HenryDepois do que aconteceu na faculdade, fui para casa. Decido ligar para o Guilherme. — Henry. — Gui, já conseguiu as informações sobre a senhorita Navarro? — Sim. — Ele faz uma pausa. — Por que ainda não as recebi? — Henry, me responda algo antes? — Pergunta logo. — Você vai se separar da senhora McNight? — Ainda não sei. Preciso cumprir com o combinado. — Não estou entendendo onde Guilherme queria chegar. — Ok. Vou enviar um e-mail com todas as informações da senhorita Navarro. — Ok. — Espera Henry. — Sim. — Antes de ler as informações, vá conversar com a sua esposa antes. — Quer me contar algo? — Não. — Até mais, Guilherme. — Não espero por sua resposta, apenas desligo o telefone. Não estava entendo a conversa do Guilherme, ele sempre era direto, mas nunca intrometido. ***Vou para a delegacia, tenho vários relatórios para analisar e algumas operações para acompanhar. — Entre! — Falo assim que alguém b**e na minha porta.— Aqui está mais alguns relatórios, s
HenryO jantar foi tranquilo, a todo momento percebia a Liz me olhando e quando nossos olhares se encontravam, ela disfarçava. E Dalila sempre chamando minha atenção. Até que ela é interessante, se fosse antigamente, seria uma foda qualquer. Mas vou usá-la para provocar a Liz. Liz se levanta e caminha até o banheiro. — Dalila, me dá licença?! — Falo apontando para o banheiro. — É claro. — Percebo que ela está dando umas olhadas para o Patrick, menos mal. Ela é apenas uma transa casual. O banheiro fica em um mini corredor, as portas do masculino e do feminino ficam frente a frente. Abro a porta do banheiro feminino com cuidado. Liz está de olhos fechados na frente da pia, passando água no pescoço, então aproveito e entro com todo cuidado. Ela percebe minha presença, abre os olhos e fica por alguns segundos me olhando fixamente. — Deseja algo, senhor McNight? — Seu olhar é de pura sedução. — Já estava me esperando? — Surpreso? — Um pouco! — Vai me falar o que deseja? — Ela
Liz Fiquei por algum tempo deitada no colo da Sandra, até que dormi e acordei melhor. — Está melhor, minha menina? — Sim, Sandra. — Ela ainda tem um olhar de preocupação. — Tem certeza? — Sim, até vou ao shopping comprar um celular. — O que aconteceu com o seu? — Perdi no dia em que saí com a Ana. — Ok. Vou chamar o Petter para te levar. — Não precisa, vou dirigindo. — Você não gosta. — Preciso esfriar a cabeça. — Ok menina, vê se não demora. Dou um beijo nela e subo para trocar de roupa. Coloco um short, um cropped preto e sapatilhas pretas. Pego meu cartão de crédito e vou para o shopping. ***Tento estacionar meu carro no estacionamento do shopping, esse é um dos motivos por não gostar de dirigir. E sim, meu carro tem sensor e câmera traseira e ainda tenho receio de estacionar ele. Assim que dou a ré, sinto uma pancada de leve. — Droga, Liz! Não acredito que você bateu. — E mais uma vez o meu subconsciente me repreende. Desço do carro e o dono do outro carro faz o me
Liz— Sandraaa, cheguei! — Entro, avisando-a. — Como foi? — Não era um encontro. Aceitei o convite porque tinha batido no carro dele. — Sandra franze o cenho. — Na verdade, nem sei se fui eu que realmente bati, mas enfim. — Quer que eu prepare alguma coisa para você? — Pode ser um chá, vou tomar um banho e já desço. — Ok. — Sandra vai para a cozinha e eu subo em direção ao meu quarto. Enquanto procuro por um pijama, fico lembrando de como Henry estava lindo e do que fiz com ele no banheiro. Não encontro um pijama no meu aramado, então decido usar uma camisola vermelha com renda na parte do decote, pois essa hora apenas eu e Sandra estamos em casa, posso ficar bem à vontade. Tomo um banho bem demorado e lavo meu cabelo. Seco-me e visto minha camisola, coloco uma calcinha preta toda de renda, tiro o excesso de água do meu cabelo e desço para tomar o meu chá. — Sandra... — Já desço a escada chamando por ela. — Cadê você? — Ela deve estar na cozinha. — Sandraaaaaa. — Termino de
LizA mesa é de oito lugares, a cozinha é enorme. Ele está sentado em um lado da mesa e eu do outro. — Espere. — Ele fala assim que me levanto da mesa e volto a me sentar. — Petter saiu. — Ele me olha fixamente. — Vou te levar. — Não! — Por impulso me levanto da cadeira. — Não estou pedindo sua permissão! — Ele simplesmente volta a ler o seu jornal. — Você não pode fazer isso comigo. — O desespero começa a me invadir. — Ninguém sabe que sou casada. — E por que não? — Ele parece surpreso, mas não deveria estar. — Não vamos entrar nessa discussão novamente! — Meu sangue já está fervendo de tão nervosa que estou. — Liz, me desculpa! — Desculpa? Você acha que me pedir desculpas vai resolver alguma coisa? — O que você quer que eu faça? — Nesse momento ele se levanta e caminha em minha direção. — Não se aproxima! — Não quero ter uma recaída como na noite passada, eu sei que se me entregar a ele, estarei perdida, pois pertencerei apenas a ele. — Por que, Liz? — Nesse momento ele
HenryUm turbilhão de emoções me invade quando descubro que a Liz é minha esposa. Ela é a mulher por quem me apaixonei e, ao mesmo tempo, a mulher que desejo me divorciar, pelo menos era o que eu queria. Suas palavras são como um tapa no meu rosto, não imaginava que eu tinha a machucado tanto assim. Devia pelo menos ter ido visitá-la ou sei lá. Ela pega a sua camisola e sobe. Continuo ali, parado e pensando na merda que eu havia feito. Não devia ter aceitado aquele contrato que, se não fosse pelo Eric, eu nunca teria assinado. Subo atordoado para o meu quarto. Percebo que o quarto dela fica ao lado do meu, e daqui consigo ouvir o seu choro. Droga, Henry! Bato a porta com tudo. Sandra realmente o deixou do jeito que gosto, ele é uma suíte tem uma hidro, meu closet é quase do tamanho do quarto de hóspedes. Minha cama é uma, king size, tem um lençol na cor azul com branco, as cores do quarto são cinza com branco e tem uns nichos com umas fotos dos meus pais. Já faz anos que meu pai não
Henry— Henry! — Hendrick vem ao meu encontro, percebo que ele está chorando. — Como ele está? — O estado dele é grave. — Ele faz uma pausa. — Ele está em coma. — Já estão atrás do Patrick? — Ele está em Nova York. Se realmente foi ele, alguém está nos traindo! — Comece a investigação agora mesmo. Quero câmeras em todas as salas daquele prédio, agora mesmo! — Falo olhando na direção da Andressa. Ela apenas assente com a cabeça e sai. Andressa treinou comigo e com o Eric quando entramos na máfia e, por mais que cuide da parte administrativa, ela tem que saber como se proteger contra o inimigo. Ela é linda, ruiva, com umas sardas que a deixam muito charmosa, cabelo curto, aqueles cortes chanel de bico, que realça muito bem a sua beleza. Ela deve ter 1,75 de altura, parecendo uma modelo, com o corpo muito bem desenhado, mas sempre a tive como uma irmã, nunca a olhei com outros olhos. Mas Hendrick é apaixonado por ela. Ele sempre foi tímido quando se tratava de mulheres, mas só com a
LizJá tem um pouco mais de um mês que o Henry foi embora. Nem a Sandra sabe dele. Aquele dia na faculdade, ele saiu para atender o telefone e nunca mais voltou. Chorei por dias. Poderia até parecer clichê, mas até cheguei a pensar que só queria tirar a dúvida se eu era ou não virgem. Nunca imaginei que, me entregando assim, eu poderia ficar tão mal. No começo, tinha me sentido usada, mas agora, não consigo sentir raiva dele… tantas coisas estavam passando em minha mente. Então encontrei Patrick na faculdade e disse que queria lecionar lá. No começo, não me parecia ser uma boa pessoa, só que agora era quem estava me ajudando. Conversamos todos os dias por mensagem. Me disse que morava na Alemanha, até me convidou para conhecer seu país. Me contou também que o seu pai morreu recentemente e que ele busca vingança por sua morte. Esquecia do Henry quando estávamos juntos e até fomos jantar um dia desses. Fazia tempo que não me sentia leve desse jeito. Ele até tentou me beijar, mas não de