Capítulo 06

Augusto

Acordo me sentindo bem disposto, o sol ainda nem nasceu, mas me levanto.

Vou ao banheiro escovo os dentes lavo e faço a barba pois gosto do meu rosto lisinho, vejo que as minhas roupas estão todas no meu closet, arrumadas do jeito que gosto, pego uma camisa xadrez em preto e cinza e uma calça jeans preta me visto calço e ponho o meu chapéu.

Saio do quarto e ao chegar na escada já sinto um cheiro delicioso de café, desço a os degraus quase correndo, parecendo adolescente, sorrio do meu pensamento, chego à cozinha e está meu pai e dona Marília , conversando .

— Bom dia! O dia começou animado por aqui —- Falo em um tom de animado.

— Bom dia! Dormiu bem? Descansou? — pergunta dona Marília enxugando as mãos no avental e com um sorriso no rosto.

— Bom dia filho! Hoje o dia promete. Temos muito serviço para fazer dentro e fora do escritório — Diz levando a xícara de café até a boca.

— Dormi bem sim e acordei bem descansado — Respondendo a dona Marília, com um sorriso nos lábios, enquanto ela me entrega meu café e uma fatia generosa de bolo de fubá em um prato com pão de queijo. Agradeço e sento de frente para meu pai — Estou preparado pai, não sou homem de fugir do trabalho.

— Com certeza! Conheço o filho que tenho! Sei que você gosta de um desafio e o de hoje vai ser grande— Seu Jorge fala erguendo uma sobrancelha e em seguida dá uma piscadela — tenho que fazer uma ligação daqui uns dez minutos, já vou indo para o escritório te espero lá.

— Assim que terminar de tomar o meu café estarei lá. — Respondo e vejo o meu pai sair da cozinha e eu fico na maior paz, quando entra na cozinha uma mulher com cerca de trinta e três anos, cantando alegremente e a abraça Marília que sorri e pergunta o porquê de tanta animação, mas antes de responder ela olha na minha direção ficando séria e com uma timidez no olhar.

Sorrio para ela e a cumprimento e ela responde acanhada.

— O que aconteceu Carolina para tanta animação nas primeiras horas do dia? Viu passarinho verde no caminho só pode ser isso — Marília diz em tom de brincadeira — Já ia me esquecendo esse é o Augusto filho do patrão.

—- Oi! Carolina você é nova por aqui? Não lembro de você. — pergunto educado.

— Cheguei logo após sua partida senhor Augusto.

— Augusto! Somente Augusto deixa o senhor para meu pai — falo em tom de brincadeira — Também estou curioso para saber o motivo de tanta felicidade?

— É que estou grávida e estou feliz que esta felicidade não está cabendo dentro de mim — ela diz e eu parabenizo e me despeço saindo da cozinha e indo encontrar meu pai no escritório.

Dou uma batida na porta e entro, puxo uma cadeira de madeira e me sento de frente para ele e espero a finalização de sua ligação.

Por volta de nove horas ouço batidas na porta, falo que pode entrar, uma moça muito bonita e sorridente entrar trazendo uma bandeja com café e alguns biscoitos ele serve primeiro meu pai e sou servido logo em seguida e a moça bonita fica me olhando de canto de olho sorrio para ela que retribui discretamente.

— Vanessa pode deixar a bandeja em cima da mesa depois você leva. — Meu pai fala olhando com cara de poucos amigos.

Ela olha para mim mais uma vez e sai com o nariz empinado e rebolando acho graça e meu pai me dá uma olhada que chega sair fumaça e eu gargalho.

— O que foi pai? Não pode nem olhar o que é bonitinho? — Questiono, revirando os olhos .

— Não quero saber de você com safadeza com nenhuma funcionária melhor evitar problemas e eu não estou brincando Augusto. — Ele diz sério — sem contar que Vanessa só quer pescar um marido rico, até eu que tenho idade para ser avô dela vive se insinuando, uma interesseira.

— Pode ficar tranquilo pai, não estou à procura de um rabo de saia.

— Só espero que tenha juízo — Diz e sai da sala dizendo que tem que ir ver o carregamento de alguns bois.

Fico avaliando alguns documentos até na hora do almoço, não tive tempo para pensar em nada, muitos documentos para avaliar e separar por data.

Mas me distraio pensando em Nina, só saio dos meus devaneios quando ouço me chamarem para almoçar.

Saio do escritório e vou até meu quarto lavo meu rosto e desço novamente para almoçar estranho o almoço está sendo servido na sala de jantar e não na cozinha como de costume.

Sento em meu lugar e pergunto para Marília onde está meu pai ela avisa que foi receber um amigo e que vão almoçar conosco, agradeço com um simples manear de cabeça. Logo escuto vozes e vejo meu pai entrar acompanhado de um senhor na faixa de uns setenta anos e uma mulher, tipo mulherão, que me deixa impressionado com tanta beleza.

— Augusto, esses são nossos vizinhos que vieram lhe desejar boas vindas. – Jorge apresenta com um sorriso no rosto.

Seu João Arruda e sua neta Vitória que veio passar uns dias com o avô.

— Prazer Augusto Barros e sejam bem vindos! Assentem e almoçam conosco? — Digo arrastando a cadeira ao meu lado para Vitória sentar, claro que não ia perde a oportunidade de ficar perto da moça.

O almoço estava maravilhoso como sempre a conversa agradável, por fim Carolina trouxe a sobremesa, um pudim dos deuses e em seguida um cafezinho, logo depois do café meu pai e o seu João foram para o escritório e eu convidei Vitória para dar uma volta pela fazenda.

— Vamos? — Ela assentiu e deu um sorriso safado, se levantando e me seguindo.

— Estava ansiosa para ficar a sós com você, amo meu avô, mas ele não me dá muito espaço. — Diz com a voz melodiosa — Vamos onde mesmo?

— Você gosta de cavalos?

— Acho eles muito bonitos, porém tenho medo. Podíamos sentar por aqui mesmo não gosto desses cheiros desagradáveis que fazenda tem.

Enfio as mãos no bolso da calça e ficamos ali debaixo da mangueira conversando e a cada minuto que passa acho um saco ficar perto dela, pois o que tem de bonita tem de chata e fresca.

Parece que demora uma eternidade até que João e Jorge surgem no meu campo de visão e agradeço mentalmente por eles se aproximarem, nisso vejo Nina e Fabrício passando rumo ao celeiro. Assim que eles chegam onde estamos trocamos algumas palavras e me despeço.

— Foi um prazer conhecê-los, mas tenho que ir agora! Tenho uma reunião com os veterinários nesse momento. — Falo e saio rumo ao celeiro.

Observo Nina conversando e gesticulando animada e sigo em sua direção.

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