Capítulo 04

Nina

Meu dia hoje foi corrido; ajudei no parto de uma vaca. Dei uma passada rápida na cozinha ,para ver o movimento na cozinha à espera do filho do patrão, tava uma loucura, não tenho saco pra isso, nem tempo.

Saio da cozinha e vou ver como a vaca e o bezerro estão, examino e constato que estão bem, vou até o saleiro e quando volto encontro a vaca com uma temperatura muito elevada. Esqueço do mundo a minha volta quando estou cuidando dessas coisinhas, opss! Não tão inhas assim, sorrio e balanço a cabeça voltando a me concentrar na vaca e seu filhote.

Coloco o bezerro para mamar, mesmo com os protestos da mãe.

Assim que o bezerro mama aplico um antibióticos na vaca. Estou tão concentrada que só lembro que não fui almoçar quando Joaquim, um dos peões da fazenda, entra me chamando aos gritos e me assusto.

___ Quer me matar Joaquim que susto! __ Falo com a mão no coração, que b**e a mil por hora.

Desculpa, Nina! Não era minha intenção assustá-la, eu só vim trazer seu almoço a pedido da sua mãe e ela falou para eu vir o mais rápido possível para não esfriar e foi o que fiz — Fala tão rápido que sorrio do jeito dele, Joaquim da um sorriso tímido e diz — Você conhece bem a mãe que tem se não fizer do jeito dela é capaz de arrancar minhas bolas fora.

—Joaquim!!! Olha os modos!!!- Digo e caímos na gargalhada.

Pego meu almoço e fico com preguiça de caminhar até em casa, prefiro almoçar por aqui mesmo. Sento no feno e almoço na companhia de Joaquim.

Joaquim e eu temos a mesma idade, ele é um rapaz muito bonito. Eu o tenho como um irmão, fomos criados juntos, livres pela a fazenda.

Termino meu almoço e Joaquim volta para seus afazeres e eu dou um tempo ainda sentada no feno para descansar, me encosto de uma maneira mais confortável e acabo dando uma cochilada.

Acordo assustada e me lembro onde estou.

Me levanto vou até a pia, para lavar meu rosto, dou mais uma olhada na vaca e seu bezerro e passo mais um tempo olhando as outras vacas que não vão demorar para parir.

 

Distraidamente começo a guardar minhas coisas na maleta, quando ouço passos se aproximando, olho em direção da entrada e vejo o senhor Jorge, e seu filho vindo em minha direção. cumprimento-os e meus olhos recaem sobre o homem forte alto e lindo a seu lado. Fico impactada com tanta beleza mas, sou tirada do transe quando ouço a voz do senhor Jorge, nos apresentando.

Augusto! Essa é Geovana, nossa veterinária.

— O prazer é todo meu, mas pode me chamar de Nina.

— Nina! Um belo nome! Meu pai fala muito bem de você e é uma veterinária muito talentosa.

— Realmente Nina é muito boa no que faz e olha que se formou recentemente. Quando tiver um pouco mais de experiência, vai deixar muitos veteranos no chinelo— Fico toda cheia de mim, quando ouço o senhor Jorge falar bem de mim, com convicção.

— Porque não foi almoçar conosco? — O senhor Jorge me pergunta.

--- Eu estava preocupada com a vaca recém parida que deu febre um tempo depois do parto mas, já foi medicada e passa bem — Digo já justificando.

Augusto está com as mãos no bolso da calça jeans bem justa só observando.

Continuo a arrumar minhas coisas quando escuto, Augusto chamar o pai para ir no estábulo para ver seu cavalo Trovão.

— Você é muito eficiente e dedicada, Nina e obrigado por cuidar tão bem das minhas meninas!

Até mais tarde, Vá pra casa descansar, Nina— Diz Seu Jorge já saindo no encalço do filho.

Termino de arrumar minha maleta e vou pra casa, preciso urgentemente de um banho e descansar um pouco.

Chegando em casa passo direto para o banheiro assim que ligo o chuveiro no frio pois o calor tá matando. Do nada a imagem de Augusto invade minha mente.

Augusto sem dúvida é lindo! Muito mais lindo do que a Nicole disse com certeza. Também deu para perceber o quão arrogante ele é.

Ficou o tempo todo, só me observando não tirava os olhos de mim, me deixando sem jeito.

Só falou comigo ao me cumprimentar e disse que Nina era um belo nome. O que será que ele quis dizer com isso?

Saio do banho ainda com a imagem do Augusto rondando minha mente, abro meu guarda roupas e pego um shortinho jeans que além de curto é desfiado e uma regata branca pois o calor tá demais, me visto e saio do quarto encontrando com minha mãe na sala.

—Oi mãe!

—Oi, filha! Pelo visto seu dia foi trabalhoso, nem apareceu para almoçar.

—Foi sim! A vaca deu febre por causa do apedrejamento do leite tivemos que drenar para retirar o leite em excesso e por o bezerro para mamar.

—Mas, agora está tudo sob controle né filha? Pergunta, minha mãe já preocupada tá

—Apliquei um antibiótico nela e agora ela passa bem.

—Conheceu o Augusto? Ele é um moço muito educado e agradável você não achou?

—Sim e não! —Respondo rápido e minha mãe revira o olho —Sim para primeira pergunta e não para a segunda.

—Como assim? Sem contar o quanto ele está bonito! — Acrescentou minha mãe.

Seu olhar recaiu sobre mim e eu fiz uma careta.

—Bonito não! Lindo muito lindo. —Falo e vejo ela erguer a sobrancelha de leve. —E por sinal muito arrogante e certeza que não vamos nos dar bem. Não suporto essas pessoas que só porque é rico olha pra gente com certo desprezo.

—Não acredito que ele te tratou mal .ele sempre tratou todos nós aqui na fazenda com respeito e humildade, por que com você foi diferente filha —Ela o defende. —Deve ser o cansaço da viagem, só pode não tem outra explicação.

—Pode até ser, não fui com a cara dele, deveria voltar para o buraco de onde saiu. —Saio da sala indo em direção a cozinha deixando, dona Marília pra trás.

Bebo minha água, dou um beijo nas bochechas da mamãe e volto para meu quarto, preciso muito dormir.

 

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