Augusto Barros Saio do celeiro e fico intrigado comigo mesmo que não fui capaz de interagir com a veterinária Nina, fiquei feito um idiota sem tirar os olhos dela, como pude agir assim? Ficar mudo diante de uma mulher linda. É coisa de adolescente, só pode ser cansaço, saio dos meus devaneios quando ouço a voz do meu pai.__ Ficou muito bom! Gostei muito dos piquetes e das maternidades, Tudo muito moderno facilitando tanto para as vacas na hora de parir quanto para nós veterinários. __ Falo à verdade. __ O que aconteceu você está tão calado? __ Não respondo de imediato e ele continua a falar me olhando de soslaio __ O que achou das mudanças que fiz no celeiro?— Amanhã vou ajudá-lo no escritório de manhã porque preciso inteirar dos assuntos da fazenda e das finanças, à tarde vou reunir com os peões e com os veterinários e ainda quero dar uma volta com o Trovão. ---Como é satisfatório saber que você está entusiasmado em administrar á fazenda e falar no Trovão com certeza ele está
AugustoAcordo me sentindo bem disposto, o sol ainda nem nasceu, mas me levanto. Vou ao banheiro escovo os dentes lavo e faço a barba pois gosto do meu rosto lisinho, vejo que as minhas roupas estão todas no meu closet, arrumadas do jeito que gosto, pego uma camisa xadrez em preto e cinza e uma calça jeans preta me visto calço e ponho o meu chapéu. Saio do quarto e ao chegar na escada já sinto um cheiro delicioso de café, desço a os degraus quase correndo, parecendo adolescente, sorrio do meu pensamento, chego à cozinha e está meu pai e dona Marília , conversando .— Bom dia! O dia começou animado por aqui —- Falo em um tom de animado.— Bom dia! Dormiu bem? Descansou? — pergunta dona Marília enxugando as mãos no avental e com um sorriso no rosto.— Bom dia filho! Hoje o dia promete. Temos muito serviço para fazer dentro e fora do escritório — Diz levando a xícara de café até a boca.— Dormi bem sim e acordei bem descansado — Respondendo a dona Marília, com um sorriso nos lábios, e
Nina — Não esperava ver Augusto naquele fim de tarde, quando eu estava sorrindo das muitas besteiras que Joaquim e Fabrício contavam. Estávamos em frente ao celeiro, ele surgiu montado no Trovão, com todo seu esplendor, nos cumprimenta com indiferença, manda Joaquim guardar o cavalo e sai se achando um rei, só se for o reinda cocada preta.— Que ser insuportável! Não sei se conseguirei trabalhar com essa criatura Ele é um arrogante.— Aí que você se engana, ele apesar da fortuna é um cara muito simples, não sei que bicho mordeu ele agora, deve estar cansado só pode! – Fabrício fala em defesa do príncipe e eu reviro os olhos vendo Joaquim voltar para perto de nós rindo do meu gesto.— O que eu perdi? — Joaquim pergunta enfiando as mãos nos bolsos da calça com cara de desconfiado olhando de um para outro enquanto Fabrício solta uma gargalhada.—Aah Joaquim, é só o Fabrício que virou advogado de defesa do arrogante e babaca do filho do patrão, parece até que ele tem umsrei na barriga.
Nina Augusto põe a mão esquerda no meu ombro me guiando até a saída, seguimos calados. Ao sairmos do celeiro tá um vento suave.—- Está indo para casa? — Perguntei quebrando o silêncio.— Não! Vou dar uma volta com o trovão, matar um pouco a saudade e aproveitar para ver o meu netinho. — Diz com um sorriso irônico, referindo ao potrinho, filho do Trovão.— Por falar nele, já escolheu o nome?— Sim, Tornado! O que você acha? — Pergunta com um sorriso lindo.— Tornado! Bonito nome e combina muito com ele. –Dou um leve sorriso e começo a caminhar e já me despedindo. — Até mais Augusto nos vemos na vacinação.Mau fecho a boca e ele diz:—Vamos ver o Tornado e depois dar uma volta a cavalo?— Hoje não! Estou muito cansada e amanhã o batidão será tenso. Dou um aceno com a cabeça e volto para casa pois tenho que dormir mais cedo, amanhã levanto com as galinhas, combinei com os peões que começaremos às cinco da manhã, já deixei tudo preparado para não ter imprevistos. É a primeira ve
Augusto A campanha de vacinação tem me proporcionado muito cansaço e também muito entretenimento. Está uma correria só, mas estou achando interessante toda interatividade que venho tendo com Nina.Geovana ainda que recém formada é uma exímia profissional, dedicada, competente e não mede esforços para que tudo saia dentro do programado além de linda.O modo que ela conduz os peões e domina seus conhecimentos me deixam encantado. Embora as inúmeras recomendações do meu pai de que eu deva manter distância, algo me prende a atenção nela, talvez seja o fato de que tudo proibido é mais atrativo.Todos aqui vêem as qualidades de Nina, inclusive Vanessa que quase a fuzilou com os olhos quando dei carona para ela no início da semana. Falando nesse dia, o primeiro da vacinação não imaginava que uma mulher linda e baixinha fosse tão valente! E o que me deixa sem ar mesmo é aquele rebolar de bunda indo e vindo, teve uma hora que fiquei de pau duro imaginando aquela bundinha cavalgando no m
Nina Saio da vacinação com o sol se pondo, sigo direto para a minha casa, estou faminta e cansada. Hoje o trabalho foi intenso, mas valeu muito a pena! Principalmente porque o Augusto já havia me chamado para dar uma ida na vila D’água para descontrair! Fiquei na dúvida, porém acabei aceitando. Por puro nervosismo acabei convidando a todos para ir e Fabrício aceitou na hora e no fim todos da nossa equipe resolveram ir também. Quando o Augusto falou que passaria em casa para me buscar, disse que iria com a Nicole e que nos encontraríamos lá. Augusto insistiu para eu ir com ele, mas a covarde que existe em mim deu pra trás. Agora estou arrependida.Chego em casa e entro pela área de serviço para deixar a minha bota e a minha roupa suja por ali. Entro em casa e vou direto à geladeira pegar um copo de água e ver o que tem para comer, e vejo que a mamãe fez o meu bolo preferido.Gemo de puro prazer assim que levo um pedaço de bolo de cenoura com cobertura de chocolate na boca. Hum! Hum
AugustoChego a Vila D'Água e paro em frente ao bar do Zé, demoro um pouco para descer, observo o movimento antes de sair da camionete e sigo para a entrada procurando por Nina.Assim que entro, percorro o olhar pelo local e encontro o par de olhos mais lindo, nossos olhares se prenderam e ela sorri, eu correspondo me virando para ir até ela, porém nesse exato segundo sinto uma mão tocar meu braço e no instante seguinte ser abraçado, e antes que eu reaja sou surpreendido com um selinho.Tinha que ser Vitória, por um momento havia me esquecido dessa insuportável, meus braços ficaram pendurados ao longo do meu corpo e mesmo assim ela enroscou os dela junto aos meus me guiando ao balcão. Sem me perguntar ela pede duas cervejas mas antes que o garçom se afaste eu peço que traga apenas uma.— Não vai me acompanhar? - Vitória pergunta fazendo biquinho e eu quase reviro os olhos.— Não estou com sede! Obrigado! — respondo de forma seca e volto a procurar por Nina, pois tenho certeza que
AugustoSaio do escritório por volta das duas horas da tarde e vou direto para cozinha, estou faminto, vejo que meu almoço está no forno e ainda está quente, como feito um urso quando sai da hibernação. Termino de almoçar, bebo um suco de laranja geladinho e vou dar uma volta pela fazenda, resolvo ir caminhando até o lago.Vou me aproximando e ouço vozes, fico tentando reconhecer, mas tá impossível, vou me esgueirando até chegar perto de uma pedra grande onde me escondo e fico observando até que vejo Nina dá um mergulho e aquele homem mergulhar atrás dela, ambos gargalhando feito dois adolescentes.Saio de trás da pedra e caminho em direção aos dois como estão distraídos leva alguns minutos para notar minha presença Nina dá um grito assustado assim que me vê e seu companheiro continua nadando com os olhos grudados em mim.— O que você está fazendo aqui, Augusto? Está me seguindo?Nina grita esteticamente jogando água em minha direção— Até onde eu sei eu estou na minha propried