha porta.— Aqui está mais alguns relatórios, s
HenryO jantar foi tranquilo, a todo momento percebia a Liz me olhando e quando nossos olhares se encontravam, ela disfarçava. E Dalila sempre chamando minha atenção. Até que ela é interessante, se fosse antigamente, seria uma foda qualquer. Mas vou usá-la para provocar a Liz. Liz se levanta e caminha até o banheiro. — Dalila, me dá licença?! — Falo apontando para o banheiro. — É claro. — Percebo que ela está dando umas olhadas para o Patrick, menos mal. Ela é apenas uma transa casual. O banheiro fica em um mini corredor, as portas do masculino e do feminino ficam frente a frente. Abro a porta do banheiro feminino com cuidado. Liz está de olhos fechados na frente da pia, passando água no pescoço, então aproveito e entro com todo cuidado. Ela percebe minha presença, abre os olhos e fica por alguns segundos me olhando fixamente. — Deseja algo, senhor McNight? — Seu olhar é de pura sedução. — Já estava me esperando? — Surpreso? — Um pouco! — Vai me falar o que deseja? — Ela
Liz Fiquei por algum tempo deitada no colo da Sandra, até que dormi e acordei melhor. — Está melhor, minha menina? — Sim, Sandra. — Ela ainda tem um olhar de preocupação. — Tem certeza? — Sim, até vou ao shopping comprar um celular. — O que aconteceu com o seu? — Perdi no dia em que saí com a Ana. — Ok. Vou chamar o Petter para te levar. — Não precisa, vou dirigindo. — Você não gosta. — Preciso esfriar a cabeça. — Ok menina, vê se não demora. Dou um beijo nela e subo para trocar de roupa. Coloco um short, um cropped preto e sapatilhas pretas. Pego meu cartão de crédito e vou para o shopping. ***Tento estacionar meu carro no estacionamento do shopping, esse é um dos motivos por não gostar de dirigir. E sim, meu carro tem sensor e câmera traseira e ainda tenho receio de estacionar ele. Assim que dou a ré, sinto uma pancada de leve. — Droga, Liz! Não acredito que você bateu. — E mais uma vez o meu subconsciente me repreende. Desço do carro e o dono do outro carro faz o me