Giovana cresceu na fazenda Soledade, onde seus pais sempre foram os caseiros, e depois de se formar em medicina veterinária, ela volta para trabalhar na fazenda. Sempre foi muito querida por todos, ou quase todos. E quando o Augusto, filho do fazendeiro, retorna dos Estados Unidos, acaba se encantando com a beleza e gentileza da garota, mas eles se enxergam apenas como amigos, ou acham que é somente isso, até começarem a sentir o amor desabrochando em seus corações.
Ler maisNina, Dois meses do mais puro amor em meus braços, ver a evolução do meu filho e a cumplicidade do Augusto nas noites acordadas me mostra que fiz a escolha certa.Decidimos que é melhor e mais fácil nos mudarmos para o Haras, essa semana termina as adaptações na casa e então voltamos definitivamente para o sossego da fazenda.— Como está os dois amores da minha vida? — Augusto chega brincando com Antônio que está em meus braços.— Estamos bem, lava as mãos para pegá-lo. — Falo arrumando Antônio em meu colo que fica todo faceiro só de ouvir a voz do papai.Augusto retorna do lavabo e passa o antisséptico nas mãos, pega o nosso filho e começa a brincar todo bobo.Dona Helena desce ao ouvir a voz de Augusto, Alfred também está com ela, estão aqui para finalizar os últimos detalhes, o Haras será inaugurado hoje no fim da tarde.Embora tenha babás para cuidar de Antônio, eu reduzi minha carga horária para acompanhar dele nos primeiros seis meses.— Tudo certo mamãe, está animada? — August
Nina,A festa de Nicole foi surpreendentemente linda, Felipe e Joaquim juntos é melhor do que poderíamos prever em todos os anos de amizade, saber quem podem explanar esse amor ao mundo me deixa muito feliz.Para completar minha paz interior, a documentação da adoção foi aprovada, passaremos por uma experiência social,mas isso é procedimento padrão, ou seja, meu bebê que sai hoje da UTI e recebe alta vira para casa.— Amor, eu te falei que a mamãe chega hoje? Vem ela e o Alfred. — Augusto fala enquanto se veste.— Ela me contou, você deve ter se esquecido. — Sorrio.— Daqui a pouco temos que buscar nosso filho, nosso Antônio. — Augusto fala todo orgulhoso.— Sim, nosso cowboy. — Falo com um sorriso enorme no rosto e abraço Augusto.Descemos as escadas e meus pais já estão na sala nos esperando, estamos todos ansiosos com a chegada do nosso menino.Mamãe e papai decidem aguardar aqui para não tumultuar o hospital, dona Helena também deve estar pousando a qualquer momento e já vem diret
Nina,Estou feliz que as coisas estejam caminhando de acordo com o planejado, se tudo der certo em poucos dias meu filho estará comigo, o advogado da família Barros já está cuidando de toda parte burocrática.Jorge tem se aproximado de Augusto que ainda oferece alguma resistência, mas sei que em breve ele cederá totalmente.Hoje é o casamento de Nicole e Fabrício, estou ansiosa, daqui a pouco o carro vem me buscar para ir ao SPA onde a noiva e as madrinhas serão arrumadas.— O próximo será o nosso! — Augusto fala beijando minha testa.— Já somos praticamente casados. — Falo abraçando-o.— Quero casar com você dentro de tudo que exige o figurino. — Augusto fala e eu me emociono.O carro chega e eu me despeço, sinto um frio na barriga e em minha mente os últimos acontecimentos vão sendo repassado seguidos de reflexões, agradeço por todo aprendizado que todas as situações me trouxeram, uma vez superadas não há porque reclamar.— Estou tão ansiosa! — Nicole fala vindo me abraçar.— Já de
Augusto,Nina decidiu que quer adotar o filho de Vitória, eu na realidade não concordo e não por ser filho daquela louca e sim por medo do que as lembranças podem causar, mas se ela está decidida eu vou apoia-la.Passo no escritório atualizo as obrigações diárias, deixo algumas recomendações com a secretária e então saio para encontrar o amante da Vitória.Passo no clube que eles frequentavam mas não encontro, converso com algumas pessoas e então uma moça me diz onde posso encontra-lo.— Augusto! É esse seu nome, né? — A moça pergunta quando já estou saindo.— Sim! — Respondo seco.— A Vitória, o que aconteceu com ela? Por está atrás dele? — Ela pergunta claramente preocupada.— Ela faleceu há alguns dias... — O rosto da moça se transforma em desespero assim que ouve.— E o bebê? — Ela pergunta aflita.Nesse instante eu vejo que ela não é só uma pessoa qualquer, ela é íntima de Vitória e sabe muito sobre tudo isso. Volto dois passos ficando próximo a ela novamente.— O que você é da V
Nina,É engraçado como a vida nos prega peças, num dia tudo e flores e no outro vira um pesadelo, semana passada eu perdi meu bebê, dois dias atrás um anjinho perdeu sua mãe, acho que o destino pode estar querendo me ensinar algo.— Augusto, podemos adotar o bebê? — Pergunto enquanto passo manteiga numa torrada.— Amor, não penso que essa criança nos trará boas lembranças, podemos adotar outra se for do seu interesse ou então podemos fazer um nosso.— Eu não quero outro bebê, eu quero esse... algo em mim diz que nossos destinos estão cruzados há muito tempo. — Respondo olhando séria para Augusto.— Vocês estão esquecendo de um detalhe importante, essa criança tem um pai! — minha sogra fala e todos nós voltamos a atenção para ela.— Isso é verdade, por hora todos os direitos são dele. — Papai responde e passa o guardanapo na boca.— Resta saber quem é o pai da criança. — Mamãe complementa.— Eu tenho quase certeza de que sei... — Augusto fala e todos nós olhamos para ele — vou hoje mes
Nina,Acordo assustada, uma equipe avalia meus batimentos cardíacos e pressão arterial, meus olhos estão abertos, respondo aos estímulos, contudo minha mente está vagando em outra dimensão.Vagarosamente vou recobrando minha ciência, olho em volta e vejo Vitória sendo levada em uma maca.— Nós nunca vamos ter paz? Já não aguento mais! — Falo olhando para Augusto que vem em minha direção.— Eu prometo que vamos! — Ele fala.Augusto senta ao meu lado e me abraça, a equipe passa recomendações a minha mãe e me libera, pedindo apenas um acompanhamento psicológico.— Vocês precisam ir até a delegacia prestar depoimento. — Um policial indica.— Estamos aguardando o nosso advogado, seguiremos assim que ele chegar. — Augusto informa.O policial sai e dona Helena me abraça do outro lado, mamãe se abaixa em minha frente.— Vocês está bem minha menina? — Mamãe pergunta.— Estou sim! E Vitória? E o bebê? Alguém avisou o avô dela? ou seu Jorge? — Pergunto realmente preocupada.— Seu coração vale ou
Augusto,Saio do escritório da fazenda que fica no centro de Goiânia, Nina vem em meus pensamentos e um desejo de lhe fazer uma surpresa toma conta do meu coração.Abro a central de câmera lá para ver se ela está em casa, ela, mamãe e minha sogra iam as compras hoje, o que me deixa feliz, pois assim Nina vai voltando a rotina e superando mais rápido nossa perda.Abro as imagens em meu celular e o que eu vejo me tira o chão, Vitória e mamãe estão rolando pelo chão do apartamento entre tapas e puxões de cabelo, mudo de câmera procurando por Nina e a vejo descer as escadas.Acelero a camionete, preciso chegar rapidamente em casa, não sei quais as intenções de Vitória indo até lá, mas certamente não são as melhores.Entre um semáforo e outro, olho as câmeras para ver em que pé está aquela confusão, mas vejo que não consigo chegar a tempo, Vitória está armada e ainda falta muito para que eu chegue.Ligo para a polícia e peço uma viatura, depois aviso dona Marília e então ando o mais rápido
Nina,Estou vivendo dias de paz, e apesar de tudo estou feliz, a minha vida com Augusto está maravilhosa.Dona Helena já deixou claro que na semana que vem início no haras, inclusive meus pais também vão trabalhar lá, já estão organizando a casinha que vão morar.Mamãe está bem feliz, ela já não está aguentando ficar na cidade, as nossas vidas sempre foi na fazenda, por hora ficarei aqui, mas futuramente quero conversar com Augusto sobre sair da cidade.— Pronta? — Mamãe pergunta entrando no quarto.— Pronta! — Levanto e ajusto meu cinto.— Dona Helena está nos esperando, ela está chamando isso de dia das meninas, vê se pode!Rio divertida da colocação de mamãe, iremos as três fazer compras para o casamento de Nicole, eu já tenho meu figurino uma vez que sou madrinha, mas é claro que não perderia esse momento por nada.Saímos às três e passeamos por diversas lojas, paramos em uma cafeteria e tomamos um capuccino, fofocamos e sorrimos, logo após o casamento de Nicole, minha sogra ret
Nina, Chegamos ao apartamento e mamae já está me esperando ansiosa, uma mesa de café está posta e eu me sirvo sorridente, já não aguentava mais a dieta hospitalar.— Oh minha filha, como me alegra tê-la de volta em casa. — Papai fala e me dá um beijo nos cabelos.— Me alegra também… — falo e sinto algo ruim com a palavra alegre, como posso estar alegre se perdi o meu filho? Dona Helena nota minha mudança, e rapidamente pede que eu termine o café e suba para repousar.— Você não está bem, precisa comer e deitar. Foram as recomendações! — ela fala e eu assinto.Termino de me alimentar e subo pra o meu novo quarto com o auxílio de Augusto e acompanhanda de minha mãe e minha sogra.De fato é amplo e bonito, mamãe colocou minhas coisas no mesmo quarto de Augusto, sorrio pequeno e tímida.— Juntado com fé, casado é! — Mamãe fala sorrindo.— E depois que tudo se organizar, vocês podem fazer a cerimônia, essa é apenas uma medida de emergência. — Dona Helena complementa.As duas corujas saem